Connect with us

Mixtape

Mixtape Pop Fantasma #19 (18/08/2021)

Published

on

Mixtape Pop Fantasma 19 (18/08/2021)

Toda quarta-feira rola a MIXTAPE POP FANTASMA, dessa vez ilustrada aí por dois grandes nomes da teledramaturgia (e do cinema) que deixaram a gente na semana passada: Tarcísio Meira e Paulo José. Tarcisão está presente com uma versão diferente do tema da novela Irmãos coragem, e Paulo José solta a voz (!).

Tem também Captain Beefheart, Lunachicks, The Chiffons cantando George Harrison, Robert Wyatt e até o Nirvana, aquela banda britânica dos anos 1960, cantando Nirvana, a banda do Kurt Cobain.

Ah, lembramos também que estamos toda sexta às 11h da manhã na Mutante Radio, e que lançamos nossa campanha de financiamento mensal.

Ouve ae. Estamos no DeezerSpotifyMixcloud CastBox.

Abre:
Som Três – Irmãos coragem

1º módulo:
Mutreta – Noites e tempestades
Captain Beefheart and His Magic Band – Observatory crest
Paulo José – Amarelinha

2º módulo:
Galã – Filosofia amorosa
Black Midi – Marlene Dietrich
Lunachicks – Binge and purge

3º módulo:
Bif Naked – Spaceman
Glaxo Babies – This is your life
Tamar Aphek – Crossbow

4º módulo:
Nirvana (britânico) – Lithium
Robert Wyatt – The age of self
Wild Moccassins – Sponge won’t soak

Final:
Chiffons – My sweet lord

BG: Músicas do disco Jurassic rock, de Leandro Souto Maior

Cultura Pop

Mixtape Pop Fantasma: Lou Reed ouviu, ouviram Lou Reed

Published

on

Mixtape Pop Fantasma: Lou Reed ouviu, ouviram Lou Reed

O papo sobre a fase solo inicial de Lou Reed não se encerrou no podcast que fizemos sobre o período 1971-1973 da história dele. Pega aí uma mixtape que fizemos misturando coisas que Lou Reed ouviu, gente que ouviu Lou Reed e o próprio Lou em alguns momentos dos três primeiros discos.

A relação de músicas tem referências que apareceram na música de Lou, como o r&b/doo wop deprê do ítalo americano Dion DiMucci (e sua banda The Belmonts). E as estruturas de Wild thing, sucesso dos Troggs, e de Dizzy, de Tommy Roe – que têm muito a ver com Vicious, sucesso dele. Queen bitch, de David Bowie, foi supostamente inspirada em Lou, e soava quase como uma canção do Velvet Underground transformada em “rock pauleira”. Na mixtape tem também a primeira gravação conhecida de Lou Reed, The ostrich, compacto creditado ao grupo The Primitives (que já reunia ele e John Cale).

Apesar de desprezar muito Alice Cooper (que via mais como um teatro dos horrores do que como música), o clima bizarro e rude de algumas músicas de discos como Easy action e Love it to death tem a cara de Lou. A mesma coisa acontece com a turma ensimesmada do bittersweet norte-americano e canadense: Neil Young, Joni Mitchell, James Taylor, Judee Sill (em especial). O clima de Berlin, terceiro disco de Lou, de 1973, cabe bastante nesse clubinho.

Recuperamos também versões de Walk on the wild side em italiano (feita pela cantora Patty Pravo) e em espanhol (de Albert Pla), além de Wildside, de Marky Mark & The Funky Bunch, cheia de samples do original. E tem um Walk on the wild side que não é o de Lou Reed, mas o tema de um filme de 1962 de mesmo nome, roteirizado por John Fante (e que foi inspirado num romance de Nelson Algren que, enfim, deu o nome à canção de Lou). A música aparece na versão do grupo vocal The Persuasions. E tem o The Clocks, grupo brasileiro de proveta com ninguém menos que Dudu “Grilo na cuca” França nos vocais, fazendo aquela que deve ser a primeira gravação de um grupo brasileiro de uma música do Velvet Underground.

