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Televisão

A chegada do celular no Brasil, pela TV

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A chegada do celular no Brasil, pela TV

Outro dia colocamos aqui o link de um podcast do programa de rádio Quem Somos Nós, com uma entrevista com o recém-falecido jornalista e apresentador de TV Marcelo Rezende. No papo, Marcelo falava de coisas da vida dele que as pessoas mal sabiam que ele tinha feito – foi menino do Serviço do Atendimento ao Menor, repórter de esportes, etc.  E tem outra coisa dele que muita gente não sabe. Rezende cobriu a chegada do celular no Brasil.

Mais: se você quiser ver esse momento do jornalismo brasileiro, só ir ao YouTube. Há exatos 27 anos, o Jornal Nacional cobria a chegada da telefonia celular ao Brasil com alta produção, mostrando como foi feita a primeira chamada. E como foi recebida a tal primeira chamada. Quem andava apresentando o JN por aqueles tempos era Sergio Chapelin. Osiris Silva, Ministro da Infraestrutura, recebeu o primeiro telefonema. Na época, aparentemente, esperava-se que basicamente um aparelho de telefone celular apenas fizesse ligações e nada mais que isso.

“O usuário de um telefone móvel vai ter acesso a outras facilidades. Vai poder fazer uma reunião simultaneamente com outros três aparelhos. Ou transferir para um outro número uma chamada, apenas apertando um botão. Tem também o sistema de espera. O sinal sonoro avisa que há uma outra chamada caso o telefone esteja ocupado. E tem também o ‘não perturbe'”

Mate saudades aqui

Pouco depois dessa matéria, a telefonia celular entraria para o rol de desejos da classe média. A ponto de ter rolado uma cena muito engraçada envolvendo o novo gadget na novela O Dono do Mundo, de Gilberto Braga (Globo, 1991). Vicente (Claudio Correa e Castro) e Almerinda (Beatriz Lyra), casal que havia sido transformado de pobretões a novos-ricos, usavam o aparelho para falar um com o outro, ainda que ocupassem a mesma mesa num restaurante, porque era “coisa de rico”. Alguém subiu a novela quase na íntegra no YouTube. Procure a cena aí.

Lançamentos

Nação Zumbi lança nova versão de “Da lama ao caos” para a trilha da série “Cangaço novo”

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A Nação Zumbi disponibiliza uma nova versão do seu hit Da lama ao caos, gravado e composto ainda sob a liderança de Chico Science. A nova gravação foi produzida exclusivamente para Cangaço novo, nova série original Amazon, que ganhou trilha sonora composta por artistas da cena musical contemporânea assinada por Beto Villares, Érico Theobaldo & Submarino Fantástico (coletivo formado pelos músicos Otavio Carvalho, Kezo Nogueira, Ingo André e Cauê Gas), com participação de Siba e Allen Alencar. Todas as 16 faixas são originais da série e foram compostas, ou tem novas versões gravadas exclusivamente para Cangaço Novo.

A música sai através do Manguefonia, um dos projetos da Nação Zumbi que celebram o movimento Manguebeat. Participaram da gravação realizada este ano no Fábrica Estúdios, em Recife/PE, Jorge Du Peixe (vocal), Dengue (baixo), Toca Ogan (percussão), Marcos Matias e Da Lua (alfaias), Vicente Machado (bateria) e Neilton Carvalho (guitarra).

O projeto Manguefonia conta com vários expoentes da cena Mangue, como Siba Veloso (Mestre Ambrósio), Fred 04 (Mundo Livre), Cannibal (Devotos do Ódio) e Fábio Trummer (Eddie), além de Louise (filha de Chico Science), e tem a finalidade de executar os clássicos que marcaram a história de seus grupos e apresentar novas canções de seus últimos trabalhos.

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Cultura Pop

“Ainda somos os mesmos e vivemos como nossos pais, que bom!”

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"Ainda somos os mesmos e vivemos como nossos pais, que bom!"

Nos anos 1980, tinha uma propaganda da Alternativa, antiga marca de roupas, que mostrava vários “jovens” (vestidos com roupas da marca) numa mesa de trabalho, como numa reunião. Não vou me lembrar do texto integral do comercial, que apareceu em um monte de revistas e jornais, mas era um textão falando que os jovens queriam fazer tudo igual aos mais velhos, mas de forma diferente – uma espécie de revisão de valores caretas, neoconservadorismo, ou como quer que o lance todo fosse chamado. Esse “tudo” poderia, quem sabe, incluir coisas que se você quisesse realmente “fazer diferente”, não poderia nem pensar em fazer, mesmo que fosse de forma diferente – mas aí já é interpretação de texto demais.

