Rádio
Um globo terrestre que funciona como rádio

Um engenheiro de desgin de produto, Jude Pulle, e um designer de software, Don Robson – ao lado de uma equipe de engenheiros – criaram um rádio que viaja por mais de 2 mil estações de todo o mundo. A novidade é o visual do aparelho: ele é um globo terrestre, que com um giro, viaja nas estações de rádio.
Pullen afirma que teve essa ideia quando estava pensando em viajar pelo mundo. Ele ainda ensina como montar um globo desses num passo-a-passo do site Instructables.
Ele diz que parte da magia de ter um rádio desses – e que funciona com apenas um giro – é que ele parte rapidinho do familiar para o não-familiar. “É chocante verificar quantas estações tocam música pop ocidental. Mas aí girando a roda, você encontra uma rádio alternativa no mesmo local. Daí navega do drum & bass da (rádio londrina) Boosh FM ao dialeto nativo da Nova Zelândia. Francamente, é alucinante, embora a tecnologia já exista há anos”, contou no site.
Pullen diz que o usuário vai esbarrar num problema comum dos dias de hoje: é tanta música nova (muitas vezes sem locução) que a pessoa vai ter trabalho para usar o Shazam (aplicativo que descobre nomes de músicas) a cada momento. Afirma que ele está trabalhando para melhorar isso no aparelho. “Claro, deve ser dito que existem desktops/mobile/apps que essencialmente já fazem isso, mas eu gosto da fisicalidade da interface e da maneira como ela aprimora minha apreciação espacial das coisas”, diz, colocando também que tudo no aparelho é código aberto, para facilitar a vida de quem quem fazer um igual.
Via Laughing Squid
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Agenda
Tem debate sobre “Scary monsters”, de David Bowie, no rádio neste sábado (22)

Maurício Gouveia, dono da livraria carioca Baratos da Ribeiro, tem dado um verdadeiro curso de David Bowie em seu programa Clube do Vinil, na Rádio Graviola (aos sábados, 20h). Vários discos e fases do cantor já foram abordados lá, sempre com convidados e riqueza de detalhes. Dessa vez, Mauricio convidou a mim, Ricardo Schott (editor deste site), o músico e DJ Raphaël Rataus e o pesquisador Kaio Felipe para bater um papo sobre a despedida da fase anos 1970 de Bowie: o disco Scary monters (and super creeps), de 1980.
Scary monsters era um álbum que mostrava o cantor como um inspirador da onda new romantic, e como um renovador do rock e do pop dos anos 1960 – alguém que pegava o rock basicamente de onde ele estava, fazendo um passeio por fases anteriores, sempre antevendo o futuro. Enfim, Bowie fazia o dever de casa de todo músico que vive e canta seu tempo, mas Bowie sempre foi extremamente profissional nisso.
O cantor parecia em paz com seu passado – afinal o single Ashes to ashes até brincava com o personagem do primeiro hit do cantor, Space oddity, Major Tom, mostrando-o como um junkie e como alguém com quem se devia ter cuidado. “Fizemos tudo o que podíamos pra produzirmos nosso Sgt. Peppers. É o ponto culminante tanto da minha carreira quanto da carreira de Bowie até então”, conta o produtor Tony Visconti.
E esse texto é pra convidar todo mundo pra ligar na Graviola às 20h deste sábado (22) e escutar o nosso debate sobre essa fase de Bowie, e a seleção musical do Mauricio. Vai ser a última Bowie Night do programa. Você escuta os outros episódios aqui.
Cultura Pop
A voz de Kenny Everett em antigos cartuchos de rádio

