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Gioli: depois das covers, três singles autorais

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Gioli: depois das covers, três singles autorais

Produção nova de Mãozinha (Anitta, Ludmilla), Gioli tem 16 anos e surgiu do universo das cantoras que fazem covers na internet. Começou sua carreira autoral neste ano e já tem três singles. O mais recente, Mal resolvido, saiu na semana passada. A música, em clima folk-pop, nasceu da interação com os fãs no Instagram.

“Eu abri uma caixinha de perguntas no meu perfil pedindo para que as pessoas me mandassem palavras para me inspirar a escrever. O resultado foi esse, uma canção que mexeu bastante comigo e que decidi mostrar para o público”, conta. Mal resolvido sai sob o selo da gravadora Virgin Music Brasil e da produtora GH Music.

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Urgente!: Lançamentos da semana (5 a 9 de maio de 2025)

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Urgente!: Lançamentos da semana (5 a 9 de maio de 2025)

Um sobrevoo rápido por alguns dos lançamentos que movimentaram a semana. Nada de esgotar o assunto – a ideia nessa edição semanal e especial do Urgente! é fazer um recorte, destacar o que chamou a nossa atenção. Então anota aí:

(lembrando que tem mais lançamentos e músicas recentes no nosso Radar)

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ÁLBUNS E EPs:

Hoje, dia 9 de maio, saiu o volume 2 da série de remixes do álbum Come ahead, o mais recente do Primal Scream. Dessa vez, convidados como os Pet Shop Boys, Terry Farley e o Black Science transformam as faixas do disco em dubs – aquele filhote do reggae e da música ambient que, quando bem realizado, tem graves de doer o peito. O novo do Counting Crows também já está no mundo e tem nome de sobremesa roqueira: se chama Butter miracle, the complete sweets!, assim como os novos de Peter Murphy (Sweet shade), Behemoth (The shit ov god) e do The Kooks (Never/know).

Kali Uchis, depois de duas edições de Orquídeas (a versão normal e a deluxe, com mais uns agrados), mandou para o mundo o novo Sincerely, (isso mesmo, com a vírgula colada no título). O Sleep Token voltou com Even in Arcadia. E Mark Pritchard, em dobradinha com Thom Yorke (ele mesmo, o do Radiohead), lançou nas plataformas o áudio de seu projeto audiovisual Tall tales. Ah, e claro que você já deu uma espiada em Pink elephant, o novo do Arcade Fire.

Por aqui, os Selvagens À Procura de Lei estão de volta com as 12 faixas de Y. Nesta semana também teve Maravilhosamente bem, disco novo da Julia Mestre (foto), que veio com reforço visual: um curta no YouTube, meio cinema indie setentista/oitentista, que acompanha o clima do som. O Terraplana lançou a live session Terraplana on Audiotree Live. Alaíde Costa reverenciou Dalva de Oliveira em Uma estrela para Dalva, Sergio Britto (sim, ele, dos Titãs) soltou seu solo Mango dragon fruit, e Alcione chegou animada com Alcione, seu primeiro álbum de inéditas em cinco anos.

SINGLES:

Garbage e Miley Cyrus, que têm discos no forno, resolveram aquecer os motores com dois lançamentos de impacto: Get out my face AKA Bad Kitty (Garbage) e More to lose (Miley). Fiona Apple, em movimento raro e precioso, rompeu o silêncio com Pretrial (Let her go home) — uma daquelas faixas que fazem a gente lembrar por que sente falta dela. Sophie Ellis-Bextor reaparece com Taste, e já avisa: vem aí o álbum Perimenopop, previsto para o dia 12 de setembro. Já o U.S. Girls solta o single Bookends e crava data para Scratch it, disco novo: 20 de junho.

Kali Uchis apresenta oficialmente Sincerely, o novo álbum, com o clipe elegante de All I can say. Soccer Mommy, por sua vez, aposta na delicadeza: Evergreen, seu último disco, ganha uma versão stripped (despida, despojada, mais crua), prevista para 6 de junho — será um EP, com algumas faixas a menos. A novidade chegou junto com o single She is (Stripped). E de Portugal vem o Mirror People, projeto eletrônico-jazzístico-experimental que solta o single Million questions e já avisa que o álbum Desert island broadcast aporta em 26 de setembro.

No Brasil, o retorno mais simbólico da semana vem do Molejo: é Coração molengo, primeiro lançamento sem o saudoso Anderson Leonardo — a música é de Pedrinho da Flor, Gilson Bernini e Xande de Pilares. A metálica e cromada Caosmaria, direto de Taubaté (SP), lança Pé de cabra, que fala de uma pessoa atraente que se transforma, literalmente, no cão chupando manga — com direito a clipe gravado na Zona Rural de Tremembé. E como já cantamos a bola aqui no Pop Fantasma, Dom Salvador voltou à cena com o single esperançoso Não podemos o amor parar. Mais: nessa semana a banda Atalhos se une a Franco Ocampo, do projeto paraguaio El Culto Casero, e solta o single-clipe Delirios en Paraguay.

Foto Julia Mestre: Gabriel Galvani/Diculgação

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Crítica

Ouvimos: Jensen McRae, “I don’t know how but they found me!”

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Ouvimos: Jensen McRae, “I don’t know how but they found me!”

