Connect with us

Artes

Arthur Wood, o cara que fez o desenho da capa de A Wizard, A True Star, de Todd Rundgren

Published

on

Arthur Wood, o cara que fez o desenho da capa de A Wizard, A True Star, de Todd Rundgren

Pelo visto, o artista plástico norte-americano Arthur Wood já vendeu uma de suas pinturas mais populares: a que originou a capa de um dos LPs preferidos do POP FANTASMA, A wizard, a true star, disco de 1973 de Todd Rundgren. No perfil do Facebook do pintor, a arte consta entre alguns itens que foram vendidos há uns dois anos. E ele ainda acrescenta que o cantor e compositor não foi a pessoa que comprou a arte. “Todd nunca comprou a pintura que aparece na capa do disco. Ele só pagou para usá-la na capa”, contou num post do Facebook.

Wood nasceu em Saratoga Springs em 1931, e mudou-se para a cidade de Nova York aos vinte anos. Serviu ao exército na época da Guerra da Coreia, e logo foi estudar artes. Se você nunca tinha se tocado de que o cara que fez a capa do LP de Todd tem uma história, o que ele mais tem é história. O site Chronogram falou assim do trabalho dele, quando rolou uma expo de Wood em 2014. “Wood é um homem renascentista que pinta em estilo renascentista. Algumas de suas pinturas poderiam passar por Botticellis obscuras. Ele tem o amor de um poeta pela forma feminina. É preciso lembrar que é mais provável que seus súditos sejam filhos de flores dos anos 1960 do que princesas do século XVI”.

Arthur Wood, o cara que fez o desenho da capa de A Wizard, A True Star, de Todd Rundgren

O pintor criou técnicas diferentes para seu trabalho. Ele costuma pintar em madeira e usa uma tinta a óleo que ele mesmo inventou. “Alguns de seus trabalhos empregam uma técnica fantasmagórica e instável, com imagens entrando e saindo de foco como formas sinistras dentro de uma fogueira. Uma série de retratos de Frida Kahlo começou como serigrafia e quase poderia ser arte de rua”, diz o tal textinho do Chronogram.

Arthur Wood e a mulher Cynthia compraram um prédio no Brookyln em 1979, a antiga sede do Brooklyn Trolley. Com eles no comando, a edificação ganhou o apelido de Broken Angel. A construção tinha dez andares, estava vandalizada e foi transformada pelos dois em local de trabalho – quase uma escultura montada na região. Só que em 2006 o prédio teve um incêndio, o Corpo de Bombeiros de Nova York achou irregularidades na construção e o casal acabou tendo que procurar outro lugar para morar – ainda que Wood tivesse deixado lá milhões de dólares em equipamentos. Cynthia morreu e Arthur foi morar em Beacon.

Um pouco da saga de Wood na época em que precisou deixar o Broken Angel está nesta matéria do New York Times. Pessoas que lidavam de perto com Wood e seus trabalhos admitiam que o prédio não era exatamente à prova de fogo, mas que dava dó ver o artista e sua mulher longe do local ao qual se dedicaram por vários anos. Na época, ainda havia um processo contra o casal Wood por terem se recusado a sair da residência. No YouTube, dá para ver recordações (bastante emocionantes) do casal Wood em Broken Angel. O vídeo abaixo foi feito pelo filho Christopher e mostra Arthur e Cynthia dançando alegremente após um dia de trabalho no prédio.

Os dois – e o prédio – chegaram a aparecer no filme Block party, de Dave Chappelle.

Artes

Frank Kozik, criador de capas de discos e pôsteres, morre aos 61

Published

on

Frank Kozik, criador de capas de discos e pôsteres, morre aos 61

Frank Kozik, um dos mais criativos artistas gráficos e criadores de capas de discos dos últimos 30 anos, morreu no sábado, de causas não-reveladas, aos 61 anos, na Califórnia. Nascido na Espanha e radicado nos Estados Unidos, filho de norte-americano e espanhola, Kozik fez artes para bandas como Queens Of The Stone Age (o primeiro disco, de 1998, epônimo), Melvins (Houdini), Offspring (Americana), e ainda criou pôsteres de turnê para Nirvana, Sonic Youth, White Stripes, Butthole Surfers e outros grupos.

“Frank era um homem maior do que ele mesmo, um ícone em cada gênero em que trabalhou”, diz uma declaração compartilhada pela esposa de Kozik, Sharon. “Ele mudou drasticamente a indústria da qual fazia parte. Ele era uma força criativa da natureza. Estamos muito além de sortudos e honrados por fazer parte de sua jornada, e ele fará falta além do que as palavras poderiam expressar”. Ele costumava atribuir muito do seu trabalho artístico ao fato de ter “um senso de humor sombrio” e a ter crescido no meio do punk rock.

