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Grillo e os Mosquitos lançam o clipe de “Traz o repelente” (!)

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Grillo e os Mosquitos lançam o single e o clipe de "Traz o repelente" (!)

Vinda de Florianópolis, a banda Grillo & Os Mosquitos tem influências que vão do jazz à música brasileira, e já tem dois singles lançados. O mais recente parece feito de encomenda para uma banda que tem um nome desses: Traz o repelente já ganhou um clipe que mostra uma aventura bem louca e repleta de encrencas com mosquitos durante um acampamento.

O vídeo foi gravado na área rural de Florianópolis, no distrito de Ratones (cujo nome, só para aumentar o clima de “mundo animal” em torno da banda, vem do rio da região, com encostas repletas de roedores). João Peters (baixo), Pedro Germer (guitarra) e Gustavo Grillo (bateria) dizem que a história do clipe não é real, mas confirmam: adoram perrengues de acampamento, seja no mato, seja em festivais.

O grupo lançou também um documentário em três episódios, com o mesmo nome da faixa, que também não economiza em histórias de perrengues (mais abaixo, você confere o primeiro episódio). Falamos com Grillo, João e Pedro sobre a história do grupo e sobre os singles já lançados – vem um outro compactinho aí, programado para o mês que vem.

Vocês têm um outro single lançado em 2020, Ata-me. Mas o nome Grillo e Os Mosquitos parece ter sido feito de encomenda para uma banda que lança um single chamado Traz o repelente. A música já existia antes disso?

Gustavo Grillo: Bem, a Grillo e os Mosquitos existe desde 2016, já nos apresentamos muito na noite com um repertório de interpretação e subversão de temas brasileiros, do rock e do jazz. A partir de 2019 a gente começou a focar no autoral, sabe? Compondo e gravando juntos. Ata-me foi nosso primeiro single lançado no streaming e nasceu por encomenda, ela foi feita para ser a trilha sonora de um desfile do OCTA Fashion, que é o maior evento de moda do sul do Brasil. Foi feita para a Manu, que hoje é nossa produtora, mas na época estava estudando moda. Traz o Repelente nasceu a partir de uma vivência que nós tivemos enquanto banda no começo de 2020. Depois do hiato da pandemia gravamos (no final de 2021) e lançamos agora.

Como foi feito o roteiro do clipe e como arrumaram a fazenda para gravá-lo?

Gustavo Grillo: Ah, o roteiro aconteceu de forma bem natural, a gente foi conversando, vendo os pontos de ligação que existiam entre nossas vivências e o próprio nome da música e chegamos na ideia do acampamento. Escrevemos em uma tarde! Sobre a fazenda, ela é da família de um colega nosso, que também participou do making of e é um grande filmmaker da ilha, o Puroisland. A fazenda foi essencial e abraçou todas nossas ideias escritas no roteiro.

A história contada pelo clipe é real? Aconteceu com vocês? Aliás, vocês curtem acampar?

Pedro Germer: MUITO! Todos nós curtimos acampar, seja no mato, seja em festivais, a gente curte um perrengue de acampamento. Temos muitas histórias de acampamento hahaha nós três somos grandes entusiastas de dormir em barracas. Essa história em específico não é real, mas variações dela já aconteceram com a gente. Tem uma situação que aconteceu com a banda que contamos no nosso documentário, também chamado Traz o Repelente, que lançamos ano passado. No terceiro episódio do documentário falamos de um show em uma fazenda que foi caótico, vale a pena conferir (link para a playlist do documentário aqui).

Os mosquitos deixaram vocês em paz na gravação do clipe?

Pedro Germer: NÃO! Foi muito complicado de verdade. Em vários momentos no clipe, quando batemos nos mosquitos, batemos de verdade, se prestar atenção dá até pra ver os mosquitinhos passando no vídeo. Foi um dia que gastamos vários repelentes!

Em quanto tempo foi gravado o clipe?

Emanueli Dalsasso (responsável pela direção do clipe): O clipe foi gravado em cerca de 12 horas, com pausas para alimentação. Foi bem tranquilo, a gente tinha um bom plano de gravação, uma boa decupagem, a gente foi bem ágil para se organizar e pra gravar, pessoal da Lavah Produções foi muito profissional.

Como vocês começaram a se envolver com música e como surgiu a banda?