Tem algo de Taylor Swift na música de Jensen McRae – ainda que a influência não seja óbvia e as duas personagens sejam bastante diferentes em quase tudo, mas as motivações até que se parecem. Jensen é uma criadora de conteúdo que também compõe e faz discos, um tipo de artista ao qual provavelmente todo mundo vai ter que se acostumar nos próximos anos: ela faz podcast, posta vídeos, tem newsletter no Substack e é bastante atenta à sua própria vida – tão atenta que sabe que muita coisa que ela vive pode virar conteúdo, texto, música.

Quase da mesma forma que Taylor se acostumou a transformar sua vida em pop confessional, Jensen vem se acostumando a levar seu dia a dia para seu som (que por acaso é bem próximo do soft rock, do folk e de qualquer estilo que renda canções de rodinha de violão). Daí um monte de ex-namorados escrotos acabam sendo brindados com as letras autobiográficas (ou autoficcionais) de I don’t know how but they found me!, segundo álbum de Jensen.

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Vá lá que algumas (poucas) letras de Jensen chegam a assustar de tão ingênuas. The rearranger é um soft rock que bate fundo naquela velha história do macho que tem uma ficante para cuidar dele e não promete nada a ela. I can change him é soft pop batido na guitarra (melodia boa, por sinal) com Jensen apostando que vai promover mudanças na mente do namorado cabeça-dura.

Savannah, um pop-folk gostosinho e deprê, e Let me be wrong, country rock que abre com batida marcial a la U2, já lidam com emoções “de gente grande”, e escolhas que precisam ser feitas na hora que têm que ser feitas – e deixam marcas. I don’t do drugs, por sua vez, é uma balada espirituosa sobre um namoro que só acabou para uma das partes: “eu gostaria de culpar as drogas, mas não uso drogas / é uma fera que jurei que havia dominado / me curei, mas voltei”. Massachussetts, outra canção de dor de cornx e pé na bunda, tem aquela mesma cara de rock estradeiro e country que costuma dar certo nos dias de hoje – acabou viralizando no Tik Tok bem antes do disco sair. O alt-country Daffodils é uma cápsula do love bombing, do abuso nos relacionamentos.

O som de Jensen é fácil – extremamente fácil, o que não quer dizer que seja ruim, pelo contrário. É de fácil identificação, vai na correnteza do que vem dando certo, e traz a contação de histórias pessoais, ao lado da filiação pop-rock-folk, como principal arma. Dá pra dizer que tudo poderia ter virado crônicas para a newsletter dela, mas os textos ganharam acordes e melodias e escaparam da camisa-de-força do “conteúdo”. Se não ouviu ainda, corra atrás.

Nota: 8
Gravadora: Dead Oceans
Lançamento: 25 de abril de 2025.

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Crítica

Ouvimos: Billy Idol, “Dream into it”

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Ouvimos: Billy Idol, “Dream into it”

Tinha algo de mágico nos discos que Billy Idol lançou nos anos 1980 – por sinal, uma magia que dificilmente vai se repetir na música do mundo. O melhor escaninho para se colocar clássicos como Rebel yell é o da música pop. Mas era um pop de guitarras, vocais gritados e referências tanto do punk quanto do soul, que acabava agradando roqueiros (os menos radicais) e os fãs de música pop que gostavam de um som mais pesado. Nem todo mundo levava Billy a sério, mas era um cara que dependendo da música, poderia tocar na Fluminense FM e na Transamérica sem que ninguém saísse ofendido.

O mundo mudou, as definições ligadas a esse negócio chamado “música pop” mudaram junto, e se um cara surgisse hoje com hits como Dancing with myself e Eyes without a face na carteira, talvez fosse imediatamente infantilizado pelo mercado, ou jogado no escaninho do emo, ou descredibilizado. Vai daí que Dream into it, novo disco de Billy (cuja carreira discográfica vinha se resumindo a singles e EPs há alguns anos), em alguns momentos soa como o cantor tentando se despir da capa de popstar, pisando no chão e assumindo (ao que parece) que seu legado deu no punk pop, e não exatamente num pop com cara de malvado.

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A maldade de Dream into it está no próprio personagem do disco, digamos: o álbum inteiro fala da vida, paixão, ascensão e queda de Billy, pegando pesado em detalhes autobiográficos, e assumindo alguns erros bizarros, mas em clima de superação. Entre os melhores momentos, estão a lembrança do tempo da fome no pop-punk Dream into it, a dramaticidade do hard rock-punk Wildside (com Joan Jett) e a zoeira de 77 (com Avril Lavigne), uma música para beber, pegar a estrada e sair no tapa pelas ruas como os velhos punks.

Dream into it tem um Rebel yell próprio, que é Still dancing – a letra, por acaso, diz “eu ainda estou dançando / mas não estou mais sozinho”, fazendo referência a Dancing with myself. No punk romântico People I love, Billy ajoelha no milho: “preciso encontrar um jeito de parar de decepcionar as pessoas que amo / (…) eu sei que deveria me desculpar, mas não me lembro do que fiz ontem à noite / não sei como cheguei em casa, mas meu carro não está estacionado lá fora”. Um pop-punk de respeito é Gimme the weight, que relembra a roda-viva de drogas e reabilitações que Idol viveu nos anos 1990.

No fim das contas, Dream into it tem qualidades, mas não indica um recomeço ou uma continuação nos moldes do que acontece hoje com bandas como The Cure e Smashing Pumpkins. Já que Billy anda bastante mergulhado em sua própria história, seu lado misterioso e trevoso merece ser revisitado nos próximos discos – antes que ele comece a fazer feats com gente que ele deveria assustar.

Nota: 6,5
Gravadora: Dark Horse/BMG
Lançamento: 25 de abril de 2025.

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