Notícias
Noel Gallagher: “Holy mountain” já tem clipe, com a cara dos anos 1960/1970

E já tem vídeo de Holy mountain, a música nova de Noel Gallagher e de sua banda High Flying Birds – que solta o terceiro disco, Who built the moon, em 24 de novembro. O músico, por sinal, tá aqui do lado – já está na América Latina como abertura dos shows do U2 e na semana que vem aporta no Brasil para continuar abrindo os shows da banda.
Olha aí.
A música, como a gente falou (e mais uma porrada de sites, vá lá, mas acho que o POP FANTASMA se aprofundou bastante no assunto) teve seu riffzinho de flauta sampleado de uma canção de uma banda obscura dos anos 1960. É Chewing gum kid, da banda de bubblegum pop Ice Cream, de Ohio, que gravou um single e umas músicas perdidas e desapareceu. O resultado – opinião nossa – deixou a música nova de Noel mais a cara do Blur do que do Oasis (embora já tenha uma série de fãs e não-fãs comparando a música com She bangs, de Ricky Martin). E o clipe segue a mesma estética anos 1960/1970, lembrando uma abertura de programa de TV ou série da época.
Sobre a música, Gallagher afirmou isso aí.
“Foi uma das primeiras coisas que David Holmes (o produtor) e eu fizemos na primeira semana de trabalho em conjunto. Eu sabia instantaneamente que seria o primeiro single. Há muita alegria nele. Até o dia em que eu morrer, será uma das minhas músicas favoritas que já escrevi. Parece ótimo ao vivo (já rolou na Argentina, confira aqui). Meus filhos adoram, os filhos de meus amigos adoram e estou certo de que as crianças vão adorar” (Noel Gallagher)
Já o irmão e inimigo Liam Gallagher deu uma zoada no nome do disco e no nome do single de Noel, usando o Twitter. “‘Montanha sagrada’ é onde eu começo. ‘Quem construiu a lua’ é onde eu termino
Holy mountain eh where do I start who built the moon where do I end as you were LG x
— Liam Gallagher (@liamgallagher) October 10, 2017
Lançamentos
NSLOD: single experimental, “Lost and found”, anuncia segundo movimento de trilogia

O projeto NSLOD (No Space Left On Device) retorna com single e clipe novos, Lost and found. A música puxa o EP novo do projeto criado pelo produtor, compositor e multi-instrumentista Alcides Honório Júnior, o Garfield, Muzik xperimentz #2. O disco está previsto para sair no dia 27 de novembro e é o segundo volume de uma trilogia. Detalhe: duas décadas separam os lançamentos do volume 1 e do volume 2 da série – o primeiro segmento foi um CD de 14 faixas distribuído pela gravadora Trama.
“Desde o início a ideia era lançar três discos. Não com uma distância de tempo tão grande entre eles”, conta. “Há uma grande similaridade entre os volumes. O dois é uma continuidade. Tanto que a faixa de abertura, Lost and found resgata as intenções do primeiro volume”, diz ele.
O clipe de Lost and found, diz ele, dá uma ideia do que vem por aí. “Fiz as imagens desse e de mais 2 clipes com um drone, na praia de Itacoatiara em Niterói (RJ). Foi um dia a passeio, levei o drone para o caso de surgir alguma oportunidade e acabou sendo perfeito, a praia estava toda enfeitada com guarda-sóis coloridos e bastante gente jogando bola. Parecia que eu havia contratado uma equipe, mas foi tudo acontecendo naturalmente, sem planejamento. Editando foi que percebi a riqueza dos detalhes. Editei e finalizei no software Adobe Premiere, trabalhando com bastante saturação de cor e o filtro mosaic, para obter o aspecto pixel art”, conta Garfield.
Já o futuro Muzik Xperimentz #3 deve ganhar as ruas, ou melhor, as plataformas, em breve. “A conclusão da trilogia está em andamento”, garante.
Lançamentos
Bru._.Jo: disco “florestal” que vale por uma trilha sonora

