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Rádio

Um globo terrestre que funciona como rádio

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Um globo terrestre que funciona como rádio

Um engenheiro de desgin de produto, Jude Pulle, e um designer de software, Don Robson – ao lado de uma equipe de engenheiros – criaram um rádio que viaja por mais de 2 mil estações de todo o mundo. A novidade é o visual do aparelho: ele é um globo terrestre, que com um giro, viaja nas estações de rádio.

Um globo terrestre que funciona como rádio

Pullen afirma que teve essa ideia quando estava pensando em viajar pelo mundo. Ele ainda ensina como montar um globo desses num passo-a-passo do site Instructables.

Ele diz que parte da magia de ter um rádio desses – e que funciona com apenas um giro – é que ele parte rapidinho do familiar para o não-familiar. “É chocante verificar quantas estações tocam música pop ocidental. Mas aí girando a roda, você encontra uma rádio alternativa no mesmo local. Daí navega do drum & bass da (rádio londrina) Boosh FM ao dialeto nativo da Nova Zelândia. Francamente, é alucinante, embora a tecnologia já exista há anos”, contou no site.

Pullen diz que o usuário vai esbarrar num problema comum dos dias de hoje: é tanta música nova (muitas vezes sem locução) que a pessoa vai ter trabalho para usar o Shazam (aplicativo que descobre nomes de músicas) a cada momento. Afirma que ele está trabalhando para melhorar isso no aparelho. “Claro, deve ser dito que existem desktops/mobile/apps que essencialmente já fazem isso, mas eu gosto da fisicalidade da interface e da maneira como ela aprimora minha apreciação espacial das coisas”, diz, colocando também que tudo no aparelho é código aberto, para facilitar a vida de quem quem fazer um igual.

Via Laughing Squid

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Lançamentos

Radar: Jeen, Magdalena Bay, Cristian Dujmovic, Madanes, Catcase

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Jeen (Foto: Divulgação)

E aí, será que tem álbum novo do Magdalena Bay neste ano? Ou eles vão dar uma de Hayley Williams, separar tudo em singles e depois juntar tudo com outras faixas? Há alguns dias saiu mais um single de duas faixas dessa dupla art pop – e trouxemos as duas faixas para o Radar internacional de hoje, complementando com novidades do Canadá (Jeen), da Espanha(Cristian Dujmovic) e outros cantos do mundo. Ouça e repasse!

Texto: Ricardo Schott – Foto (Jeen): Divulgação

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JEEN, “FOR THE ROMANCE”. Vinda do Canadá, Jeen acaba de lançar o EP For the romance, definido pelo texto de lançamento como sendo um disco que “captura tanto o esgotamento quanto a euforia da perseverança”, em cinco curtas faixas. O som une synth pop e pop moderno – cabendo a exuberância e o clima dramático de cantoras como Lana Del Rey em alguns momentos. A ótima faixa-título, um rock com heranças do pós-punk, do som exuberante do The Killers e até do ska pop do No Doubt, soa como uma resposta ao E você vai continuar fazendo música?, do Rogério Skylab – trata-se de um hino pessoal no qual ela explica porque é mesmo que ela continua compondo, tocando e gravando.

“É um lembrete para não desistir até encontrar o que se procura. Eu a escrevi no meu limite, tentando me convencer de que ainda havia algo pelo qual valia a pena lutar”, conta ela, explicando que o título da música resume o motivo pelo qual ela começou a fazer música. “Trata-se da esperança incessante de que existe algo mais lá fora, se você continuar procurando”. Tá certa!

MAGDALENA BAY, “UNORIGINAL” / “BLACK-EYED SUSAN CLIMB”. Sabe-se lá se vem outro álbum da dupla art pop Magdalena Bay tão cedo. Até porque num papo com o site Stereogum, os dois chegaram a falar que a melhor maneira de dar sequência a Imaginal disk (2024, resenhado por nós aqui), o excelente último disco do grupo, seria não lançar outro álbum.

