Notícias
Biscoitos de guerra: levaram as gravuras de Goya pra assar no forno

Deu trabalho, e quem vir, vai comer rapidinho. Mas ficou legal. Um artista chamado Phil Hansen recriou as gravuras Os desastres da guerra, do pintor espanhol Francisco de Goya, numa série de… biscoitos gigantes. Olha aí alguns deles.
Isso aí é Phil, em vídeo, mostrando todo o processo de produção dos biscoitos.
Hansen também fez um Donald Trump de bacon. Esse prato pode não cair bem.
Conheça mais do trabalho dele aqui.
Via Ufunk.
Lançamentos
Radar: Everything Is Recorded, Joseph, Love Ghost, Shyfrin Alliance, Desu Taem, The Hives, Tyler The Creator

O Radar ficou meio devagar nesta semana – e vai igualmente estar na próxima – por causa de trabalhos fora do Pop Fantasma (é, eles existem), questões pessoais pra resolver e um resfriado que já pode ser chamado de gripe. Mas vamos em frente com atrasos, e segue aí o Radar internacional de hoje. Um resumo do que andou ganhando alta rotação por aqui nas últimas semanas.
Texto: Ricardo Schott – Foto (Everything Is Recorded): Aliyah Otchere/Divulgação
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EVERYTHING IS RECORDED feat. SAMPHA, FLORENCE + THE MACHINE, JAH WOBBLE E DANIELLE PONDER, “WEAR AND TEAR”. Após o lançamento de uma ambiciosa coleção de três álbuns (resenhada pela gente aqui), o Everything Is Recorded volta com esse single novo. A ideia do idealizador do projeto, Richard Russell, é trabalhar com música experimental e quase sempre improvisada. Wear and tear mistura jazz, soul, experimentalismos e texturas de arrepiar, sempre na frente – com um bom número de colaboradores e ótimas companhias.
JOSEPH feat BECCA MANCARI, “I BELIEVE IN MYSELF”. Pop sobre autoafirmação e sobre passar a acreditar em si própria – depois de um momento longo em que você foi ensinada a nao acreditar jamais em ninguém. O Joseph, se você nunca ouviu falar, é um grupo de indie pop e indie folk formado no Oregon há mais de uma década, e que atualmente é formado só pelas irmãs Natalie e Meegan Closner – Allison, a outra irmã Closner, deixou o grupo em 2024. Na letra, Joseph e Becca avisam que o baixo astral pode vir até disfarçado, mas não vai conseguir nada com elas. Becca Mancari, cantora indie folk de Nashville, participa da faixa.
LOVE GHOST, “SPIRIT BOX”. Esse projeto musical norte-americano que mistura rap, emo, nu-metal e outros estilos, fala, em seu novo single, sobre mediunidade – a canção, afirmam eles, também é uma tentativa de se comunicar com “o outro lado da vida”. Com um repertório geralmente mais pesado, apostam dessa vez na leveza eletrônica, deixando os decibéis mais altos para o fim da faixa.
SHYFRIN ALLIANCE, “IN THE SHADOW OF TIME”. Esse projeto é cria de Eduard Shyfrin, um cantor e compositor nascido na Ucrânia, empresário, doutor em físico-química e estudante da Cabala, além de escritor. O material do Shyfrin Alliance gira em torno dos grandes mistérios do tempo. Mas o som de In the shadow of time não é nada esotérico: é um rock influenciado pelo blues, pelo jazz, pela pauleira dos anos 1970, em que Eduard tenta soar como um Lou Reed.
DESU TAEM, “SULFURIC ACID BATH”. Essa curiosíssima banda dos Estados Unidos – formada por um pai e um filho – lança discos na base do “você bobeou, nós lançamos um álbum duplo”. Uma das faixas mais recentes deles explica o que você deve fazer caso tenha tomado vários banhos e ainda não se sinta limpo o suficiente. O som é basicamente punk + metal com receituário ganchudo.
THE HIVES, “THE HIVES FOREVER THE HIVES”. The Hives forever The Hives, disco novo do The Hives (eita, haja repetição de nome nesse texto!) sai dia 29 de agosto. E vai se desenhanfo na frente dos fãs aos poucos. Agora é a vez da faixa-título virar single e clipe. Poderia ser um baita exercício de egolatria, mas o grupo usa seu peso e sua intensidade – tudo herdado do punk – para escrever uma celebração de todos esses anos de existência. E ficou bem legal!
TYLER THE CREATOR, “SUGAR ON MY TONGUE”. Dava para dançar ao som das músicas antigas de Tyler The Creator? Dava, mas o foco do rapper nunca esteve na dança. Com Don’t tap the glass, novo álbum (resenhamos aqui), Tyler decidiu só fazer música para mexer o esqueleto – até porque ter reparado que alguns amigos seus estavam com vergonha de dançar. Sugar, música próxima ao pós-disco e ao funk original, ganhou clipe com participações platinadas de participações especiais de LeBron James, Maverick Carter e Clipse.
Lançamentos
Urgente: E a Anthology 2025 dos Beatles, hein?

