Notícias
Lorde canta “In the air tonight”, de Phil Collins – veja

“Meus artistas pop masculinos preferidos são os caras que soam como uma combinação de seu pai e de seu namorado. E isso é Phil Collins”. Eita. Quem disse isso foi a cantora Lorde, num papo com o podcast WTF. E ela teve a oportunidade de mostrar sua paixão por ele na manhã desta quinta (28) no Live Lounge da BBC 1. Fez até uma versão de In the air tonight, um dos maiores hits dele. Olha aí embaixo.
Oh, @Lorde ?@PhilCollinsFeed's In The Air Tonight sounds beautiful in the Live Lounge #R1LiveLoungeMonth pic.twitter.com/qooUenQ0IR
— BBC Radio 1 (@BBCR1) September 28, 2017
BIG thanks to @Lorde for joining us in the Live Lounge today!
If anyone needs us, we'll be watching this on repeat ?#R1LiveLoungeMonth pic.twitter.com/Bh9zEoRGms
— BBC Radio 1 (@BBCR1) September 28, 2017
A paixão por pop, er, “adulto” de Lorde apareceu também no Rock In Rio 2017, já que o Tears For Fears abriu seu show com uma gravação da voz dela cantando o hit Everybody wants to rule the world. Olha aí.
https://www.youtube.com/watch?v=caXPAcivqIU
E outro dia no Twitter, ela elogiou bastante Lady Gaga, após assistir ao documentário Gaga: Five foot two. “Ela é minha rainha”, escreveu.
https://twitter.com/lorde/status/911145186834575360
Lançamentos
Radar: Bike, Negro Leo, Vivendo do Ócio, Lô Borges e Zeca Baleiro, Esquema Símio, Tiaslovro, Funérea

Nada como a poesia de Lô Borges e Zeca Baleiro, além do clima introspectivo do Tiaslovro, para contrabalançar uma das edições mais ruidosas do Radar nacional do Pop Fantasma. Tem peso no som novo do Bike, no punk gótico do Funérea… até o indie gótico do Vivendo do Ócio e a MPB tropicalista de Negro Leo surgem falando bem alto por aqui. Ouça tudo no último volume para os vizinhos ouvirem.
Texto: Ricardo Schott – Foto (Bike): André Almeida/Divulgação
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BIKE, “SUCURI”. Noise meditations, sexto álbum da banda paulista Bike, sai em setembro, marcando mais um gol da nova psicodelia brasileira. Sucuri, single novo do grupo, investe com força na lisergia jazzística brasileira: a percussão e a bateria são assumidamente inspiradas nos trabalhos dos mestres Dom Um Romão e Robertinho Silva. Já a letra é inspirada na lenda Yube e a Sucuri, da tradição indígena Kaxinawá, que fala sobre um homem que se apaixona por uma mulher sucuri.
Júlio Cavalcante e Diego Xavier, guitarristas do Bike, emulam sons de pássaros com seus instrumentos, enquanto toda a banda dedica-se a um som ruidoso, com experimentações que vão do afropop ao hard rock. Não ouça de fone – é som pra caixas acústicas altas, espaços grandes e horas de sonho.
NEGRO LEO, “BORBOLETINHAS MULTICOLORIDAS”. Com participações de músicos como Marcelo Callado, Domenico Lancellotti e Eduardo Manso, o álbum Água batizada, de Negro Leo, saiu originalmente em agosto de 2016 pelo selo Rock It!. E agora passa a fazer parte do catálogo da gravadora QTV, em todas as plataformas. O samba infantil psicodélico Borboletinhas multicoloridas, aludindo a Jorge Ben, Mutantes e Gilberto Gil, é para escutar no repeat – e dá quase uma trilha do Sítio do Pica-Pau Amarelo (o programa da Globo) aditivada. E Rela, disco novo de Negro Leo, foi resenhado pela gente.
