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Quando Lars Ulrich se amarrava no Nirvana

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Quando Lars Ulrich se amarrava no Nirvana

Pelo menos em 2017, o baterista do Metallica, Lars Ulrich, contava à revista Vice que não via muita graça nas músicas feitas na “atualidade” (pelo menos a atualidade de 2017). E ele aproveitou para elogiar várias bandas dos anos 1990, época em que o Metallica foi abraçado de vez pelo mainstream.

“Há dez ou 30 anos, era diferente. Tipo, ‘Oh meu Deus, Guns N’ Roses, oh meu Deus, quem são esses caras do Nirvana! Oasis!’ Você estava ouvindo falar deles e queria conhecê-los. Hoje em dia, não há nenhuma banda que tenha causado esse impacto em mim. A última vez em que eu fiquei tipo, ‘Puta merda! Isso realmente me inspira’, foi quando escutei uma banda chamada Sword, de Austin, Texas. É stoner rock, uma espécie de Black Sabbath moderno”, disse o músico.

>>> Veja também no POP FANTASMA: Black Francis (Pixies): “Virei o Nirvana Jr, agora?”

No tal papo, Lars elogiou também uma banda norueguesa chamada Kvelertak. “Essas bandas são poucas e distantes hoje em dia. Sei mais sobre cinema do que sobre música porque sigo mais. Isso não significa que se algo incrível viesse e me desse um tapa na cara, eu não aceitaria, apenas aparecia cada vez menos”, conta.

Aliás, a história do Metallica com o Nirvana ainda teve outros lances. O Nirvana chegou a ser convidado pela banda para fazer uma turnê em 1991, só que dividindo as datas com o Guns N’Roses. Segundo Lars Ulrich, Kurt Cobain desistiu da turnê quando soube que o Guns estava na história, alegando que jamais dividiria um palco com eles. O baterista do Metallica também fez comentários sobre Montage of heck, documentário sobre a vida de Kurt Cobain, reclamando que achava que o filme tinha exagerado na invasão à vida do cantor.

Via Alternative Nation

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Notícias

Urgente!: História da Nação Zumbi chega ao Canal Brasil nesta sexta (18)

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Pra botar na agenda e não perder de jeito nenhum: a série documental Nação Zumbi – No movimento das marés, de Aquiles Lopes e Leo Crivellare, que conta a história do grupo pernambucano, chega à grade do Canal Brasil nesta sexta-feira (18), às 19h30.

No movimento das marés é uma série curtinha e completa: são quatro episódios de 25 minutos falando da banda desde o comecinho, passando igualmente pela história de Chico Science (que criou a banda, você deve saber) e chegando aos dias de hoje.

A produção percorre cenários em Recife, Olinda, Rio de Janeiro e São Paulo, e há depoimentos de jornalistas, executivos de gravadora, músicos e todo mundo que lidou com a banda (Lorena Calábria, Arthur Dapieve, Roberto Frejat, Marcelo D2, Alice Pellegatti, Charles Gavin e Edgard Scandurra estão entre os entrevistados).

Urgente!: História da Nação Zumbi chega ao Canal Brasil nesta sexta (18)

No sentido horário: Marcelo D2, Frejat, Charles Gavin e Edgard Scandurra nos depoimentos da série (Todas as fotos: Canal Brasil/Divulgação)

A série começa com o episódio Hoje, amanhã e depois, que dá um passeio por várias fases da banda: traz a turnê pela Europa em 2017 e a gravação no estúdio Abbey Road, em Londres, mas volta lá atrás para contar a história desde o começo – e também para relembrar a tristeza com a morte de Chico, num acidente de automóvel, em 1997.

Os três próximos episódios vão ser exibidos pelo canal, nos dias 25 de julho, 1º e 8 de agosto. Se você perder algum deles, há horários alternativos aos sábados, às 13h30, e aos domingos, às 9h.

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Lançamentos

Radar: Rico Dalasam, Leu Kalunga, Luana Flores, Matheus Gomes Lima, Undo, Supervão, Pedro Silveira

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Radar: Rico Dalasam, Leu Kalunga, Luana Flores, Matheus Gomes Lima, Undo, Supervão, Pedro Silveira

O Radar nacional costuma apostar na mistura sonora, mas hoje…. Bom, hoje a seleção vem BEM misturada: hip hop, MPB de base afro-cigana, soul, pós-punk, experiências do dia a dia, saberes espirituais e encantarias, heranças que vêm de outras culturas, ciclos emocionais, problemas da modernidade, música e existência, tudo junto e misturado. E rumo ao último volume! (Foto Rico Dalasam – Divulgação).

