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Cultura Pop

Várias coisas que você já sabia sobre Argybargy, do Squeeze

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Várias coisas que você já sabia sobre Argybargy, do Squeeze

Você possivelmente conhece uma ou duas canções do Squeeze. A banda londrina, formada em 1974 e liderada até hoje pela dupla de cantores e compositores Glenn Tillbrook e Chris Difford, teve hits como Cool for cats, Up the junction, Tempted (a mais ouvida nas plataformas digitais até hoje) e Pulling mussels (From the shell). Na Inglaterra, a dupla Tillbrook & Difford tem fama de John Lennon & Paul McCartney da new wave. Aliás, o Squeeze é também a banda da qual saiu o hoje apresentador de TV Jools Holland, que foi tecladista do grupo até seu terceiro disco, Argybargy (1980).

Várias coisas que você já sabia sobre Argybargy, do Squeeze

No Brasil, infelizmente, o Squeeze sempre foi uma banda que você tem que informar às pessoas que ela existe, ainda que o grupo tenha uma carreira de mais de 40 anos. Poucos discos deles foram lançados aqui – entre eles, Babylon and on, de 1987. Mesmo Argybargy, o LP deste texto, chegou às quatro décadas em fevereiro de 2020 como novidade para muita gente.

CONTADORES DE HISTÓRIAS

Maldade, já que Argybargy mostra o refinamento de uma banda (Glenn na guitarra solo e voz, Chris na guitarra base e voz, Jools nos teclados e voz, John Bentley no baixo e Gilson Lavis na bateria) pródiga em contar histórias nas músicas. O Squeeze foi bem popular no auge da new wave investindo em melodias bem criativas (quase sempre de autoria de Glenn) e letras (quase sempre escritas por Chris) que fariam qualquer pessoa grudar o ouvido no rádio até saber como terminavam as desventuras do personagem.

Em Argybargy, o grupo fala, em tom de sitcom, sobre diversão juvenil à moda dos Kinks (em Pulling mussels, maior hit do disco), amores que acabam abruptamente (Another nail in my heart), emoções dúbias (If I didn’t love you). Separate beds, espécie de suíte de bolso sobre o início de um amor jovem (e não-aprovado pelas famílias do casal), lembra Kinks e Beach Boys.

Argybargy ganhou uma edição luxuosa em 2008 com vários bônus e até com comerciais de rádio – e que hoje pode ser escutada nas plataformas digitais. O álbum chega a quatro décadas em relativo low profile. Mas a banda vem voltando aos shows aos poucos. No dia 5 de dezembro, o Squeeze, hoje ainda liderado pela dupla Difford & Tilbrook, faz “o primeiro show com distanciamento social” da 02 Arena de Londres. Boa chance para os fãs londrinos matarem as saudades da banda e de alguns hits do disco.

E tá aí nosso relatório sobre Argybargy. Leia ouvindo o disco.

MAS O QUE É ARGYBARGY?

BOM, “argy bargy” (com um espaço entre as duas palavras) significa algo como “bate-boca”. Tinha tudo a ver com um disco que falava (ainda que por um viés bem humorado) de situações meio dramáticas, erros em relacionamentos e histórias que começaram super bem mas saíram do controle.

ALIÁS E A PROPÓSITO, aparentemente ia tudo bem com o Squeeze e a banda não tinha nenhuma discussão interna séria que poderia ser escutada pelos vizinhos dos músicos. O quinteto basicamente desfrutava do sucesso dos primeiros discos, Squeeze (1978) e Cool for cats (1979), fazia turnê, trabalhava nas músicas do terceiro álbum e tentava atender às reais expectativas da gravadora A&M por um novo disco.

DEU CERTO. Cool for cats, o segundo LP, estourara quatro hits (pela ordem: Goodbye girl, Cool for cats, Up the junction e Slap and tickle). E, dois anos antes da MTV iniciar atividades, pusera nas telinhas um clipe da faixa-título. O vídeo promocional (o termo “clipe”, vale lembrar, nem existia) ajudou a solidificar a imagem descontraída e um tanto saudosista do Squeeze. E a associar mais ainda o grupo com o conceito multiuso da new wave, que substituíra rapidamente o punk nos corações dos executivos de gravadoras e editores de jornais e colunas de música.

ONDA NOVA

PARA ENTENDER a que veio uma banda como o Squeeze, só dando uma repassada no estilo musical ao qual ela é associada. A new wave não é um estilo molezinha de se definir. Ela é entendida como uma vertente mais acessível, romântica e colorida (e menos blasé e nariz erguido) do pós-punk. E geralmente era feita por bandas que não tinham atitudes iconoclastas em relação ao rock dos anos 1960 e do primeiros 1970.

ISSO (hum) explica o fato de bandas como Pretenders ou The Cars, por exemplo, serem arejadas o suficiente para estarem na gavetinha da new wave. E não serem consideradas “cerebrais”, engajadas e cabeçudas o suficiente para se misturarem com a turma do pós-punk (coisa de bandas como Television, Talking Heads, Gang of Four, etc). A verdade é que a new wave já era um pós-punk. Mas, em alguns casos – e num entendimento mais vazado que defesa de time de várzea – qualquer coisa que tivesse um ar pós-punk (enfim, um rock simplificado mas sem as limitações do punk) já era atirada sem dó nem piedade na vala new wave.

