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Destaque

Fernando Deluqui: lives, RPM, anos 1980 e outras histórias

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Fernando Deluqui: lives, RPM, anos 1980 e outras histórias

Tem duas novidades na vida de Fernando Deluqui, guitarrista do RPM. Uma delas rola hoje. Neste sábado (29), às 21h, ele estreia a área de shows da plataforma de lives Sua Festa Em Casa, iniciativa dos sócios Clara Gazzaneo e Luciano Vianna (criador da festa Ploc 80 e da antiga London Burning) com um show solo. No repertório, clássicos do RPM, músicas da carreira solo (ele já gravou alguns discos independentes) e, como vem rolando nos seus shows, canções de colegas dos anos 1980. Ingressos a R$ 30, no Sympla.

Outra coisa nova é que vem mais um disco do grupo aí. Inacreditavelmente, será o quinto disco de estúdio do grupo, apesar de se tratar de uma banda que, daqui a três anos, faz quatro décadas. E que tem na discografia um LP, Rádio pirata ao vivo, de 1986, que já ultrapassou as três milhões de cópias.

O RPM vem com formação mudada após a morte, em junho de 2019, do baterista Paulo Pagni, o P.A., por insuficiência respiratória e broncopneumonia. Dioy Pallone, que substitui Paulo Ricardo no vocal desde 2018, estreia em álbum de estúdio e se junta a Deluqui e Luiz Schiavon (teclados). Na bateria, Kiko Zara. “Ele era amigo do P.A., que até abençoou a entrada do Kiko”, conta Deluqui, que bateu um papo com o POP FANTASMA sobre disco novo, shows solo, a perda do amigo baterista (e de outro amigo recentemente “ido”, Ciro Pessoa) e outros assuntos.

POP FANTASMA: Como vai ser essa live?
FERNANDO DELUQUI: Vamos fazer um híbrido de sucessos de toda a minha carreira, porque tem também minha passagem pelo Engenheiros do Hawaii, né? (ele gravou o disco Simples de coração, de 1995, com o grupo gaúcho). Eu tô no RPM até hoje e não poderia estar num lugar melhor, ao lado do Schiavon. E tem as músicas solo. O RPM teve grandes hiatos: o primeiro de onze anos, o segundo de oito anos. E eu tive que ir para a frente do palco cantar, entreter. Tenho feito até muitas lives sozinho, tocando material que não cabe no RPM. É tudo misturado: coisas solo, do RPM…

Os hits do RPM alcançaram as novas gerações? Olha, os hits do RPM ainda tão bombando. É uma marca que parece vinho, quanto mais passa o tempo mais as pessoas gostam. Inclusive os jovens. A gente tem nosso Instagram que foi feito há não muito tempo. Não temos feito shows, claro. Mas ano passado fizemos Circo Voador, Curitiba, Belo Horizonte. Os shows são grandes e a molecada vem junto.

Já que você falou sobre ir para a frente do palco, como foi virar o frontman? O RPM sempre teve muito teclado. Como foi passar a tocar mais guitarra? Ah, a fase em que o RPM teve muito teclado foi no início. Depois já no Quatro coiotes (1988) tive uma participação maior. Teve o Paulo Ricardo & RPM (1993) que era bem pesado…

Sim, verdade, esse disco tinha mais guitarras… No início eu era mais tímido. Eu sempre fui da escola do Keith Richards (Rolling Stones), David Gilmour (Pink Floyd). O Keith é o cara que fica na dele, enfurnado nas coisas dele, não apitava muito nos Stones, até brigou com o Mick Jagger quando ele quis voltar. No RPM fui criando meu espaço com o tempo. Depois montei um projeto e fui para a frente fazer vocal. Resolvi misturar muitas coisas dos anos 1980 nos shows, porque é minha escola, a de amigos que criaram coisas com as quais eu tinha identificação. Meu show passou a ser uma coisa misturada, tem música do Kid Abelha, Legião Urbana, Nenhum de Nós. E sou muito fresco, chato para incluir músicas no repertório, ele é até bem fechado.

