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Cinema

Local mais underground do Rio, a Rua Ceará ganha filme

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Quarteirão mais underground do Rio, a Rua Ceará ganha filme

Quem passa por baixo do viaduto e entra no famoso quarteirão formado pela Rua Ceará, mais as ruas Lopes de Sousa, Sotero dos Reis e Hilário Ribeiro, na Praça da Bandeira, Zona Norte carioca, já sabe. O local é quase uma zona fantasma, onde misturam-se pessoas de todas as tribos e procedências, sob os signos do rock, do álcool, da diversão e da fidelidade ao underground.

O fato de haver ali vários motoclubes dá o tom selvagem do local – e a devoção ao local começou justamente com os motociclistas, os primeiros frequentadores. Sem falar, claro, na proximidade da Vila Mimosa, maior centro de prostituição a céu aberto da cidade. E que, diga-se de passagem, foi a última a mudar-se para a região, depois dos motociclistas e dos roqueiros.

A movimentação dessas quatro ruas (e que geralmente são reduzidas apenas à Rua Ceará, onde ficava o célebre Garage Art Cult, lançador de bandas como Planet Hemp) virou filme agora, com Sex, bikes and rock’n roll, do diretor Santiago Miquelino, 36 anos. Ainda sem data de estreia, trata-se de um projeto antigo de Santiago, que tinha inicialmente pensado em fazer um documentário “de 15, 20 minutos” como trabalho de conclusão de curso, quando cursava Produção Audiovisual, há quase dez anos (confira o trailer aqui).

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REFERÊNCIAS. Frequentador da localidade, Santiago foi a campo e descobriu que jamais conseguiria contar uma história tão rica usando pouco tempo. “A coisa foi aumentando, fui pesquisar outros documentários, como o Botinada (de Gastão Moreira, sobre o punk brasileiro) e o Desagradável (de Fernando Rick, sobre o Gangrena Gasosa)“, conta. Por acaso, Santiago teve aula na faculdade com Simone do Vale, ex-baixista de bandas ligadas ao under roqueiro carioca, como Dash e Autoramas. Pelas mãos dela, viu Tô feia mas tô na moda, de Denise Garcia, que usou como referência. A partir daí foi procurando personagens para o filme.

“Vi que tinha que entrevistar só os nomes mais importantes da região”, recorda ele, que foi atrás de donos de bares (como o mitológico Zeca Urubu, do Heavy Duty), músicos (Marcelo D2 é um deles), personalidades dos motoclubes e, em especial, representantes de movimentos. Uma turma que inclui punks, headbangers, góticos, comunidade LGBTQI+ e até a galera do reggae, que animava as ruas com sistemas de som. Lugares como o Duck Walk Pub, o Bar Oasis e o Porto Pirata estão no filme.

Aliás, para fazer uma das cenas sob o ponto de vista de um frequentador, o cineasta se meteu no meio de uma roda punk no show comemorativo de 20 anos da banda Uzômi, no Bar Oasis. Pôs câmera GoPro na cabeça e iluminação presa ao peito com fita crepe. “Já tinha tentado isso em outra ocasião, mas o bar é muito escuro. Daí fui para lá com o spot de luz. Tomei muita porrada, mas só eu, o equipamento não”, diz, rindo.

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PANDEMIA. Ainda sem data de estreia, Sex, bikes and rock’n roll foi feito entre 2013 e 2017, e foi terminado com a ajuda da produtora Soundtracks e da Lei Aldir Blanc. Santiago, que começou no audiovisual trabalhando com ensino à distância (bem antes da pandemia, aliás), lamenta que o filme retrate uma realidade que, por causa da covid-19, virou um deserto, com bares fechados e público isolado em casa. Aliás, dos bares da Rua Ceará e adjacências, só o Heavy Duty permanece atendendo, por delivery.

“Não conheço local como aquele”, diz. “É um quarteirão com sete espaços de rock funcionando simultaneamente. E é um local único no Rio. Pegamos uma época em que havia shows na rua, em bares. A gente não sabe o que vai acontecer, mas os bares estão esperando a pandemia acabar para voltar. Nem sabemos se vamos perder algum bar”.

TURMAS. Sex, bikes and rock n’ roll, em alguns momentos, dá a entender que a convivência entre movimentos diferentes não é lá tão pacífica. Seja no depoimento da pessoa que teve a roupa rasgada por estar usando suspensórios (uma vestimenta popular entre skinheads), ou no papo do motociclista que fala em “cada um no seu lugar, um respeitando o outro”.

