Connect with us

Som

Papai Noel Velho Batuta ganha clipe de videogame em 16 bits

Published

on

Papai Noel Velho Batuta ganha clipe de videogame em 16 bits

E a turma do canal 16 bits da Depressão comemora o Natal e o fim de ano fazendo um clipe em 16 bits do hit anti-Natal Papai Noel velho batuta, dos Garotos Podres. Com direito à participação de vários astros dos videogames antigos, de personagens do universo Disney, e de um Papai Noel que sai cuspindo em todo o mundo. Divirta-se.


Sugerido pelo nosso amigo e colaborador Luciano Cirne.

 

Ricardo Schott é jornalista, radialista, editor e principal colaborador do POP FANTASMA.

Lançamentos

Radar: Vitória Faria, Day Limns, Heal Mura, Quarto Quarto e outros sons

Published

on

Radar: Vitória Faria, Day Limns, Heal Mura, Quarto Quarto e outros sons

Sons lançados agorinha e muita variedade (a ponto de irmos da dance music hipnotizante ao forró, passando pelas guitarras pesadas) é a receita do Radar de hoje, aqui no Pop Fantasma. Ponha tudo na sua playlist! (foto Vitória Faria: Flora Negri/Divulgação).

  • Apoie a gente e mantenha nosso trabalho (site, podcast e futuros projetos) funcionando diariamente.
  • Mais Radar aqui.

VITÓRIA FARIA feat ASSUCENA ASSUCENA, “DOIS CENTÍMETROS”. Canção com vibe de forró e clima de blues, tudo misturado, Dois centímetros é o terceiro single da acordeonista e cantora Vitória Faria. A letra fala de uma época delicada na vida da cantora, quando estava apaixonada por uma pessoa em transição de gênero, mas o relacionamento estava chegando ao fim. “Essa música é a fotografia do nosso último encontro”, ela diz. “Acho louco pensar que o meu chão estava desabando, eu não sabia onde colocar todo aquele amor mas não sabia também, que exatamente naquele momento, ela estava num processo interno e pessoal de transição”, conta ela, que trouxe Assucena Assucena, com quem tocou na banda As Baías, para participar da faixa. Uma música que parece sussurrada no ouvido da gente. E Vacas exaustas, álbum de Vitória Faria, sai neste mês.

DAY LIMNS, “DEUS É HUMANO”. “Eles estão vivendo o Armageddon / colocando deus contra todos / de onde eu vi, para onde eu vou / deus é humano.” É assim, sem rodeios, que Day Limns abre o recém-lançado A beleza do caos, seu novo EP. A faixa de abertura, Deus é humano, já dá o tom: uma mistura intensa de nu-metal, trap, rap e variedade hyperpop — na mesma linha ousada de discos recentes de Charli XCX. A canção faz uma leitura nada ortodoxa do sagrado: aqui, o divino caminha pelas ruas, respira o mesmo ar poluído das cidades, sente as dores do agora. Deus, afinal, é humano. O título do EP também vem como uma faísca filosófica. “Se o caos veio antes da luz, então é em nós que ela nasce”, diz Day.

HEAL MURA feat RENATO COHEN, “TANTRUM (RENATO COHEN REMIX)”. Sob o nome Heal Mura, o tecladista Murilo Faria (da Aldo The Band) vem lapidando um universo eletrônico que flutua entre o experimental e a healing music. Seu disco The limited repetition of pleasure (já resenhado por aqui) mostrou isso com clareza e sutileza. Agora, ele volta com uma nova leitura de Tantrum, remixada por ninguém menos que Renato Cohen – lenda das pistas e, nas palavras do próprio Murilo, um verdadeiro herói pessoal. Cohen levou a faixa original para outro plano: intensificou o pulso dançante da música e empurrou a experiência para um transe completo. O resultado é uma viagem que começa introspectiva e termina no meio da pista, de olhos fechados e corpo entregue.