Já que você mantém o RPM, em algum momento rolou alguma confusão de show solo seu marcado como se fosse do RPM? É comum de acontecer em carreiras solo de gente que tem banda… Ah rola, o mercado tem muito aventureiro. Muita gente que nem tem má intenção, mas faz confusão. Quando vendo o show solo, tenho algumas exigências para não prejudicar o RPM. A banda tem uma tradição de shows bem cuidados, de estrutura enorme. Na carreira solo eu posso até fazer violão e voz sozinho na praia. Mas as pessoas não confundem mais. Hoje é tranquilo.

Na época do RPM você foi dono de selo. Como foi essa experiência? (o RPM Discos, que lançou só o único disco do Cabine C, Fósforos de Oxford). Cara, na verdade eu nem fui sócio, não entrei nessa viagem do selo. Isso foi mais coisa do Schiavon. Meu lance sempre foi mais som, nunca quis ser empresário. Eu vou compondo, compondo… Tem uma fila de músicas que eu mando para o RPM e os caras nem ouvem mais (risos). Sou aquele tipo de cara que se tiver um som ligado, eu nem presto atenção na conversa. Mas eu participei no disco do Cabine C, continuei até amigo do Ciro Pessoa (vocalista, morto em maio). Tivemos até uma outra banda com o Coquinho, baixista da Patrulha do Espaço, e o Gigante Brazyl (baterista da Gang 90). A gente fazia uns shows na Vila Madalena, mais intimistas. E as histórias eram bizarras, o Ciro era rock’n roll.

Sério? Quais são suas lembranças do convívio com ele? Lembro da gente tocando pela Vila Madalena como se não tivesse amanhã. O Ciro tinha uma energia que não se esgotava nunca. Tinha uma conexão enorme com música, com juventude. A balada começava 11h e não acabava mais. Era complexo o negócio, porque depois de dois dias acordado, ele já passava na minha casa: “Vamo lá, tô aqui embaixo, já pedi seu bloody mary” (risos). Ele pegava uma namorada e ia para o hotel Hilton, e chamava a maior galera. Depois não tinha grana para pagar e a namorada pagava. A gente emprestava dinheiro, ajudava. Mas com ele tinha sempre música da melhor qualidade, ele era um cara diferenciado, competente.

O que você aprendeu com esses vários finais do RPM? Aprendi que você tem que ter cuidado com quem você se relaciona (risos), com quem você toca, porque é complicado, né? O negócio tem que ter durabilidade. A empresa não pode parar. Toco às vezes com músicos amigos meus, até em bar na Vila Madalena. Mas quem é músico profissional não pode só achar legal viajar, ficar dias no estúdio. Tem que ter um olho no peixe e outro no gato. Tem que ter um empresário para vender show. Em 2008 o RPM estava parado e eu estava em carreira solo. Ficava o dia inteiro com o telefone na mão, ligando para um monte de gente para vender show. Vendi show pra cacete.

Como tá sendo trabalhar com o Dioy no vocal? Tá legal, viu, cara? O Dioy é um cara muito competente, humano, no sentido de coletividade, camaradagem. Claro que existem atritos, mas a família contém isso. A gente tem uma experiência grande de parar a banda por causa de problemas de ego, de não respeitar, combinar uma coisa e não fazer. Eu nem falo certas coisas para os fãs, “ah, vamos fazer um DVD”, é só se fizermos mesmo. Acho falta de respeito falar coisas que não vão acontecer. O RPM tem uma história confusa nesse sentido, de não cumprir metas, de ter gravado poucos álbuns. Estamos agora empenhados na gravação de um disco novo, cada um em seu homestudio. Vai ser um disco energético, melódico e estamos decididos a fazer um disco bem marcante.

Como bateu em você a morte do P.A?. Cara… ele foi cedo demais. O P.A. nunca foi um cara disciplinado, desde os anos 1980. Eu ia na casa dele na Vila Mariana, ele morava com os pais, e a casa era a maior bagunça. Isso não mudou. O que mudou foi que ele foi ficando diferente, no sentido de não estar muito feliz. Ele teve muitos problemas no ano em que houve a decadência da saúde dele. Nos anos 2000 a gente viajava com a banda, dava risada no camarim, era uma coisa bem de camaradagem. Mas nos últimos 3, 4 anos a coisa foi ficando pesada, principalmente com a parada da banda em 2017.