“Bom, o ser humano é uma coisa complexa, né?”, diz o cineasta. “Algumas vezes a coisa funciona na base da tolerância. Mas já vi punks no Heavy Duty, metaleiro no meio dos punks. Tem problema de punk não se dar com skinhead, mas lá tem uma tribo de skinheads que são mais tradicionais e são fãs de reggae. No geral as pessoas se dão mais bem do que mal”, afirma.

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Santiago recomenda que, assim que a pandemia passar (e supondo que tudo volte a ser como antes), quem quiser conhecer a Rua Ceará vá disposto a explorar a região.

“Recomendo conhecer tudo o que puder. O legal é que lá são diferentes espaços, não há um local em que não se possa entrar. A não ser os motoclubes que têm às vezes eventos particulares deles”, conta, citando como exemplos de diversidade o bar GLS Rock (apesar da mudança da sigla, permanecem com esse nome) e o Porto Pirata, que o cineasta já viu abrigar uma festa gótica e um evento de som jamaicano. “A entrada pela Rua Ceará é um portal, a pessoa depara com outro mundo, ainda mais se ela não é de algum movimento underground. Ela tem que estar com a mente aberta. Lá tem desde o cara de coturno e moicano até o cara de kilt”.

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Rock Horror Film Festival: cinema de terror em setembro no Rio

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Rock Horror Film Festival: cinema de terror em setembro no Rio

O Rock Horror Film Festival, festival carioca de filmes de terror, está de volta na praça – e vai rolar de 19 de setembro a 02 de outubro no Cinesystem de Botafogo (Zona Sul do Rio). Dessa vez, o evento vai trazer uma seleção de mais de 50 filmes de 17 países em seis categorias: Longas Sinistros, Médias Bizarros, Docs Estranhos, Curtas Macabros, Brasil Assombrado e Pílulas de Medo.

O objetivo do festival é unir terror, cultura pop e rock, e juntar os públicos das três coisas. Entre os filmes selecionados, há produções como The history of the metal and the horror, documentário de Mike Schiff repleto de nomões do som pesado (EUA), Tales of babylon, de Pelayo de Lario (Reino Unido), The Quantum Devil, de Larry Wade Carrell (EUA). Há também Death link, dirigido por David Lipper (EUA), com um time de astros e estrelas que inclui Jessica Belkin (Pretty little liars), Riker Lynch (Glee), David Lipper (Full House) e outros.

O evento também vai ter mesas redondas com  diretores, atores e outros profissionais da indústria para o público do festival, comandadas pela criadora do Rock Horror Film Festival, Chrys Rochat (Sin Fronteras Filmes), e que vão rolar no hall do Cinesystem. Entre os convidados já estão confirmados diretores da Polônia, EUA, Canadá e Brasil. Happy hours cinéfilas, shows de rock e oficinas estão no programa também, além da exibição de um filme inédito no Brasil na abertura.

Lista completa dos filmes que participarão da edição no site do festival: www.rockhorrorfilmfestival.com

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Parayba Rock Fest: filme que será exibido no evento relembra história de fotógrafo morto por covid

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Parayba Rock Fest: filme que será exibido no evento relembra história de fotógrafo morto por covid

Marcado para este domingo (28) na Areninha Cultural Hermeto Pascoal (Lona Cultural de Bangu, na Zona Oeste do Rio de Janeiro), o Parayba Rock Fest, do qual você ficou sabendo aqui, vai ter shows, DJs, exposições e várias outras atrações. E Michael Meneses, criador do selo Parayba Records e realizador da festa (que também comemora seus 50 anos de idade), vai exibir seu primeiro filme, Ver + – Uma luz chamada Marcus Vini. Michael, que é fotógrafo e professor de fotografia, iniciou o filme como trabalho de conclusão de curso de sua faculdade de Cinema.

“O que eu vou exibir no evento são os 50 minutos que já estão prontos do filme e que apareceram na apresentação do meu TCC. Ainda estou inclusive fazendo pesquisas para ele”, conta Michael, que com o filme, homenageia Marcus Vini, seu melhor amigo (“o irmão homem que eu não tive”, conta), morto por covid. Marcus era fotógrafo e, como Michael, foi professor universitário e cobriu festivais de música como o Rock In Rio.