Texto: Ricardo Schott

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RICO DALASAM, “DILEMA”. Rapper ligado a temas e vivências LGBTQIAP+, Rico volta com single novo, Dilema, que fala sobre as confusões que todo mundo pode fazer entre amor e ódio – aliás, entre amor e ódio a si próprio. Parece contraditório, mas não é: o que tem mais no mundo que a gente vive são contradições, com as quais lidamos no dia a dia, e que Rico põe em sua música. Em fase nova na carreira, Rico juntou-se ao produtor Pedrowl e ao DJ Lukinhas e, em Dilema, cai dentro do funk misturado com rap.

LEU KALUNGA, “AFRODISÍACA”. Multitarefa? Leu é mais. Intérprete, poeta, cantriz, compositora, percussionista e performer — tudo isso orbitando a cena efervescente de Pelotas (RS). Já apareceu por aqui antes com um single, agora volta com Afrodisíaca, faixa que mistura o swing do afropop com a ternura melódica do brega recifense.

A produção vem assinada pelo moçambicano Leo Pro Beatz, no que é o primeiro feat internacional de Leu. “A música mergulha em um jogo de sedução intensificado pelos sabores do mel e do açaí, elementos afrodisíacos”, define a cantora, que já tem três singles lançados antes de Afrodisíaca. Leu é uma das vozes do selo Dona Dete Records.

LUANA FLORES feat DUO LUUL, “SIGA CYGANA”. Não mexe com quem não anda só! A paraibana Luana adianta seu novo álbum com Siga cygana, uma música que fala de saberes ancestrais, encantamentos e todas as memórias que os povos ciganos guardam até hoje. O som tem samba de roda e experimentações de beats. O Duo Luul, também paraibano, participa da faixa, que ganhou um clipe dirigido pela própria Luana.

Aliás, clipe nada: Luana decidiu fazer um short movie para a faixa, com doze minutos e clima estradeiro, com toda a turma a bordo de uma kombi. “Esse vídeo é um conto sobre a terra, os alimentos e a memória ancestral ameaçada”, conta Luana. “Fala da perda de saberes, da manipulação da indústria alimentícia, da perseguição às sementes e da monocultura que empobrece a diversidade”.

MATHEUS GOMES LIMA, “ENCRUZILHADA, LICOR E DENTE-DE-LEÃO”. Músico de São Gonçalo (RJ), que passou pela banda Elefantes Voadores, Matheus entrega três grandes referências para seu novo single: Três lados, do Skank, Rockin’ chair do Oasis, e Just like heaven, do The Cure. Faz muito sentido – e se trata de uma canção romântica, de espírito leve, com a cara do som violeiro dos anos 1980 (Smiths também bate ponto na sonoridade de Matheus, audivelmente).

Encruzilhada, licor e dente-de-leão já ganhou clipe – por sinal um vídeo em que Matheus sai por aí com uma foto na mão, em busca de sua amada perdida. Tudo a ver com o clima amoroso da faixa – uma das canções mais bonitas que já passaram pelo Radar do Pop Fantasma em 2025. Carnaval, primeiro álbum de Matheus, sai em breve.

UNDO feat LEONI, “APRENDER A PERDER”. A banda de André Frateschi (voz), Rafael Mimi (guitarras), Johnny Monster (guitarras), Dudinha (baixo) e Rafael Garga (bateria) nasce com ares de supergrupo – afinal, todos são compositores, e todos são bastante experientes (André, você deve saber, é o vocalista dos shows de Dado Villa-Lobos e Marcelo Bonfá tocando repertório da Legião Urbana). O som é repleto de energia pós-punk – e a ideia das canções, a julgar pelos singles que já saíram nas plataformas, é falar 100% de realidade, dia a dia, temores e expectativas dos dias de hoje.

O novo single Aprender a perder, com letra de André Frateschi e Leoni (que solta a voz na faixa, como convidado), fala dessa ideologia de “coach” que vende vitórias como se fosse pão quente na padaria – sem garantia alguma, claro. O primeiro álbum do Undo está a caminho.

SUPERVÃO, “LOVE E VÍCIO EM SUNSHINE”. Um passeio por Porto Alegre, mais aproximadamente pelo Centro e pela Cidade Baixa, com imagens feitas em super-8 e clima vintage. A banda Supervão fez um clipe nessa vibe para uma das melhores músicas de seu disco Amores e vícios da geração nostalgia – que resenhamos aqui. E o passeio ainda se estendeu às casas dos integrantes, além de uma chegadinha em São Leopoldo (RS), cidade natal do grupo e do diretor do clipe, Mauricio Kessler.