O fato é que, em vez de um disco cheio, Mica Tenenbaum e Matthew Lewin têm preferido lançar músicas novas aos pares. Já sairam Second sleep / Star eyes,  e depois o single com Human happens e Paint me a picture. Agora é a vez de Unoriginal e Black-eyed Susan Climb. A primeira é um rock curto (menos de três minutos), psicodélico e mágico, que depois vai ganhando peso e ambiência. A segunda tem muito de bandas como Smiths e R.E.M, e segue uma onda meio indie rock, meio anos 1960 – faz lembrar tanto uma linha do tempo indie que vai dos anos 1980 aos 2000, quanto cantoras pop clássicas dos Estados Unidos e Inglaterra. Ficou bem bonito.

CRISTIAN DUJMOVIC, “INDÓMITO” / “HAY POR QUÉ”. Dividido entre Espanha e Argentina, esse cantor e compositor que já passou outras vezes aqui pelo Pop Fantasma lançou recentemente o single duplo Inexorable, ótima mescla de pós-punk, rock clássico (às vezes lembrando The Who) e a musicalidade sensível do rock latino. As duas faixas do single falam do embate entre impulsos pessoais e pressões sociais que a vida nos impõe. Indómito, música cheia de dissonâncias e linhas vocais criativas, fala do “pulso interior que insiste — o instinto, o desejo, o amor como energia vital”. Hay por que, por sua vez, fala da nossa voz que vai resistindo a todas as pressões e opressões.

MADANES, “YOUR DOG”. “Eu estava apaixonado por ela. Ela não estava apaixonada por mim, mas, nesse meio-tempo, desenvolvi uma forte relação com o cachorro dela. Se ao menos ela pudesse me amar como o cachorro dela me ama…”. Esse projeto musical britânico já foi definido por aí como uma linha que une Elton John, Frank Zappa e Ian Dury. Faz todo sentido, ainda mais quando se ouve Your dog, o single mais recente – um som meio Talking Heads meio Gorillaz sobre um sujeito apaixonadíssimo por uma ficante, mas que parece despertar mais paixões no cão dela. O clipe, que une o cão, a amada e um boneco de ventríloquo (representando Madanes), é tão grudento quanto a música.

CATCASE, “TECHNICOLORED EYES”. Essa banda da Dinamarca considera que faz doom pop: é um som bastante influenciado pelos anos 1980, que pode ser confundido com o pop adulto que rolava no rádio na época, mas cuja sonoridade é bastante densa, quase gótica em alguns momentos. Primeiro single do álbum As it reels, lançado pelo grupo em fevereiro, Technicolored eyes é referenciada em Smashing Pumpkins, The Cure, New Order, The Church (o disco Priest=Aura, de 1992), Underworld e no som do compositor japonês de trilhas de terror Akira Yamaoka. A faixa fala sobre como é caminhar pra casa ao nascer do sol “dominado, tomado pelas experiências da noite… em um fluxo de consciência, em que as provações da noite parecem uma massa vibrante de impressões”, contam.

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Lançamentos

Radar: VIAL, Arkells, Melody’s Echo Chamber, U.S. Girls, The Sophs, Foo Fighters, Forgotten Garden

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VIAL

O Radar internacional de hoje demorou, mas chegou – e abre com uma porrada tanto em áudio quanto em vídeo, que é o clipe pinga-sangue do VIAL, trio punk de Minneapolis. Tem mais novidades, além de alguns sons que saíram ao longo da semana e que se destacaram bastante na nossa trilha sonora. Ouça e repasse!

Texto: Ricardo Schott – Foto (VIAL): Katy Kelly/Divulgação

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VIAL, “IDLE HANDS”. Olha o Halloween aí – e olha a sangueira de terror que jorra do novo clipe dessa banda punk feminina de Minneapolis. O VIAL, que lançou o álbum Burnout no ano passado, e há alguns meses soltou o single Creep smoothie, lança agora Idle hands, uma canção entre o punk e o grunge – entre Ramones e Nirvana, passando pelo Hole.

A letra pede a sorte de um amor que de tranquilo não tem nada: “por que você não me ama mais? / estou implorando, deitada no seu chão / por que você não consegue me ver como eu sou? / por favor, ocupe estas mãos ociosas”. Já no bendito clipe, as três integrantes da banda se transformam em bruxas e arrasam com um engraçadinho que resolve aparecer no exato momento em que elas estão fazendo uma mistura bem louca no caldeirão. Pior pra ele, como vemos no vídeo.

