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Urgente!: Jesse Welles e o folk viral; Eliminadorzinho invade SP de terno e gravata

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Urgente!: Jesse Welles e o folk viral; Eliminadorzinho invade SP de terno e gravata

O periódico musical britânico New Musical Express ficou recentemente frente a frente com um dos artistas mais instigantes dos últimos tempos: Jesse Welles, um rapaz norte-americano de 30 anos, saído do Arkansas, é uma espécie de herói folk do TikTok. Um jovem músico fã de artistas como Bob Dylan, Creedence Clearwater Revival e Grateful Dead que se tornou célebre pelo hábito de usar a rede de vídeos para “cantar as notícias”. E como assim?

“Sou eu mesmo tentando dar sentido a tudo isso”, diz ao NME Jesse, que viu sua vida mudar depois que o pai sofreu um ataque cardíaco. O susto trouxe uma nova urgência à sua arte. O músico começou a usar o TikTok para transformar manchetes em canções curtas, misturando poesia crua com crítica social. “Se os músicos dos anos 30, 40 e 50 tiveram que depender de uma (pistola) 45 para lançar seus discos, minha 45 era o rolo de 90 segundos”, diz.

Welles não é um estreante: já teve outros codinomes, gravou discos, integrou bandas, passou por gravadoras – e volta e meia é acusado por detratores de ser um artista “de Inteligência Artificial”, que usa a IA para transformar o que lê nos jornais em versos. Acusações a parte, diz ter se reencontrado quando desistiu de “ser alguém” e decidiu apenas… ser. “Percebi que não preciso ser ninguém além do que eu quero ser”, afirmou. Uma das raras músicas desbragadamente políticas de seu novo disco, Middle, lançado em fevereiro, é Horses, cujo refrão fala em “amar todas as pessoas que você passou a odiar”.

“O mais provável é que o caminho seja pelo meio. Se eu decidi que esse é o caminho mais honesto, bem, o bálsamo que você terá que aplicar é o amor, para não perder a cabeça por lá, ou não cair na tentação de se juntar a uma tribo”, disse ele, que aproveitou para lançar junto de Middle um álbum de três horas (!), Under the powerlines, cujas faixas têm títulos datados e servem como uma espécie de diário.

No tal papo com o NME, Jesse faz questão de falar que suas músicas não fazem comentário político comum, como um colunista ou um militante faria. “Estou tentando encontrar uma linha mestra que seja honesta”, conta. E lá pelas tantas, completa: “Mais do que uma tradição norte-americana, acho que é uma tradição humana: escrever e encontrar a verdade, extraí-la do nada”.

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Já a banda paulista Eliminadorzinho anuncia seu segundo disco, previsto para o segundo semestre, pela Cavaca Records. O trio – Gabri Eliott (voz e guitarra), João Haddad (voz e baixo) e Tiago Schützer (voz e bateria) – apresentou hoje o novo trabalho com o single A cidade é uma selva. Uma música urgente como o bom rock brasileiro sempre foi, e que já chega com clipe.

Gravado na Avenida Faria Lima, em São Paulo, o vídeo mostra a banda vestida como executivos do mercado financeiro – os “Faria Limers”. A sátira é direta: terno, gravata, calor (era o dia mais quente do verão paulistano), sorrisos forçados e passos apressados. Só que… Gabri aparece usando uma máscara de inseto. E o músico diz que notou olhares de nojo nas pessoas. “Foi divertido atrair esse desgosto de uma forma mais leve e engraçada, provocando nas pessoas a reação que cantamos na música”, contou.

A provocação faz parte do DNA da banda, que desde o primeiro disco vem cruzando energia punk com senso de humor ácido. Ao que tudo indica, o novo álbum deve seguir nessa toada – crítica urbana, sarcasmo e barulho bem posicionado. Vamos acompanhar.

Texto: Ricardo Schott
Foto: Reprodução YouTube

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Lançamentos

Radar: Mateus Aleluia, Bonsai, Jonabug, Sudano, Noite Suite e outros novos sons

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Radar: Mateus Aleluia, Bonsai, Jonabug, Sudano, Noite Suite e outros novos sons

Fazendo a lista de sons nacionais do nosso Radar de hoje, deparamos com a diversidade da nova música que está sendo produzida no Brasil atualmente – tanto por gente muito experiente (olha o Mateus Aleluia encabeçando a lista de hoje!) quanto por bandas bem recentes (Noite Suite, Nuna, Jonabug) e artistas solos ligados em sons de todos os tempos (Zaina Woz, Sudano, Bonsai), além de uma banda que já soma duas décadas de ralação (o Pátria Celeste). É assim, unindo gerações e propostas musicais, que seguimos hoje. Dá play aí! (Foto Mateus Aleluia: Vinícius Xavier / Divulgação).