TECLADOS. Se a música fosse dançante e tivesse sintetizadores, era meio caminho andado para que vários jornalistas e até várias bandas já classificassem a música como “new wave”. Caso fosse uma imitação do Blondie, do Devo ou do B-52’s, nomes muito bem sucedidos e costumeiramente associados ao estilo, mais ainda.

ALIÁS E A PROPÓSITO, num entendimento bem machista (do tipo que costuma classificar estilos musicais como “de menininha”), bandas com mulheres na formação já eram automaticamente classificadas como new wave e não como punk. E isso, ainda que um grupo feminino como as Go-Go’s, por exemplo, tivesse raízes fincadas no diversificado e miscigenado punk californiano (você já leu sobre isso no POP FANTASMA).

QUANDO TUDO ERA MATO

O SQUEEZE surgiu bem antes até do punk, em 1974, no Sul de Londres. Quem deu início aos trabalhos foi Difford, que aos 18 anos roubou 50 centavos da bolsa da mãe para colocar um anúncio numa confeitaria (oi?) recrutando músicos para sua banda. Tillbrook respondeu o anúncio. Mas chegou lá e descobriu que não havia banda nenhuma, só o futuro parceiro de composições. Difford diz que não foi só ele que apareceu. “Teve um outro sujeito com quem eu realmente não concordava e ele era bastante dominador, e eu não precisava disso naquele momento”, contou.

DUPLA. Os dois começaram a compor juntos e logo foram entrando os outros colegas (Jools entre eles). Glenn, autor de boa parte das melodias, era fã de jazz e de artistas como Jimi Hendrix, Elvis Presley e Amon Düul, e tinha fama de bom guitarrista. Chris, fã de David Bowie, MC5 e Stooges, era craque em inserir referências literárias de todas as categorias em suas letras, ou nomes de antigas atrações de TV (o Cool for cats do primeiro hit deles era o nome de uma atração televisiva de rock dos anos 1950). Ambos adoravam bandas de “grandes canções”, como Beatles e Kinks.

VELVET

HOJE É DIFÍCIL IMAGINAR, mas o Squeeze fazia parte da mesma cena musical do Dire Straits. Ainda que os resultados sonoros fossem bem diferentes, tanto uma quanto a outra eram bandas de Deptford, no sudoeste de Londres, e dividiram vários palcos. Os primeiros shows da banda de Mark Knopfler, em 1977, foram dados ao lado do Squeeze, num festival local. Outra banda da mesma galera, mas que não se tornou tão ilustre, era o Alternative TV, que unia punk e reggae.

SIM, o nome Squeeze foi mesmo tirado do disco Squeeze, do Velvet Underground (do qual falamos aqui). Embora nem Chris nem Glenn sejam muito fãs do álbum. A banda lembra que colocaram vários nomes num chapéu, sacudiram e escolheram o que saiu.

POR SINAL, John Cale, co-fundador do Velvet acabou produzindo o primeiro EP (Packet of three, de 1977) e o primeiro LP (epônimo, 1978) da banda. Todavia, a A&M, que contratara a banda, não deixou o ex-Velvet nem chegar perto das faixas de trabalho do LP,  porque tinha achado as produções de Cale muito anti-comerciais. O próprio grupo, num rasgo de confiança do selo, produziu as canções.

ALIÁS E A PROPÓSITO, o primeiro disco tinha boa parte de seu repertório formado pelas primeiras canções da dupla, feitas quatro meses após os dois se conhecerem.

O EMPRESÁRIO

MILES COPELAND tinha pego o Squeeze para empresariar ainda em 1976. Em seguida, contratou a banda para o seu selo BTM Records. A gravadora teve vida curta. Mas ele acabou lançando os primeiros singles e o primeiro EP da banda por outro selinho próprio, o Deptford Fun City, só para lançar bandas locais.

NÃO PODE. “Squeeze” era um nome relativamente comum para bandas nos anos 1970. Não apenas por aludir a Squeeze box, hit do The Who de 1975, como também (e em primeiro lugar) por ser uma alusão cara-de-pau à masturbação masculina. Não custa lembrar que na capa do primeiro álbum do Squeeze havia um sujeito fortão divertindo-se solitariamente. Existia uma banda pouquíssimo conhecida chamada Squeezer, em Albuquerque, Novo México, nos EUA. E tinha também outra banda americana chamada Tight Squeeze. Na Austrália, havia um xará também. Por causa disso, o grupo de Chris e Glenn ficou conhecido como UK Squeeze por um bom tempo nos EUA, Austrália e Canadá.

ARGYBARGY, ENFIM

ESTÚDIO, PRODUTOR… A banda gravou Argybargy no célebre Olympic Studios, de Londres, com o experiente John Wood (Pink Floyd, Fairport Convention, Cat Stevens) dividindo os trabalhos de produção com a banda. O Squeeze tinha àquela altura na formação Chris, Glenn, Jools, Gilson Lavis (bateria) e John Bentley (baixo). Bentley substituíra Harry Kakoulli, que gravou os baixos dos dois primeiros discos. O novo integrante entrou para banda de maneira inusitada: o grupo já escolhera o novo baixista mas ele, atrasado para a audição, fincou pé e insistiu em tocar. Pegou a vaga. Em meio às gravações, a turma se divertia indo a bares e zoando. Especialmente Glenn e Jools, os mais exibidos da galera.

