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Dave Gahan (Depeche Mode): “Chorei muito por David Bowie”

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dave gahan, depeche mode

Lançando single novo, “Where’s the revolution”, com o Depeche Mode (e prometendo o novo disco, “Spirit”, para 17 de março), o vocalista Dave Gahan contou à “Rolling Stone” que “se acabou de chorar” quando soube da morte de David Bowie.

O músico disse que cresceu ouvindo a obra de Bowie e que o conheceu porque sua filha e a dele estavam na mesma escola. “Quando ele morreu, perdi uma conexão pessoal, foi uma perda enorme”, conta. “Eu vi as notícias da morte mas quando minha esposa me falou, chorei demais. Minha filha chegou e as duas me abraçaram. Me afetou muito. Uma dascoisas que mais me arrependo foi de nunca ter dito a ele o quanto sua música significava para mim e ainda significa”.

O músico conta que faz uma comparação entre discos do Depeche como “Violator” (1990) com álbuns como “Diamond dogs”, de David Bowie. “Significam o mesmo para mim: aqueles discos que você senta no quarto e pensa: ‘Por que é que eu me sinto tão deslocado em relação ao mundo?'”, conta. “Me sentia assim com David Bowie. Eu havia encontrado uma pessoa nele que eu poderia entender, que fazia com que eu me sentisse como parte do mundo, no momento em que eu me sentia alienado. Acho que é o apelo que o Depeche tem com algumas pessoas, de dizer a elas: ‘Você não está sozinho'”.

“Where’s the revolution”, se você não ouviu, está aí.

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Radar: Harmless, The Flashcubes, The Beths, Japanese Breakfast, Westwell, Blood Orange, Technopolice

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Radar: Harmless, The Flashcubes, The Beths, Japanese Breakfast, Westwell, Blood Orange, Technopolice

Descobrimos outro dia uma coisa da qual já desconfiávamos: o Radar faz sucesso. Os posts mais compartilhados do nosso Instagram, sem que a gente precise colocar impulsionamento nenhum neles, são os do Radar – até mais o nacional que o internacional, claro. Outro detalhe: quanto mais desconhecida a banda, mais as pessoas leem, compartilham e divulgam.

O fato é que nunca tivemos tanta certeza de que o Pop Fantasma está no caminho certo, e que tudo que vem por aí é bem legal para nós e para todas as bandas que divulgamos – seja ela uma banda de SP com mil seguidores nas redes, seja ela uma maravilha indie como o Japanese Breakfast, que dá as caras no Radar gringo de hoje. Alguma dúvida?

Texto: Ricardo Schott – Foto (Harmless): Alejandra Villalba García/Divulgação

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HARMLESS, “THE BLUFF”. Imagine a situação: você tem um empreguinho, ganha mal e um de seus melhores amigos, extremamente bem sucedido no mesmo ramo que você, costuma reclamar da vida o tempo todo – e ainda faz seu ouvido de penico, dizendo que “ainda não consegui isso, isso e aquilo outro, sou um infeliz, blá blá blá”. Nacho Cano, artista radicado em Los Angeles que usa o codinome Harmless, colocou essa situação em letra de música – e aí nasceu o indie rock onírico The bluff, cujo clipe foi gravado na Cidade do México, terra de Cano.

Cano diz que a história da letra é real e que o tal papo com o tal amigo foi, digamos, doloroso. “Ali estava alguém que, de muitas formas, tinha a carreira que eu gostaria de ter, me dizendo como tudo era ruim. Em algum momento no meio da conversa, me caiu a ficha: puta merda, eu sou isso pra outra pessoa. Quando percebi isso, perguntei: ‘Quando é que vai ser o suficiente?’, ‘Hã?’, ‘É, cara, quando vai ser o suficiente? Quando a gente vai dizer que já deu?’”, diz.

THE FLASHCUBES, “REMINISCE”. Essa banda de power pop de Syracuse (Estados Unidos) existe há uma pá de tempo: juntaram-se em 1977, gravaram dois singles entre 1978 e 1979 (um deles com o quase hit Christi girl), abriram shows para gente conhecida – fala-se até em Ramones – mas mudanças de formação alteraram os planos e o grupo logo acabou.

O “fim” não durou muito: foram voltando devagar a partir dos anos 1990, gravaram seus primeiros álbuns e estão agora com single novo, Reminisce. Uma música escrita pelo cantor Paul Armstrong há mais de três décadas, tocada uma única vez e guardada no baú do grupo – e uma homenagem aos primeiros tempos da banda. “Quem pode esquecer o som de uma Telecaster num amplificador Deluxe no volume máximo?”, diz o verso de abertura.