Texto: Ricardo Schott

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MATEUS ALELUIA, “NO AMOR NÃO MANDO”. Tarefa impossível: escutar o novo disco de Mateus Aleluia — um dos fundadores do grupo vocal Os Tincoãs — sem se emocionar profundamente. Intitulado simplesmente Mateus Aleluia, o álbum mergulha em faixas longas que soam como verdadeiras suítes da mata, da introspecção, da negritude e da espiritualidade individual. Os versos são tocantes: “eu não sou rebelde ao ensino que o amor me dá”, “quando o amor me manda eu sigo e vou / de caravela ou carro de boi, jegue ou teco teco / sigo o amor”.

Ambos os versos estão em No amor não mando, canção de nove minutos conduzida por violão, sopros, coral, acordeom e uma declamação de Mateus que define “a sonoridade do amor”. “Não está dentro de nós, está em nós (…). O amor nos rege, não sejamos rebeldes. Para nossa continuidade, entreguemo-nos sem pestanejar. O amor nos manda”. Ouça em volume máximo.

BONSAI, “ESPORTE DE CONTATO”. Para quem acredita que a vida se resume à internet, o rapper paulistano Bonsai tem algo a dizer. Esporte de contato, faixa do álbum Sorte ou revés, aborda o cotidiano nas ruas como uma vivência fundamental — dica nossa: não só para quem faz rap, mas para qualquer artista, e também para quem faz jornalismo. A base é soul-jazz: metais, baixo e bateria leve criam um clima quase relaxante, que contrasta com o tema e dá vontade de sair e encarar os “esportes de contato” da vida real.

JONABUG, “LOOK AT ME”. Direto do interior de São Paulo, mais exatamente da cidade de Marília, chega um sinal bonito e levemente fantasmagórico: Look at me, novo single da Jonabug, agora em formação de trio. É o anúncio do que vem aí — um disco cheio, o primeiro, que atenderá pelo nome de Três tigres tristes. O som mistura indie rock, shoegaze e um pouco da névoa das guitarras noventistas. As letras vão de um idioma ao outro, português e inglês, mas aqui o inglês é quem fala mais alto. Já o clipe da faixa, em preto e branco, foi gravado de forma totalmente independente na antiga estação ferroviária da cidade — hoje espaço cultural — com uma handycam e a ajuda do amigo Thales Leite.

SUDANO, “PRAZER, NB”. “A vida não é e nunca foi preto e branco / eu venho mostrar que as cores vêm pra ficar”, afirma Igor Sudano, 32 anos, cantor, compositor e bodypiercer de Niterói (RJ). Seu novo single fala sobre como a sociedade tenta apagar e silenciar a fala de pessoas não-binárias (daí o “NB” do título). “Acho que a letra fala por si só. Coloquei para fora tudo que uma pessoa não binária sente e passa desde jovem, quando se vê em um mundo que não a reconhece como uma pessoa real”, conta. O som tem pegada de emocore, e a letra é direta e literal como no punk.

NOITE SUITE, “OUTRAS PESSOAS”. Clima musical líquido e psicodélico, com um groove lento e uma sonoridade que parece prestes a derreter no ouvido. Assim é o som do Noite Suite, projeto musical baiano formado por Bianca Gonzalez (guitarra, voz e sintetizadores), Paulo Tiano (bateria e produção), João Sarno (baixo e guitarra) e Yan Franco (guitarra, voz e sintetizadores). O novo single, Outras pessoas, é uma faixa surrealista, herdeira do dream pop e da chillwave.

NUNA, “VELHA JAQUETA”. Entre a new wave oitentista e o emocore, essa banda paulista (que já se chamou Sem Meia) volta explorando o universo do pop-punk em seu novo single, Velha jaqueta. Tadeu Patolla, ex-produtor do Charlie Brown Jr, cuidou do som, e Rodrigo Psy dirigiu o clipe, gravado em três locações diferentes de São Paulo, e que mostra visualmente as diferentes fases mostradas na letra da música – que fala sobre seguir em frente. A cantora Manu Fair brilha nos vocais com carisma e intensidade.

PÁTRIA CELESTE, “JOHNNY J”. Essa banda de Caçapava (SP) voltou cinco anos no tempo e resgatou uma faixa do álbum Roda dos excluídos (2020) para lançar em videoclipe. E fez bonito: o vídeo é uma animação assinada por Leandro Franco (Garotos Podres, Supla, Inocentes, Autoramas), que mostra a banda e o personagem da música interagindo com programas históricos de TV e desenhos animados. “A música trata sobre as divertidas e controversas influências que as gerações de 1970 / 1980 sofreram pela TV”, diz o grupo. Se você se identificar com o protagonista do clipe, cuidado: o final pode surpreender (ou assustar).