O canal de tecnologia de áudio e vídeo Techmoan achou, tem alguns meses, uma novidade que vai balançar o coração de quem se interessa pela história do pop-rock britânico. O apresentador do canal conseguiu vários cartuchos, daqueles usados em rádio, com a voz do apresentador Kenny Everett – um DJ conhecidíssimo na Inglaterra entre os anos 1960 e 1980, que pulou das rádios piratas (London, Caroline) para a Radio 1, emissora pop da BBC, e depois para a televisão, com o The Kenny Everett video show, que depois passou a se chamar The Kenny Everett video cassette.
Kenny Everett é um grande nome para quem era adolescente na Inglaterra nos anos 1960/1970 (como o cara do Techmoan), mas que passa batido para as novas gerações. No Brasil, é quase como você citar Marcia de Windsor ou a bolete mal-encarada durante uma conversa num grupo de millenials. Enquanto foi rei, Kenny era conhecido por alavancar sucessos pop, mas também pelo seu estilo provocador e irônico. Ele apresentou na Capital Radio o World’s worst wireless show, que misturava música e esquetes de áudio. E que dedicava uma hora a discos e músicas que “eram tão ruins que acabavam sendo bons”.
Não eram exatamente discos de comédia. Eram discos feitos com as melhores das intenções, mas que no entender de Kenny – e no de muita gente – sofriam com letras pobres, arranjos ruins, melodias cafonas, produção irrisória e mau gosto de todos os envolvidos. Kenny não perdoava ninguém: entravam na lista desde gemas como Surfin’ bird, sucesso dos Trashmen, até coisas realmente medonhas como a versão da dupla Mel & Dave para o clássico Spinning wheel (com vocais parecendo acelerados em relação à base musical). Tudo isso era feito numa base bastante inovadora: Kenny era simultaneamente DJ, operador e locutor, editava material em casa para levar ao estúdio e fazia vinhetas de rolar de rir.
O vídeo do Techmoan traz o som dos cartuchos de Kenny, com as vinhetas que ele havia editado para seus programas. Kenny fazia coisas, como DJ, que hoje lhe trariam problemas: usava canções conhecidas em suas vinhetas (um dos cartuchos não pode ser exibido no vídeo porque deu encrenca com uma canção dos Carpenters) e enchia suas locuções de piadas escarnecedoras (que lhe valeram demissões). A audição da voz dele trouxe recordações a uma turma enorme. Confira aí.
Cultura Pop
Music Factory: o programa de rádio de Tom Wilson

Muita gente não se recorda ou não fazia a menor ideia, mas Tom Wilson (1931-1978), o cara que assinou o contrato do Velvet Underground com a Verve/MGM, era um radialista. Tom que conta-se, foi o verdadeiro produtor de The Velvet Underground and Nico, estreia do grupo, comandou o Music factory, um programa de rádio “muito livre” (como define um site dedicado ao seu legado) transmitido pela WABC-FM (Nova York). Aliás, vale citar que Tom já tinha larguíssima experiência como produtor e executivo de gravadora antes disso – foi dono da Transition Records, um selo de jazz de vanguarda, e produziu discos de Bob Dylan, o single de Like a rolling stone entre eles.
O programa estreou em junho de 1967, durou um ano, e acabou virando uma atração nacional, por um motivo bem básico. Por causa da ligação de Wilson com a MGM, a atração era um excelente ponto de divulgação para os lançamentos da gravadora, que patrocinava a atração. Logo sairiam discos de vinil com edições do programa, prontas para serem enviadas a emissoras em todos os Estados Unidos.
“Wilson é um anfitrião genial, um locutor encantador com uma presença calorosa. Seu humor é autodepreciativo, e ele sempre deixa seus convidados à vontade com sua risada robusta (às vezes muito robusta). Os episódios são cápsulas do tempo interessantes de um período em que a fidelidade de áudio superior estava ajudando os rádios FM a colherem músicas do AM, que estava atormentado pela estática”, avisa um site dedicado à obra radiofônica de Wilson, e que coletou e pôs no ar, em MP3, nada menos que 26 edições do Music factory.
Tom Wilson transmitia comerciais dos discos da MGM/Verve – discos como White light/White heat, do Velvet Underground, e Chelsea girl, estreia de Nico, ganharam reclames produzidos pela gravadora, mesmo que fossem álbuns de pouco público. Entre os entrevistados ou noticiados pelo programa, estavam nomes de altíssima estirpe, como The Cowsills, Artie Ripp (produtor e diretor de selos como Buddah e Kama Sutra), Richie Havens, Ultimate Spinach (banda psicodélica de Boston) e… John Cale e Lou Reed, do Velvet Underground. Há quem diga que o papo com os dois foi absolutamente desinteressante. Não exatamente.
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