THE BETHS, “NO JOY”. Dá até pena de Elizabeth Stokes, a cantora do The Beths, no clipe de No joy, já que ela passa o tempo todo tristinha e entediada, enquanto seus colegas de banda dão sorrisos abertos e fazem palhaçadas. Só que depois que você presta atenção na letra e dá um confere nas entrevistas da cantora, percebe que o grupo arrumou uma maneira descontraída para falar sobre um assunto pra lá de sério.

“A letra é sobre anedonia, que, paradoxalmente, estava presente tanto nos piores momentos da depressão quanto quando eu me sentia entorpecida com meus remédios”, explica ela, referindo-se àquele estado em que nem mesmo as atividades de que você normalmente gosta conseguem gerar alguma satisfação. “Não era como se eu estivesse triste, eu estava me sentindo muito bem. Era só que eu não gostava das coisas que eu gostava. Eu não estava sentindo alegria nelas”. Straight line was a lie, próximo disco da banda, sai dia 29 de agosto.

JAPANESE BREAKFAST, “MY BABY (GOT NOTHING AT ALL)”. Uma balada simpática, doce e sonhadora, certo? Ok, mas o tema da música nova do Japanese Breakfast, a primeira desde o álbum For melancholy brunettes (& sad women) – resenhado pela gente aqui – é o pragmatismo no amor. A letra fala sobre como é estar apaixonada por alguém que não tem grana, justamente num mundo em que todo mundo só pensa em dinheiro e os boletos não param de chegar.

Michelle Zauner, “a” Japanese Breakfast, fez a música para a trilha do filme Amores materialistas, escrito e dirigido por Celine Song (de Vidas passadas), que fala dos rolos amorosos da casamenteira Lucy (Dakota Johnson), dividida entre um antigo amor (Chris Evans) e um novo romance (Pedro Pascal). Olha só a letra: “Encontre alguém que faça alguns números / de preferência alguém com muitos zeros / mas o único número que meu baby tem é o meu (…) / você está apaixonada / e não há como evitar”.

WESTWELL, “FLOWERS IN YOUR HAIR”/”IF I’M NOT WITH YOU”. Dupla formada por pai e filho (os compositores James e Gus Corsellis), o Westwell faz seu material direto de um estúdio na Zona Rural de Oxfordshire, na Inglaterra. O clima tranquilo com certeza favorece a vibe tranquila e a beleza do repertório do grupo. As nostálgicas baladas Flowers in your hair e If I’m not with you, mais novos singles do Westwell, vêm da mesma combinação de introspecção e delicadeza, inspiradas assumidamentes por bandas como The National e Fleet Foxes, e lembrando o começo do pós-brit pop. Flowers é “um lembrete gentil de que a pessoa que um dia você foi, ainda está viva e brilhando” – If I’m not… fala “sobre distância e ausência emocional”.

BLOOD ORANGE, “THE FIELD”. Três anos depois do último lançamento, Dev Hynes – ou Blood Orange, como você preferir – está de volta com The field. A faixa vem com um time de colaboradores que inclui Caroline Polachek, Eva Tolkin, Daniel Caesar, Tariq Al-Sabir e os veteranos do The Durutti Column. O clipe é dirigido pelo próprio Hynes.

Nesse meio-tempo longe dos lançamentos próprios, ele esteve bem ocupado: ganhou Latin Grammy com produção para Nathy Peluso, assinou trilhas para filmes e desfiles de moda, tocou em Virgin, disco novo da Lorde, e também em Never enough, novo do Turnstile. The field chega com aquele clima etéreo comum ao som de Dev. E anuncia seu próximo álbum, Essex honey, ainda sem data de lançamento, e cuja lista de convidados inclui Lorde, Caroline Polachek, Brendan Yates (Turnstile) e mais um turma bem grande.

TECHNOPOLICE, “SORTIR LE SOIR…” / “TANK”. Punk francês com riff malucaço de guitarra, e vibe de música feita para brigar no mesmo terreno de Ramones, Dead Kennedys e Buzzcocks. A diferença é que a faixa, curtinha (são só dois minutos), fala de uma festa e de uma rotina de saídas à noite que vai se tornando entediante e rotineira. Clipe filmado na praia, em clima de diversão e total zoeira. Chien de la casse, primeiro álbum desse grupo, sai dia 26 de setembro – e já tem outro single deles, Tank, rodando por aí, oscilando entre riffs e grooves.

