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Notícias

Mulher-robô conta piada em programa de TV

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Mulher-robô conta piada em programa de TV
“- Que queijo pode ser usado para convencer um urso a descer de uma árvore?
– Não sei, qual?
– Camembert (“come on, bear”, enfim)
– Rarará”

Essa piadola – de fazer inveja aos melhores momentos dos diálogos de José Simão e Ricardo Boechat – foi contada pela robô humanoide Sophia na última quarta (21) durante sua ida ao programa Good Morning Britain. Entrevistada por Piers Morgan e Susanna Reid, ela… bom, o robô desenvolvido pelo especialista em robótica David Hanson (focadíssimo em criar robôs que realmente interajam com as pessoas e deem certa impressão de se identificarem e se preocuparem com elas) mostrou que tem mais presença de espírito, educação e respostas interessantes que boa parte dos entrevistados de hoje em dia. Olha aí.

Se você não entende nada de inglês (e nem ao menos o sotaque britânico), tem legendas automáticas. Agora ficou ruim até para os jornalistas de fofoca: Sophia responde até sobre o tipo de homem-robô que procura para um relacionamento – apesar de dizer que tem “só um ano de vida” e ainda é “muito jovem para se preocupar com um romance”. Seja você de carne e osso ou não, se quiser se candidatar, ela procura homens (ou não) “super honestos, compassivos, super gênios”. Também diz que amou o sotaque britânico.

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Crítica

Os melhores discos de 2024 que a gente ouviu em novembro

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Os melhores discos de 2024 que a gente ouviu em novembro

Demoramos um pouco, mas tá no ar a listinha dos melhores discos de 2024 que ouvimos em novembro. Estamos fazendo uma lista mensal desde julho (essa é a de julho, essa a de agosto, essa a de setembro, essa a de outubro, e essa, a inaugural, é a de melhores discos do primeiro semestre de 2024). A nota 10 foi para uma novidade (a banda ruidosa Julie), para um veterano da mistura de hip hop com rock (Planet Hemp, em disco ao vivo) e para um cara que já tem certa estrada no hip hop e na construção de paisagens sonoras e histórias de arrepiar (Tyler The Creator). Leia tudo, ouça tudo, repasse.

TURMA DA NOTA 8
Abril Belga, Metrô hi-fi
Alvaro Lancellotti, Arruda, alfazema e guiné
Anastasia Coope, Darning woman
Bodega, Brand on the run
Dora Morelenbaum, Pique
Duda Fortuna, Dual
Friedberg, Hardcore workout queen
Katie Gavin, What a relief
Linkin Park, From zero
Madre, Vazio obsceno
Maria Beraldo, Colinho
Molchat Doma, Belaya polosa
Quito Ribeiro, Umguerrê
S.E.I.S.M.I.C, S.E.I.S.M.I.C.
Suki Waterhouse, Memoir of a sparklemuffin
Tamar Berk, Good times for a change
Tássia Reis, Topo da minha cabeça

TURMA DA NOTA 8,5
Cloud Nothings, Here and nowhere else (10th anniversary)
Dani Bessa, Hiperdrama
Dolores Forever, It’s nothing
Hayden Thorpe, Ness
Man/Woman/Chainsaw, Eazy peazy (EP)
Porridge Radio, Clouds in the sky they will always be there for me
Primal Scream, Come ahead
Sue, Quando vc volta?

TURMA DA NOTA 9
Batata Boy, MAGICLEOMIXTAPE (quando vê, já foi)
Dale Crover, Glossolalia
The Cure, Songs of a lost world
George Harrison, Living in the material world – 50th anniversary edition
The Hard Quartet, The Hard Quartet
Kim Deal, Nobody loves you more
Jerry Cantrell, I want blood
Laura Marling, Patterns in repeat
Leon Bridges, Leon
Luiz Amargo, Amor de mula
Michelle, Songs about you specifically
Oruã, Passe
Peter Perrett, The cleansing
Tess Parks, Pomegranate
Zé Manoel, Coral

TURMA DA NOTA 10!
Julie, My anti-aircraft friend
Planet Hemp, Baseado em fatos reais: 30 anos de fumaça
Tyler The Creator, Chromakopia

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Lançamentos

Eel Men: reapresentando o punk rock (e o pós-punk) com “Exeter exit”

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Eel Men: reapresentando o punk rock (e o pós-punk) com "Exeter exit"

Algo me diz que, se estivéssemos lá por 2001, ou 2002, os Eel Men já estaria contratados por uma gravadora grande – a estética punk dessa banda, que parece o tempo todo homenagear bandas como Buzzcocks e Gang Of Four, tem tudo a ver com uma certa confluência entre anos 1970 e 2000 que se abriu nessa época. Esse grupo do Norte de Londres abriu atividades em 2021, já gravou um punhado de singles e um EP “ao vivo no estúdio”, e divulga agora o single Exeter exit.

A nova música dessa banda abre com uma certa cara de Roxanne, do The Police, ou de London calling, do Clash, graças à guitarra em clima quase ska. Só que o que vem em seguida é uma mescla do pós-punk de bandas como Gang Of Four com (de fato) o ataque selvagem do Clash, até mesmo nos vocais e no sotaque londrino. De modo geral soa como uma daquelas bandas punk do fim dos anos 1970 que não quiseram de jeito nenhum ser chamadas de new wave, ou algo do tipo.

O repertório dos Eel Men (que é formado por Jimmy nos vocais e guitarra, Rory na guitarra solo, Alec no baixo e Matt na bateria) inclui ainda outras músicas tão boas quanto Exeter exit, como Pink ones, a levemente sessentista Archetype (que tem uma inexplicável batida meio samba-punk-rock), a mod West green pirate e a dançante Are you there god it’s me, esta funcionando como um relógio rítmico. O grupo já fez uma extensa turnê pela Europa, com shows que foram “de festivais familiares a ex-quartéis-generais da Gestapo transformados em squats anarquistas”, e prepara seu primeiro álbum para fevereiro de 2025. Ouça Eel Men em alto volume aí embaixo.

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Lançamentos

Sara Diana: voz forte e madura aos 18 anos, em EP e single

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Sara Diana: voz forte e madura aos 18 anos, em EP e single

Com apenas 18 anos, Sara Diana (que vem de Miami, Flórida) tem uma voz bastante madura – fica claro na audição de seu EP Can’t be fazed, definido por ela mesma como um disco sobre sobrevivência. “Todo o conceito de não ficar ‘perturbada’ é sentir como se nada mais pudesse machucar você. Tenho certeza de que muitas pessoas já passaram por um momento na vida em que sentem que estão lidando com tanta coisa que não conseguem mais se abalar. Então, esse projeto é simplesmente isso”, diz ela.

O repertório do disco traz influências evidentes de Bilie Eilish e Lana Del Rey, mas com uma musicalidade herdada de heavy metal e nu-metal lá no fundo – aparecendo inclusive em alguns arranjos e composições do EPzinho. All up in my head, música escolhida por ela para apresentar o disco no Groover, tem muito disso: um tom mais clássico e até jazzístico dado pelas influências de novas cantoras como Lana, mas algo mais roqueiro que transparece em alguns momentos – e que retorna ao longo do EP, em músicas como a faixa-título. O texto de apresentação faz questão de mostrar que o disco lida com temas como “amor, crescimento, sobrevivência, invencibilidade e autodescoberta”.

Conheça All up in my head abaixo.

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