TECLADISTA FANFARRÃO. Jools Holland não era um compositor muito prolífico em sua própria banda (bom, em Argybargy, assinava Wrong side of the moon com Chris Difford). Mas era um músico com carisma e brilho próprio. Era também o integrante que mais falava no palco e tinha uma atitude brincalhona nos shows. Por causa disso, foi incentivado pelo empresário Miles a fazer as apresentações dos músicos, que Glenn e Chris sempre esqueciam de fazer. Acabou virando porta-voz da banda no palco.

PARTE 2.

CHRIS. Difford considerava Argybargy uma espécie de “disco 2” de Cool for cats, gravado quase com a mesma equipe e contando com a mesma disposição da dupla de compositores para contar histórias. As letras surgiram da vida nova de Chris, que mudara-se para Nova York com a mulher, grávida. A gravadora ficou contente com o desempenho dos dois primeiros singles, Another nail in my heart (janeiro de 1980) e If I didn’t love you (março).

ALIÁS E A PROPÓSITO. If I didn’t love you era a letra preferida de Difford, por causa do verso “compactos me lembram de beijos/álbuns me lembram de planos”, que faziam com que o compositor lembrasse da época em que levava namoradas para conhecer a coleção de discos dele.

ESCRITOR SAFADO. Já o single seguinte, Pulling mussels (From the shell), trazia reminiscências da época em que Chris e um amigo dirigiam até um caravan park para ver shows de bandas como Small Faces em um clube local. “Tentei imaginar como Ray Davies (Kinks) escreveria sobre esse fim de semana inglês típico”, contou Chris, que ainda incluiu na letra uma referência ao escritor americano Harold Robbins, autor de romances safadinhos como Os insaciáveis e Os pervertidos.

CAPA

MONTE DE CORES. O visual de Argybargy foi todo bolado por Mike Ross, um diretor de cinema que passou a colaborar com gravadoras e fotografou Paul McCartney, Beach Boys, Elton John, Chris de Burgh e vários outros. Ross também havia trabalhado nas capas dos discos anteriores da banda, já que era designer da A&M naquele momento. Mike Laye, o autor da coloridíssima foto da capa, trabalhou para revistas como The Face e igualmente já havia feito as imagens de Cool for cats.

JÁ NA CONTRACAPA, a banda preferiu umas imagens em preto e branco, feitas pelos próprios integrantes usando uma câmera automática.

Várias coisas que você já sabia sobre Argybargy, do Squeeze

CADÊ O EMPRESÁRIO?

MILES A MILHAS (AI) DE DISTÂNCIA. Miles Copeland, empresário do Squeeze, estava começando a ficar cada vez mais animadinho com outra banda da qual cuidava na época. Nada menos que The Police, o power trio new wave do qual fazia parte seu irmão, o superbaterista Stewart Copeland. O Squeeze ficou meio enciumado, até porque Miles, segundo eles, deu uma sumida do dia a dia deles e passou a colocar o Police nos mesmos esquemas deles. Enfim, contrato com a A&M, turnê pelos EUA e hits nas rádios. Em pleno envolvimento com o Police, Miles enviou o Squeeze para uma turnê pela Austrália, aquele país em que – você leu lá atrás – eles precisavam meter um “UK” no nome.

ALIÁS E A PROPÓSITO, Difford diz que assistiu a uma suposta audição que Sting teria feito em busca de uma vaguinha de cantor no The Police. “Ele apareceu lá e eu disse a todo mundo: ‘Esse cara não canta nada!’. Obviamente eu estava errado”, contou. Mais obviamente ainda, a maioria das biografias do Police conta uma história bem diferente da do vocalista do Squeeze, já que Stewart e Sting tinham projetos juntos antes do grupo, e quem entrou depois foi o guitarrista Andy Summers.

EMPRESÁRIO NOVO

NO MEIO DA turnê de Argybargy, a banda voltou para a Inglaterra. Logo que chegaram, descobriram que estavam próximo a Malvern, onde rolaria um show de Elvis Costello e sua banda The Atrtractions (da qual fazia parte um velho amigo, o tecladista Steve Nieve). Foram lá bater um papo com Nieve e Elvis (uma grande influência do Squeeze, por sinal) e… Acabaram conversando um bom tempo com Jake Riviera, empresário de Elvis.

TCHAU QUERIDO. O papo foi tão bom que os cinco desistiram de Miles na mesma hora e correram para o escritório de Jake. O manager impressionou a banda com vários papos sobre sua coleção de discos. Também veio com conversas como “por que vocês não fazem mais por vocês mesmos?”.

MILES ficou puto e avisou que a A&M iria encarar a desistência como desfeita. De qualquer jeito, a banda ainda continuou lá por um bom tempo e ainda gravou na empresa outro disco fundamental em 1983, East side story. Aliás, muita gente considera esse álbum até melhor que Argybagy, mas aí é outra história. É o disco que tem o hit Tempted, que hoje, em tempos de plataformas digitais, é a música mais popular da banda.

NA TELINHA. Em 1º de agosto de 1981, surgiu a MTV. Em seguida, as bandas britânicas que invadiram as paradas americanas com hits-de-sintetizador e canções mais associadas à new wave, passaram a ser consideradas como parte de uma “segunda invasão britânica”. O Squeeze estava nessa, ao lado de nomes como Duran Duran, Pretenders, Dire Straits, Buggles e outros.