QUARTO QUARTO, “ME FAZ MAL”. Formado em São Paulo em plena pandemia, o Quarto Quarto pratica um emocore urgente, nervoso e cheio de sensibilidade, que fala das incertezas do agora — como em Me faz mal, seu novo single. Há momentos em que a quebradeira rítmica se aproxima do pós-hardcore, mas sempre com espaço para respiro e afeto. Com dois EPs lançados (Prédio cinza, tempo bom, de 2022, e Sorte, de 2024), a banda prepara Revés, que sai em breve. Ele e Sorte, juntos, formam um álbum inteiro — feito em partes, como se necessário viver cada lado da história antes de contá-la por completo.

MARCOS LAMY feat LUCAS LÓ, “MULECAGEM”. “É um single importante, que carrega influência de grandes nomes da música nordestina, como Luiz Gonzaga e Dominguinhos, e transporta todo mundo para as festas juninas que se aproximam”, conta o maranhense Marcos Lamy sobre Mulecagem. Um forró que se inicia com uma parte instrumental duradoura (quase um minuto de solos de sanfona, no mais puro virtuosismo nordestino), e que está programado para o repertório de Braço de mar, álbum que vai sair ainda esse mês. A letra é pura zoeira, avisando que a sala tá cheia, ainda tem gente chegando – mas pisando devagarzinho, dá para se divertir. Novidade, mas com o pé na tradição.

GUANDU feat MARINA MOLE, “MAIS UM DIA”. O novo single da banda paulistana Guandu, que volta a colaborar com a artista experimental Marina Mole, mergulha num lo-fi melancólico, com aquela textura de gravação caseira feita nos anos 1990. E não é só charme estético: Mais um dia foi mesmo registrada em fita, num gravador Tascam de quatro canais, como se fosse uma demo perdida no tempo. O clipe acompanha esse espírito: passeia pela paisagem urbana de São Paulo com olhos que parecem ver tudo pela primeira — ou talvez pela última — vez. A canção antecipa o álbum de estreia do Guandu, previsto para junho, com doze faixas. Se seguir esse clima, vem coisa bonita por aí.

UNDO, “PORCOS NÃO OLHAM PRO CÉU”. “Fomos pegos de assalto / acordados com tapas na cara / dinossauros apontam suas Taurus / nos escombros do Museu Nacional”. O novo single do supergrupo de André Frateschi (voz), Rafael Mimi (guitarras), Johnny Monster (guitarras), Dudinha (baixo) e Rafael Garga (bateria) é direto e vai na veia do autoritarismo, da desigualdade e da intolerância – coisas que o Brasil viu de perto várias vezes. O som é um pós-punk que faz lembrar os anos 1980, graças aos synths e programações, mas sempre com os dois pés na modernidade de bandas como Idles e Arctic Monkeys. Barulho com propósito, feito por quem não quer apenas passar pela história, mas sacudi-la um pouco antes de seguir em frente.

ATOR CARIOCA, “A DOR É A GRAÇA”. Com nome descontraído e fotos de divulgação que mostram os integrantes em cenários luminosos, o Ator Carioca se dedica mesmo é à angústia sonora – com toques de pós-punk, math rock, MPB anos 1970 e outros estilos. Nada a esconder, novo disco da banda maranhense, já está entre nós, e último single a anunciá-lo foi A dor é a graça, som que tem até toques de flamenco nos solo de violão. Para quem ainda não escutou o álbum, Hugo Rangel (guitarra) e Orlando Ezon (vocal) avisam que se trata de um som acústico, experimental e introspectivo.

Continue Reading

Crítica

Ouvimos: Clara Bicho, “Cores da TV” (EP)

Published

on

Ouvimos: Clara Bicho, "Cores da TV" (EP)

“Artista visual, musicista e jornalista pela UFMG”, como se define em seu instagram, Clara Bicho oferece mais do que apenas música em seu aguardado primeiro EP, Cores da TV – o disco é um universo esperando para ser desvendado. As melodias tem ar indie pop, as letras têm clima de diário, os cenários mostram Clara interagindo com todos os lugares dos quais ela fala nas letras.