ZAINA WOZ, “SUCESSO SEXUAL”. Composta por Leo Jaime e Leandro Verdeal e eternizada por Angela Ro Ro, Sucesso sexual ganhou nova vida na voz de Zaina, que a lançou como single e clipe — e também a incluiu em seu álbum de estreia, Zaina Woz – { Vol. 01 }, previsto para julho. A produção é dividida entre Zaina e Arthur Kunz (Marina Lima, Os Amantes), e o clipe, gravado no Museu do Sintetizador, em São Paulo, é um aceno perfeito à era tecnopop da música brasileira.

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Lançamentos

Urgente!: Stereolab na bossa psicodélica, Turnstile no emo ambient, Forth Wanderers de volta (?)

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Urgente!: Stereolab na bossa psicodélica, Turnstile no emo ambient, Forth Wanderers de volta (?)

Nesta sexta (23), finalmente o mundo vai conhecer o novo disco do Stereolab – que, a julgar pelos singles lançados até agora, promete ser fantástico (mas a gente sempre pode se enganar… eu mesmo apostei no novo do Arcade Fire). Instant holograms on metal film, décimo-primeiro álbum da banda, é o primeiro desde 2010, tem quase uma hora de duração, será lançado em vinil duplo e ganhará uma turnê de divulgação que passa pela Europa, América do Norte e Reino Unido até dezembro.

Entre os convidados estão Cooper Crain e Rob Frye (do Bitchin Bajas), Ben LaMar Gay (músico, compositor e folclorista de Chicago) e a multi-instrumentista Marie Merlet. As gravações ficaram por conta da dupla Tim Gane e Lætitia Sadier, junto com os músicos de turnê: Andy Ramsay (bateria), Joe Watson (teclados) e Xavi Muñoz (baixo). Um último vislumbre de Instant holograms on metal film saiu nesta terça (20): é o single Transmuted matter, bossinha psicodélica de respeito, que ganhou um visualiser mais lisérgico ainda. Para ver (e ouvir) estrelas.

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Um disco que já tá cheio de assunto é o quarto álbum da banda norte-americana Turnstile, Never enough, que sai dia 6 de junho pela Roadrunner. Para começar, Never enough não é só um disco — é um álbum visual, que será lançado mundialmente durante o Festival de Cinema de Tribeca, entre 4 e 15 de junho. A direção do filme ficou por conta do vocalista Brendan Yates e do guitarrista Pat McCrory, e ele reúne as 14 faixas do álbum em uma imersão audiovisual contínua — ou seja, se você assistiu aos clipes lançados até agora, já teve pequenos encontros com o filme.

E o som? Surfando na boa maré das bandas emo e mergulhando de vez nos conceitos artísticos, o Turnstile dá passos firmes em direção a paisagens mais ambient — uma tendência que já vinha de antes, mas que agora se consolida. Nesta terça (20), saiu mais um fragmento do novo trabalho: Look out for me, uma faixa de quase sete minutos, com clima de pós-rock, videoclipe misterioso e dinâmico, e versos que doem, como “agora meu coração está por um fio” e “estamos numa fila para desaparecer / é injusto, injusto, injusto”.

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Sumidos da Silva desde 2018, os Forth Wanderers reapareceram do nada com To know me / To love me, single novíssimo que caiu de surpresa no Bandcamp da banda, e foi lançado por sua última gravadora, Sub Pop. O grupo indie de Nova Jersey, que não lançava nada desde seu segundo disco (o auto-intitulado Forth Wanderers, de 2014), nunca anunciou um fim oficial — só um hiato, um cancelamento de turnê e um texto forte da vocalista Ava Trilling na saudosa revista Vice, sobre crises de pânico na estrada.

Agora, a coisa pode estar esquentando de novo: o Instagram do grupo foi reativado com o anúncio da faixa nova. E embora o perfil também tenha sido usado recentemente (no fim de abril) pra anunciar uma edição comemorativa em vinil branco do disco de 2014, o noise rock de To know me / To love me parece que não é só nostalgia…

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O selo Cavaca Records arma noite com shows de City Mall, Caco/Concha e Lorena Moura no dia 29 de maio, na Casa Rockambole, em São Paulo. O evento marca a estreia da nova identidade visual do selo, criada por Bruno Faiotto, e a campanha Ouro da música brasileira.

Na noite, também rolam DJ sets de Eliminadorzinho e do próprio Faiotto. A noite celebra lançamentos recentes, músicas inéditas e a fase atual do selo fundado por Cainan Willy e Yasmin Kalaf. Vale citar que Caco/Concha e City Mall já andaram aparecendo aqui no Pop Fantasma. Ingressos aqui.

