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Lançamentos

Sargaço Nightclub lança single e clipe sobre vigilância digital, “O grande irmão”

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Sargaço Nightclub lança single e clipe sobre vigilância digital, "O grande irmão"

Na era de Alexa, ChatGPT, algoritmos e dados, nem a arte escapa da automatização da inteligência artificial, tampouco da vigilância digital. Esse é o mote dos novos single e clipe da banda de indie rock pernambucana Sargaço Nightclub, O grande irmão.

A ideia da banda foi construir o personagem da canção como alguém que saiu das páginas de 1984, de George Orwell. A música vai fazer parte de Bioluminescente, próximo disco do grupo, previsto para o fim do ano, com doze músicas inéditas. O clipe da faixa foi dirigido por Vito Quintans, do estúdio Narsvera. “O clipe mostra O grande irmão como uma entidade de uma dimensão superior que a tudo vê, nada deixa passar, com raios que saem dos olhos”, ressalta Marrê, vocalista e guitarrista.

Fundada em 2016, a Sargaço Nightclub é composta, atualmente, por Marrê (voz e guitarra), Ingno Silva (teclados e programações) e AD Luna (bateria).

Lançamentos

Urgente!: Lançamentos da semana (28 de abril a 2 de maio de 2025)

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Urgente!: Lançamentos da semana (28 de abril a 2 de maio de 2025)

Um sobrevoo rápido por alguns dos lançamentos que movimentaram a semana. Nada de esgotar o assunto – a ideia nessa edição semanal e especial do Urgente! é fazer um recorte, destacar o que chamou a nossa atenção. Então anota aí:

(lembrando que tem mais lançamentos e músicas recentes no nosso Radar)

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ÁLBUNS:

O Car Seat Headrest (os da foto aí de cima), você já deve saber, lançou disco novo: a ópera-rock The scholars tem mais de uma hora de duração, uma música de dezoito minutos (!) e é, de longe, o disco mais audacioso lançado pela banda – aliás uma banda que já é audaciosa por natureza.

Mas teve mais: o Model/Actriz retornou com o bom Pirouette. Sabrina Teitelbaum, a popular Blondshell, solta o disco novo, If you asked for a picture – um álbum que, segundo ela, tem músicas que “mostram um instantâneo de uma pessoa ou de uma relação, e mostrar um vislumbre de uma história pode ser tão importante quanto tentar capturar tudo”. E a galera punk canadense do Pup retorna com Who will looked after the dogs?. Aliás, do mesmo país, e margeando o mesmo estilo musical, tá aí o Propagandhi com o novo At peace.

O rapper e compositor sueco Yung Lean, nomão do chamado emo rap, volta com o introspectivo  Jonatan. Suzanne Vega, que estava sem gravar havia quase uma década, retornou com Flying with angels – anunciado com singles excelentes, por sinal. De rock nacional, o disco novo do Maré Tardia, Sem diversão pra mim, chegou às plataformas, revelando uma banda bem mais madura do que no primeiro álbum – e já está na nossa fila de resenhas.

SINGLES:

Pouco antes de lançar o disco novo, Blondshell ainda estava divulgando singles do disco – e saiu Event of fire. Mas teve mais: a banda carioca Moptop retornou com mais um single, Ghosts, e aproveitou para anunciar shows no Circo Voador, no Rio de Janeiro (10/7), e no Curitiba Stage Garden, na capital paranaense (18/7), além de mais uma data no Augusta Hi-Fi, em São Paulo (o grupo toca lá dia 12/7 e já agendou o dia 13).

Preparadíssimo para lançar disco novo, o Stereolab lançou o clipe-single Melodie is a wound. Zara Larsson, também com disco planejado para 2025 (mas sem mais detalhes) lança o clipe e o single de Pretty ugly, tudo com nota zero em comportamento. E quem é vivo sempre aparece: os Residents, que lançaram disco novo em fevereiro, Doctor dark, lançaram em single separado a faixa White guys with guns.

Do Brasil, tivemos o single duplo de Tim Bernardes, Prudência e Praga, do qual falamos aqui. Zé Ibarra marca sua nova fase com o single Transe, lançado pela Coala Records – depois de dividir vocais com Milton Nascimento na turnê do cantor, ele retoma sua carreira solo numa vibe quase progressiva, mostrando o quanto a experiência com Milton lhe marcou. E o sergipano Sérgio Sacra une folk e sons caipiras nacionais em seu single Fique comigo (Como se fosse a última vez). Tudo lançado nesta semana!

 

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Crítica

Ouvimos: Wander Wildner, “Diversões iluminadas”

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Ouvimos: Wander Wildner, “Diversões iluminadas”

Wander Wildner não é mais aquele sujeito que cantou “eu quero que o Caetano vá pra puta que o pariu” (em Porque não, não-hit de sua ex-banda Replicantes). Que bom: certas coisas são engraçadas quando você tem 20 e poucos anos, e são bem bobocas quando você passa dos 40, 50 ou 60. O Wander de hoje está em paz com suas raízes musicais, lembra que em seu passado convivem um ex-hippie e um eterno punk, e em Diversões iluminadas, cai dentro de releituras no estilo faça-você-mesmo de músicas que marcaram sua história.