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Lançamentos

Radar: Da Cruz, Oruã, Don L., Disk Mandy, Gandeia, Bia Nogueira, Phantasme

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Radar: Da Cruz, Oruã, Don L., Disk Mandy, Gandeia, Bia Nogueira, Phantasme

Aproveitamos o Radar nacional de hoje para confessar um vício: não conseguimos parar de ouvir Aff Maria, música do disco novo do rapper Don L. O rap nacional aprontou boas surpresas neste ano, mas essa aí pode virar música do ano – e se não virar hit, vamos nos surpreender muito. Mas aqui no Radar tem mais, muito mais: os beats afro-urbano do Da Cruz, o experimentalismo do Oruã e de Gandeia… Aumente o volume! Não faltam músicas que vão definir 2025 aqui.

Texto: Ricardo Schott – Foto (Da Cruz): Ane Hebeisen/Divulgação

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DA CRUZ feat MAGUGU, “CHATA”. Mariana da Cruz vem de Campinas (SP) e faz um som que pode ser definido como música brasileira afro-urbana – vários estilos da música afro, incluindo até o baile funk brasileiro, dão as caras em suas músicas. Na hora de escolher a faixa que iria para seu novo single, ela e os músicos de sua banda (que se chama justamente Da Cruz) não tiveram dúvidas: escolheram a faixa mais dançante e a que trazia mais lembranças engraçadas.

Chata, com participação do rapper nigeriano Magugu, foi composta após a banda escutar, numa plateia em Paris, uma brasileira reclamar várias vezes que certa pessoa era “muito chata!”. Misturando o inusitado da situação com o uso na França de uma palavra bem brasileira, a música acabou saindo – e nem precisa dizer que o beat e a história não fazem jus ao título, claro. Chata adianta o primeiro álbum do Da Cruz, Som sistema, previsto para janeiro de 2026.

ORUÃ, “DEUS-DARÁ”. Depois do ótimo Passe, lançado em 2024 (e que resenhamos aqui), tem disco novo do Oruã vindo aí – Slacker, que sai em 24 de outubro pela K Records, gravadora histórica de Seattle. Originalmente vindo do Rio, o grupo hoje mistura gente do Rio e de São Paulo na formação, e ganhou ares de supergrupo, com os ocupadíssimos Lê Almeida (guitarra/vocal), João Casaes (sintetizadores), Bigu Medine (baixo) e Ana Zumpano (bateria). Deus-dará, o novo single, une protesto, psicodelia, krautrock, garage rock e tropicalismo (Gilberto Gil, em especial).

Deus-dará é sobre perseverança e a coragem de se lançar ao mundo. Estamos prestes a embarcar em mais uma turnê pela Europa e muitas emoções nos envolvem. Muitas das minhas letras são como orações. Acho que esta é mais uma daquelas letras fortes e motivadoras”, disse Lê num papo com o site The Big Takeover.

DON L. feat GIOVANNI CIDREIRA, “AFF MARIA”. Caro vapor II – qual a forma de pagamento?, novo álbum do rapper cearense Don L, foi resenhado pela gente aqui. Mas vale citar novamente a existência de Aff Maria, balanço irresistível construído em cima da batida e do arranjo de metais de Senhor dono da casa, lado-Z de 1973 de Belchior – sim, alguém revisitando Belchior e deixando de lado o “ano passado eu morri” que já virou meme. Depois de ouvir Aff Maria, você nunca mais conseguirá escutar Senhor dono da casa sem completar com “aff Don, puta que pariu” (isso aparece na faixa do rapper).

DISK MANDY, “PECADO REVELOU”. “Um trabalho que mergulha no eletropop, pop alternativo, indie e em tudo o que pulsa entre a pista e o quarto”, define Amanda Alves, a Disk Mandy, que acaba de lançar o EP Insomnia, com quatro faixas que funcionam como contos noturnos, da pista de dança, dos lugares escondidos, da madrugada. Pecado revelou, uma das faixas que não haviam sido lançadas como single do EP, é um dream funk sobre amor, sexo e paixão, unindo batidas, ação física e sonho. Daniel Cataldi fez a produção.