Kozik começou a fazer pôsteres enquanto morava em Austin, Texas, no início dos anos 1980 e chegou a trabalhar com publicidade antes das capas de discos, Também foi dono de uma gravadora, a Man’s Ruin Records, e foi diretor criativo da Kidrobot, a empresa de brinquedos artísticos de edição limitada. Dirigiu também um clipe do Soundgarden, Pretty noose.

Continue Reading

Artes

E se a capa “da raquete” do disco Houses Of The Holy, do Led Zeppelin, tivesse sido feita?

Published

on

E se a capa "da raquete" do disco Houses Of The Holy, do Led Zeppelin, tivesse sido feita?

Se você ouviu o episódio mais recente do nosso podcast, o Pop Fantasma Documento, sobre o Led Zeppelin no ano de 1972 (não ouviu? tá aqui), deve lembrar que em 1972, o grupo estava elaborando o disco Houses of the holy, que acabou sendo lançado só um ano depois. E que antes daquela capa com as crianças ficar pronta, Storm Thorgerson, da empresa Hipgnosis, havia sugerido a eles uma capa “com uma quadra de tênis verde e uma raquete” – que Jimmy Page odiou.

Aparentemente essa capa rejeitada (rejeitadíssima, Page ficou p… da vida com a sugestão e mandou o designer sumir da frente dele) nunca tinha sido desenhada. Pelo menos até agora. A Aline Haluch, que faz as artes do Pop Fantasma Documento e do Acervo Pop Fantasma, fez três versões da ideia original de Storm para Houses of the holy. Mais do que uma brincadeira com a história, fica aqui como homenagem a esse designer morto em 2013, e que revolucionou as capas de discos.

“A ideia foi fazer aquelas brincadeiras das capas do Pink Floyd, como a do cara cheio de lâmpadas no disco ao vivo A momentary lapse of reason (de 1988, feita pelo mesmo Storm Thorgerson). Quis brincar com as sobreposições das redes, mas são redes de aço, aquelas de cadeia. Um pouco como se fosse um condomínio, já que tênis é um jogo da elite, cercada de proteção”, conta. “Na segunda capa, a própria raquete é de grama. E na terceira, tem um céu, meio que para brincar com a paisagem da capa do disco Atom heart mother, também do Pink Floyd (1970, com capa também de Storm)“.

A que a gente mais gostou (a do céu), ganhou a faixinha branca com o nome do disco e da banda, que vinha envolvendo a capa do LP original. 🙂

E se a capa "da raquete" do disco Houses Of The Holy, do Led Zeppelin, tivesse sido feita?

E se a capa "da raquete" do disco Houses Of The Holy, do Led Zeppelin, tivesse sido feita?

E se a capa "da raquete" do disco Houses Of The Holy, do Led Zeppelin, tivesse sido feita?

E se a capa "da raquete" do disco Houses Of The Holy, do Led Zeppelin, tivesse sido feita?

Continue Reading

Artes

Aquela vez em que Elifas Andreato começou a fazer capas de discos

Published

on

“Em 2009, os jornalistas Marcos Lauro e Peu Araújo entrevistaram o artista plástico Elifas Andreato para uma matéria sobre capas de discos. A ideia era falar com capistas profissionais e amadores sobre as mudanças de formato que a internet impunha – do tamanho do vinil ao thumbnail da rede mundial. Players como Spotify já existiam, mas ainda não eram populares como hoje. A matéria nunca saiu, isso acontece. Mas um trecho do material guardado está aqui em homenagem a Elifas Andreato, que nos deixou no dia 29 de março aos 76 anos. Vida eterna ao artista e sua imensa obra”.

Logo depois que Elifas morreu, o radialista, jornalista e podcaster Marcos Lauro subiu no YouTube esse bate-papo dele e de Peu com o capista. A conversa é curtinha mas cheia de detalhes a respeito de como Elifas entrou no mundo das capas de discos – ele trabalhava na editora Abril Cultural em 1970 e acabou fazendo as capas da série História da Música Popular Brasileira, com discos vendidos em bancas de jornal. O trabalho gráfico foi considerado inovador para a época, “e a ideia era interpretar cada personagem de uma maneira”, conta. Foi a partir daí que Elifas conheceu vários artistas e se envolveu com o trabalho nas capas de discos. Partiu direto para a produção de uma capa de Paulinho da Viola – a do disco Foi um rio que passou em minha vida, em 1970, mas ainda apenas usando uma foto do cantor, sem desenhos.

Confira o bate-papo aí.

Continue Reading
Advertisement

Trending