VIVENDO DO ÓCIO feat JADSA, “NÃO TEM NENHUM SEGREDO”. Depois de lançar a dançante Baila comigo (nada a ver com a canção de Rita Lee) ao lado de Paulo Miklos, a banda baiana recebe a conterrânea Jadsa para uma aventura pelo pop adulto eletrônico. Não tem nenhum segredo remete a soul, a psicodelia, a Roberto e Erasmo e a Skank. A música nasceu um sonho do vocalista e guitarrista Jajá Cardoso, que acordou com o refrão na cabeça e correu para gravá-lo no celular – Ronei Jorge, comandante da banda Os Ladrões De Bicicleta, coassina a faixa com ele. E Hasta la Bahia, quinto disco de estúdio do Vivendo Do Ócio, tá vindo aí.
LÔ BORGES E ZECA BALEIRO, “ANTES DO FIM”. Lô e Zeca curtem encontros musicais – descobrir novos parceiros, renovar o som com músicos novos, criar viagens sonoras diferentes. No dia 22 sai Céu de giz, disco novo de Lô, com letras assinadas por Zeca – e os dois dividem os vocais em cinco faixas do álbum, entre elas o single Antes do fim. Zeca, na canção, adere ao clima beatle e clássico das canções de Lô – e o mineiro junta-se à vibe poética, ácida e esperançosa do maranhense. A música já ganhou um lyric video, dirigido por Izabele Pertensen.
ESQUEMA SÍMIO, “BERÇÁRIO”. Essa banda baiana, lançamento da supergravadora indie Trinca de Selos (formada pelas etiquetas Brechó Discos, Bigbross Records e São Rock Discos), faz pós-grunge – mas não espere nada parecido com Foo Fighters ou algo do tipo. O negócio do Esquema Símio é misturar grooves psicodélicos, guitarras repletas de efeitos e letras instigantes – como o protesto de Arquivos mortos e a espiritualidade de Ogum. Berçário, uma das faixas do álbum Homo homini lupus 2 (2025), fala sobre todo o medo e renúncia da maternidade, com climas assumidamente influenciados pelos Smashing Pumpkins de Machina/The machines of god (2000).
TIASLOVRO, “TORRE DO TEMPO”. Tiaslovro é o codinome artístico escolhido pelo músico e diretor cinematográfico Matias Lovro. O EP de estreia Portos do Reino sai em breve, e Torre do tempo adianta os trabalhos. Um folk imagético, com referências assumidas de Fleet Foxes e Leonard Cohen, mas com algo bem próximo do som de cantores como Tim Buckley (o pai do Jeff). Tiaslovro diz que, na canção, o violão chega a expressar mais do que as palavras – e que a música revela que ele curte criar mundos e deixar o/a ouvinte completar as lacunas.
FUNÉREA, “CAROLINA”. Lançada pelo selo Downstage, a faixa nova da banda de Lucas Carmo (voz, guitarra), Pedro Lanches (baixo, voz), Lucas Santos (bateria) e Vitor Martins (guitarra) é punk com vibe emo, e certo clima gótico dado pela letra e por detalhes da melodia – por sinal, desde o começo, a banda paulistana é tida como “punk demais pro emo, emo demais pro punk”. Pedro Lanches, baixista do grupo, já apareceu com seu trabalho solo num outro Radar aqui no Pop Fantasma.
Lançamentos
Radar: Suede, Tombstones In Their Eyes, Ani Glass, Aimée e Mediopicky – e mais!

O Suede abre o Radar internacional de hoje com seu extremamente imperdível single novo, Dancing with the europeans – que só aumenta a vontade de conferir logo o próximo álbum, em breve nas plataformas. Tem uma galera bem experiente hoje por aqui (David Byrne, Jeff Tweedy), mas a ideia é jamais deixar de lado a turma que ainda está em busca de fãs e audições. Também fizemos questão de mostrar que pop, rock, música eletrônica e experimentações musicais andam se encontrando bastante. Ouça tudo no último volume.
Texto: Ricardo Schott – Foto (Suede): Reprodução YouTube
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SUEDE, “DANCING WITH THE EUROPEANS”. Após Disintegrate e Trance state, Dancing… é o terceiro single a anunciar o próximo disco da banda britânica Suede, Antidepressants, a sair dia 5 de setembro. O som lembra ligeiramente a fase Love, do The Cult (1985), com guitarras sempre presentes e ruidosas. Brett Anderson, cantor da banda, avisa que se trata de uma canção bastante otimista, que trouxe paz a ele durante um show do Suede na Espanha, exatamente na gravação do novo disco, “quando eu estava passando por um momento ruim e, pessoalmente, em baixa”, diz. O show acabou sendo ótimo, e a frase “dançar com os europeus” faz referência a buscar conexão com outras pessoas.