Algumas dessas releituras, pelo menos para quem não acompanha a carreira e a entrevistas de Wander, podem parecer inesperadas, como Um índio (Caetano Veloso), Dê um rolê (Novos Baianos) e Terral (Ednardo). A música de Caetano retorna com sonoridade entre o rock clássico e o punk – e o som de artistas como John Cooper Clarke, Craig Finn, Iggy Pop, Smithereens. O hit novobaiano, que era um blues-rock psicodélico na versão de Gal Costa em 1971, virou uma balada típica de cantores de punk decididos a encarar seu trabalho como um viés sombrio do rock clássico – com direito a drive poderoso no “eu sou amor da cabeça aos pés”. O clássico de Ednardo volta lembrando Psychedelic Furs e Lloyd Cole, e ao mesmo tempo tem algo de dream pop escondido ali.

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Em Diversões iluminadas (disco acompanhado por um livro que pode ser pedido pelo zap da Editora Yeah – 51-99799-1900) o mesmo tratamento é dado a (imagine) Sangue latino, hit dos Secos & Molhados – que virou pré-punk com vocal grave e um paredão de guitarras que chega a esconder a bateria. Redemption song, de Bob Marley, volta em português (mas mantendo o título em inglês) com cadência punk-romântica. Clima parecido brota na releitura de The killing moon (Echo and The Bunnymen), que ganha guitarras que dão um clima quase shoegaze para a gravação. Pra viajar no cosmos não precisa gasolina, de Nei Lisboa, encerra o disco tendo suas características experimentais e espaciais turbinadas.

No lado originalmente roqueiro do disco convivem outras releituras notáveis, como o hard rock punk de Beside you (Iggy Pop) e o rock româtico e vira-lata, no estilo da carreira solo de Johnny Thunders, de True love will find you in the end (Daniel Johnston). John Lennon is my Jesus Christ, dos rockers galeses do Buzzard Buzzard Buzzard, ganha modificações na letra para abarcar nomes como Mick Jagger e o roqueiro e jornalista gaúcho Jimi Joe. Um bom respiro não-autoral numa carreira compromissada com a independência. Só não precisava muito reler (igualmnte em português, como acontece com todas as releituras de músicas estrangeiras do disco) Times like these, dos Foo Fighters.

Nota: 8,5
Gravadora: Independente
Lançamento: 3 de abril de 2025.

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Crítica

Ouvimos: Bedridden, “Moths strapped to each other’s back”

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Ouvimos: Bedridden, “Moths strapped to each other’s back”

O site Stereogum achou o nome dessa banda do Brooklyn uma merda e deixou isso bem claro num texto recente: “Sei que a maioria dos bons nomes de bandas já foram escolhidos, mas vocês provavelmente poderiam escolher uma palavra aleatória do dicionário que seria mais empolgante do que essa. Quem quer comprar uma camiseta que diz ‘bedridden’ (acamado, em português)?”. Maldade da grossa …

Do alto de um ótimo primeiro álbum, este Moths strapped to each other’s back, Jack Riley, vocalista e guitarrista do Bedridden, não está nem aí: disse à newsletter First Revival que o nome surgiu de quando ele ficou sem ter onde morar e passou um tempo fazendo couchsurfing (enfim, na verdade ele nem sequer teve como ficar preso a cama alguma). E quanto ao som, o Bedridden traz de volta o som de grupos como o Smashing Pumpkins dos anos 1990, o Foo Fighters do começo e até bandas hoje infelizmente pouco lembradas como Heatmiser (o grupo que revelou Elliott Smith). E mistura isso tudo com o idioma do emo e do pós-hardcore.

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Moths investe em ritmos quebrados, composições ágeis, vocais tranquilos e melodias angustiadas, como em Gummy, Etch (lembrando o SP da época de Siamese dream), Chainsaw, o punk de arena Heaven’s leg e Bonehead – essa última, soando como um emo apaixonado por Soundgarden e Helmet. As guitarras são ótimas, beiram eventualmente o shoegaze, e ganham marcação cerrada com o baixo e a bateria.

Em meio a várias lembranças de como o pós-grunge realmente deveria ter sido (a tríade Mainstage, Snare e Uno é bem isso), há outros diferenciais, como em Philadelphia, get me through – com início leve e sombrio e contexto mais pós-punk do que punk, até que algo explode. E o final com Ring size, quase uma balada folk, só que em compasso ternário e tocada na guitarrra. Todo o repertório de Moths é uma explosão emocional, mas essa é a mais bonita do disco. Ouça.

Nota: 9
Gravadora: Julia’s War Recordings
Lançamento: 11 de abril de 2025.

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