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Dora Sanches apresenta “Meu Lugar”, single em parceria com Gabriel Sater

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Dora Sanches apresenta "Meu Lugar", single em parceria com Gabriel Sater

A música nova de Dora Sanches celebra o amor pelo lugar de onde ela veio, Campo Grande (MS). Meu lugar é uma parceria dela com Roberto Lopes, Fred Sommer, Marcos Vasconcellos, Rick Yates e Clemente Magalhães (este último o apresentador do canal Corredor 5) e é uma é uma parceria com o músico (e conterrâneo) Gabriel Sater. A música chegou as plataformas na sexta (25), um dia antes do aniversário de 124 anos de Campo Grande.

“Esse imaginário que é formado pela minha memória vem da infância. Minha cidade de origem não é apenas um lugar geográfico, mas, sim, um lugar que carrega todas essas lembranças que são parte de mim”, afirma Dora. Formada em produção musical, a artista morou em São Paulo por 10 anos e agora está no Rio de Janeiro. E seu repertório é composto por um um misto de MPB, pop e ritmos regionais sul-mato-grossenses.

“Eu e o Gabriel temos Mato Grosso do Sul como um local sagrado, como um espaço que guarda nosso crescimento. E, quando a música é cantada por alguém que se identifica com aquela composição, ela me parece ter um impacto muito grande”, explica a cantora.

“Essa música é aquela que faz o coração ficar quentinho, porque é algo que está dentro de diversas pessoas, muitas já passaram por mudanças e, talvez, Meu lugar traga recordações carinhosas para quem ouvir”, finaliza Dora (foto: Victor Vieira/Divulgação).

Crítica

Ouvimos: Suede – “Antidepressants”

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Em Antidepressants, o Suede faz um pós-punk sombrio e elegante, evocando David Bowie, Roxy Music, Joy Division e The Cure em faixas intensas.

RESENHA: Em Antidepressants, o Suede faz um pós-punk sombrio e elegante, evocando David Bowie, Roxy Music, Joy Division e The Cure em faixas intensas.

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Quinto álbum do Suede desde o retorno da banda em 2013, Antidepressants chega a confundir as coisas. Você pode ouvir as onze faixas do álbum e ter a impressão de que o grupo de Brett Anderson veio do começo dos anos 1980 e é uma joia rediviva do pós-punk e do indie rock britânico da época. E pode acabar esquecendo de que se trata do novo álbum de uma pérola do britpop, uma banda que costuma ser meio deixada de lado pelos fãs de Oasis, Blur e Stone Roses. Brett não estava brincando quando disse que Autofictions, de 2022 era um disco “punk” e esse disco novo era o desdobre pós-punk.

O som de Antidepressants, graças às batidas marciais, às linhas de baixo cruas e às guitarras cevadas na economia e na beleza, está bem mais próximo de uma geração anterior à deles. Mas isso já era algo preconizado pelo Suede desde os primeiros anos. Na real Brett e seus companheiros soavam mais como o último grito do glam rock, uma banda punk que nunca tinha deixado de ouvir David Bowie para adorar Sex Pistols, um grupo que conseguia curtir crueza sonora e drama – mais ou menos na tradição dos momentos mais lascados do The Cure, banda que volta e meia surge como citação na estrutura das faixas de Antidepressants.

  • Ouvimos: Pulp – More
  • Quem é quem (e o que é o que) na ficha técnica de Ziggy Stardust, de David Bowie
  • O comecinho do Roxy Music no nosso podcast

Antidepressants faz o Suede funcionar como um bloco sólido de som – destacando baixo, bateria e guitarra na mesma proporção, e dando uma vibe climática para os teclados. Também faz os antigos fãs lembrarem do Suede como um grupo amigo, que provoca identificação imediata com a vulnerabilidade de quem ouve. Unindo quase sempre a elegância de David Bowie e Roxy Music à crueza existencial do Joy Division, eles criam cenários doloridos em faixas como Disintegrate (“seu medo e sua frustração / são como armas em suas mãos”, “desça e se desintegre comigo / somos cortados como as margaridas, como as papoulas altas”), a sombria e ágil faixa-título (“há tantas maneiras de definir / nossos estados infinitos / tribos adolescentes no banheiro de novo / cale a boca ou eles nunca mencionarão seu nome”) e o pós-punk sessentista e beatle Broken music for broken people (“são pessoas partidas que salvarão o mundo”).

Há também Sweet kid, música melancólica e adolescente, com uma letra para acompanhar o/a fã (“todas as maneiras que você mudará então / com cada pele que você troca”). E o clima bowieófilo de Somewhere between an atom and a star, balada blues com herança de discos como David Bowie (o de Space oddity, 1969) e The man who sold the world (1971). De uma forma ou de outra, Brett sempre forjou o Suede como uma banda que fala ao rockstar perdido em cada pessoa, aos sonhos deixados de lado em meio à máquina de moer carne da vida. Um estado de espírito que surge igualmente na vibe viajante e apocalíptica de Life is endless, life is a moment e no peso solar de The sound and the summer. E na atmosfera hipnotizante do single Trance state, repleta de emanações de The Cure e Killing Joke.