Como foi essa época? Eu tive vários problemas. Meu sogro morreu, uma prima da minha mulher morreu carbonizada junto com o marido. Sabia que o P.A. estava ruim, mas não sabia que estava tão ruim. Quando percebi o tamanho do buraco, a gente foi na casa dele. Porque ele também não deixava a gente entrar na casa dele, não sei se ele tinha vergonha ou se não queria ninguém enchendo o saco. A casa parecia o castelo dos horrores. Tinha várias teias de aranhas. Umas aranhas enormes, ele vivia picado de aranhas, aparecia com cicatrizes enormes. Ele tomava remédios, estava levando altos tombos. Internamos ele duas vezes por causa de drogas porque ele ensaiava e na hora do show não se lembrava de nada. O colocamos para mais uma desintoxicação e ele ficou na UTI um mês. E aí rolou a confusão, porque o pessoal da UTI falou que ele tinha morrido (a banda postou em seguida sobre a morte de P.A – pouco antes disso Paulo Ricardo, ex-cantor do RPM, fez uma postagem onde expunha o problema de saúde do baterista e convidava fãs da banda a visitá-lo).

E ele estava vivo. Corri para o hospital e ele estava vivo. Os fãs ficaram indignados com isso tudo. E sempre tem gente que não faz nada e na hora começa a cantar de galo, como se fosse Madre Teresa de Calcutá. Eu segurei uma barra enorme na mídia, eu que publiquei sobre a morte dele. A gente cometeu um erro, não fomos averiguar a morte dele no hospital. Quando vi que ele estava vivo, foi uma confusão dos diabos. Acabei fazendo um vídeo dizendo que ele estava vivo. Foi o pior dia da minha vida. Claro que por outro lado foi bom ver que o P.A. não tinha morrido, mas foi muito pesado para mim. Tive reflexos até na saúde.

A amizade com Paulo Ricardo não foi mantida? Não, não mantivemos amizade, não tem relacionamento. Tentamos falar com ele muitas vezes antes da turnê, porque o cara fez parte da banda. Ele não quis conversar. Só sobrou para a gente entrar com o processo pelo uso da marca. Já houve um outro processo e saiu uma sentença dizendo que o Paulo tinha que registrar o RPM em nome dos quatro. Ele não fez isso e nessa nova fase, quando a gente se desentendeu, vimos mais uma vez que a marca não estava registrada. Mas prefiro não falar mal do cara, ele não está aqui para se defender.

E sua carreira de apresentador, como vai? Eu vinha fazendo o Deluqui Nau, um programa de viagens e música completamente diferente da minha carreira no RPM. Não tem estresse nenhum, basicamente somos eu e minha mulher mostrando os lugares pelos quais o RPM passava. A gente ia para o Ceará e mostrava o litoral. Eu era apresentador sem querer ser apresentador, mostrava os lugares, as pessoas, as coisas como são. Durou cinco anos. Queremos ir para um canal especializado em viagens, vamos ver como vai ficar.

Poderia virar um podcast talvez. A onda de podcasts não pegou você? Não pegou, não pensei nisso. Mas é uma ideia boa, quem sabe?

Algumas entrevistas que você já leu no POP FANTASMA:
Edgard Scandurra
– Dado Villa-Lobos e Marcelo Bonfá
– Naomo Yamano (Shonen Knife)
– Marco Polo (Ave Sangria)
– Andy Cairns (Therapy?)

