Notícias
Sylvain Sylvain ganha tributo virtual com participações de Debbie Harry e Thurston Moore

Morto em 13 de janeiro após batalha contra o câncer, Sylvain Sylvain, guitarrista dos New York Dolls, vai ganhar tributo virtual no dia em que completaria 70 anos: 15 de fevereiro, à meia-noite (na hora de Brasília, dia 14 a partir das 19h).
A celebration of the musical life of New York Dolls’ Sylvain Sylvain vai trazer “uma mistura de histórias, performances e vídeos” de artistas como Debbie Harry (Blondie), Thurston Moore, Henry Rollins, David Johansen (ex-cantor do New York Dolls), Michael Des Barres, Bebe Buell, Glen Matlock (Sex Pistols) e até dos Lemon Twigs.
O show é uma produção da Rolling Live Studios e vai acontecer no Bowery Electric, em Nova York, com streaming ao vivo. Os ingressos já estão à venda.
Lenny Kaye (Patti Smith Group) também vai participar do evento. O guitarrista, compositor e escritor, na morte de Sylvain, escreveu um comunicado afirmando que “o papel (de Sylvain) na banda foi o ponto central, mantendo os satélites giratórios de seus companheiros de banda em precisão”, escreveu Kaye.
Notícias
Urgente!: Duas novas de Lucy Dacus. Alanis e Carly Simon juntas em single. Cícero vira astronauta em clipe.

RESUMO: Lucy Dacus lança duas músicas que já vinha tocando em shows, e muda capa de seu álbum mais recente. Alanis Morissette e Carly Simon juntam forças em regravação de Coming around again, hit de Carly, para trilha de filme. Cícero vira astronauta em novo clipe.
Texto: Ricardo Schott – Foto (Lucy Dacus): Divulgação
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No caso do Urgente! de hoje, urge falar do single duplo novo de Lucy Dacus, lançado na sexta-feira passada, antes que vire assunto para o Radar. Bus back to Richmond e More than friends são as duas primeiras faixas novas que ela lança desde o seu álbum mais recente, Forever is a feeling (lançado em março e resenhado pela gente aqui).
As duas são velhas (mais ou menos…) conhecidas dos fãs: Bus já foi feita há alguns anos e volta e meia estava nos setlists de Lucy – More than friends começou a ser apresentada no giro europeu do novo disco. Aliás, elas foram as duas primeiras faixas pensadas para Forever is a feeling, mas com o disco pronto, Lucy achou que não combinavam com o restante do material. A cantora também costumava pedir aos fãs que não fizessem vídeos das músicas.
Bus back to Richmond e More than friends vão na onda de tristeza alegre que marca o som de Lucy – soft rocks com lembranças doloridas de antigas paixões ou de amores que não engatam a marcha. Resta saber se são prenúncio de um álbum novo, ou algo do tipo. Quem quiser adqurir as faixas em formato físico, já pode comprar um single no site dela – os envios só rolam em outubro.
Por sinal, Lucy decidiu mudar a capa de Forever is a feeling nas plataformas digitais – já está mudada, inclusive. A nova imagem apresenta a pintura original feita por Will St. John, mas agora emoldurada e fotografada em um porta-retratos, e guardada numa espécie de depósito. Lucy diz que a ideia original da capa era essa que saiu agora, mas que na época não deu tempo de fazer. A capa e as músicas tão aí embaixo.
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Comparar Carly Simon e Alanis Morissette, duas mulheres que renovaram o soft rock com força, é a mesma coisa que comparar maçãs e bananas só porque são frutas. Carly, entre altos e baixos, tem uma série de álbuns clássicos na discografia – enquanto Alanis, mesmo tendo um catálogo até que cheinho, poderia ficar só com o best seller Jagged little pill (1995). A curiosidade é que as duas agora unem forças numa versão de Coming around again, hit da fase oitentista de Carly, originalmente composta para o filme A difícil arte de amar (1986).
A gravação das duas vai para a trilha de outro filme, O casamento da minha mãe, e ganhou (com produção de Michael Farrell e Victor Indrizzo) um ar meio dream pop, com pianos e bateria acústica, e clima etéreo – nada da onda synthpop do original.
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“É sobre deixar a mente voar e encontrar nesse exercício um lugar de acolhimento e alívio. Nesse exercício de deixar a mente voar, escrevi versos longos que acabaram ganhando uma cadência de rap, o estilo musical que mais tenho ouvido nos últimos anos. Foi natural que ele estivesse presente nesse álbum”, conta Cícero sobre o clipe de Mente voa, música de seu mais novo álbum, Uma onda em pedaços (que resenhamos aqui). No clipe, ele se transforma num astronauta que visita o Rio, ao lado de outra astronautinha, interpretada por Ainê Sunna. A direção é de Lucas Vaz e o roteiro é do próprio Cícero.