Se você já ouviu o mix 2025 de Free as a bird, “música nova dos Beatles” lançada originalmente em 1995 quando saiu o primeiro volume da série Anthology, cheia de gravações inéditas da banda, já sabe: agora, a voz de John Lennon soa mais dramática, a bateria de Ringo Starr parece saltar na frente do/da ouvinte, e o som conversa direto com algo muito profundo que existe em todos nós. Parece que aquela música vem de um lugar que não sabemos direito onde fica – se é um lugar que pertence ao passado, ao presente, ao futuro, ou a nenhum desses tempos verbais.
O novo mix da faixa faz parte de uma surpresa bolada pelos integrantes vivos dos Beatles, pelo espólio dos mortos e pela Apple Records. Vai sim ter um Anthology 4, que ganha sua versão “em áudio” no dia 21 de novembro e já está em pré-venda – mas calma! Se você esperava que finalmente Paul e Ringo tirassem do baú a versão de 27 minutos de Helter skelter, ou a composição experimental de Paul Carnival of light, pode tirar o cavalinho da chuva porque nada disso tem lá.
Há treze registros inéditos, mas várias das gravações do volume 4 já estavam nas edições expandidas dos álbuns de carreira da banda – ok, digamos que isso joga um pouco de areia na alegria da parada toda. E, lógico, há também Real love, a “outra inédita” de 1995, remasterizada (ainda não saiu). Em compensação, fecha-se um ciclo (ou abre-se outro) com a inclusão de Now and then, a “música nova dos Beatles”, lançada em 2023. A canção encerra o rol de faixas e, mesmo ouvida pela milionésima vez, impõe bastante emoção.
Pela ordem, o começo da pacoteira rola em 14 de outubro, quando sai uma reedição expandida do livro do Anthology, que saiu em 1995 e já estava fora de catálogo fazia tempo (também tá em pré-venda). No dia 26 de novembro, quando cada fã dos Beatles já terá furado o CD, o vinil, ou os botões do celular/computador de tanto ouvir o Anthology 4, a série de TV Anthology – que em 1995 foi exibida até na Rede Globo – volta a circular, dessa vez no canal Disney+.
O seriado original estava longe de ser uma bobagem chapa-branca para roqueiro coroa faturar: você tinha Paul, Ringo e George contando a história dos Beatles em depoimentos inéditos. Além de imagens raras, entrevistas antigas e pontas soltas que agora estavam contextualizadas. E agora, aos oito capítulos originais, junta-se um nono episódio, que mostra Ringo, Paul e George trabalhando no Anthology.
E tá aí o teaser do projeto. Como dizem por aí, “cale a boca e tome meu dinheiro” (ah, se eu pudesse…).
Texto: Ricardo Schott – Foto: Divulgação
Lançamentos
Urgente!: Nina Maia vai pro selo britânico Mr Bongo e relança “Inteira” em edição deluxe

Lembra de Inteira, disco da cantora Nina Maia que foi bastante elogiado nessas páginas (da web) há algum tempo? Pois bem: Nina entrou para o elenco do selo britânico Mr Bongo, e Inteira ganha uma edição deluxe, com quatro faixas a mais, fruto da parceria entre o selo inglês e a Seloki Records, do Brasil, que lançou o original.
A edição deluxe de Inteira sai também em vinil. Mas pelo menos por enquanto, quem curtiu o disco de Nina e mora no Brasil vai ter acesso às músicas apenas nas plataformas digitais (o material já está lá a partir desta sexta). A América Latina não está contemplada no contrato de distribuição e o LP não chega por aqui. Já o contato com o selo britânico surgiu em 2024, quando Yann Dardenne, criador da Seloki e co-produtor de Inteira, foi até a Europa acompanhar um artista em turnê, e deixou uma fita K7 com artistas do selo com a equipe da gravadora inglesa.
A turma do selo curtiu Nina assim que ouviu uma faixa que não entraria no disco – era a sensual e etérea Gosto meio doce, de Felipe Távora, cantada por ela com Francisca Barreto. De qualquer jeito, por questões de agenda, não haveria tempo de fazer um lançamento rápido. Nina e a Seloki queriam lançar o disco no Brasil ainda em 2024, e a Mr. Bongo valoriza lançamentos em vinil, o que tornaria o processo demorado. Acabou sendo mais prático relançar o disco com faixas a mais, depois do EP lançado pela Seloki.
O repertório novo de Nina abre em clima minimalista, gravado como numa sala enorme cheia de ecos – na autoral Manha, iniciada por ela em 2022 e deixada inédita (“sentia que ainda não estava pronta”, diz), e também em Gosto meio doce. Serenata do adeus, de Vinicius de Moraes, vem depois das duas, mas em outro clima: sombrio, entre o rock, o jazz e o dream pop, com diálogo entre guitarra e cordas.
Já De dentro, primeira música que Nina lançou como artista solo, em 2021 (com produção de Lucio Maia), encerra a lista ressurgindo em versão ao vivo, num clima quase blues-maracatu. “A gravação que está no Deluxe foi captada ao vivo no show de lançamento do Inteira em novembro de 2024, no Sesc Avenida Paulista. Quisemos trazer um pouco da espontaneidade do palco pro álbum”, conta Nina.
Texto: Ricardo Schott – Foto: Elisa Mendes/Divulgação
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