Cultura Pop

Quando Suicide gravou… “Born in the USA”, do Bruce Springsteen

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Quando Suicide gravou... "Born in the USA", do Bruce Springsteen

A way of life, disco de 1988 da dupla de música eletrônica Suicide, é tido como um disco, er, acessível. Acessível à moda de Martin Rev e Alan Vega, claro. O disco pelo menos podia ser colocado tranquilamente na prateleira dos artífices da darkwave e era bem mais audível do que o comum de um grupo que havia lançado a assustadora Frankie teardrop. O disco era produzido por Ric Ocasek, líder dos Cars (que já havia produzido o segundo disco deles, de 1981, Alan Vega/Martin Rev), e tinha até uma eletro-valsinha, Surrender, além de um estiloso misto de rockabilly e synthpop, Jukebox baby 96.

O que ninguém esperava era que a dupla tivesse feito nessa mesma época uma estranhíssima versão de… Born in the USA, de Bruce Springsteen. A faixa surge numa versão ao vivo, gravada num show de Vega e Rev em 1988, em Paris. A dupla nem sequer disfarçou que a ideia era fazer uma versão bem lascada – saca só o sintetizadorzinho da música, e a referência a músicas como Lucille, de Little Richard, e o tema When the saints go marching in, logo na abertura. A “versão” da faixa resume-se a quase nada além do título da canção. Parece um karaokê do demo (e é).

A versão poderia ser uma bela pirataria, mas vira oficial nesse mês: vai aparecer em uma reedição de A way of life, prevista para o dia 26. A edição de luxo estará disponível em vinil azul transparente com Born in the USA e em CD com quatro faixas bônus, além do formato digital. O material extra inclui versões ao vivo de Devastation e Cheree, bem como uma versão inicial de estúdio de Dominic Christ. O pesquisador Jared Artaud encontrou as faixas enquanto trabalhava no arquivo de Vega, após a morte do cantor em 2016.

Quando Suicide gravou... "Born in the USA", do Bruce Springsteen

E se você não sabia, vai aí a surpresa: Springsteen tá bem longe de ser um sujeito que diria “what?” ao ser informado da existência do Suicide. Pelo contrário: era fã da dupla e costumava dizer que a estreia do Suicide, o disco epônimo de 1977, era “um dos discos mais sensacionais que já ouvi”. Em 1980, o cantor esteve com a dupla e Vega descobriu que Springsteen era seu fã – e se surpreendeu.

“Ele estava gravando o disco The river (1980) e nós estávamos gravando nosso segundo álbum em Nova York. Então tivemos uma reunião de audição do nosso álbum. Havia três ou quatro figurões da nossa gravadora, e Bruce também estava lá. Depois que tocamos o álbum, houve um silêncio mortal… exceto por Bruce, que disse, ‘Isso foi ótimo pra caralho.’ Ele fazia questão de nos dizer o quanto nos amava”, contou em 2014 ao New York Post.

Mais: um texto do site Treblezine, a partir de audições da obra de Bruce e de entrevistas do Suicide, descobre: a dupla influenciou muito o sombrio disco Nebraska, tido como o “primeiro disco solo” (sem a E Street Band) de  Springsteen (1982), basicamente um disco sobre crise, desemprego e gente à beira do desespero pela falta de oportunidades. Houve uma versão elétrica e pesada de Nebraska, mas Bruce quis lançar o disco acústico, de voz, violão e registros crus, e que de fato lembram o clima esparso do Suicide do primeiro disco.

Na dúvida, ouça State trooper, cujos uivos lembram bastante os gritos (sem aviso prévio) de Frankie teardrop. “Lembro-me de entrar na minha gravadora logo após o lançamento do meu disco”, disse Vega depois de ouvir State trooper pela primeira vez. “Eu pensei que era um dos meus álbuns que eu tinha esquecido. Mas era Bruce!”

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Cultura Pop

No podcast do Pop Fantasma, a fase de transição do Metallica

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No podcast do Pop Fantasma, a fase de transição do Metallica

A morte do baixista Cliff Burton, em 27 de setembro de 1986, desorientou muito o Metallica. Além do que aconteceu, teve a maneira como aconteceu: a banda dormia no ônibus de turnê, sofreu um acidente que assustou todo mundo, e quando o trio restante saiu do veículo, só restou encarar a realidade. A partir daquele momento, estavam não apenas sem o baixista, como também estavam sem o amigo Cliff, sem o cara que mais havia influenciado James Hetfield, Lars Ulrich e Kirk Hammett musicalmente, e sem a configuração que havia feito de Master of puppets (1986) o disco mais bem sucedido do grupo até então.