VALEU, JOOLS

APÓS Argybargy, um integrante perderia totalmente o interesse pela banda. Jools Holland, que já se sentia sem espaço criativo dentro do grupo, convocou os colegas para um café da manhã e avisou que deixaria o Squeeze. Também disse que seguria com Miles Copeland como empresário.  O músico, que já tinha gravado um EP solo em 1978, virou apresentador do popular The Tube ao lado de Paula Yates. Em seguida, passou a alternar trabalhos na TV com gravações e shows. Hoje, impossível não saber, apresenta o Later… with Jools Holland na BBC.

CHRIS, particulamente, ficou devastado com a saída de Jools, afirmando que para ele, era como “perder um dedo”. Considerava o amigo parte importante no clima de gangue de roqueiros que o Squeeze tinha. “Era algo inspirado pelos Small Faces e pelo The Who”, como disse.

FORMAÇÃO VARIÁVEL. O posto de tecladista do Squeeze ficou variando nos dois discos subsequentes. East side story (1981) trouxe o ex-Roxy Music John Carrack nos teclados. O músico ainda soltou a voz solo em Tempted, maior hit do grupo. Sweets from a stranger (1982) tinha o multi-instrumentista Don Snow nos teclados. Descontente, a banda encerrou atividades no fim da turnê desse disco. E em 1984 aconteceu o que todo mundo já esperava: a dupla Chris Difford e Glenn Tillbrook lançou um disco “solo em dupla”, Difford & Tilbrook. Mas o disco costuma ser incluído em discografias do Squeeze e os singles aparecem até em coletâneas da banda.

JOOLS VOLTOU 

EM 1985, o Squeeze de Argybargy se reuniu por um motivo que tinha tudo a ver com aquele ano de Live Aid: toparam fazer um show de caridade. O show foi tão bom que a banda resolveu voltar a gravar e excursionar. Cosi fan tutti frutti, o sexto disco, lançado naquele ano, trazia Difford, Tilbrook, Holland, Lavis e o baixista do disco Difford & Tilbrook, Keith Wilkinson. Jools levou seu irmão adolescente, Christopher, para tocar teclados na turnê, mas ele durou pouco na turma.

EM 1987, ano de outro sucesso do Squeeze (o disco Babylon and on, dos hits 853-5937 e Hourglass) o tecladista montou a Jools Holland Big Band. A formação do grupo fixa trazia ele e um colega de Squeeze, o baterista Gilson Lavis. O excesso de compromissos tirou novamente Holland da banda em 1990. A partir daí, o Squeeze passou a girar em torno da dupla de compositores, com músicos entrando e saindo. Eventualmente, rolavam retornos de ex-colegas – Paul Carrack, por exemplo, voltou em 1993.

E DEPOIS?

O SQUEEZE entrou em declínio, saiu da A&M, foi para a I.R.S. (gravadora do ex-empresário Miles Copeland), para a Reprise e voltou para a A&M para lançar um de seus discos mais bem sucedidos dos anos 1990, Some fantastic place (1993), com Paul Carrack de volta. Encerrou atividades por alguns anos a partir de 1999. Chris e Glenn se distanciaram, pelo menos profissionalmente (os dois dizem que a amizade permaneceu), para cuidarem de carreiras solo. Em 2007, a banda retornou aos palcos para celebrar o relançamento de seu catálogo – a Universal, que controla a A&M, entrara na onda das edições “deluxe”, com vários bônus, e repôs discos de várias bandas de seu acervo.

APÓS VÁRIAS MUDANÇAS DE FORMAÇÃO, o Squeeze é um septeto. Incluindo Chris, Glenn (ambos voz e guitarra), Melvin Duffy (guitarra), Simon Hanson (bateria), Yolanda Charles (baixo), Stephen Large (teclados) e Steve Smith (percussão). O último lançamento dessa formação foi o disco The knowledge, lançado em 2017. Olha aí um dos shows dessa turnê.

E já que você chegou até aqui, conheça o canal de um sujeito chamado Steve Bertram, que é fanático pelo Squeeze e disponibiliza tudo quanto é tipo de raridade da banda em vídeo. Inclusive esse show de abril de 1980, em plena turnê de Argybargy. Tem vários documentários e entrevistas lá – infelizmente tudo sem legenda.

Com informações daqui, daqui, daqui e do livro Some fantastic place: My life in and out of Squeeze, de Chris Difford.

VEJA TAMBÉM NO POP FANTASMA:

– Demos o mesmo tratamento a Physical graffiti (Led Zeppelin), a Substance (New Order), ao primeiro disco do Black Sabbath, a End of the century (Ramones), ao rooftop concert, dos Beatles, a London calling (Clash), a Fun house (Stooges), a New York (Lou Reed), aos primeiros shows de David Bowie no Brasil, a Electric ladyland (The Jimi Hendrix Experience), a Pleased to meet me (Replacements), a Dirty mind (Prince), a Paranoid (Black Sabbath), a Tango in the night (Fleetwood Mac) e a Mellon Collie and the infinite sadness (Smashing Pumpkins). E a The man who sold the world (David Bowie).
– Além disso, demos uma mentidinha e oferecemos “coisas que você não sabe” ao falar de Rocket to Russia (Ramones) e Trompe le monde (Pixies).
– Mais Smashing Pumpkins no POP FANTASMA aqui.