ARKELLS, “WHAT GOOD?”. Que ideia ótima esse clipe do Arkells – aliás uma ideia simples que deve ter dado uma baita trabalheira. A banda aparece tocando, vista de cima num lugar espaçoso, mas são as sombras dos músicos que chamam a atenção. O próprio grupo dirigiu o vídeo. Já a canção é outra atração: um som meio 60’s, meio new wave fanfarrona, daqueles que levantam plateias de todas as idades. A letra de What good? faz alguns questionamentos importantes sobre a dureza dos tempos atuais: “Qual a utilidade da seção de comentários? Qual a utilidade de incitar a raiva disfarçada de debate? Qual a utilidade da cultura da exploração se ela só recompensa vigaristas e golpistas?”, diz o texto de lançamento.

“A música não pretende ter respostas definitivas, mas aponta para onde o significado ainda pode ser encontrado”, diz o vocalista Max Kerman. “O sol, a lua, o brilho neon do bar do seu bairro. Coisas que podemos compartilhar, coisas que parecem reais”. Falou e disse!

MELODY’S ECHO CHAMBER, “EYES CLOSED”. Em 5 de dezembro, a Domino lança Unclouded, o próximo disco do projeto musical criado pela artista francesa Melody Prochet, que já foi adiantado pelos singles In the stars e Daisy (esta, com El Michels Affair). A mágica Eyes closed é psych-pop dos melhores: a voz de Melody, linhas sinuosas de baixo e uma batida funkeada, feita pelo baterista Malcolm Catto – aquele mesmo, dos Heliocentrics, e dos discos gravados ao lado do Little Barrie, como Electric war. Se você esperava pela viagem sonora do ano, ela talvez esteja aqui.

U.S. GIRLS, “RUNNING ERRANDS” (YESTERDAY) E “RUNNING ERRANDS” (TODAY)”. Meg Remy, criadora do projeto U.S. Girls, abraçou desde o começo várias vertentes com sua banda, indo do electropop ao som do disco mais recente, Scratch it (lançado em junho), que passeia por country, soul, bubblegum, soft rock. Agora, ela comemora os dez anos de Half free, seu quinto disco, voltado para o art pop – e a comemoração é com um single duplo, com duas versões da mesma nova faixa, Running errands (a primeira é “yesterday” e a segunda, “today”).

Ela afirma que a música nova “consome sua própria cauda, ​​nunca totalmente livre, nunca totalmente presa, sempre mudando conforme se repete” – é verdade, já que Running errands é baseada num riff circular, que vai ganhando algumas alterações. As duas músicas são baseadas numa interpolação do soul Footprints on my mind, sucesso de Annette Snell, cantora morta em 4 de abril de 1977 num acidente aéreo histórico (o voo 242 da empresa Southern Airways Flight, que executou um pouso forçado e causou a morte de 63 pessoas, entre elas Annette e os dois pilotos).

A diferença é que a versão “ontem” é feita em cima de samples usados no disco Half free, e a contrapartida “hoje” é orgânica, gravada com os mesmos músicos do álbum Scratch it. No clipe da primeira, Meg faz compras e pega um metrô. Na segunda, tudo roda ao contrário.

THE SOPHS, “I’M YOUR FIEND”. Punk melódico como o mundo precisa, a nova faixa desse sexteto de Los Angeles contratado pelo selo britânico Rough Trade, é ágil e emocionante, lembrando uma estranha mescla de The Jam e Dead Kennedys, só pelo peso e pelo ataque. A letra, diz o vocalista Ethan Ramon, é constituída de “declarações frenéticas de amor e desejo sob um manto de estática tão espesso que parece que sua antena da DirecTV acabou de ser atingida por um raio bem no meio do seu programa favorito”.

É justamente Ethan quem protagoniza o clipe de I’m your fiend. Numa praia deserta, o vocalista namora com uma boneca de areia, dança, sapateia e se joga no chão com um entrega digna do Tonho da Lua (da novela Mulheres de areia, lembra?).