“Marcus contraiu covid naquela época mais braba da doença, e morreu no dia em que ele deveria estar tomando a primeira dose”, lembra Michael. “Ele foi fotojornalista e curiosamente fazia aniversário no dia 19 de agosto, que é o Dia Mundial da Fotografia. E só soube disso depois que virou fotógrafo. Ele inclusive fez uma foto super importante numa enchente, que foi publicada no jornal Le Monde. A ideia do filme é focalizar o lado humanitário dele, um cara que estava sempre pensando em fazer doação de alimentos, coordenou um curso de fotografia em Madureira (Zona Norte do Rio)“. Antes do evento de Michael, o filme foi exibido também em lugares como a livraria carioca Belle Epoque.

O Pop Fantasma é um dos apoiadores do evento, ao lado de uma turma enorme. Para saber mais e comprar seu ingresso, confira o serviço abaixo.

SERVIÇO:
SHOWS COM AS BANDAS:

Netinhos de Dna Lazara, Benkens, NoSunnyDayz, New Day Rising (NDR) e Welcome To Tenda Spírita.
ALÉM DOS SHOWS:
Exibição do Documentário:
 VER+ – Uma Luz Chamada Marcus Vini – Direção: Michael Meneses
DJs: Explica e Chorão 3
Expo de fotos dos fotógrafos da Rock Press
Feira Cultural com: Disco de vinil, CDs, DVDs, roupas, livros, fanzines, artesanato, acessórios de moda rock, cultura geek e muito mais
Gastronomia Vegana: Vegazô – A Feira Vegana da Zona Oeste/RJ
DATA: 28 de julho 2024, às 14h.
LOCAL: Areninha Cultural Hermeto Pascoal – Praça 1 de Maio S/N – Bangu/RJ
INGRESSOS: antecipados aqui, na bilheteria da Areninha e na loja Requiem (Camelódromo de Campo Grande).

Foto: reprodução Instagram

 

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Cinema

In-Edit Brasil 2024: 15 filmes que você não deve perder

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In-Edit Brasil 2024: 15 filmes que você não deve perder

Pena que o festival In-Edit Brasil, dedicado a documentários musicais, só rola em São Paulo. A 16ª edição do evento começa nesta quarta (12), vai até o dia 23, e acontece em diversas salas (com sessões gratuitas e até R$ 10), com mais de 60 filmes na programação, de diversos países. Além da variedade musical que sempre acontece todos os anos, muitos filmes só serão exibidos no Brasil graças ao festival, que já entrou para a lista de eventos favoritos de todo mundo que é viciado em música (e em detalhes sobre história da música, que são o combustível do evento).

Você fica sabendo de tudo que rola na edição 2024 do In-Edit aqui. Dá vontade, claro, de assistir aos 60 filmes, mas segue aí uma listinha bem pessoal de 15 produções que ninguém deve perder. Importante: plataformas parceiras do festival irão exibir alguns filmes – confira toda a programação delas aqui. E nem só de cinema vive o In-Edit: o festival tem uma prograação paralela que inclui encontros, master classes, debates, apresentações musicais exclusivas, sessões comentadas, a tradicional Feira de Vinil e, pela primeira vez, uma Feira de Livros, com centenas de títulos sobre música e cinema a preços especiais.

Devo
Chris Smith | Estados Unidos | 2024 | 95’
Poucas bandas conseguiram unir a crítica social e os hits radiofônicos como o Devo. Surgida em Ohio, a banda começou a se infiltrar na cultura pop americana com o hit Whip it. Sua história é contada através de um turbilhão de imagens de arquivo lo-fi, sequências de imagens rápidas e um ritmo vertiginoso. Filme de abertura do In-Edit Brasil 2024.

Black Future, Eu Sou O Rio
Paulo Severo | Brasil | 2023 | 77’
Eu sou o Rio, álbum de estreia do Black Future, esteve em todas as listas de melhores lançamentos de 1988. Sucesso de crítica, foi ignorado pelo público e nunca foi relançado. Com entrevistas feitas aos vinte anos de lançamento do disco, seus ex-integrantes e pessoas próximas esmiúçam a história da banda.

Black Rio! Black Power!
Emílio Domingos | Brasil | 2023 | 75′
Emílio Domingos se debruça sobre a cena dos bailes black surgida no Rio de Janeiro nos anos 1970. Com depoimentos de Dom Filó, figura fundamental no surgimento da cena, e de outros personagens, conhecemos uma história de afirmação que levava milhares de jovens pretos para dançar e cantar: “I’m black and I’m proud!”

Luiz Melodia – No Coração Do Brasil
Alessandra Dorgan | Brasil | 2024 | 85′
Injustamente taxado como “maldito”, Luiz Melodia foi um dos maiores artistas surgidos no Brasil. Através de diversas imagens de arquivo, ele conta sua trajetória, desde a infância nos morros do Rio de Janeiro, o início da música, passando pelo sucesso radiofônico, os conflitos com gravadoras e com o showbiz.