Crítica

Ouvimos: Lady Gaga, “Mayhem”

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Ouvimos: Lady Gaga, “Mayhem”

Tudo que é mais difícil de explicar, é mais complicado de entender – mesmo que as intenções sejam as melhores possíveis e haja um verniz cultural-intelectual robusto por trás. Isso vale até para desfiles de escolas de samba, quando a agremiação mais armada de referências bacanas e pesquisas exaustivas não vence, e ninguém entende o que aconteceu.

Carnaval, injustiças e polêmicas à parte, o novo Mayhem foi prometido desde o início como um retorno à fase “grêmio recreativo” de Lady Gaga. E sim, ele entrega o que promete: Gaga revisita sua era inicial, piscando para os fãs das antigas, trazendo clima de sortilégio no refrão do single Abracadabra (que remete ao começo do icônico hit Bad romance), e mergulhando de cabeça em synthpop, house music, boogie, ítalo-disco, pós-disco, rock, punk (por que não?) e outros estilos. Todas essas coisas juntas formam a Lady Gaga de 2025.

Algo vinha se perdendo ou sendo deixado de lado na carreira de Lady Gaga há algum tempo, e algo que sempre foi essencial nela: a capacidade de usar sua música e sua persona para comentar o próprio pop. David Bowie fazia isso o tempo todo – e ele, que praticamente paira como um santo padroeiro sobre Mayhem, é uma influência evidente em Vanish into you, uma das faixas que melhor representam o disco. Aqui, Gaga entrega dance music com alma roqueira, um baixo irresistível e um batidão que evoca tanto a fase noventista de Bowie quanto o synthpop dos anos 1980.

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Mais coisas foram sendo deixadas de lado na carreira dela que… Bom, sao coisas quase tão difíceis de explicar quanto as razões que levaram Gaga a criar um álbum considerado “difícil” como Artpop (2013), enquanto simultaneamente mergulhava no jazz com Tony Bennett e preparava-se para abraçar o soft rock no formidável Joanne (2016), um disco autorreferente que talvez tenha deixado os fãs da primeira fase perdidos. Em outro tempo, Madonna parecia autorizada a mudar como quisesse, mas quando Gaga fazia o mesmo, deixava no ar notas de desencontro e confusionismo. O pop mudou, as décadas passaram, o público mudou – e todas as certezas evaporaram.

É nesse cenário que Mayhem equilibra as coisas, entregando um pop dançante, consciente e orgulhoso de sua essência, mas ao mesmo tempo sombrio e marginal. Há momentos de caos organizado, como em Disease e Perfect celebrity – esta última começa soando como Nine Inch Nails, mas, se você mexer daqui e dali, pode até enxergar um nu-metal na estrutura. Killah traz uma eletrônica suja, um refrão meio soul, meio rock que caberia num disco do Aerosmith, enquanto Zombieboy aposta no pós-disco punk, evocando terror e êxtase na pista (por acaso, Gaga chegou a dizer que o disco tem influências de Radiohead, e confirmou o NiN como referência).

Na reta final, o álbum se aventura por outros terrenos: How bad do U want me e Don’t call tonight flertam com o pop dinamarquês dos anos 90 (e são, por sinal, as únicas faixas pouco inspiradas do disco); The beast tem cara de trilha sonora de comercial de cerveja; e Lovedrug mergulha na indefectível tendência soft rock que surge hoje em dia em dez entre dez discos pop. Essa faixa soa como um híbrido entre Fleetwood Mac e Roxette – como se Gaga  estivesse pensando também na programação das rádios adultas de 2035.

O desfecho de Mayhem chega como um presente para o ouvinte: Blade of grass é uma balada melancólica de violão e piano, que ecoa tanto a tristeza folk dos anos 70 quanto a melancolia do ABBA, crescendo em inquietação à medida que avança. E então, como quem perde um pouco o tom, o álbum termina com… Die with a smile, a já conhecida balada country-soul gravada em parceria com Bruno Mars, lançada há tempos como single. Dentro do contexto do disco, ela soa mais como um apêndice do que como um encerramento – uma nota de rodapé onde se esperava um ponto final. Nada que chegue a atrapalhar a certeza de que Lady Gaga conseguiu, mais do que retornar ao passado, unir quase todos os seus fãs em Mayhem.

Nota: 8,5
Gravadora: Interscope
Lançamento: 7 de março de 2025.

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4 discos

4 discos: Elvis Presley no final

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4 discos: Elvis Presley no final

Ainda que o mercado de álbuns estivesse bastante fortalecido desde o fim dos anos 1960, isso não chamava a atenção de Elvis Presley (1935-1977), e muito menos a de seu empresário, o Coronel Tom Parker (1909-1997). O cantor não parecia se interessar muito por LPs, apesar de ter tido grandes vendagens de álbuns desde o começo. Muitas vezes, Elvis apenas gravava o que tinha vontade, e deixava que a RCA, sua gravadora, escolhesse capas, repertório e (o principal) como e de que maneira cada gravação seria aproveitada.

