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Automatic for the people: R.E.M. divulga vídeo do único show do disco

Automatic for the people, disco do R.E.M. lançado em 1992, saiu – como você já sabe – num super relançamento de luxo. O boz inclui quatro CDs. Entre eles a gravação ao vivo do único show que a banda deu para divulgar o disco.
O R.E.M. estava longe dos palcos desde Out of time, super-sucesso de 1991. Mas fez uma única apresentação em 19 de novembro de 1992 para divulgar Automatic. Foi no 40 Watt Club, em Athens, Georgia. E o grupo resgatou um pequeno vídeo desse show, que publicou no Facebook. Olha aí.
Olha Automatic for the people aí, em edição turbinada.
Lançamentos
Radar: The Denim Emperor, Jonas Wilson, Saticöy, Bets – e mais sons do Groover

O Pop Fantasma tá na Groover! Por lá, artistas independentes mandam seus sons pra uma rede de curadores – e a gente faz parte desse time. Fizemos hoje uma relação do que tem chegado de legal até a gente por lá – começando com a sujeira sonora do The Denim Emperor.
O que tem chegado até nós? De tudo um pouco, mas, curiosamente (ou nem tanto), uma leva forte de bandas e projetos mergulhados no pós-punk, darkwave, eletrônico, punk, experimental, no wave e afins.
Texto: Ricardo Schott – Foto (The Denim Emperor): Smoulder/Divulgação
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THE DENIM EMPEROR, “ANVIL”. Kentucky Clawson, o criador do The Denim Emperor – projeto musical vindo da Califórnia – está prestes a lançar o álbum Hog, basicamente uma coleção de canções voltadas para o punk e para o stoner de altas energias (o “para quem gosta de” do som dele inclui Ty Segall, Viagra Boys e outros nomes ruidosos). Anvil é um hino indie pesado e distorcido sobre sair por aí e fazer um monte de merda com os amigos. O tipo da música que gruda BEM na mente, por causa do peso e dos riffs.
JONAS WILSON feat HANNIBAL LOKUMBE, “DREAM OF LIFE”. Esse cantor e compositor do Texas que não usa Spotify – prefere se divulgar pelo Bandcamp – faz um som que gira em torno do pós-punk e de uniões sonoras com jazz, trip hop e outros estilos. Dream of life está em seu novo álbum, Smash the control machine, e traz participação do trompetista Hannibal Lokumbe. O clipe da faixa, que foi filmado durante uma viagem a Buenos Aires, retrata as turbulências políticas da capital argentina.
SATICÖY, “WANT IT ALL”. O negócio dessa banda de Los Angeles é power pop, mas com uma ênfase pouca coisa maior no lado power da coisa. Want it all, novo single, é uma história de angústia adolescência, “um discurso motivacional para um garoto tímido e apaixonado”, como diz a banda. É pop como o tema de abertura da série Friends, mas tem peso.
BETS, “JENNY” / “AUTUMN AGAIN”. Vindo dos Estados Unidos, o Bets fez lançamentos entre 2015 e 2022 e vem buscando reposicionar alguns de seus singles e clipes mais recentes no mercado. O som une soft rock e climas ligados ao folk, com letras esperançosas e tristes – caso da delicada Autumn again, que fala da superação de um relacionamento que chegou ao fim, e do clima indie e sixties da romântica Jenny, cujo clipe que fala do dia a dia amoroso de um casal sáfico.
CHAD CARVEY, “GRAVEDIGGER”. Influenciado por nomes como Radiohead (em especial) e Elliott Smith, esse músico norte-americano prepara mais um EP e já fez três lançamentos de singles em 2025. Gravedigger, um dos singles mais recentes, é uma canção etérea e triste sobre “a dor e a libertação de dizer adeus a um ente querido que partiu”, com sons esparsos, vocal e guitarras melancólicos e programações eletrônicas.
CRIS 88 KEYS, “THE MAD SIDE OF THE PLANET”. Cris, uma cantora e compositora da Itália, decidiu fazer uma canção pop sobre como ela vê o mundo de hoje em dia, com guerras, gente com a cara afundada em redes sociais, Inteligência Artificial e outras coisas que deixam qualquer pessoa maluca. Mesmo com tanto estresse envolvido na letra, saiu um pop tranquilo e relaxante, com heranças musicais do soft rock e do folk.