Lançamentos
Radar: Bike, Negro Leo, Vivendo do Ócio, Lô Borges e Zeca Baleiro, Esquema Símio, Tiaslovro, Funérea

Nada como a poesia de Lô Borges e Zeca Baleiro, além do clima introspectivo do Tiaslovro, para contrabalançar uma das edições mais ruidosas do Radar nacional do Pop Fantasma. Tem peso no som novo do Bike, no punk gótico do Funérea… até o indie gótico do Vivendo do Ócio e a MPB tropicalista de Negro Leo surgem falando bem alto por aqui. Ouça tudo no último volume para os vizinhos ouvirem.
Texto: Ricardo Schott – Foto (Bike): André Almeida/Divulgação
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BIKE, “SUCURI”. Noise meditations, sexto álbum da banda paulista Bike, sai em setembro, marcando mais um gol da nova psicodelia brasileira. Sucuri, single novo do grupo, investe com força na lisergia jazzística brasileira: a percussão e a bateria são assumidamente inspiradas nos trabalhos dos mestres Dom Um Romão e Robertinho Silva. Já a letra é inspirada na lenda Yube e a Sucuri, da tradição indígena Kaxinawá, que fala sobre um homem que se apaixona por uma mulher sucuri.
Júlio Cavalcante e Diego Xavier, guitarristas do Bike, emulam sons de pássaros com seus instrumentos, enquanto toda a banda dedica-se a um som ruidoso, com experimentações que vão do afropop ao hard rock. Não ouça de fone – é som pra caixas acústicas altas, espaços grandes e horas de sonho.
NEGRO LEO, “BORBOLETINHAS MULTICOLORIDAS”. Com participações de músicos como Marcelo Callado, Domenico Lancellotti e Eduardo Manso, o álbum Água batizada, de Negro Leo, saiu originalmente em agosto de 2016 pelo selo Rock It!. E agora passa a fazer parte do catálogo da gravadora QTV, em todas as plataformas. O samba infantil psicodélico Borboletinhas multicoloridas, aludindo a Jorge Ben, Mutantes e Gilberto Gil, é para escutar no repeat – e dá quase uma trilha do Sítio do Pica-Pau Amarelo (o programa da Globo) aditivada. E Rela, disco novo de Negro Leo, foi resenhado pela gente.
VIVENDO DO ÓCIO feat JADSA, “NÃO TEM NENHUM SEGREDO”. Depois de lançar a dançante Baila comigo (nada a ver com a canção de Rita Lee) ao lado de Paulo Miklos, a banda baiana recebe a conterrânea Jadsa para uma aventura pelo pop adulto eletrônico. Não tem nenhum segredo remete a soul, a psicodelia, a Roberto e Erasmo e a Skank. A música nasceu um sonho do vocalista e guitarrista Jajá Cardoso, que acordou com o refrão na cabeça e correu para gravá-lo no celular – Ronei Jorge, comandante da banda Os Ladrões De Bicicleta, coassina a faixa com ele. E Hasta la Bahia, quinto disco de estúdio do Vivendo Do Ócio, tá vindo aí.
LÔ BORGES E ZECA BALEIRO, “ANTES DO FIM”. Lô e Zeca curtem encontros musicais – descobrir novos parceiros, renovar o som com músicos novos, criar viagens sonoras diferentes. No dia 22 sai Céu de giz, disco novo de Lô, com letras assinadas por Zeca – e os dois dividem os vocais em cinco faixas do álbum, entre elas o single Antes do fim. Zeca, na canção, adere ao clima beatle e clássico das canções de Lô – e o mineiro junta-se à vibe poética, ácida e esperançosa do maranhense. A música já ganhou um lyric video, dirigido por Izabele Pertensen.
ESQUEMA SÍMIO, “BERÇÁRIO”. Essa banda baiana, lançamento da supergravadora indie Trinca de Selos (formada pelas etiquetas Brechó Discos, Bigbross Records e São Rock Discos), faz pós-grunge – mas não espere nada parecido com Foo Fighters ou algo do tipo. O negócio do Esquema Símio é misturar grooves psicodélicos, guitarras repletas de efeitos e letras instigantes – como o protesto de Arquivos mortos e a espiritualidade de Ogum. Berçário, uma das faixas do álbum Homo homini lupus 2 (2025), fala sobre todo o medo e renúncia da maternidade, com climas assumidamente influenciados pelos Smashing Pumpkins de Machina/The machines of god (2000).
TIASLOVRO, “TORRE DO TEMPO”. Tiaslovro é o codinome artístico escolhido pelo músico e diretor cinematográfico Matias Lovro. O EP de estreia Portos do Reino sai em breve, e Torre do tempo adianta os trabalhos. Um folk imagético, com referências assumidas de Fleet Foxes e Leonard Cohen, mas com algo bem próximo do som de cantores como Tim Buckley (o pai do Jeff). Tiaslovro diz que, na canção, o violão chega a expressar mais do que as palavras – e que a música revela que ele curte criar mundos e deixar o/a ouvinte completar as lacunas.
FUNÉREA, “CAROLINA”. Lançada pelo selo Downstage, a faixa nova da banda de Lucas Carmo (voz, guitarra), Pedro Lanches (baixo, voz), Lucas Santos (bateria) e Vitor Martins (guitarra) é punk com vibe emo, e certo clima gótico dado pela letra e por detalhes da melodia – por sinal, desde o começo, a banda paulistana é tida como “punk demais pro emo, emo demais pro punk”. Pedro Lanches, baixista do grupo, já apareceu com seu trabalho solo num outro Radar aqui no Pop Fantasma.
