Connect with us

Videos

O que acontece quando você mergulha o teclado de seu computador na acetona

Published

on

O que acontece quando você mergulha o teclado de seu computador na acetona

Tá aí uma coisa boa pra você fazer quando não tiver rigorosamente nada para fazer: mergulhar um teclado de computador em acetona e esperar o coitado derreter. Uma pessoa pegou um teclado Logitech, deixou o aparelho na acetona por 70 horas, fez várias imagens e produziu um vídeo em timelapse. “Esse é o melhor resultado que conseguimos após mais de 11 mil fotos”, conta.

Haja acetona e paciência. E dinheiro para comprar um teclado novo.

Notícias

Urgente!: Tiny Desk Brasil – valeu a pena?

Published

on

João Gomes na estreia do Tiny Desk Brasil

O Tiny Desk Brasil, versão brasileira do Tiny Desk Concerts, programa online de música criado pela emissora pública estadunidense National Public Radio, estreou nesta terça (7) às 11h. Caso você não tenha podido assistir ao programa, tá aí embaixo. A primeira atração foi o cantor de piseiro João Gomes. Sim, foi bem legal.

O conceito original do Tiny Desk Concerts (literalmente, “concertos de mesinha”) é colocar artistas para tocar num escritório apertado – aliás no escritório em que fica a mesa usada pelo apresentador de rádio Bob B Boilen, cocriador da atração, em meio a livros, discos e bagunças pessoais. O programa foi criado em 2008, ampliou seu escopo a ponto de trazer atrações brasileiras (Seu Jorge e Liniker & os Caramelows estiveram por lá, por exemplo) e virou quase um fetiche musical. Especialmente porque todo mundo quer ver como é que bandas numerosas vão conseguir tocar num espaço exíguo, em que o próprio equipamento tem que seguir a onda do despojamento (não há retorno ou amplificação de voz, por exemplo).

Uma matéria publicada no site G1 explicou que o Tiny Desk Brasil – que é uma produção da empresa Anonymous Content Brazil, em parceria com o YouTube Brasil – iria manter as especificidades do original em termos de som. Também explicou que João Gomes teve que repetir três das sete músicas do set (era visível que ele estava nervoso, mas isso também é uma característica da atração lá fora – nem todo mundo fica calmo/calma de cara, e alguns convidados mantêm o nervosismo do começo ao fim).

No Brasil, o programa é gravado no escritório do Google, na Avenida Faria Lima, centro de São Paulo. Importante deixar isso claro: trata-se de uma versão de um programa que é feito por uma emissora sem fins lucrativos. O Tiny Desk Brasil é gravado no coração financeiro da maior metrópole do Brasil, tem o dedo da big tech YouTube, é realizado por uma empresa que precisou correr atrás de parceiros, e tem patrocinadores. Uma mistura que pode dizer muito a respeito do que vem por aí.

Uma outra reportagem, só que do site Music Non Stop, avisa que os nomes das atrações só serão divulgados no dia do show, duas horas antes do programa ir ao ar. O que vai definir o “valeu a pena” do Tiny Desk Brasil é dar um jeito de inserir bandas independentes e bem distantes do mainstream na história – o Tiny Desk norte-americano já fez até concursos para escolher artistas novos para tocar lá. Envelopar esse tipo de coisa diante da presença de patrocinadores e big techs é sempre um risco, e tudo depende de como for feito. Mas aí só vendo.

Aliás, hoje, num papo de grupo de zap, me apresentaram uma espécie de “Tiny Desk” feito por aqui – não que seja uma versão ou imitação, já que a gravação é realizada num estúdio, mas o espaço é bem pequeno. É o Paralive Sessions, feito pela Monstro Filmes e pelo Paralelo Studio, em Campinas. Olha aí a participação do criativíssimo Du Rompa Hammond Trio. O Paralive não tem patrocinador e tem um Apoia.se para quem quiser manter o projeto de pé.

Texto: Ricardo Schott – Foto: Divulgação

Continue Reading

Lançamentos

Urgente!: Terno Rei conta história de partidas e chegadas em novo clipe

Published

on

Urgente!: Terno Rei conta história de partidas e chegadas em novo clipe

Se você tem alergia à fumaça de cigarro, melhor manter distância do novo clipe do Terno Rei. No vídeo de Próxima parada – mais um single que antecipa o quinto álbum de estúdio da banda, previsto para abril pela Balaclava Records – o cigarro é quase um personagem, reforçando o clima melancólico das cenas. A direção e o roteiro são de Miguel Thomé, em parceria com a produtora Seiva.

Em fevereiro, o grupo já havia lançado o single duplo Nada igual e Viver de amor, acompanhado de um clipe igualmente duplo. O primeiro, em preto e branco, evocava o espírito do Cinema Novo; o segundo, mergulhava em cores cuidadosamente escolhidas. Agora, com Próxima parada, o Terno Rei aposta em uma sonoridade que mescla trip hop e o rock noventista, enquanto desfila por situações surreais e melancólicas, sempre entre partidas e chegadas, ao lado de atores convidados.