TOMBSTONES IN THEIR EYES, “I AM COLD”. Criada pelo músico John Treanor, essa banda de Los Angeles vem com pose de veterana e histórias para contar: gravam desde 2015 e, no single novo, I am cold, ressurgem com aquilo que chamam de “sessão de terapia cósmica”, já que a faixa nova tem barulho, psicodelia e sons em meio ao eco. I am cold encerra a jornada do álbum mais recente do Tombstones In Their Eyes, Asylum harbour, lançado no ano passado, e que teve produção de Paul Roessler (Josie Cotton, Nina Hagen, Hayley and the Crushers). E ganha um clipe tão viajante quanto a própria faixa.
ANI GLASS, “PHANTASMAGORIA”. Clima fantasmagórico não apenas em som como em imagem, é o que aguarda todo mundo no clipe dessa faixa, uma canção eletrônica, viajante e espectral que abre o lançamento do novo álbum de Ani, também chamado Phantasmagoria, e que sai em setembro. Ani é galesa, canta em galês e inglês, e decidiu fazer de seu próximo disco um lançamento conceitual sobre as questões de vida ou morte que ela vivenciou recentemente, quando foi diagnosticada com um raro tumor cerebral benigno.
AIMÉE E MEDIOPICKY, “AMIGO”. Um verdadeiro bate-estaca sonoro aguarda quem for escutar o novo single da cantora e do produtor dominicano. Definido como hyperpop pelo release, Amigo está mais para um gabber (aquela mescla de música eletrônica e hardcore), cujo peso e intermitência são quebrados pelos vocais doces de Aimée. O EP Amigo ainda tem Amigo punk – nada a ver com a canção da banda gaúcha Graforréia Xilarmônica, trata-se de uma releitura eletropunk da faixa-título. A terceira, Viejo amigo, é um merengue que mais parece um frevo, acelerado e psicodélico.
JEFF TWEEDY, “ENOUGH”. Vai ser fã de Tweedy assim lá no mato: o cantor do Wilco volta à carreira solo no dia 26 de setembro com o disco triplo (!) Twilight override. São trinta faixas novas, e vale dizer que isso não é nem metade do que ele anda fazendo – ele diz em entrevistas que compõe uma canção por dia. Enough, um dos quatro singles já liberados do disco, é um rock vintage que poderia estar no All things must pass, disco triplo de George Harrison (1970). Ou não?
DAVID BYRNE, “SHE EXPLAINS THINGS TO ME”. Fofa, ensolarada e com um clima que remente tanto ao folk quanto a Brian Wilson: a música nova de David Byrne tem também muito de Beatles e do próprio Talking Heads. E também é protesto puro: a letra é inspirada no livro Men explain things to me, de Rebecca Solnit, e fala sobre mansplaining – ou seja: o fato dos homens se acharem no direito de estarem sempre explicando coisas às mulheres, deslegitimando suas ideias e pontos de vista. Who is the sky?, próximo disco solo de Byrne, sai pela Matador no dia 5 de setembro.
NUUNNS, “INSTITUTION”. Banda de pós-punk e sons trevosos de Los Angeles, o Nuunns fala sobre loucura e afastamento da sociedade em seu novo single – cujo clipe, vale avisar, pode dar gatilhos em muita gente, embora valha MUITO a pena ser visto, até pelas questões que levanta. O som tem vibes motorik na bateria e uma pegada bem dark nos teclados, nas guitarras e nos vocais. Eles já estiveram aqui no Radar com um outro single, Self esteem.