The Primitives (Lou Reed no começo da carreira) – The ostrich
Dion & The Belmonts – Born to cry
The Clocks feat Dudu França – Rock´n roll
Troggs – Wild thing
Lou Reed – I can’t stand it
Tommy Roe – Dizzy
John Lennon – Mother
David Bowie – Queen bitch
Lou Reed – Berlin
Judee Sill – Jesus was a crossmaker
Alice Cooper – Beautiful flyaway
The Persuasions – Walk on the wild side (não é a música do Lou)
Patti Pravo – I giardini di Kensington (Walk on the wild side em italiano)
Mick Ronson – White light, white heat
Mott The Hoople – Death may be your Santa Claus
Lou Reed – Vicious
Lou Reed – I’m so free
Albert Pla – El lado más bestia de la vida (Walk on the wild side em espanhol)
Lou Reed – Men of good fortune
Lou Reed – How do you think it feels
Japan – All tomorrow’s parties
Marky Mark And The Funky Bunch – Wildside
Paul Jacobs – Hold on (bônus)
Projeto Shaun – Tatuagem (bônus)

Continue Reading

Cultura Pop

Mixtape Pop Fantasma: coisas que parecem Mutantes

Published

on

O papo sobre Mutantes não encerrou no episódio do Pop Fantasma Documento, nosso podcast, que fizemos sobre a fase 1971-1972 deles. Pega aí uma mixtape que a gente acabou de soltar com várias músicas que, digamos assim, parecem muito com Mutantes.

São músicas que fazem parte da nuvem de tags soltada pelos Mutantes, em especial após os anos 1970, com várias referências que estão nas músicas deles. Algumas são nacionais. Se bobear, você conhece os cariocas do Bango, uma banda bastante influenciada pelo grupo de Rita, Arnaldo e Sérgio, e que lançou um único LP pelo selo Musidisc em 1970. Ou a versão blues de Risque, de Ary Barroso, gravada por Silvinha com Lanny Gordin na guitarra no mesmo ano de Jardim elétrico. Ou o samba psicodélico de Ed Lincoln em Assim não dá. Ou o som psicodélico, herdado da banda californiana Spirit, de Paulo Diniz em Balão colorido.

Imaginamos que os Mutantes tenham se inspirado na versão de Shapes of things, gravada pelos Yardbirds, para arranjar Preciso urgentemente encontrar um amigo, de Roberto Carlos e Erasmo Carlos. E dificilmente eles não escutaram os motoclubistas psicodélicos do Blue Cheer para preencher os sulcos de seus dois últimos discos com Rita Lee. Por outro lado, a frase em espanhol que aparece na letra de Suite: Judy blue eyes, de Crosby Stills Nash & Young (“qué linda, me la traie a Cuba”) aparece na letra de Saravá, dos Mutantes (epa, uma referência a Cuba em plena ditadura militar?). E Exuma, The Obeah Man, do Exuma, que vendeu milhares de compactos no Brasil nos anos 1970, possivelmente estava na playlist particular do grupo. De bônus, as bandas que complementaram o podcast, Mild High Club e Trutas.

Ouve aí!

Yardbirds – Shapes of things
The Millennium – To Claudia on thursday
Ed Lincoln – Assim não dá
Exuma – Exuma, The Obeah Man
Eric Burdon and The Animals – It’s all meat
Captain Beefheart and His Magic Band – Zig zag wanderer
Bango – Motor maravilha
Mothers Of Invention – Hungry freaks, daddy
The Soft Machine – Feelin’ reelin’ squealin’
Blue Cheer – Babylon
Silvinha – Risque
Big Brother And The Holding Company – Call on me
Spirit – I got a line on you
Paulo Diniz – Balão colorido
Crosby Stills Nash & Young – Suite: Judy blue eyes
Yes- Yours is no disgrace
Santana – Black magic woman
Iron Butterfly – Most anything you want
The Doors – The changeling
Sly & The Family Stone – I want to take you higher

bônus
Mild High Club – Skiptracing
Trutas – Gosto daqui

Continue Reading

Cultura Pop

Mais Ziggy Stardust: um monte de “It ain’t easy” (em mixtape!)