A paleta indie pop do disco traz influências de disco music na faixa-título Cores da TV (parceria com Sophia Chablau), que traz sonoridade remetendo a grupos como Girl Ray, enquanto Meu quarto é mais experimental, soando como um passeio introspectivo pelos guardados de Clara Bicho e pelas recordações de uma vida (“faz um tempo ue eu tento me organizar / mas disso tudo aqui eu não quero me livrar”).

  • Apoie a gente e mantenha nosso trabalho (site, podcast e futuros projetos) funcionando diariamente.

Quase sempre, o som de Cores da TV parece “derreter”, como numa psicodelia pop, herdada tanto de Mutantes quanto de Flaming Lips. Rola isso na bossa indie Música do peixe, que depois se transforma numsamba-rock, e também no pop adulto oitentista (city pop, digamos) de A rua. Luzes da cidade, quase na mesma vibe, é um pop de quarto que remete ao boogie dos anos 1980, cujo vocal tem sujeira de gravação feita em casa.

No final, o som luminoso e repleto de recordações de Árvores do fundo do quintal, gravada ao lado da banda catarinense Exclusive Os Cabides (“as árvores do fundo do quintal / mandam lembranças / de quando a gente era criança”). Uma música, e um EP, em que passado e afeto são tão importantes quanto o futuro, e formam uma visão nova de música pop.

Nota: 9
Gravadora: Bolo de Rolo
Lançamento: 5 de maio de 2025.

Continue Reading

Crítica

Ouvimos: Maré Tardia, “Sem diversão pra mim”

Published

on

Ouvimos: Maré Tardia, “Sem diversão pra mim”

Lançada em 2022, a estreia epônima do Maré Tardia era um disco bastante juvenil, mais ligado a uma combinação de indie rock e surf music. Mas já indicava o caminho que a banda seguiria com Sem diversão pra mim, seu segundo álbum. O Maré Tardia atual soa mais explosivo, apresenta composições bem mais afiadas e parece ancorado em diversas fusões estilísticas que se alternam: punk dos anos 1970, indie dos anos 2000, pós-punk (tanto o original quanto o revisitado a partir da virada do milênio) e, em especial, sonoridades que remetem a bandas como Libertines e Television Personalities.

Essa mistura aparece em faixas como Leviatã, Já sei bem, Junkie food (com um clima surfístico-misterioso que lembra o início do Dead Kennedys) e na faixa-título – cujos vocais evocam a fase punk do Ultravox e, não por acaso (note o nome do disco), também têm algo de Titãs. Tarde demais traz vários riffs, vocais gritados, uma pegada grunge e, surpreendentemente, encerra com um clima de maracatu punk, com percussões marcantes e guitarras inspiradas. Uma inesperada brasilidade também marca Nunca mais, última do álbum, com batida discreta de bossa nova e um improviso samba-rock no final.

Ian Curtis, que homenageia o saudoso vocalista do Joy Division, tem guitarras que lembram o U2 do início e grupos pouco lembrados do pós-punk, como Comsat Angels. Já a despojada Nadavai, lançada como single, é punk indie com batidas à la Dave Grohl e um vocal descolado que remete ao rock dos anos 2000 (Arctic Monkeys, Strokes). Sem diversão pra mim, o disco, carrega por acaso muito do romantismo que permeou o rock brasileiro de vinte anos atrás – aquela estética de falar de si e dos sentimentos como quem comenta o mundo, firmando posição diante de tudo. Ouça correndo.

Nota: 8,5
Gravadora: Deck
Lançamento: 30 de abril de 2025.

  • Apoie a gente e mantenha nosso trabalho (site, podcast e futuros projetos) funcionando diariamente.

Continue Reading
Advertisement

Trending