Antidepressants escapa da nota 10 por pouco, por causa de um detalhe básico: em busca de um disco conciso, o Suede deixou de esticar e aproveitar as belezas de algumas faixas. Somewhere between an atom and a star encerra tão abruptamente que chega a causar um estado de “ué, só isso?”. O mesmo acontecendo até com o jangle rock certeiro do single Dancing with the europeans, que aposta numa mescla Byrds+ Joy Division, e até com Criminal ways, punk classudo que cita o balanço de London calling, do Clash. Pequenos detalhes, já que o Suede volta com disposição.

Texto: Ricardo Schott

Nota: 9
Gravadora: BMG
Lançamento: 5 de setembro de 2025

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Crítica

Ouvimos: The Technicolors – “Heavy pulp”

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No quinto álbum, Heavy pulp, The Technicolors misturam psicodelia, pós-punk, shoegaze e até synthpop em faixas intensas e variadas.

RESENHA: No quinto álbum, Heavy pulp, The Technicolors misturam psicodelia, pós-punk, shoegaze e até synthpop em faixas intensas e variadas.

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A capa é psicodélica, o nome da banda é psicodélico, o nome do álbum mete peso na história – e os Technicolors, uma banda norte-americana que já existe desde 2012, estão bem pouco interessados em definições exatas para sua música. Heavy pulp, quinto disco do grupo, abre com uma espécie de stoner dançante – Gold fang, que na real lembra uma espécie de metal-disco psicodélico, com vocais cansados. Softcore, na sequência, ajuda a pôr a banda no mapa do shoegaze, enquanto uma espécie de encontro entre o punk e a lisergia toma conta de Serotonin.

O que baliza de verdade Heavy pulp é uma oscilação entre climas psicodélicos e vibes pós-punk – como se a estileira do grupo pudesse ser traduzida numa espécie de mostrador de VU que vai parando em diversas gradações conforme a música. Alpha alpha alpha soa como Talking Heads no ácido. Posh Spice (cujo clipe mostra quatro pessoas caindo num golpe que envolve uma referência às Spice Girls) é stoner dançante e pesado na cola do Queens Of The Stone Age. Chump change e Lucky slug são pós-punk + krautrock. Ta ta ta tem vibração no-wave, com teclados psicodélicos e espaciais.

E vai por aí, num resultado bem louco e variado. Agora, de inesperado, tem a bela First class to nowhere, uma rápida lembrança do rock britânico dos anos 1980, com clima doce e viajante, guitarras e violões bacanas, riff ótimo, e emanações de The Cure, Psychedelic Furs e The La’s. No final, nem estranhe dar de cara com o synthpop apodrecido de I miss my friends. O escopo do The Technicolors é bem amplo.

Texto: Ricardo Schott

Nota: 9
Gravadora: Independente
Lançamento: 29 de agosto de 2025.

  • Ouvimos: Radio Free Alice – Empty words (EP)
  • Ouvimos: Forever ☆ – Second gen dream

 

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Crítica

Ouvimos: Pablo Vermell – “Futuro presente”

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Em Futuro presente, Pablo Vermell mistura pop adulto e indie folk em canções curtas, íntimas e cheias de melancolia.

RESENHA: Em Futuro presente, Pablo Vermell mistura pop adulto e indie folk em canções curtas, íntimas e cheias de melancolia.

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Com participações de Lucas Gonçalves (Maglore), da cantora amazonense Corama e banda norte-americana Valiant Blues, Futuro presente, primeiro álbum do santista Pablo Vermell, aponta basicamente para a mistura de rock e pop adulto de rádio, num efeito que faz lembrar bastante a estreia do The Convenience, Accelerator (2021) – ou coisas mais indie pop, como Clairo.

Com duração curtíssima (19 minutos), o álbum de Pablo joga musicalmente com a noção de um futuro que se descortina a cada segundo – com ou sem ansiedade, com ou sem “vida lá fora”. O álbum abre com Na espera, uma bossa de guitarra e piano, com letra de amor perdido e vocal tranquilo. Uma música que parece balizar todo o clima do disco, ainda que haja em Futuro presente momentos folk que lembram R.E.M. (Falar é fácil demais, Futuro presente, Adeus é para os fracos).

Nas letras de Futuro presente, Pablo tenta cravar uma espécie de estética geracional, que fala de dramas pessoais, amores que se foram e coisas parecidas – como na tristezinha do soft rock Low profile, no soul indie pop de Fran e Frio, e na balada lo-fi Miopia, gravada com voz, guitarra e som de demo.

Texto: Ricardo Schott

Nota; 7,5
Gravadora: Shake Music
Lançamento: 14 de agosto de 2025.

  • Ouvimos: Clairo – Charm
  • Ouvimos: El Escama – Esse é meu último disco

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