FOO FIGHTERS, “ASKING FOR A FRIEND”. Um vislumbre de como vai ficar o próximo álbum dos FF já surgiu com Today’s song, lançada em julho, e com o single mais recente, Asking for a friend – esta última música, a primeira com o baterista Ilan Rubin, que parece ter se fixado no cargo. O líder Dave Grohl aproveitou o single para anunciar uma turnê por estádios da América do Norte, marcada entre 4 de agosto e 26 de setembro de 2026, com shows de abertura do Queens of the Stone Age, banda de seu velho chapa Josh Homme. Divulgou também, junto com a nova faixa, uma carta em que fala de uma experiência de fé que teve ao avistar pela primeira vez na vida o Monte Fuji, no Japão.

“Tendo tocado inúmeras vezes no lendário festival Fuji Rock ao longo dos últimos 28 anos com o Foo Fighters, Queens of the Stone Age e Them Crooked Vultures, eu já conhecia bem sua lenda. Só não conseguia vê-lo fisicamente”, contou o músico, definindo Asking for a friend como “uma canção para aqueles que esperaram pacientemente no frio, confiando apenas na esperança e na fé para ver o horizonte surgir. Que buscaram ‘provas’ enquanto se agarravam a um desejo – até o sol voltar a brilhar”. Ele também conta na carta que Asking – basicamente um blues grunge típico de Grohl – é uma das músicas entre as muitas que virão.

FORGOTTEN GARDEN, “JAMES”. Essa dupla funciona à distância: a vocalista Inês Rebelo vive em Portugal, e o guitarrista/tecladista Danny Elliott é da Escócia. Os dois constroem as canções e cuidam da produção delas. O som é definido por eles de brincadeira como “Lana Del Rey encontra The Cure” – e é como se a magia de cantoras performáticas como Lana e Florence Welch encontrasse o clima denso e mágico de The Cure, Joy Division e Cocteau Twins. Dando mais dramaticidade ainda, o Forgotten Garden inclui em suas canções uma harpa híbrida – de fato, uma mescla de harpa e piano – que rouba a cena no single James.

 

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Agenda

Tem debate sobre “Scary monsters”, de David Bowie, no rádio neste sábado (22)

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Tem debate sobre "Scary monsters", de David Bowie, no rádio neste sábado (22)

Maurício Gouveia, dono da livraria carioca Baratos da Ribeiro, tem dado um verdadeiro curso de David Bowie em seu programa Clube do Vinil, na Rádio Graviola (aos sábados, 20h). Vários discos e fases do cantor já foram abordados lá, sempre com convidados e riqueza de detalhes. Dessa vez, Mauricio convidou a mim, Ricardo Schott (editor deste site), o músico e DJ Raphaël Rataus e o pesquisador Kaio Felipe para bater um papo sobre a despedida da fase anos 1970 de Bowie: o disco Scary monters (and super creeps), de 1980.

Scary monsters era um álbum que mostrava o cantor como um inspirador da onda new romantic, e como um renovador do rock e do pop dos anos 1960 – alguém que pegava o rock basicamente de onde ele estava, fazendo um passeio por fases anteriores, sempre antevendo o futuro. Enfim, Bowie fazia o dever de casa de todo músico que vive e canta seu tempo, mas Bowie sempre foi extremamente profissional nisso.

O cantor parecia em paz com seu passado – afinal o single Ashes to ashes até brincava com o personagem do primeiro hit do cantor, Space oddity, Major Tom, mostrando-o como um junkie e como alguém com quem se devia ter cuidado. “Fizemos tudo o que podíamos pra produzirmos nosso Sgt. Peppers. É o ponto culminante tanto da minha carreira quanto da carreira de Bowie até então”, conta o produtor Tony Visconti.

E esse texto é pra convidar todo mundo pra ligar na Graviola às 20h deste sábado (22) e escutar o nosso debate sobre essa fase de Bowie, e a seleção musical do Mauricio. Vai ser a última Bowie Night do programa. Você escuta os outros episódios aqui.

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