Lançamentos
Radar: Suede, Tombstones In Their Eyes, Ani Glass, Aimée e Mediopicky – e mais!

O Suede abre o Radar internacional de hoje com seu extremamente imperdível single novo, Dancing with the europeans – que só aumenta a vontade de conferir logo o próximo álbum, em breve nas plataformas. Tem uma galera bem experiente hoje por aqui (David Byrne, Jeff Tweedy), mas a ideia é jamais deixar de lado a turma que ainda está em busca de fãs e audições. Também fizemos questão de mostrar que pop, rock, música eletrônica e experimentações musicais andam se encontrando bastante. Ouça tudo no último volume.
Texto: Ricardo Schott – Foto (Suede): Reprodução YouTube
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SUEDE, “DANCING WITH THE EUROPEANS”. Após Disintegrate e Trance state, Dancing… é o terceiro single a anunciar o próximo disco da banda britânica Suede, Antidepressants, a sair dia 5 de setembro. O som lembra ligeiramente a fase Love, do The Cult (1985), com guitarras sempre presentes e ruidosas. Brett Anderson, cantor da banda, avisa que se trata de uma canção bastante otimista, que trouxe paz a ele durante um show do Suede na Espanha, exatamente na gravação do novo disco, “quando eu estava passando por um momento ruim e, pessoalmente, em baixa”, diz. O show acabou sendo ótimo, e a frase “dançar com os europeus” faz referência a buscar conexão com outras pessoas.
TOMBSTONES IN THEIR EYES, “I AM COLD”. Criada pelo músico John Treanor, essa banda de Los Angeles vem com pose de veterana e histórias para contar: gravam desde 2015 e, no single novo, I am cold, ressurgem com aquilo que chamam de “sessão de terapia cósmica”, já que a faixa nova tem barulho, psicodelia e sons em meio ao eco. I am cold encerra a jornada do álbum mais recente do Tombstones In Their Eyes, Asylum harbour, lançado no ano passado, e que teve produção de Paul Roessler (Josie Cotton, Nina Hagen, Hayley and the Crushers). E ganha um clipe tão viajante quanto a própria faixa.
ANI GLASS, “PHANTASMAGORIA”. Clima fantasmagórico não apenas em som como em imagem, é o que aguarda todo mundo no clipe dessa faixa, uma canção eletrônica, viajante e espectral que abre o lançamento do novo álbum de Ani, também chamado Phantasmagoria, e que sai em setembro. Ani é galesa, canta em galês e inglês, e decidiu fazer de seu próximo disco um lançamento conceitual sobre as questões de vida ou morte que ela vivenciou recentemente, quando foi diagnosticada com um raro tumor cerebral benigno.
AIMÉE E MEDIOPICKY, “AMIGO”. Um verdadeiro bate-estaca sonoro aguarda quem for escutar o novo single da cantora e do produtor dominicano. Definido como hyperpop pelo release, Amigo está mais para um gabber (aquela mescla de música eletrônica e hardcore), cujo peso e intermitência são quebrados pelos vocais doces de Aimée. O EP Amigo ainda tem Amigo punk – nada a ver com a canção da banda gaúcha Graforréia Xilarmônica, trata-se de uma releitura eletropunk da faixa-título. A terceira, Viejo amigo, é um merengue que mais parece um frevo, acelerado e psicodélico.
JEFF TWEEDY, “ENOUGH”. Vai ser fã de Tweedy assim lá no mato: o cantor do Wilco volta à carreira solo no dia 26 de setembro com o disco triplo (!) Twilight override. São trinta faixas novas, e vale dizer que isso não é nem metade do que ele anda fazendo – ele diz em entrevistas que compõe uma canção por dia. Enough, um dos quatro singles já liberados do disco, é um rock vintage que poderia estar no All things must pass, disco triplo de George Harrison (1970). Ou não?
DAVID BYRNE, “SHE EXPLAINS THINGS TO ME”. Fofa, ensolarada e com um clima que remente tanto ao folk quanto a Brian Wilson: a música nova de David Byrne tem também muito de Beatles e do próprio Talking Heads. E também é protesto puro: a letra é inspirada no livro Men explain things to me, de Rebecca Solnit, e fala sobre mansplaining – ou seja: o fato dos homens se acharem no direito de estarem sempre explicando coisas às mulheres, deslegitimando suas ideias e pontos de vista. Who is the sky?, próximo disco solo de Byrne, sai pela Matador no dia 5 de setembro.
NUUNNS, “INSTITUTION”. Banda de pós-punk e sons trevosos de Los Angeles, o Nuunns fala sobre loucura e afastamento da sociedade em seu novo single – cujo clipe, vale avisar, pode dar gatilhos em muita gente, embora valha MUITO a pena ser visto, até pelas questões que levanta. O som tem vibes motorik na bateria e uma pegada bem dark nos teclados, nas guitarras e nos vocais. Eles já estiveram aqui no Radar com um outro single, Self esteem.
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