Notícias
Dean DeLeo: luto eterno por Chester Bennington e Scott Weiland

Dean DeLeo, guitarrista dos Stone Temple Pilots, deu uma entrevista para a Variety e falou sobre como se sente com as mortes de Chester Bennington (Linkin Park, morto em 20 de julho) e do ex-vocalista do STP, Scott Weiland (morto em 3 de dezembro de 2015).
“Sinto praticamente todas as emoções: tristeza, raiva, com intensidade, alegria, amor. É todo tipo de emoção a respeito do fato de que o cara teve um fluxo tão grande e um sucesso enorme com essa banda, e não está aqui para falar disso. Não consigo suportar, cara (…). Se houvesse uma coisa que eu poderia ter mudado naquele dia (da morte de Scott) seria pedir que ele tivesse um coração pleno e uma mente pacífica” (Dean DeLeo).
Ainda sobre Scott Weiland:
“Ele era um ser humano extraordinário. Em tudo o que o cara fez, ele se destacou. E eu sei que houve muita barulho na cabeça desse cara. E quando ele encontrou coisas que derrubariam esse ruído e silenciaram aquela barulheira, é aí que ele encontrou a paz. E, infelizmente, ele se matou” (Dean DeLeo).
O site Alternative Nation lembrou que as duas mortes foram assunto num papo recente de Dean com o Yahoo. “Para o resto dos nossos dias, vamos sentir falta dos dois caras, imensamente. Você compõe e grava com alguém, isso é muito íntimo. (…) São dois homens que tivemos o luxo e a honra de termos ao lado por muitos anos. De fato vamos sentir falta deles. Muita falta”.
Tem que não lembre, mas Chester chegou a ser integrante do STP entre 2013 e 2015 – chegaram a gravar um EP juntos, High rise, mas a parceria não seguiu adiante. É o disco aí de baixo.
Os Stone Temple Pilots estão divulgando a versão remasterizada e turbinada de seu primeiro disco, Core (1992), com várias demos e músicas ao vivo, além da íntegra do Acústico MTV da banda, de 1993. Robert DeLeo, baixista do grupo, confirmou à Rolling Stone que a banda já tem um novo vocalista – mas prefere não adiantar nomes.
Lançamentos
Years & Years: single novo, “A very bad fun idea”, sai como trilha de filme queer

Years & Years, projeto de dance music criado pelo cantor e ator Olly Alexander, lançou no ano passado seu terceiro álbum, Night call. Dessa vez, ele retorna com mais uma música do projeto, A very bad fun idea, feita para a trilha sonora do filme queer britânico Bonus track. O filme foi baseado numa história escrita por Josh O’Connor, ator e amigo de Olly – e que faz um papel no filme, que conta a história de um adolescente de cidade pequena que deseja se transformar numa estrela pop.
“A música é o resultado de uma conversa que tive com Josh O’Connor há muitos anos sobre um filme que ele estava desenvolvendo. Ele perguntou se eu estaria interessado em fazer uma música para o filme. Eu amo Josh e imediatamente disse que sim. Encontrei-me com a diretora (do filme) Julia Jackman e conversamos sobre a história, os personagens, o amor pela primeira vez e a doçura do início dos anos 2000″, conta.
“Esta música é sobre a emoção extrema que sentimos em um momento crucial de nossas vidas e até onde vamos pelas pessoas que amamos. Fiz a demo em casa e estou muito animado que você poderá ouvir essa versão quando assistir ao filme”, completa. A canção é uma dance track que abre com 40 segundos de tranquilidade, e com vocais lembrando Michael Jackson, até ganhar uma sonoridade que lembra a música eletrônica dos anos 1990.
Crítica
Ouvimos: Orchestral Manoeuvres In The Dark, “Bauhaus staircase”

- Bauhaus staircase é o décimo-quarto disco de estúdio da banda britânica Orchestral Manoeuvres In The Dark. É o primeiro disco da dupla em seis anos e o quarto depois da volta em 2006. Boa parte do álbum tem temas políticos, com inspiração no período entre o fim da década de 2010 e o começo da de 2020.
- O material foi composto na época da pandemia, com Andy McCluskey usando várias ideias acumuladas ao longo do tempo. Os próprios Andy e Paul Humphreys (os dois do OMD) produziram o disco. A arte da capa foi feita por um artista de Liveerpool, John Petch.
Desde os primeiros hits da Orchestral Manoeuvres In The Dark, ficou claro que o principal desse grupo da península de Wirral (na região do Merseyside, o que acaba inserindo a OMD na cena oitentista de Liverpool) é associar eletrônica, senso pop às vezes quase ligado ao rock e um tantinho de nostalgia. É ela que muitas vezes chama mais a atenção que qualquer futurismo associado ao som deles – músicas como Enola gay, So in love e Pandora’s box são bem mais melancólicas do que apenas dançantes. A dupla de Andy McCluskey e Paul Humphreys tem o mesmo apego à tecnologia, à arquitetura e à criação de ambientações musicais que vários de seus pares – mas tem a mesma recordação de tempos idos que volta e meia bate em canções de Erasure e Pet Shop Boys, por acaso duas duplas, como eles.
Bauhaus staircase por outro lado, é um disco político – que joga luz no fato de que a Orchestral Manoeuvres In The Dark era a banda que fez de Enola gay um hit anti-guerra e que deu ao segundo disco o nome de Architecture & morality (1981). A OMD minimalista e nostálgica ressurge em músicas como Healing e Veruschka, o lado mais grandiloquente da dupla (que inspiraria Massive Attack, Justice e vários outros) marca ponto na política e dançante Anthropocene. Uma faceta sombria aparece na faixa-título, sobre a arquitetura da Bauhaus e a Alemanha pré-nazista.
Costumeiramente chamados de Lennon & McCartney do synth pop, McCluskey e Humphreys tangenciam o rock à maneira da OMD, em meio aos teclados de G.E.M., Aphrodite’s favourite child e Slow train, e na balada lúgubre Where we started, uma mescla bem louca de Velvet Underground (& Nico) e Depeche Mode. Já Kleptocracy é discurso espalha-brasa à maneira de Won’t get fooled again, do Who: “Não importa em quem você votou/eles compraram o homem que você elegeu/vendendo a liberdade e a lei marcial/instalaram aquele que você rejeitou”.
Nota: 8,5
Gravadora: White Noise
Foto: Reprodução da capa do álbum
Lançamentos
Beyoncé: “My house” traz faceta rapper da cantora de volta

Com o filme-concerto Renaissance devidamente lançado, Beyoncé aproveitou os créditos finais da produção para lançar uma música nova, My house. A nova canção marca o retorno do rap ao repertório da cantora, que produziu a faixa em colaboração com The-Dream. Uma canção que surgiu de surpresa, e que traz a novidade de unir beats eletrônicos, sons de orquestra (há metais na abertura) e corais lembrando uma mescla de rap com o Miami bass de outros tempos (o “Who let my goons out that house?” da letra tem lá seus parentescos com Who let the dogs out, dos Baha Men).
My house é a primeira música nova de Beyoncé desde o álbum mais recente. Esse ano, ela lançou também o remix de America has a problem, em parceria com o rapper Kendrick Lamar, e também fez um feat numa faixa de Travis Scott, Delresto (Echoes), lançada no disco Utopia.
Foto: Reprodução da capa do single.
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