João Peters: Todos da banda sempre estiveram envolvidos com música. A banda se formou oficialmente em 2016, por conta de vivências da universidade e algumas jams que a gente participava. Ali, nasceu a vontade de tocar música instrumental, algo que nenhum dos três tinha feito antes. Começamos a fomentar a ideia e, a partir de uma data em aberto para tocar num bar no centro de Floripa, decidimos dar o start e nunca mais paramos.

O que vocês costumam ouvir e o que influenciou o conceito do grupo?

João Peters: Costumamos ouvir de tudo, mas a banda surgiu a partir de algumas influências específicas e da vontade de interpretar canções e artistas populares (Djavan, Bob Marley, Gilberto Gil, Stevie Wonder, etc.) em um trio instrumental. Para isso, pegamos conceitos do jazz (principalmente o improviso em cima de uma forma) e da música brasileira instrumental (a parte rítmica, principalmente). O rock também é um grande pilar, pois é dele que vem a energia das músicas da banda, por meio da sonoridade e performance.

Tem um EP ou álbum vindo aí? Como vai o planejamento de vocês pra isso?

Grillo: Temos sim! Ainda é segredo de estado mas tem coisa vindo esse ano ainda, inclusive o próximo single sai em março, se chama Marimbondo e vem com clipe também!

Lançamentos

Urgente!: Primeira demo dos Pixies volta às lojas em vinil, CD e K7

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A Purple tape, primeira demo dos Pixies, gravada em março de 1987 e feita para ser entregue a gravadoras, já foi lançada na íntegra algumas vezes – e desapareceu em seguida.

A Purple tape, primeira demo dos Pixies, gravada em março de 1987, já foi lançada na íntegra algumas vezes – e desapareceu em seguida. Oito daquelas músicas se tornaram o primeiro disco dos Pixies, Come on pilgrim (1987). O restante saiu no EP Pixies, lançado em 2002 pelo selo independente SpinART – e depois tudo foi saindo na íntegra em reedições da fitinha.

Pois bem, em comemoração ao National Album Day (dia 18 de outubro) todo o material da Purple tape vai voltar às prateleiras. O LP Demos – The purple tape ‘87 retorna em vinil, K7 e CD, com nova capa, além de liner notes explicando toda a origem da banda – tudo pelo selo Cooking Vinyl.

Quem quiser correr atrás de um exemplar, manda bala porque já está em pré-venda. Preço, claro, nem está em discussão (imagina o frete disso pro Brasil!). Além das músicas do Come on pilgrim, versões iniciais de Subbacultcha, Here comes your man e Down to the well estão lá, assim como o tema do filme Eraserhead, de David Lynch, In heaven (Lady in the radiator song).

A história da Purple tape é cheia de detalhes pitorescos. Os Pixies (Black Francis, voz, guitarra; Kim Deal, voz e baixo; Joey Santiago, guitarra; David Lovering, bateria) eram uma banda louca a ponto de Kim Deal, a única a se candidatar ao cargo de baixista, nunca nem sequer ter pegado no instrumento antes do teste. O grupo já andava fazendo alguns shows por bares de Boston, quando foi notado por um produtor-olheiro chamado Gary Smith, que decidiu levar a banda pro estúdio.

O tal estúdio era o Fort Apache, administrado por músicos ligados a uma banda chamada Sex Execs – um deles, Paul Kolderie, foi técnico de gravação da Purple tape. O nome do estúdio foi inspirado no filme Fort Apache, The Bronx, um policial protagonizado por Paul Newman, que no Brasil se chamou Inferno no Bronx. Não era só uma brincadeirinha à toa: o estúdio tinha sido montado numa área barra-pesada de Boston, daí a referência (o Fort Apache ainda existe, mas funciona em New Hampshire, um dos seis estados da chamada Nova Inglaterra, nos EUA).

Apesar do local ter só uma máquina de oito canais, a turma do estúdio resolveu arrumar um gravador de 16 canais. Problemas: todo mundo teve que aprender a mexer no aparelho rapidamente, e o aluguel era caríssimo. Para baratear os custos, a Purple tape foi gravada durante seis dias e seis noites, com técnicos e musicos morrendo de sono e… de frio. Isso porque os aquecedores do estúdio eram tão barulhentos, que a solução era desligá-los durante as sessões. Se você sempre achou que os vocais de Black Francis eram desesperados demais em músicas como Levitate me, a explicação é essa.