Nos anos 1970, com Elvis enclausurado em sua mansão e cada vez mais descontrolado (no apetite, nas drogas, na violência etc), o cantor ficou também cada vez mais desinteressado em gravar regularmente. Seus álbuns começavam a se tornar compilações de gravações, quase sempre feitas em etapas diferentes. Não era nem preciso que as sessões passassem pelos mesmos esquemas de produção, embora os álbuns pós-1966 do cantor tivessem todos o mesmo produtor. Era o ex-cantor Felton Jarvis, que chegou a lançar em 1959 um single cujo lado B era um tributo chamado Don’t knock Elvis.

O álbum That’s the way it is (1970), por exemplo, foi feito a partir de oito faixas gravadas do estúdio da RCA em Nashville, mas também entraram quatro faixas gravadas ao vivo em Las Vegas. Por sua vez, o restante dessas sessões de Nashville foi lançado gradativamente em singles e rendeu também o álbum Elvis country, de 1971. Era como se os álbuns do cantor, com raras exceções, já fossem compilações de out takes. E o que não falta é crítico de rock apontando para esse clima “alhos com bugalhos” na parte final da discografia de Elvis.

Pois bem, resolvemos revisitar quatro álbuns dessa última década da carreira de Elvis Presley – que, você talvez saiba, teria completado 90 anos no dia 8 de janeiro. E pode crer: quem deixou esses discos para trás perdeu muita coisa. Mesmo os mais alheios à obra do cantor, que o conhecem apenas pelos grandes hits, podem encontrar surpresas agradáveis. Porque, sim, por trás daquela fachada de decadência, havia música pulsante. Se você nem sequer desconfiasse que a vida de Elvis andava uma zona daquelas, poderia acabar achando que ele já estava rico o suficiente e havia resolvido só gravar o que quisesse, para quem quisesse ouvir, e problema dele.

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  • Este texto foi inspirado por um outro texto, da newsletter do músico Giancalrlo Rufatto

“ELVIS NOW” (1972). O nome desse álbum de Elvis podia indicar que se tratava de um disco ao vivo, de uma coletânea, de um álbum de sobras, de um cata-corno musical – enfim, Elvis now, como título, não quer dizer lá muita coisa. De qualquer jeito, é um dos mais brilhantes lançamentos do cantor em sua última década. Numa época em que Elvis parecia ter entendido mais ou menos para que serviam os álbuns e estava adotando estilos musicais diferentes em cada lançamento (gospel, country, baladas, etc), seu décimo-sexto LP era o que mais se aproximava de um “programa de música” (digamos assim), cabendo vários estilos musicais de maneira equilibrada.

Para manter um hábito do cantor na época, Elvis now não era um disco de “agora”. Havia uma faixa gravada em 1969 (a versão dele para Hey Jude, dos Beatles, feita nas sessões que geraram o disco Elvis in Memphis, daquele ano) e gravações de 1970 e 1971. Ou seja: era basicamente um cozidão de sobras com material ainda sem destinação. De qualquer jeito, lá você ouve, além de Hey Jude, Elvis interpretando canções de Kris Kristofferson (Help me make it through the night), da ativista e cantora Buffy Sainte-Marie (a canção de amor classe-operária Until it’s time for you to go), de Gene McLellan (Put hand in the hand), Gordon Lightfoot (Early mornin’ rain) e até um clássico gospel tradicional que, poucos anos depois, Raul Seixas e Paulo Coelho fariam questão de chupar (I was born ten thousand years ago).

“RAISED ON ROCK/FOR OL’ TIMES SAKE” (1973). Mais uma vez uma capa de Elvis traz uma foto praticamente idêntica dele (Elvis proibia que o fotografassem fora do palco), e o título lembra o de um álbum pirata ou coletânea caça-níqueis. Mas esse disco é tido como o último álbum de estúdio verdadeiramente rocker de Elvis, e tem quem o considere o melhor álbum dessa fase. O repertório veio de sessões no Stax Studios (Memphis, Tennessee), em julho de 1973, além de outras gravações feitas na casa de Presley em Palm Springs, Califórnia, em setembro de 1973.

Raised on rock tem esses dois títulos porque aproveitou os nomes dos lados A e B de um single de sucesso do cantor – o que dá a impressão também de “single expandido para álbum” e feito às pressas. Uma ouvida distraída revela pérolas como as próprias músicas-título, além de Three corn patches (da dupla Leiber e Stoller), Just a little bit (sucesso do cantor Rosco Gordon) e Find out what’s happenin’ (country gravado em 1968 por Bobby Bare). Muita gente implicou bastante com aquele papo de “criado no rock”, ate porque a canção fala de uma pessoa que foi criada ouvindo hits como Johnny B. Goode, de Chuck Berry, e nada menos que Hound dog, gravada pelo próprio Elvis (!) em 1956. Mas pula essa parte porque a gravação é ótima.

“ELVIS TODAY” (1975). A capa e o título não dizem muita coisa, mas Today é um dos discos mais saidinhos dessa fase final da carreira do cantor. O som une música pop e country, em vez de se concentrar apenas num estilo. E fica claro, pela escolha de repertório, que o álbum foi um esforço grande de Elvis em tentar entender o que estava acontecendo ao seu redor na música.