Hoje no Pop Fantasma Documento, a gente dá uma olhada em como ficou a vida do Metallica (banda que, você deve saber, está lançando disco novo, 72 seasons) num período em que o grupo foi do céu ao inferno em pouco tempo. O Metallica já era considerado uma banda de tamanho BEM grande (embora ainda não fosse o grupo multiplatinado e poderoso dos anos 1990) e, justamente por causa disso, teve que passar por cima dos problemas o mais rápido possível. E sobreviver, ainda que à custa justamente da estabilidade emocional de Jason Newsted, o substituto do insubstituível Cliff Burton…

Nomes novos que recomendamos e que complementam o podcast: Skull Koraptor e Manger Cadavre?

Estamos no Castbox, no Mixcloud, no Spotify, no Deezer e no Google Podcasts.

Edição, roteiro, narração, pesquisa: Ricardo Schott. Identidade visual: Aline Haluch. Trilha sonora: Leandro Souto Maior. Estamos aqui toda sexta-feira!

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Destaque

Dan Spitz: metaleiro relojoeiro

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Se você acompanha apenas superficialmente a carreira da banda de thrash metal Anthrax e sentia falta do guitarrista Dan Spitz, um dos fundadores, ele vai bem. O músico largou a banda em 1995, pouco antes do sétimo disco da banda, Stomp 442, lançado naquele ano. Voltaria depois, entre 2005 e 2007, mas entre as idas e as vindas, o guitarrista arrumou uma tarefa bem distante da música para fazer: ele se tornou relojoeiro (!).

A vida de Dan mudou bastante depois que o músico teve filhos em 1995, e começou a se questionar se queria mesmo aquela vida na estrada. “Fazíamos um álbum e fazíamos turnês por anos seguidos, e então começávamos o ciclo de novo – o tempo em casa não existia. É uma história que você vê em toda parte: tudo virou algo mundano e mais parecido com um trabalho. Eu precisava de uma pausa”, contou Spitz ao site Hodinkee.

>>> Veja também no POP FANTASMA: Rockpop: rock (do metal ao punk) na TV alemã

Na época, lembrou-se da infância, quando ficava sentado com seu avô, relojoeiro, desmontando relógios Patek Philippe, daqueles cheios de pecinhas, molas e motores. “Minha habilidade mecânica vem de minha formação não tradicional. Meu quarto parecia uma pequena estação da NASA crescendo – toneladas de coisas. Eu estava sempre construindo e desmontando coisas durante toda a minha vida. Eu sou um solucionador de problemas no que diz respeito a coisas mecânicas e eletrônicas”, recordou no tal papo.

Spitz acabou no Programa de Treinamento e Educação de Relojoeiros da Suíça, o WOSTEP, onde basicamente passou a não fazer mais nada a não ser mexer em relógios horrivelmente difíceis o dia inteiro, aprender novas técnicas e tentar alcançar os alunos mais rápidos e mais ágeis da instituição.

>>> Veja também no POP FANTASMA: Discos de 1991 #9: “Metallica”, Metallica

A música ainda estava no horizonte. Tanto que, trabalhando como relojoeiro em Genebra, pensou em largar tudo ao receber um telefonema do amigo Dave Mustaine (Megadeth) dizendo para ele esquecer aquela história e voltar para a música. Olhou para o lado e viu seu colega de bancada trabalhando num relógio super complexo e ouvindo Slayer.

O músico acha que existe uma correlação entre música e relojoaria. “Aprender a tocar uma guitarra de heavy metal é uma habilidade sem fim. É doloroso aprender. É isso que é legal. O mesmo para a relojoaria – é uma habilidade interminável de aprender”, conta ele. “Você tem que ser um artista para ser o melhor – seja na relojoaria ou na música. Você precisa fazer isso por amor”.

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