AMAZONICA, “MIRROR BABY”. DJ criada entre Londres e Nova York, Amazonica acaba de lançar seu primeiro álbum, Victory, prometendo “música pop para o apocalipse”. Ela chegou a ser mais conhecida pelo codinome Dirty Harry, pelo qual lançou seu trabalho inicial – hoje reeditado com seu novo nome artístico. Sua nova fase musical gira em torno de temas como espiritualide e sobriedade, sempre com foco nas pistas, como no single Mirror baby.
NIGHT TEACHER, “NEVER BETTER”. Criado pela cantora e compositora norte-americana Lilly Bechtel, o Night Teacher lança no fim do mês o álbum Year of the snake. Trabalhando lado a lado com o produtor Matt Wyatt, Lilly trabalhou vários anos como instrutora de ioga e encara a música como um trabalho de cura. Músicas como Never better, com clima pop, mágico e sonhador, têm levado Lilly a ser bastante comparada com nome como Cate Le Bon – e olha que faz sentido.
DAX, “LONELY DIRT ROAD”. Rapper e cantor canadense, atualmente em turnê, Dax une rap, r&b, spirituals e sombras existenciais em Lonely dirt road, uma música em que ele recorda as vezes em que põe as malas no carro e vai para bem longe, para descansar a cabeça e deixar as coisas seguirem seu rumo. “Não quero que minha família me veja chorar / eles nem sabem que estou carregando todo esse peso”, canta ele (ei, não tá na hora de tentar dialogar e buscar ajuda, não?).
STEVE LIEBERMAN, “WE APPROACH 1974 – ENTR’ACTE 178”. Esse músico judeu norte-americano que já gravou mais de 90 álbuns (!) e toca um sem-número de instrumentos, ressurge de maneira ensurdecedora e econômica nesse tema de apenas seis minutos – Steve, você já leu no Pop Fantasma, é autor de The Noise Militia (#38/76), música que dura 35 horas, 41 minutos e nove segundos.
Notícias
Urgente!: O que teve de bom no final de “Vale Tudo”?

E aí, o que teve de bom no final de Vale Tudo?
Bom, o capítulo foi um belo discurso. Seo Bartolomeu defendeu as últimas melhorias do país (naquele papo com o Ivan). Fátima e Cesar mostraram que quem não presta pra nada vai continuar não prestando pra nada – esqueça essa patacoada de “discurso de redenção”, que é usada bastante em reality shows.
Mais: Odete Roitman sempre volta porque isso é o que acontece de tempos em tempos no Brasil e no mundo. Sempre tem um maldito que ganha o protagonismo. Odete volta porque Trump voltou, e porque o sonho de um certo ex-presidente inominável é voltar.
(Sobre os lados bons do último capítulo, aliás, vale ler também o que escreveu a Patricia D’Abreu, que me deu aula no curso de jornalismo)
O que teve de pior é que, já que a linguagem da novela foi definitivamente invadida pela publicidade, nada como usar a linguagem publicitária no roteiro da trama. Em vários momentos – e isso rolou no final – Vale Tudo foi usada mais para passar ideias e “entregar” coisas do que para contar uma história propriamente dita. Tudo isso aí de cima foi “publicado” como numa colagem mal feita.
Eu tento enxergar isso como uma tendência dos dias de hoje, mas: 1) a descoberta de que foi Marco Aurélio o assassino rolou sem emoção nenhuma (eu sou velho o suficiente pra lembrar do “eu matei Salomão Hayala!” da novela O astro, de 1977, e toda a perplexidade que veio depois); 2) Alexandre Nero parece ter sido sorteado como assassino num globo daqueles de bolinhas pra bingo – não houve emoção, pareceu marmelada e a expectativa de que “o assassino é alguém que ninguém imagina” foi pro cacete; 3) o final pareceu mais uma “entrega” do que um último capítulo – aliás tudo estava nesse mesmo clima desde a morte da Odete.
No mais, eu saí de Vale Tudo fã da turma que faz o comercial da Globo: aquela inserção da turma de Três graças assistindo o último capítulo foi ótima, os atores da novela fazendo propaganda de um aplicativo de entrega de bebidas que não patrocina o Pop Fantasma, idem. O problema é que novela não é só isso.