Além do clipe, você confere abaixo as capas dos singles. A arte de Nada igual e Viver de amor evoca o visual dos lançamentos da WEA nos anos 1980, enquanto a capa de Próxima parada traz um estilo mais moderno e cinematográfico. O próximo álbum, ainda sem título revelado, tem produção de Gustavo Schirmer e mixagem do francês Nicolas Vernhes — conhecido por seu trabalho com The War on Drugs, Wild Nothing e Deerhunter.

(Foto Terno Rei: Fernando Mendes/Divulgação)

  • Apoie a gente e mantenha nosso trabalho (site, podcast e futuros projetos) funcionando diariamente.

 

Continue Reading

Cultura Pop

USA For Africa: descubra agora!

Published

on

E Prince ficou de fora de We Are The World

Nunca foi feitiçaria. Muito menos tecnologia. A união de mais de 40 vozes num supergrupo (o USA For Africa) para gravar o single We are the world, em 28 de janeiro de 1985, aconteceu graças à trabalheira de Lionel Richie e Michael Jackson (autores da faixa), do empresário Ken Kragen e do produtor Quincy Jones, além do conciliador Stevie Wonder. Também aconteceu por causa da existência de um evento, a cerimônia do American Music Awards, que aconteceria na mesma noite, e reuniria boa parte dos maiores nomes que foram convidados a participar da gravação. Isso já facilitaria um pouco a trabalheira, já que tanto a festa quanto a sessão de estúdio aconteceriam em Los Angeles.

O documentário A noite que mudou o pop, de Bao Nguyen, que acaba de chegar na Netflix, traz em detalhes o antes e o durante (e um pouco do depois) da gravação que deu todos os parâmetros, de verdade, para todo e qualquer projeto-multidão no mundo pop. E que, criado para arrecadar fundos para reduzir a fome na Etiópia, também deu a letra para vários outros singles e discos beneficentes.

Nem com toda boa vontade do mundo seria um projeto fácil: não houve ensaio, os arranjos vocais foram feitos praticamente na hora, a gravação durou uma madrugada inteira. O clima no estúdio ia da euforia à depressão em poucos minutos. A lista de participantes era inacreditável: Diana Ross, Paul Simon, Bruce Springsteen, Bob Dylan, Cyndi Lauper, Al Jarreau, Huey Lewis & The News, e vários que passaram despercebidos (no coral, havia de Lindsey Buckingham a Sheila E).

Alguns artistas (como Dylan, cuja desorientação no estúdio virou até meme) não estavam nem um pouco acostumados a cantar em coral, ou a adaptar seus vocais. Muitos convidados não faziam ideia da importância do projeto, nem tinham ideia de porque estavam ali – alguns provavelmente nem ligavam a mínima. No fim deu certo, e antes que você veja o filme, seguem aí oito itens sobre o que havia por trás de We are the world.

(se você odeia spoilers, não leia o texto abaixo – não tive a menor preocupação em evitar isso)

PAI É QUEM CRIA. A ideia do USA For Africa surgiu pouco depois do irlandês Bob Geldof se sensibilizar com a fome na Etiópia ao ver uma reportagem na BBC – e juntar vários roqueiros britânicos para gravar um single, Do they know it’s Christmas?, sob o nome Band Aid. O “pai” de verdade do projeto, no entanto foi o cantor Harry Belafonte, que reclamou com Quincy que deveria haver um projeto de artistas negros em prol da Etiópia. De qualquer jeito, Geldof, que havia acabado de visitar o país africano e estava inteirado da situação por lá, foi convidado para fazer um discurso na abertura dos trabalhos e puxar os mais desconectados para a realidade. Depois, você deve saber, ele seria a cabeça por trás da “próxima fase” do projeto, o Live Aid.

DIFÍCIL. Prince, indicado para dez categorias no American Music Awards naquela noite, e surfando uma onda de popularidade que, naquele momento, era maior até que a de Michael Jackson, recusou o convite para ir à gravação. Existe a hipótese de que ele não teria ido por haver uma rivalidade com Michael, ou por causa de uma desavença com Bob Geldof. Num papo no Jimmy Kimmel Live, há alguns anos, Lionel Richie contou que Prince não queria gravar ao lado de outros artistas, mas se ofereceu para fazer um solo de guitarra na faixa. A oferta foi recusada.

“Ele pediu: ‘Eu posso ter uma sala separada para gravar?’. E você conhece o Prince, né? Mas respondi que não, e ainda cometi o pior erro. Disse a ele: ‘Vou colocar você ao lado do Michael (Jackson)”, contou o cantor. Havia um microfone esperando por Prince no A&M Studios (onde rolou a gravação de We are the world) até perceberem que ele não iria mesmo. Seu lugar como solista acabou sendo ocupado por um amedrontadíssimo Huey Lewis.

QUEM É ESSA GAROTA? Madonna já estava fazendo muito sucesso na época da gravação de We are the world – o segundo álbum, Like a virgin, estava nas lojas desde novembro de 1984. E tinha feito uma apresentação no mesmo American Music Awards que serviu de esquenta para a sessão do single. Só que, para o espanto de muita gente, não foi convidada para participar da gravação.