Notícias
Urgente!: novas de AFI, Wolf Alice, Pelados, Saint Etienne e Big Thief

Operando entre o punk, o emo e o pós-punk, a banda norte-americana AFI retorna envolta em climas misteriosos e quase sombrios em seu novo single e seu novo clipe, Behind the clock. Davey Havok canta com voz grave, o baixo toma à frente, e as guitarras e a bateria fazem um condução quase psicodélica da faixa – que volta e meia lembra o som de grupos como Psychedelic Furs, U2 e Pulp, só que numa onda mais pesada. O vídeo, dirigido por Gilbert Trejo, é bem fantasmagórico: a ideia do diretor foi fazer com que “o vídeo parecesse como se você estivesse vendo algo que não deveria” (segundo suas próprias palavras).
Silver bleeds the black sun…, décimo-segundo disco do AFT, sai dia 3 de outubro e é definido pelo texto de apreesentação como “etéreo e onírico”. E se você acha que conhece o AFI de algum lugar mas não sabe de onde, provavelmente você se recorda de Aurelia, hit em algumas rádios-rock brasucas por volta de 2016 (aliás, single do álbum anterior do grupo, AFI- The blood album, lançado naquele ano). Você confere o clipe de Behind the clock e recorda Aurelia aí embaixo.
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Dia 22 sai o disco novo do Wolf Alice, The clearing – e a banda, que já vem adiantando o álbum com alguns singles, solta mais uma música, a cavalar White horses. Uma novidade na faixa nova – que jã ganhou um lyric video – é que a voz da cantora Ellie Rowsell só surge no refrão. O baterista Joel Amey canta com rapidez os primeiros versos, até que a frontwoman surge. Uma outra novidade: o Wolf Alice experimenta em White horses batidas e sonoridades próximas do krautrock, o experimental rock alemão dos anos 1970 – ou seja: se você sentir algo parecido com o som do Neu! nessa música, não é por acaso.
Foi Joel quem fez o esqueleto da faixa, e apresentou para a banda. A letra de White horses, diz ele, foi inspirada em histórias de sua família. “Não sabíamos exatamente que herança carregamos até recentemente. Minha mãe e minha tia foram adotadas, e por anos isso nos levou a perguntas sobre a nossa identidade e onde ficavam nossas raízes. As respostas de que eu precisava nunca apareciam”, conta.
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Uma banda chamada Pelados é algo que ninguém, em sã consciência, deixaria de prestar atenção. E é com uma gama de influências que vai “de Charli XCX ao Brian Wilson, do Chic ao Velvet Underground, do MC Marcinho ao James Murphy” (dizem eles), que o grupo retorna com o single Estranho efeito – uma espécie de faixa punk e eletrônica, o tipo de música que dá pra dançar, mas você vai ter que inventar uma coreografia. A faixa anuncia o lançamento do terceiro disco do grupo, a sair em breve pelo selo RISCO.
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Trazendo colaborações com Paul Hartnoll, do duo Orbital, e Tim Powell, do coletivo Xenomania, o Saint Etienne solta o single de Take me to the pilot, que já ganhou até um clipe. Elton John, vale citar, tem uma música com o mesmo nome, de 1970 – mas calma que o Saint Etienne não fez uma cover do velho rei do pop britânico. É uma faixa bastante eletrônica, cheia de acid bass e composta de ritmos quase espaciais, e que é definida pelo integrante Bob Stanley como “um mistério sombrio, uma viagem para um lugar novo, um lugar para fazer seu coração bater mais rápido. É sobre fuga, desaparecimento, reinvenção”. A faixa adianta o álbum que, você talvez saiba, é supostamente a despedida do Saint Etienne dos estúdios (International, 13º álbum, que deve sair em 5 de setembro).
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É pelo clima dylaniano de Los Angeles e pela vibe relaxante de Grandmother que o Big Thief começa a divulgar Double infinity, seu próximo álbum, com lançamento marcado para o dia 5 de setembro pela gravadora 4AD. Estreando a nova formação de trio, após a saída do baixista Max Oleartchik, o Big Thief explora em Los Angeles o amor e a evolução de um relacionamento – e em Grandmother, com a ajuda do multi-instrumentista místico norte-americano Laraaji, fala sobre coisas que vão sendo passadas de geração para geração. As duas músicas saíram num single e mostram que o que vem por aí, provavelmente, é um disco muito bonito e espiritualizado.
Texto: Ricardo Schott – Foto AFI: Lexie Alley/Divulgação
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