Antes da gravadora britânica 4AD ouvir os Pixies e decidir lançar parte do material, houve algumas tentativas com outros selos. Kim Deal, usando o sistema de correio do escritório onde trabalhava, mandou a fitinha pra SST Records (Minutemen, Hüsker Dü) mas a gravadora não curtiu o som. Detalhe: Ivo Watts-Russell, dono da 4AD, adorou os Pixies mas relutou em contratá-los. Isso porque a gravadora já tinha no elenco os Throwing Muses – também de Boston, por sinal – e ele achou o som dos Pixies “roquenrol” demais para um selo que cujo catálogo tinha Dead Can Dance e Cocteau Twins.

Quem salvou os Pixies foi a namorada de Ivo, que era secretária do selo e convenceu o executivo. Ivo topou, mas lançou somente oito canções da Purple tape, por achar que o resto do material ainda era muito amador – e mandou remixar tudo. Nasceu então o EP Come on pilgrim e o resto é história (uma história aliás, que você conhece no episódio do nosso podcast Pop Fantasma Documento sobre os Pixies – ouça no Deezer, no Castbox e no Mixcloud).

Para satisfazer os fãs menos endinheirados dos Pixies, as músicas da Purple tape que não foram parar em Pilgrim estão nas plataformas. Não ajuda muito, mas…

Texto: Ricardo Schott – Foto: Reprodução

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Lançamentos

Radar: Christine Valença, John, Budang, Flor ET, Cleozinhu, SAMO, João Ramos

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Christine Valença, na foto

Tem mudanças vindo por aí no Radar para tornar a seção mais dinâmica – um negócio que ainda estamos desenvolvendo. Nossa playlist não só não vai parar, como ainda por cima vai ficar um pouco mais próxima dos lançamentos. Dessa vez, vamos do samba experimental da carioca Christine Valença ao pop do brasiliense João Ramos, numa viagem pelos novos sons.

Texto: Ricardo Schott – Foto (Christine Valença): Divulgação

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CHRISTINE VALENÇA, “BUBBLEGUM STADIUM”. Christine Valença volta diferente e mais audaciosa em seu novo single: Bubblegum stadium é um samba torto, experimental, ou um “samba-rock alternativo”, como ela mesma conta. O clipe, dirigido por Juliana Colina, traz uma versão em vídeo da letra da faixa.

“Escrevi a música durante um longo período de experimentos, tentativas e erros, em torno da voz e do violão ritmado, ainda quando fechava as músicas que entraram no meu primeiro álbum autoral. Gostei dessa possibilidade que foi surgindo e me inspirei um pouco no jeito de cantar do Jorge Ben Jor, e do Gil, sempre grandes referências para mim”, diz.

JOHN, “PRECISO MUDAR”. John, não: Dr. Adael Jhonatan. Irmão de Jackson Pinheiro, um dos fundadores da banda Supercombo, John é advogado e chegou a exercer a profissão – trocada hoje definitivamente pela música. Seu álbum Na trave une indie pop e vibes brasileiras em faixas abertas e solares, que falam de relacionamentos amorosos como quem fala da vida lá fora. Preciso mudar, uma das faixas, já ganhou ate visualizer – aliás John está disponibilizando semanalmente um vídeo de cada uma das nove faixas.

BUDANG, “MAGIA/BUDANGÓL”. Preparando um primeiro álbum – a sair pela Deck – essa banda de hardcore de Floripa volta unindo som pesado, pressão, vocais guturais, um balanço próximo do funk e micropontos de psicodelia em seu novo single, Magia/Budangól. Na verdade, é um single meio duplo. “Budangól é como se fosse uma continuação de Magia e sempre são tocadas juntas, têm a mesma vibe. Ela fala sobre nós, tipo uma música de apresentação da gente e do rolê”, diz o guitarrista Vinicius Lunardi.

FLOR ET, “CANSADA”. “Tô cansada de provar o meu valor (…) / e lá vou eu levantar e encarar a batalha diária / peleiar na praça, mostrar que de onde eu vim a terra é fértil pra plantar”. Com a vigorosa Ada Bellatrix nos vocais, essa banda de Porto Alegre une protesto feminista e anti-capitalista, punk, ska, psicodelia e beats brasileiros em seu novo single, que anuncia o álbum Brazapunk – previsto para chegar às plataformas no dia 19 de setembro. O álbum foi produzido entre Rio Grande do Sul (por Alexandre Birck) e Minas Gerais (por Barral Lima) e é definido pela banda como “uma celebração à liberdade artística e uma provocação ao mercado.