Texto: Ricardo Schott – Foto: Divulgação
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Urgente!: E a volta do Sugar, hein?

Os anos 1990 foram uma época de redescoberta para Bob Mould. O ex-vocalista do Hüsker Dü já vinha tendo o som de sua ex-banda redescoberto por causa de grupos como Pixies e Nirvana – até que em 1992, após dois discos solo, decidiu apostar na criação de uma banda nova. O Sugar – que, você deve ter visto, voltou com uma música nova, House of dead memories, após 30 anos de separação – foi criado ao lado de dois músicos que ele inicialmente havia convidado para trabalhar em futuros projetos solo: David Barbe (baixo, ex-Mercyland) e Malcolm Travis (bateria, ex-Human Sexual Response).
Na época, os ensaios deram liga, o Sugar começou a fazer shows e logo gravou o primeiro álbum, Copper blue (1992) – aquele mesmo, de hits como Helpless e If I can’t change your mind. Sempre tinha havido bastante interesse pelos passos de Bob, que é o herói de muitos músicos norte-americanos e britânicos, mas agora o Sugar estava na MTV, no New Musical Express (que considerou Copper blue o álbum do ano) e os fãs de vários grupos novos podiam comprovar na prática as referências que, por exemplo, os Pixies tinham do som de Mould (muito embora ele próprio tenha citado inconscientemente um padrão tipicamente pixie de composição em A good idea).
Mesmo com o sucesso, foi uma época complicada para Bob. Em 1993, o músico foi processado por seus ex-colegas de Hüsker Dü, Grant Hart e Greg Norton, que se sentiam passados para trás nos royalties do grupo – foi por causa disso que, no ano seguinte, saiu o disco ao vivo The living end, que traz inclusive Doug Myren, então o advogado de Hart, como “coordenador de projeto” na ficha técnica.
Antes disso, Hart, com quem Mould tinha uma relação difícil, já havia tentado diversas vezes se reaproximar dele, ou até mesmo de sua banda nova. Segundo Mould, Hart, que já dera uma de mosca de padaria com um ex-namorado seu, estava fazendo o mesmo com o baixista do Sugar, David Barbe (“não tenho nenhum problema com isso, mas disse ‘não’ pra ele, e ele não parava!”, disse Barbe a Mould, puto da vida).
No geral, o Sugar acabou encerrando atividades justamente por causa desse período complicado. A banda gravou ainda um EP (o ótimo Beaster) e um álbum (o bacaninha File under: Easy listening, de 1994), mas Mould frustrava-se com as expectativas altas das gravadoras envolvidas – Rykodisc nos EUA, Creation na Inglaterra. File under, o tal segundo álbum, só saiu depois de algumas tentativas em que a banda não engrenava e não conseguia gravar nada.
O Sugar retorna hoje com o mesmo trio, e em clima de quentinho no coração tanto para os músicos quanto para os fãs. A nova música é o punk rock House of dead memories, uma canção de desamor tão fria quanto Love will tear us apart, do Joy Division, um tema típico de Mould como compositor – e ela veio acompanhado de um clipe com várias imagens de shows antigos do grupo. Mais: a banda já tem shows marcados para maio em Nova York (dois, no Webster Hall) e Londres (mais dois, no 02 Arena). Sei lá se ainda há ingressos, mas começaram a ser vendidos hoje.
E se você não viu, tá aí House of dead memories.
***
Vale encerrar esse texto com uma agenda muito especial para o fim de semana: no sábado (18) vai rolar na Casa de Cultura Marielle Franco (Rua Dona Amália Sestini, 85, Franco da Rocha, São Paulo), em SP, o festival Queers & Queens, dedicado a visibilizar estilos e artistas que costumam ser marginalizados, inclusive dentro do próprio universo LGBTQIAPN+ (dica: existe um documentário sobre o festival – assista para saber mais).
O evento rola desde 2012, já deu espaço a nomes como nomes como Linn da Quebrada, Jup do Bairro, Dominatrix, Mercenárias e Adriano Cintra. Dessa vez, a atração principal e o Dance Of Days, histórica banda punk liderada pela artista trans Nene Altro, mas também rolam o queercore do Disforia, o metal do Neural Wreck (com Renata Petrelli), o power trio punk Submersa e outras atrações. O Queers & Queens começa às 14h e a entrada é gratuita.
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