Published

on

Mais Ziggy Stardust: um monte de "It ain't easy", em mixtape

It ain’t easy, a única música do disco The rise and fall of Ziggy Stardust and the Spiders From Mars que não era de David Bowie, na verdade tinha sido pensada para o disco anterior, Hunky dory (1971). Foi executada no dia 3 de junho de 1971 durante a ida de Bowie ao programa de John Peel, numa versão com Dana Gillespie nos vocais, que dava um ar meio country-gospel à música. Incluída em Ziggy, virou o momento de reflexão do personagem em meio ao sucesso e ao dia a dia de tentações. Ela tinha chegado a aparecer na versão promo de Hunky dory, com músicas de Dana Gillespie no lado B, em todo caso.

O mais louco é que It ain’t easy tinha sido gravada algumas vezes antes de Bowie – e em duas dessas vezes, ela foi música-título de um disco. E nenhuma dessas versões fez sucesso. Foi gravada pelo grupo rock-soul norte-americano Three Dog Night em 1970 no disco It ain’t easy, e nem sequer foi lançada em single.  No mesmo ano, o cantor folk canadense Long John Baldry também gravou a faixa no seu disco It ain’t easy.

Também em 1970, o próprio Ron gravou a música, em releitura bastante ligada ao folk, no disco Silent song through the land.  E em 1971, a banda Detroit gravou a música no mesmo disco em que por sinal relia Rock’n roll, do Velvet Underground. Em janeiro de 1972, foi a vez de Dave Edmunds reler a faixa em seu disco Rockpile. Uma versão gravada em 1972 e só lançada vários anos depois é a da cantora soul Bettye LaVette. O It ain’t easy dela faria parte de seu primeiro disco pela Atco, Child of the seventies, que acabou engavetado e só foi lançado em 2006.

>>> Veja também no Pop Fantasma: Dark side of the moon, um disco do… Medicine Head

A versão de David Bowie você com certeza já ouviu e, ao contrário da onda folk das outras releituras, tem um lado glam acentuado – embora mal dê pra reconhecer a voz do cantor e há quem tenha jurado por vários anos que não era Bowie cantando. Tem quem diga que a música já fazia parte do repertório dos Rats, a antiga banda de Mick Ronson, guitarrista dos Spiders From Mars, e que o próprio músico mostrou a canção para Bowie. Não é muito claro o motivo pelo qual ela foi parar no repertório do cantor, ou em Ziggy Stardust: biógrafos falam que a canção tem uma atmosfera de sonho acordado que convenceu Bowie, e que a música relata o momento de transformação pessoal do personagem.

Depois de Bowie gravar a faixa, quem arriscou uma releitura foi a cantora country americana Shelby Lynne, no disco Unsung hero: a tribute to the music of Ron Davies, uma homenagem ao compositor da faixa. Ron Davies, vale citar, nasceu em 1946, morreu em 2003, e ganhou uma pequena fama aos 17 anos quando compôs todas as músicas de um disco de uma banda que já virou assunto aqui no Pop Fantasma – os “pais do grunge”, Wailers.  Foi contratado pela A&M em 1970 e lançou dois discos por lá. Depois gravou em vários pequenos selos. Uma outra canção bem bonita composta por ele foi gravada pela cantora Maria Muldaur, Long hard climb.

E segue aí uma mixtape com TODAS as versões de It ain’t easy citadas nesse texto. Aumente o som e compare uma versão com a outra. Tem até diferenças nas letras.

Continue Reading
Advertisement

Trending