O fator “fazer igual aos mais velhos, mas forma diferente”, apareceu rondando de forma diferente (olha!) o comercial de uma conhecida marca de automóveis que foi ao ar nesta terça (4). Maria Rita, filha de Elis Regina, e uma Elis recriada com Inteligência Artificial aparecem dirigindo numa estrada – a cantora de Samba meu numa ID.Buzz (equivalente atual, e elétrico, da antiga kombi), a de Fascinação “guiando” um utilitário vintage, numa aparição bastante… enfim, artificial. As duas dirigem lado a lado na estrada, cantando Como nossos pais, de Belchior, sucesso de Elis. Por sinal uma música que nunca falou sobre encontro de gerações: a letra fala sobre jovens que encaretaram e sobre padrões que não são mais questionados, e nada mais do que isso.

Em meio às aparições das duas, tem de tudo: jovens hipsters usando camisas com o rosto de Belchior, fazendo uma espécie de rave praiana com corrida de TLs; uma espécie de luau no teto de kombi; uma Brasília amarela lotada de instrumentos (referência aos Mamonas Assassinas, aparentemente); imagens unindo famílias, amigos, crianças, gols e fuscas. A ideia é comemorar 70 anos da empresa no Brasil e mostrar que a marca atravessou gerações. Mas se tem algum “fazer diferente” aí, ele só aparece rondando – e como na tal propaganda da Alternativa, passou bem longe da marca do gol.

O “ainda somos os mesmos e vivemos como nossos pais” da letra nunca representou o mesmo que a letra de Pais e filhos, da Legião Urbana. Aliás, sempre representou uma falta de contestação e um marasmo existencial do qual ninguém devia se orgulhar. A não ser que você ache que a ausência de conflito de gerações seja indício de maturidade, e claro que você está errado. Num comercial não há espaço para contestação, a não ser que essa contestação ajude a vender mais – o que não aconteceria no caso de um reclame cuja ideia é vender uma empresa como algo que “atravessa gerações”.

Para quem apenas é fã das duas cantoras, fã de Belchior e fã da canção, ficou só a impressão de que alguém não entendeu direito a letra e que Como nossos pais corre o risco de ser entendida no futuro de maneira completamente errada. Quase como um “ainda vivemos como nossos pais, que bom!”. E esse “fazer diferente” aí complicou.

Foto: Reprodução do YouTube

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Lançamentos

R.E.M. relança “Strange currencies” em EP para trilha sonora de série

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R.E.M. relança "Strange currencies" em EP para trilha sonora de série

Já que a série The bear (cuja segunda temporada estreia em agosto) tem um número considerável de canções do R.E.M. na trilha sonora, nada mais apropriado que o grupo reeditar uma das músicas da série, o hit Strange currencies (do álbum Monster, de 1994), em um novo EP. O disquinho surge nas plataformas com um remix, uma versão remasterizada do original – tirada da versão deluxe de Monster – e uma versão ao vivo, tirada do DVD Road movie, que trazia o fim da turnê da banda de1995 (justamente a turnê do álbum).

Strange currencies, uma canção de amor não-correspondido típica de Michael Stipe (“ela é sobre quando alguém realmente pensa que, por meio de palavras, será capaz de convencer alguém de que é o único”, disse o vocalista certa vez), foi um acidente na vida do R.E.M. Se você reparou que essa balada country tem semelhanças com o andamento de Everybody hurts, aquele famigerado hit do grupo, pode crer que isso não passou despercebido à banda. O R.E.M. quase deixou a canção de lado, mas como a melodia acabou agradando a todos, resolveram fazer algumas mudanças no ritmo da faixa – que acabou tendo algumas semelhanças com um outro hit de uma outra banda cujo nome é uma sigla (Never tear you apart, do INXS).

Ela acabou se destacando num disco que é uma das maiores surpresas do grupo, já que o R.E.M. vinha de um álbum bem sucedido e acessível (Automatic for the people, de 1992) e caiu dentro de um som mais distorcido e gravado em alto volume – tanto que o primeiro single de Monster foi logo What’s the frequency, Kenneth?. Dessa vez, além do EP, saiu também um clipe novo da música, que justamente une trechos da série com imagens do DVD Road movie.

Pelo menos dois ex-integrantes do R.E.M. já disseram ser fãs da série. O cantor Michael Stipe declarou que The bear foi um dos seus programas favoritos do ano passado e que ele “mal pode esperar” pela segunda temporada. Mike Mills, baixista, curtiu igualmente: “Estou tão feliz que The bear existe. Tornou-se um dos meus programas de TV favoritos e mal posso esperar para assistir mais”, contou.

A temporada 2 da série tem músicas de Replacements, Pearl Jam, Liz Phair, The Durutti Column, Brian Eno e muitos outros. No Brasil, a segunda temporada estreia no dia 23 de agosto com exclusividade no Star+.

Via Brooklyn Vegan

Foto: reprodução da capa do EP Strange currencies

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