Havia o rock country de T-R-O-U-B-L-E, um dos últimos hits do cantor no estilo que o havia consagrado. Tinha uma regravação de Fairytale, das Pointer Sisters, indicando que a transição do soul à disco já tinha sido devidamente observada por Elvis e sua turma. E havia algumas regravações bem bacanas de faixas recentes, como I can help, de Blly Swan, e Pieces of my life, de Troy Seals – muito embora, justamente por causa disso, ficasse a impressão de que Today, mais do que resultado de uma gravação em estúdio, era o resultado de uma mexida em várias demos. Ainda assim, era uma mostra de que Elvis ainda se reinventava. Da maneira dele, mas rolava sim.

“FROM ELVIS PRESLEY BOULEVARD, MEMPHIS, TENNESSEE” (1976). O título desse disco lembra o de um álbum póstumo ou coletânea. É apenas o vigésimo-terceiro álbum de Elvis, feito numa época em que o cantor nem sequer queria sair de casa para gravar, e a RCA mandou instalar um estúdio na casa dele. Foi lançado pouco após a excelente coletânea The Sun sessions, e, diz o site oficial do cantor, trouxe músicas “comercializadas como se Elvis estivesse finalmente emitindo um convite aos seus fãs para entrarem pelos portões de Graceland”. Inclusive vendeu mais do que a coletânea, embora tenha custado mais aos cofres da RCA do que Sun sessions.

A capa informa que se trata de um “disco ao vivo”, mas a realidade é bem diferente: não há palmas, e basicamente o material foi feito “ao vivo” dentro da própria mansão de Elvis. O repertório é de uma força impressionante, com destaque para a balada blues Hurt, a romântica Never again e as baladas country Dany boy e Bitter they are, harder they fall, além da grandiosa The last farewell. From Elvis Presley Boulevard não é apenas um disco: é um retrato do Rei em um momento de fragilidade e reclusão, mas ainda capaz de emocionar como poucos.

 

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Cultura Pop

Grammy 2025: as apostas do Pop Fantasma

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Grammy 2025: as apostas do Pop Fantasma

Informações básicas sobre o Grammy 2025, que vai rolar neste domingo (2 de fevereiro), às 21h30, horário de Brasília, nos Estados Unidos. Vamos por partes:

  • É a 67ª edição da premiação.
  • Uma porrada de gente vai fazer show na premiação. Entre os confirmados, Stevie Wonder, John Legend, Janelle Monáe, Chris Martin, Cynthia Erivo, Brittany Howard, Brad Paisley, Herbie Hancock, Jacob Collier, Lainey Wilson, St. Vincent e Sheryl Crow. A Academia afirmou também que estarão no palco nomes como Benson Boone, Sabrina Carpenter, Doechii, Raye, Chappell Roan, Teddy Swims, Shakira e Charli XCX.
  • O comediante sul-africano Trevor Noah vai apresentar o prêmio – ele comanda o palco do prêmio desde 2021.
  • Tem Brasil na premiação, já que Anitta concorre a melhor álbum de pop latino com Funk generation.
  • O canal de TV TNT e o serviço de streaming Max vão transmitir a premiação aqui no Brasil.
  • Após discussões iniciais, foi decidido que os incêndios em Los Angeles não causariam o adiamento do evento – e decidiu-se também que o Grammy será um instrumento para angariar fundos para ajudar a cidade.

E enfim, ninguém convidou o Pop Fantasma para votar lá, mas nós resolvemos mostrar nossas apostas, divididas em quem a gente acha que leva os prêmios, e quem a gente adoraria que ganhasse. Confira aí e faça suas apostas. Não votamos em todas as categorias, claro – são 94 e não nos sentimos capazes de opinar em várias delas.

(na foto, Charli XCX, que a gente gostaria que ganhasse numas três categorias).

Música do Ano
Shaboozey, A bar song (Tipsy)
Billie Eilish, Birds of a feather
Lady Gaga and Bruno Mars, Die with a smile
Taylor Swift featuring Post Malone, Fortnight
Chappell Roan, Good luck, babe!
Kendrick Lamar, Not like us
Sabrina Carpenter, Please please please
Beyoncé, Texas hold ‘em
QUEM PROVAVELMENTE VAI GANHAR: Taylor Swift
QUEM A GENTE QUER QUE GANHE: Kendrick Lamar

Revelação do Ano
Benson Boone
Sabrina Carpenter
Doechii
Khruangbin
RAYE
Chappell Roan
Shaboozey
Teddy Swims
QUEM PROVAVELMENTE VAI GANHAR: Chappell Roan
QUEM A GENTE QUER QUE GANHE: Ficamos contentes se a Chappell ganhar, mas enfim, tem o Khruangbin

Melhor Performance Solo Pop
Beyoncé, Bodyguard
Sabrina Carpenter, Espresso
Charli XCX, Apple
Billie Eilish, Birds of a feather
Chappell Roan, Good luck, babe!
QUEM PROVAVELMENTE VAI GANHAR: Sabrina Carpenter é a campeã de audiência em algumas plataformas digitais, e tem grandes chances,
QUEM A GENTE QUER QUE GANHE: Charli XCX

Melhor Performance Dupla ou Grupo Pop
Gracie Abrams Featuring Taylor Swift, Us
Beyoncé Featuring Post Malone, Levii’s Jeans
Charli XCX & Billie Eilish, Guess
Ariana Grande, Brandy & Monica, The boy is mine
Lady Gaga & Bruno Mars. Die with a smile
QUEM PROVAVELMENTE VAI GANHAR: Grandes chances para o dueto de Lady Gaga e Bruno Mars
QUEM A GENTE QUER QUE GANHE: Charli XCX e Billie Eilish