CLEOZINHU, “DIAS FRIOS”. Integrante de bandas como Guandu, Manobra Feroz e Duo Chipa, Cleozinhu prepara novo álbum para 11 de setembro, Fragmentos de estrela, e adianta os trabalhos com Dias frios, single que une referências que vão do emo (na construção da melodia) ao trap (nos beats e na voz tratada eletronicamente). A instrumentação da faixa brinca com a noção de “instrumentos fake”: guitarra, baixo e bateria são simulações de instrumentos reais, tudo criado com midi. Já a letra é bem humana e real, falando de inseguranças pessoais e de perdas.

SAMO feat LAURA PADARATZ, “BEM VINDO À GANGSTA PARTY”. Vinda de Santa Catarina, a banda SAMO decidiu fazer de sua nova música – e de seu novo clipe – um manifesto ao humor ácido. Bem vindo à gangsta party mexe com os símbolos do gangsta rap dos anos 1990 e tem influências de nomes como Dr. Dre, Snoop Dogg e Tupac. A ideia da música é também contar um pouco da história do grupo, de maneira descontraída, sempre falando do lado festeiro da turma. Laura surge contribuindo nos vocais e também participa do clipe, feito de forma bem independente – Felipe Reis, o Dip, um dos integrantes da banda, dirigiu e roteirizou.

JOÃO RAMOS, “ONDA BOA”. Integrante de bandas como Caos Lúdico e Paranoia Bomb, João cai dentro do pop nacional e das misturas musicais em seu primeiro single solo. Onda boa, afirma João, “comemora a liberdade de sentir sem pressa, sem traumas, sem clichês, seguindo seu ritmo e confiando no tempo”. Rodrigo Txotxa (Natiruts, e ex-Plebe Rude e Maskavo Roots) toca bateria na faixa, que ainda traz Fellipe Souljah nos violões, Jorge Zulim Bittar nos teclados e na produçao, e Malu Cascardo nos backing vocals.

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Lançamentos

Urgente!: Pronto, os 17 singles de Hayley Williams agora formam um álbum

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Capa de "Ego death at a bachelorette party", de Hayley Williams

Lembra quando Hayley Williams, há algumas semanas, lançou 17 singles de uma vez só, e o pacote ganhou, dado pelos fãs, o nome de Ego? Pois bem: Hayley decidiu lançar hoje tudo de uma vez no formato álbum, e deu ao disco o nome das melhores músicas do conjunto de faixas lançadas em separado por ela no dia 1º de agosto: Ego death at a bachelorette party. A capa é a foto acima.

Ao número original de faixas, foi acrescentada mais uma, Parachute. Um outro detalhe: no anúncio oficial de lançamento do disco no Instagram, Hayley avisa que o disco terá oficialmente 20 músicas – e que mais duas canções serão adicionadas ao projeto oficial.

O lançamento do disco em formato álbum (ainda sem data definida), bem como a entrada de Parachute, já haviam sido feitos por Hayley há alguns dias. A cantora também disse que a tracklist seria feita por um fã (em seu site oficial havia uma área para os fãs montarem sua própria tracklist, depois trancada). Na verdade nem foi bem assim: o site paramore.com.br revela que “a tracklist escolhida é uma mistura entre algumas playlists de fãs e a playlist de Daniel James, produtor do álbum”.

O disco é o primeiro lançamento de Hayley desde 2023 – em dezembro desse ano, o Paramore, banda da qual ela é vocalista, anunciou o término de seu contrato com a Atlantic. Ego death at a bachelorette party sai pelo selo próprio dela, Post Atlantic (note o nome), com distribuição da Secretly Distribution.

Para quem não ouviu, vale a pena conhecer de novo a ordem das faixas na maneira como Hayley as dispôs – por acaso, a ruidosa Parachute é a 18ª música da pacoteira (confira aí embaixo). Cópias físicas do disco já estão em pré-venda e chegam “a todos os lugares” (ela que garante) no dia 17 de novembro.

(e a gente resenhou as músicas novas de Hayley aqui).

Aliás, Parachute já tem um visualizer. Confira aí.


Texto: Ricardo Schott – Foto: Reprodução

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