Desenho animado
A versão soviética de A Pequena Sereia

Uns 21 anos antes da Disney fazer sua própria (e bem sucedida) versão de A Pequena Sereia, conto do dinamarquês Hans Christian Andersen, o diretor de cinema soviético Ivan Aksenchuk levou a história às telonas, com o nome de Rusalochka.
O filme da Disney é um longa-metragem de mais de oitenta minutos. Que, aliás teve como principal mérito dar uma reavivada na área de animação da empresa, uma vez que, inacreditavelmente, ela andava um tanto quanto esquecida. E ainda ganhou uma continuação em 2000. Também foi conhecido por ser o último filme da empresa a se utilizar de cenas pintadas à mão. Pouco tempo depois dele, a Disney já estaria usando tecnologia da Pixar para fazer desenhos animados.
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Já o de Ivan é um cueta-metragem. É uma surpresa a ser descoberta, que já entrou e saiu do YouTube algumas vezes. E é um primor de dramaticidade, capricho e (vá lá) psicodelia. Para dar um efeito bastante especial, o filme recorre a imagens recortadas, e muita coisa parece mais com um cenário de peça teatral do que com um desenho animado.
Por causa desse efeito, as imagens ficam sem a profundidade de um desenho animado “normal”, e um tanto surreais. O roteiro conta a história da sereia que se apaixona por um príncipe e decide abandonar o mar. Mesmo que uma bruxa tenha ameaçado a sereia de morte se ela fizesse isso.
Ivan foi uma das maiores estrelas do estúdio de animação estatal soviético Sojusmultfilm, que surgiu em 1936 e produziu mais de 1.500 filmes para televisão e cinema. A carreira de Ivan Aksenchuk incluiu vários outros desenhos animados feitos entre os anos 1960 e 1970, incluindo Kak griby s Gorokhom voevali, um jazz em cima da história de Romeu & Julieta, levados para o universo dos cogumelos (!). Também produziu Plus electrification (1972), uma espécie de propaganda animada do regime soviético, mostrando a eletricidade chegando a lugares longínquos do país.
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Ivan dirigiu até 1998 e morreu em 1999. Pouco antes disso, tinha realizado um dos desenhos animados da série Stories from my childhood, voltada para adaptações “de fantasia” de histórias infantis de sucesso. Com o fim da União Soviética, em 1991, o estúdio Sojusmultfilm tinha sido desmantelado e privatizado. Posteriormente voltou a ser estatizado. Só em 2019 foram mais de 80 curtas.
Desenho animado
Asparagus: desenho animado alucinante de Suzan Pitt

Um dos blogs que a gente mais gosta no mundo, o Messy Nessy Chic, publicou em sua seção de “coisas que achamos na internet” algumas imagens do desenho animado Asparagus, da animadora americana Suzan Pitt.
Fomos atrás para descobrir qual era a desse desenho e descobrimos uma maravilha sexy-psicológica-surrealista de dezoito minutos que está no YouTube (e que, como tudo que está no YouTube, como foi o caso do filme Som alucinante, pode desaparecer de uma hora pra outra, então pegue logo).
Suzan (1943-2019), que era originalmente pintora, tinha nove anos de trabalho como animadora quando lançou Asparagus. O filme foi lançado em 1979 como parte de uma instalação artística Whitney Museum of American Art, que incluiu o cenário do filme. Uma matéria no site Hyperallergic lembra que Asparagus estreou como abertura de uma exibição do desconcertante Eraserhead, de David Lynch. Também recorda que a cultura mexicana e a iconografia católica exerceram uma enorme influência no trabalho dela.
Cultura Pop
Miles Davis: entrevista em desenho animado

Miles Davis era um gênio e sabia disso. Bom, foi o que ele deixou bastante claro numa entrevista que deu ao jornalista Ben Sidran, falando sobre sua paixão pelo desenho (ele adorava desenhar e inclusive fez uns desenhos durante a entrevista), sobre sua amizade com Dizzy Gillespie e sobre o fato de música representar tudo em sua vida. “Eu estaria morto se não conseguisse criar”, disse o jazzista. “Não haveria nada pelo qual eu quisesse viver. É meio egoísta, mas gênios são egoístas”.
E, bom, o canal Jazz at Lincoln Center transformou o bate-papo em desenho animado, há uns quatro anos. Ficou bem legal.
Cinema
Pinóquio no Espaço Sideral: sim, isso existe

Pinóquio, a animação da Disney, foi feito em 1940. O que ninguém esperava era que a animação com a corrida espacial dos anos 1960 ajudasse no surgimento de uma versão interestelar da história moralista do boneco de madeira que queria ser gente, mas não conseguia vencer as tentações ao longo do caminho.
Pois é: em 1965 um diretor e roteirista americano chamado Fred Ladd foi contratado para reformatar e ajudar a lançar nos EUA uma animação belga chamada… Pinóquio no espaço sideral. Dirigido por Ray Gosseens, o filme era uma produção do editor da história em quadrinhos do Tintim (o belga Raymond Leblanc) e do cofundador da Filmation, a empresa que fez o desenho animado Archie Show (Norm Prescott) e a série da Poderosa Isis.
A novidade é que jogaram o desenho animado no YouTube.
A adaptação da história é uma continuação das aventuras nas quais o personagem já havia se envolvido. Pinóquio já havia virado uma criança e, como castigo por ter mentido, desobedecido e feito umas coisas erradas, tinha voltado a ser um boneco de madeira (e sonhava em voltar a ser um menino).
O garoto frequentava a escola, vivia com o pai (o carpinteiro Gepeto, que passava por uma baita crise financeira). Mas cai de novo numas tentações aí da rua, e acaba indo parar numa aventura espacial, ao lado de uma tartaruga alien, enviada por seu governo para investigar um aumento incomum de radiação em Marte. No desenho, a dupla enfrenta uma baleia gigante e répteis enormes – tudo para assustar seus filhos. Quem vir o filme vai ser poupado do chato Grilo Falante, que não surge no desenho animado, mas numa determinada hora Pinóquio conta umas mentiras e o nariz dele cresce. Igualzinho à história original.
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