O filme dá uma boa ignorada na situação – a culpa acaba recaindo sobre o chefão Ken Kragen, que não queria a material girl no estúdio. Mas Nile Rodgers, co-produtor de Like a virgin, recorda em sua autobiografia Le freak que a história rendeu: Madonna ficou muito ofendida com o desconvite. E diz que provavelmente o nome da cantora foi deixado de lado por causa de umas fotos antigas suas, de nu frontal, que a Playboy havia publicado. “Todo mundo na indústria estava falando sobre o assunto. Talvez os organizadores temessem que isso gerasse publicidade ruim”, contou.

TÃO INCOMUM. Uma história que já foi contada há algum tempo – e que está no filme – é a de que Cindy Lauper teve que se livrar rapidamente de suas bijuterias durante a gravação, porque elas causavam ruídos no microfone. A cantora relatou em sua autobiografia A memoir que o clima no preparo do single estava longe de ser uma maravilha, e que não curtiu alguma atitudes que viu sendo tomadas pelos artistas. “Quincy Jones falou para todo mundo deixar seus egos lá fora, mas eles não fizeram isso”, escreveu.

Cindy também não gostou de ver supercantoras como Bette Midler, Aretha Franklin e Kim Carnes relegadíssimas a um papel secundário (ou terciário) no clipe. Pior ainda: Cindy não gostou da canção e teria afirmado isso a Quincy Jones, que anos depois reclamou que ela foi um pé no saco durante as sessões. A cantora de Time after time diz que não falou nada ao produtor sobre não ter gostado da música. “Eu disse pro meu empresário, que deve ter contado para ele”, conta.

UMA TENTATIVA E UMA QUASE DESISTÊNCIA. Durante a gravação, rolaram sinais sérios de baixa na turma, em meio a discussões, sono e desentendimentos. O countryman Waylon Jennings se irritou com a proposta de Stevie Wonder de incluir vocais no idioma africano swahili (“o homem do campo não entende isso”, vociferou) e quase ralou peito do estúdio. Já o ator Eddie Murphy, que estava na época tentando carreira na música, recusou o convite porque estava ocupado com a gravação de sua própria estreia como cantor, o hoje esquecido álbum How could it be (1985) – e se arrependeria amargamente depois.

TEVE BRASILEIRO NA PARADA. Nome presente na ficha técnica de dez entre dez discos pop dos anos 1980 (um deles foi Thriller, de Michael Jackson), o percussionista carioca Paulinho da Costa participou da gravação da faixa. Como a parte instrumental foi gravada com antecedência no estúdio de Kenny Rogers, o Lion Share, os músicos acompanhantes não têm seu trabalho mostrado no documentário.

Era uma turma boa: além de Paulinho, estiveram por lá o trilheiro Michael Boddicker, o rei do teclado Greg Phillinganes e dois integrantes do Toto (os tecladistas David Paich e Steve Porcaro) entre outros. Em 2015, num papo com o jornal O Globo, Paulinho lembrou ter sido chamado pelo próprio Lionel Richie para tocar na faixa. “Toquei algumas madeiras, fazendo som de palmas, e um pandeiro de rock. Foi tudo bem rápido”, contou.

INDIGNADOS. Na época chegou aos ouvidos de Quincy Jones que os participantes roqueiros do USA For Africa não haviam gostado da música. Jones procurou um por um, perguntou a eles e todos negaram, mas acusa o golpe. “Não foram os roqueiros. Foi Cyndi Lauper. Ele pediu pro empresário dela me dizer que o roqueiros não tinham gostado da música”, contou. De qualquer jeito, rolou uma onda de indignação quando a música saiu. Houve quem reclamasse que a letra não era totalmente sincera, ou não dava a medida do quanto a Etiópia vinha sofrendo na época.

Muita gente reclamou do “poderio americano” evidente no nome USA For Africa, como se o país liderado por Ronald Reagan não tivesse culpa no cartório – para todos os efeitos, na concepção de Belafonte, a sigla significava na verdade United Support of Artists for Africa (“apoio unido de artistas para a África”), o que na prática nem muda tanto as coisas assim… O crítico Greil Marcus, por sua vez, desconfiou do verso “estamos fazendo uma escolha”, que aparece no refrão. Lembrando que Michael Jackson era garoto-propaganda da Pepsi, achou tudo muito parecido com o slogan da empresa, “a escolha de uma nova geração” e acusou todos os artistas de estarem cantando um jingle disfarçado de música beneficente.

UM LP INTEIRO. Além do single We are the world, lançado em 7 de março de 1985, houve também o álbum, que saiu em 23 de abril. O LP do USA For Africa passa bem longe de ser um souvenir boboca: traz mais nove faixas inéditas além do compacto, e reúne curiosidades. Prince não quis socializar, mas cedeu uma inédita, 4 the tears in your eyes. O Chicago aproveitou o disco para lançar sua última faixa com os vocais de Peter Cetera (Good for nothing). Destaque para Bruce Springsteen fazendo cover de ninguém menos que Jimmy Cliff (Trapped, gravada ao vivo).

Continue Reading
Advertisement

Trending