Love e vício em sunshine equilbra-se, como quase todo o álbum do grupo, entre o power pop e o tecno, entre o indie rock anos 2000 e o lo-fi – e a letra é um banho de realidade, falando “desses ciclos emocionais que se repetem, dessas expectativas que, às vezes, frustram. Expõe o problema dos vícios, da solidão, dos finais de relacionamentos, das viradas de ano que prometem muito e não entregam nada”, diz o guitarrista e vocalista Mario Arruda, que fez a música.

PEDRO SILVEIRA, “EFEITO COLATERAL (AO VIVO)”. Cantor e compositor potiguar independente, Pedro lançou em janeiro o álbum Efeito colateral, e já soltou uma live session do álbum, gravada ao vivo no Dosol TV Sessions, do selo musical DoSol, de Natal (RN) – o álbum de Pedro já havia sido lançado numa parceria com a gravadora. A faixa-título do disco é uma canção de amor que lembra bastante os mestres do soul brasileiro. E Pedro explica que muito da letra vem de sua vivência profissional fora dos palcos e estúdios. Sim, porque além de músico, ele é médico.

“Enquanto médico, lido diariamente com queixas dos meus pacientes sobre efeitos colaterais causados por medicamentos. Enquanto indivíduo que se apaixona, lido constantemente com os efeitos colaterais de saudade, do desejo e do encanto causados pelas histórias de amor vivenciadas até aqui”, conta ele, cujo som é uma mistura de ritmos, indo do r&b ao maracatu e samba-reggae.

 

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Crítica

Ouvimos: Hélio Delmiro e Augusto Martins – “Certas coisas”

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Ouvimos: Hélio Delmiro e Augusto Martins - "Certas coisas"

RESENHA: Gravado pouco antes da morte de Hélio Delmiro, Certas coisas evita o tom de despedida com repertório variado e ótima sintonia com Augusto Martins.

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Quando o violonista Hélio Delmiro morreu (vítima de complicações de diabetes e problemas renais em 16 de junho, aos 78 anos), não apenas Certas coisas, gravado com o cantor Augusto Martins, estava terminado, como também o músico já estava prestes a cumprir agenda de imprensa – já até tinha dado uma entrevista. Produzido por Moacyr Luz, o álbum chuta a tristeza para o mais longe possível e escapa do clima de epitáfio, por causa da dinâmica entre cantor e músico, e pela vontade com que Hélio ataca violão e guitarra nas doze faixas.

Hélio Delmiro teve inúmeros amigos, parceiros e testemunhas. Seu trabalhos como guitarrista e violonista de cantoras como Elis Regina e Clara Nunes sempre são lembrados. Mas ele também tocou em grupos como o Fórmula 7, e na banda da versão carioca do Jovem Guarda, programa apresentado por Roberto Carlos, Wanderléa e Erasmo Carlos durante os anos 1960.

Como um reflexo dessa trajetória variada, o repertório de Certas coisas vai da MPB clássica à mais popular. Certas coisas, de Lulu Santos e Nelson Motta, aparece com algo de blues no andamento – e De repente, lado B da dupla de compositores, encerra o álbum ganhando cara de música de Gilberto Gil. Fotografia (Tom Jobim), que teve a guitarra de Hélio na gravação do disco Elis & Tom (1974), traz o músico ao violão unindo jazz e blues, e encartando um trecho de Garota de Ipanema (Tom Jobim e Vinicius de Moraes). Jardin d’hiver, popularizada por Henri Salvador, investe no samba-jazz noturno, e até Como vai você, de Antonio Marcos e Mario Marcos, está no repertório.

Augusto, cantor bom e despojado, acompanha e se deixa acompanhar por Hélio. O resultado vai do canto correto da faixa-título à entrega de Fotografia e de Fé cega, faca amolada (Milton Nascimento, Ronaldo Bastos) – que se torna um samba épico, quase viajante – passando por uma versão contida até demais do bolero Contigo aprendi (Armando Manzanero). O repertório tem uma música totalmente inédita – a ótima Acanhado, de Hélio e Moacyr Luz – e traz como maior surpresa Bye bye Brasil, de Chico Buarque e Roberto Menescal, gravada como se fosse uma bossa pop de Rita Lee e Roberto de Carvalho.

Texto: Ricardo Schott

Nota: 8,5
Gravadora: Mills Records
Lançamento: 30 de maio de 2025

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