A dupla de irmãos Bruno Qual e Joana Queiroz adotou o significativo nome de Bru._.Jo, unindo as duas sílabas iniciais – mas dando a entender que tem magia na sonoridade experimental dos dois. O disco de estreia deles, que leva o nome da dupla, foi gravado na primeira semana de 2020 durante uma imersão na floresta, com sons de natureza, efeitos de estúdio, vozes e percussões – tudo sendo acrescentado nos três anos que se seguiram à gravação do álbum.
Na dupla, Joana toca instrumentos como clarinete e clarone (além de cantar) e Bruno é responsável pela parte eletrônica das gravações. As músicas são autoexplicativas, com títulos exemplificando bem detalhadamente o que se encontra em cada faixa. Formigas e lagartas lembra os sons de insetos e demais animais buscando espaço e trabalhando na terra. Névoa (Neblina, bruma) começa com o som dos sopros de Joana, prosseguindo com os efeitos de Bruno, e soa de verdade como se a nuvem gelada baixasse. Raízes e troncos abre com sopros com som de madeira, seguindo com programações que sugerem uma viagem interna em uma árvore. No fim, os quase dez minutos de Noite, sobrevoo, tamboro, com sons eletrônicos soando como aquele momento em que se pode quase ouvir o silêncio.
O resultado sugere um tom meio clássico, meio new age, e soa como uma trilha sonora para um filme das matas. Para intensificar o clima “natural”, tudo foi gravado sem isolamento acústico. O disco sai com distribuição da YB.
Foto: Taís Triveni/Divulgação.
Crítica
Ouvimos: Juliana Hatfield, “Sings ELO”

- Vigésimo disco da cantora norte-americana Juliana Hatfield, Juliana Hatfield sings ELO é o terceiro álbum de covers da cantora, que já lançou Juliana Hatfield sings Olivia Newton-John (2018) e Sings The Police (2019). Traz dez versões do grupo britânico Electric Light Orchestra.
- Juliana disse que uma das inspirações para o disco foi um vídeo no qual Jeff Lynne, líder da ELO, toca as músicas do grupo no violão, acompanhado por um pianista. “Mas ele está tocando um monte de músicas dele, seus sucessos, ele está tocando violão e seu pianista está tocando e as músicas soam muito bem naquela atmosfera despojada. É apenas uma prova de quão bem escritas são as músicas e quão sólidas elas são, quão sólidas são as construções. É quando você sabe que uma música é uma boa música – se ela puder ser tocada por alguém no violão e tocada sozinha e soar bem”, contou aqui.
Do grupo hiperproduzido e progressivo do começo, a Electric Light Orchestra passou a ser vista como um grupo cafona com o passar dos anos – afinal, não se faz a trilha de uma extravagância como Xanadu à toa, não se escreve um rock bacanudo de rádio AM como Mr. Blue Sky sem irritar roquistas radicais. Ouvidos hoje, álbuns como o duplo Out of the blue (1977) são verdadeiros sobreviventes, com uma sonoridade que alude a Queen, Beatles, Paul McCartney solo, Elton John e até Pearl Jam e Foo Fighters (pergunte a Dave Grohl se ele não adoraria ter composto boa parte das mais vendidas e populares da ELO).
Alternando discos autorais com álbuns de covers, Juliana Hatfield é a pessoa indicada para revisitar o repertório de Jeff Lynne e seus amigos – até por ter feito já um disco dedicado ao repertório de uma ex-parceira do grupo, Olivia Newton-John, a musa country que depois virou musa da aeróbica e do pop. Juliana Hatfield sings ELO dá um ar estradeiro e independente a clássicos como Sweet is the night, Don’t bring me down e Strange magic, como se tivessem sido feitos por uma banda desconhecida agraciada com um talento divino para compor.
O som do álbum equilibra-se entre o country de FM e o blues-rock de FM, só que passados num filtro indie, com direito às baladas tristes Telephone line e Bluebird is dead, e a Secret messages, outrora um pop perfeitíssimo, virada em power pop estilo Big Star. O resultado do álbum sai bem menos sujo do que em Juliana Hatfield sings Olivia Newton John, disco no qual ela resgatou corajosamente até Xanadu e Physical. Fiquei curioso pra saber o que Juliana faria de Mr Blue Sky (não está no disco e faz falta) ou de canções da fase mais prog do grupo, como a curiosa 10538 overture (idem). De dez faixas da banda, ela fez um álbum para recordar, embalar e apresentar uma era de ouro da composição pop-rock.
Nota: 7,5
Gravadora: American Laundromat Records
Foto: Reprodução da capa do álbum.
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