Texto: Ricardo Schott

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Radar: A Mosca, Megachoir, $upply e outros sons do Groover

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Radar: A Mosca, Megachoir, $upply e outros sons do Groover

O Pop Fantasma tá no Groover! Por lá, artistas independentes mandam seus sons pra uma rede de curadores – e a gente faz parte desse time. O que tem chegado até nós? De tudo um pouco, mas, curiosamente (ou nem tanto), uma leva forte de bandas e projetos mergulhados no pós-punk, darkwave, eletrônico, punk, experimental, no wave e afins. Aqui embaixo, separamos alguns nomes que já passaram pelo nosso filtro e ganharam espaço no site. Dá o play, adiciona na sua playlist e vem descobrir coisa nova! (foto A Mosca: Divulgação).

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A MOSCA, “32 PORCOS”. Um grupo português que se define como “jazz-rock-eletrónico experimental”, e cujo single novo, A mosca (por enquanto apenas no Bandcamp) faz uma crítica ao capitalismo predatório e ao clima de cobra-comendo-cobra dos dias de hoje. “Querem comer a alma à cidade / e nem lavam as mãos / que porcos!”, afirma o A Mosca, em meio a uma base de guitarra, baixo, bateria e efeitos de teclado, tudo desabando.

MEGACHOIR, “NOT REVENGE”. “Viver bem não é uma vingança”, declara Erik Shveima em voz grave e teatral, no comando desse projeto de música industrial e eletrônica. O Megachoir, afirmam eles, “desceu recentemente a essa era de capitalismo de cérebro reptiliano” e disponibilizou seu som para todas as playlists, em todas as plataformas. Violência sonora das boas.

$UPPLY, “THE SAINT MARCH”. Com um som que parte do grunge e se espalha por influências de pós-punk, hip hop, jazz e até música clássica, o $upply chega com um som denso e emocional. Em The saint march, baixo marcante e clima sombrio anunciam o disco Welcome to Wasteland. A banda se define como “nascida da rebelião, da emoção crua e da introspecção” — e soa exatamente assim.

ME & MELANCHOLY, “NAIVE”. Projeto musical sueco influenciado tanto por Depeche Mode quanto por Radiohead, o Me & Melancholy (criado e liderado pelo compositor Peter Ehrling) lançiu recentemente o disco Open your eyes. O single Naive une sons eletrônicos e atmosfera sombria, com versos inconclusivos na letra.

THE NEW BORN YEARS, “BANGLADESH”. Uma banda norte-americana que deve tanto a Sparks quanto a Residents e Negativland, e que gravou discos absolutamente secretos e/ou sigilosos entre 2008 e 2013. Agora, com o catálogo chegando às plataformas, eles resgatam a faixa Bangladesh, um mergulho nas suas experimentações surrealistas.

MUELLERCRAFT, “AFTER THE FALL”. Prestando homenagem a discos como Tommy, do Who, e 2112, do Rush, o Muellercraft (projeto musical do norte-americano Jay Nelson Mueller) lançou a ópera-rock Dystopia 31, uma ficção científica que fala sobre clonagem, despotismo e revolta. Atenção aos belos synths dessa faixa, uma das melhores do álbum.

LOVE GHOST feat JAZZ MOON, “JUST ANOTHER SUNDAY”. O Love Ghost, dos EUA, uniu forças com a cantora austríaca Jazz Moon para criar uma balada shoegaze com pegada folk. Guitarras atmosféricas e uma melodia suave embalam a letra, que trata da solidão que persiste mesmo em relacionamentos a dois.

DUPLEXITY, “WAVELESS TIDE”. A dupla de irmãos que comanda o Duplexity volta ao Pop Fantasma com Waveless tide, uma pancada sonora que junta riffs do nu-metal com quebras rítmicas do pós-hardcore. Intenso e explosivo, o som parece pronto para colidir com qualquer calmaria.

JOHN CONSALVO, “IMY”. O norte-americano John Consalvo transforma a saudade em canção com IMY — sigla para “I miss you”. A faixa é um folk rock com cara de hit, daqueles que grudam na cabeça e fazem a gente se perguntar: por que isso não está tocando no rádio (que rádio?).

ZIRCON SKYEBAND, “ELVIS LIVES ON THE MOON”. Banda da casa no selo Zircon Skye, a Zircon Skyeband é formada por uma “constelação de músicos” com fixação pelo espaço. Em Elvis lives on the moon, eles embarcam num soul-country psicodélico e levam o espírito do Rei do Rock para dançar na gravidade zero

 

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