O Homem Crocodilo
Rodrigo Grota | Brasil | 2024 | 84’
Um dos expoentes da Vanguarda Paulistana, Arrigo Barnabé é o foco desse filme-experimento que aborda seus anos em Londrina, antes de se mudar para São Paulo. Com uma mistura de interferência sonoras e visuais, o diretor Rodrigo Grota apresenta o inconsciente estético na obra do criador de Clara Crocodilo.

Germano Mathias – O Catedrático Do Samba
Caue Angeli e Hernani de Oliveira Ramos | Brasil | 2023 | 70’
O paulista Germano Mathias se tornou ícone de um estilo musical que misturava muita malandragem e poesia. No filme, acompanhamos Germano contando sua vida, trajetória e nos trazendo lembranças de uma cidade que, se não existe mais, ainda está oculta de nossos olhares distraídos.

Moog
Hans Fjellestad| Estados Unidos| 2003| 70’
Robert Moog dedicou sua vida a pesquisar e difundir instrumentos eletrônicos, especialmente os sintetizadores modulares. Neste documentário, essa figura lendária compartilha suas ideias sobre criatividade, design, interatividade e espiritualidade. Filme vencedor do In-Edit Barcelona 2004.

Na Terra De Marlboro
Cavi Borges | Brasil | 2024 | 50’
DJ Marlboro é, para muitos, o criador do funk carioca e até hoje é um dos principais divulgadores do gênero. Habitué do In-Edit Brasil, o diretor Cavi Borges conta sua trajetória com depoimentos dados pelo próprio Marlboro e muitas imagens de arquivo.

Carlos
Rudy Valdez | Estados Unidos | 2023 | 87 min
O filme narra a vida do virtuoso guitarrista Carlos Santana, desde a infância até o estrelato internacional, entrelaçando entrevistas com o protagonista e sua família com imagens de arquivo recém-descobertas, além de sua lendária apresentação em Woodstock.

In Restless Dreams: The Music Of Paul Simon
Alex Gibney | Estados Unidos | 2023 | 210’
O diretor Alex Gibney nos convida a uma profunda viagem através do universo de Paul Simon. Enquanto acompanha a gravação do novo álbum do artista, Seven psalms, o filme traz uma longa narrativa sobre sua carreira, iniciada ao lado do cantor Art Garfunkel, e sua vida pessoal.

Joan Baez: I Am A Noise
Karen O’Connor, Miri Navasky, Maeve O’Boyle | Estados Unidos | 2023 | 113’
Joan Baez esteve na primeira linha do folk norte-americano em seu momento mais vibrante. Figura presente nas manifestações pelos direitos humanos, esteve ao lado de Bob Dylan, em uma relação pouco entendida. Aos 80 anos, ela conta suas memórias, faz algumas confissões e fala de sua vida atual.

Karen Carpenter: Starving For Perfection
Randy Martin | Estados Unidos |2023 | 99’
Karen Carpenter ajudou a fazer a banda The Carpenters um dos grupos pop de maior sucesso dos anos 1970. Sofrendo de anorexia nervosa e bulimia, faleceu aos 32 anos. Este filme nos mostra sua busca pela perfeição e a dinâmica familiar que a levou ao seu trágico destino.

Let the Canary Sing
Alison Ellwood | Estados Unidos, Reino Unido | 2023 | 96’
Documentário vigoroso e alegre sobre a estrela pop dos anos 1980, Cyndi Lauper. Desde as suas origens humildes até à criação da sua própria personalidade de palco – excêntrica, desbocada e deliberadamente ingénua – que a catapultou para a fama.

Simple Minds: Everything Is Possible
Joss Crowley | Reino Unido | 2023 | 88’
Simple Minds é um dos ícones do rock dos anos 1980, mas poucos conhecem a história de amizade por trás de tudo. Da infância pobre em Glasgow, aos palcos mais famosos do mundo, Jim Kerr e Charlie Burchill sempre estiveram juntos. Além deles, diversos astros da música contam o impacto do grupo em suas vidas.

The Stones & Brian Jones
Nick Broomfield | Reino Unido | 2023 | 93′
Brian Jones tinha muitas facetas e ninguém ficava indiferente a ele. Neste documentário, o aclamado diretor Nick Broomfield desvenda a história do ícone dos Rolling Stones que terminou misteriosamente seus dias no fundo de uma piscina, com apenas 27 anos de idade.

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