GANDEIA, “FANTASMAS QUE DORMEM”. Carlos Rafael, artista e escritor de Itapecerica da Serra (SP), usa o nome artístico de Gandeia, e faz de seu trabalho musical uma união de poesia, rock, música experimental, música latina e sombras do dia a dia. A música Fantasmas que dormem foi feita em 2016, quando ele ainda era adolescente, “um período onde sentimentos contraditórios eram muito presentes”, e o principal era buscar um lugar no mundo e manter a esperança. Gandeia gravou boa parte da base (violão, guitarra, percussão, vozes), com convidados tocando instrumentos como flauta, violino e violoncelo – Guilherme Braz fez os arranjos. O resultado é uma faixa delicada e cheia de camadas, que transforma confusão e esperança em beleza sonora.

BIA NOGUEIRA, “SOBRE SOLIDÃO E SAUDADE”. Entre ritmos do congado de Minas Gerais, bits eletrônicos e um clima de poesia falada, a mineira Bia escolheu essa música para falar sobre dois sentimentos que, por acaso, se intensificaram durante a pandemia. Sobre solidão e saudade foi composta até antes do isolamento, mas acabou se encaixando direitinho no repertório de Respira, seu novo álbum – que é basicamente um disco sobre desacelerar, parar, respirar fundo.

“A inspiração da música veio de uma vivência à beira-mar, durante um amor atravessado pela ausência. A canção reflete como esses afetos nos atravessam – especialmente em tempos de distanciamento”, conta Bia, que é idealizadora do o festival IMUNE, que celebra a música preta, indígena, periférica e LGBTQIAPN+.

PHANTASME, “ATEMPORAL”. Depois do single Espelho, a Phantasme chega com Atemporal, novo compacto que já ganhou clipe, dirigido por Fernando Mencocini, e cheio de sombras e luzes duras. Yuri Nishida, Fi Ricardo, Giu Canales e Denis Mendes – que passaram por bandas como NX Zero, Granada, Gloria e Vowe – gravaram tudo quase ao vivo, na base da energia da sala de ensaio. A música mistura punk, hardcore e quebras rítmicas.

A letra veio depois que Yuri assistiu a um doc sobre a vida e morte do chef e escritor Anthony Bourdain – que ele viu como um anti-herói de sua profissão. Teve a ideia de fazer uma letra curta, que falasse de legado, de quem a gente é, e o que fica.

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Urgente!: Olha o Refused aí, gente! A banda faz um (um!) show em SP

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Urgente!: Olha o Refused aí, gente! A banda faz um (um!) show em SP

RESUMO: Refused faz turnê de despedida e toca no Brasil pela 1ª vez: show em SP dia 31/10. Clássico do punk, banda sueca marcou época.

Texto: Ricardo Schott – Foto: Tim Tronckoe/Divulgação

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Se você acompanha rock e música pop, você pode nunca ter escutado a banda sueca Refused – mas com certeza algum amigo seu já te falou, indignado: “nossa, como assim você não conhece o Refused?”. Com sonoridade pesada, vibe inconformista e climas intensos, eles são uma daquelas bandas de uma época do rock na qual não havia a menor dúvida a respeito de como uma banda “alternativa” (eita, esse termo…) deveria organizar seus discos e seus shows. Tanto que discos como The shape of punk to come (1998) são básicos para compreender a revolução pesada que deu em estilos como pós-hardcore.

O fato de você provavelmente não conhecer o Refused, ao contrário daquele seu amigo caçador de bandas que ninguém conhece, tem uma explicação: a banda é daquelas que mal chegaram a existir mesmo tendo lançado seu maior clássico. Em 1998 pararam, em 2012 voltaram, gravaram mais dois discos, e agora é a despedida. O grupo liderado pelo vocalista Dennis Lyxzén aderiu à moda da tour final, e aproveita para vir ao Brasil pela primeira vez. No dia 31 de outubro (sexta-feira) fazem show no Terra SP.

Na real, o Refused sequer havia vindo à América Latina – e aproveitam para visitar Buenos Aires (na Argentina, dia 1 de novembro, no Groove) e Santiago (no Chile, dia 3 de novembro, no Teatro Coliseo). No Instagram, a banda lamenta que não possa visitar os outros países da América do Sul desta vez, mas comemora a vinda: “Nós ouvimos você e FINALMENTE isso está acontecendo! Nós não queríamos matar a banda antes de ir para a América do Sul, então estamos indo para São Paulo, Buenos Aires e Santiago. Não é muito (pulamos nove países), mas é o que podemos fazer neste momento”, avisam.

Os ingressos estão à venda aqui. A realização é da Powerline Music & Books em parceria com a Balaclava Records. Curioso/curiosa pelo que vem por aí? Tem um “ao vivo” deles deste ano aí embaixo…

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