Melhor Álbum Pop Vocal
Sabrina Carpenter, Short’n sweet
Billie Eilish, Hit me hard and soft
Ariana Grande, Eternal sunshine
Chappell Roan, The rise and fall pf a midwest princess
Taylor Swift, The tortured poets department
QUEM PROVAVELMENTE VAI GANHAR: Chappel Roan? Taylor Swift? Billie Eilish? Aí parece que TODAS podem ganhar.
QUEM A GENTE QUER QUE GANHE:
Billie Eilish

Melhor Álbum de Country
Beyoncé, Cowboy Carter
Post Malone, F-1 Trillion
Kacey Musgraves, Deeper Well
Chris Stapleton, Higher
Lainey Wilson, Whirlwind
QUEM PROVAVELMENTE VAI GANHAR: Chris Stapleton
QUEM A GENTE QUER QUE GANHE: Beyoncé

Melhor Performance Country Solo
Beyoncé, 16 Carriages
Chris Stapleton, It takes a woman
Jelly Roll, I am not OK
Kacey Musgraves, The architect
Shaboozey, A bar song (Tipsy)
QUEM PROVAVELMENTE VAI GANHAR: Chris Stapleton ou Shaboozey
QUEM A GENTE QUER QUE GANHE: Beyoncé (ou, vá lá, também o Shaboozey)

Melhor Gravação Dance/Eletrônica
Madison Beer, Make you mine
Charli XCX, Von Dutch
Billie Eilish, L’amour de ma vie (Over Now Extended Edit)
Ariana Grande, Yes, and?
Troye Sivan, Got me started
QUEM PROVAVELMENTE VAI GANHAR: talvez, quem sabe, Billie Eilish
QUEM A GENTE QUER QUE GANHE: Charli XCX

Melhor Álbum de Pop Latino
Anitta, Funk generation
Luis Fonsi, El viaje
Kany García, García
Shakira, Las mujeres ya no lorran
Kali Uchis, Orquídeas
QUEM PROVAVELMENTE VAI GANHAR: Talvez a Kali Uchis
QUEM A GENTE QUER QUE GANHE: Fernanda Torres no Oscar e Anitta no Grammy, já pensou? (mas Kali Uchis ganhando ia ser legal, Orquideas é um disco bacana).

Melhor Álbum de Rock
The Black Crowes, Happiness bastards
Fontaines D.C., Romance
Green Day, Saviors
Idles, TANGK
Pearl Jam, Dark matter
The Rolling Stones, Hackney diamonds
Jack White, No name
QUEM PROVAVELMENTE VAI GANHAR: Algo me diz que o primeiro álbum dos Stones lançado após a morte de Charlie Watts vai mexer com os jurados.
QUEM A GENTE QUER QUE GANHE: Jack White.

Melhor Performance de Rock
The Beatles, Now and then
The Black Keys, Beautiful people (Stay high)
Green Day, The american dream is killing me
Idles, Gift horse
Pearl Jam, Dark matter
St. Vincent, Broken man
QUEM PROVAVELMENTE VAI GANHAR: Beatles.
QUEM A GENTE QUER QUE GANHE: Em tempo de Trump na presidência dos EUA, Green Day cantando que “o sonho americano está me matando” seria um sonho (sem trocadilho). Mas dificilmente vai rolar.

Melhor Performance de Música Alternativa
Cage the Elephant, Neon pill
Nick Cave & The Bad Seeds, Song of the lake
Fontaines D.C., Starbuster
Kim Gordon, Bye bye
St. Vincent, Flea
QUEM PROVAVELMENTE VAI GANHAR: Nick Cave & The Bad Seeds
QUEM A GENTE QUER QUE GANHE: Kim Gordon, com certeza.

Melhor Álbum de Música Alternativa
Nick Cave & Bad Seeds, Wild god
Clairo, Charm
Kim Gordon, The collective
Brittany Howard, What now
St Vincent, All born screaming
QUEM PROVAVELMENTE VAI GANHAR: estou entre Clairo e Nick Cave
QUEM A GENTE QUER QUE GANHE: Kim Gordon

Melhor Álbum de Rap
Common & Pete Rock, The Auditorium Vol. 1
Doechii, Alligator bites never heal
Eminem, The death of Slim Shady (Coup de grâce)
Future & Metro Boomin, We don’t trust you
J. Cole, Might delete later
QUEM PROVAVELMENTE VAI GANHAR: Se bobear, Eminem leva essa. Ou o trapper Future.
QUEM A GENTE QUER QUE GANHE: Common & Pete Rock, que ainda por cima têm samples bem criativos de música brasileira (pegaram trechos de faixas de Chico Buarque, Ivan Lins & Vitor Martins e até uma faixa da banda de rock progressivo brasileira Karma).

Melhor Performance de Rap
Cardi B, Enough (Miami)
Common & Pete Rock Featuring Posdnuos, When the sun shines again
Doechii, Nissan altima
Eminem, Houdini
Future, Metro Boomin & Kendrick Lamar, Like that
Glorilla, Yeah glo!
Kendrick Lamar, Not like us
QUEM PROVAVELMENTE VAI GANHAR e QUEM A GENTE QUER QUE GANHE: Kendrick Lamar

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