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Vai rolar David Bowie no Canal Bis neste sábado (7)

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Vai rolar David Bowie no Canal Bis neste sábado (7)

Anota na agenda aí: sábado (7) tem David Bowie no Canal Bis. David Bowie: five years in the making of an icon foi dirigido por Francis Whately, passa às 21h30 na faixa Arquivo Musical e fala dos cinco anos iniciais da construção do mito Bowie. Uma época que levou até o clássico The rise and fall of Ziggy Stardust and the Spiders From Mars (1972).

Whately também foi o responsável por The last five yearsdavid bowie, five years, canal bis, lançado pela BBC no ano passado e que cobre o desaparecimento de David Bowie da mídia durante seus últimos anos – e o lançamento de The next day e Blackstar, os últimos álbuns do cantor. O diretor desenvolveu uma amizade com Bowie em seus últimos anos de vida, após entrevistar o cantor para um programa de TV que produzia. Curiosamente, ao resolver fazer o primeiro filme, diz que nem chegou a conversar com Bowie a respeito, apesar de manter contato com a assessoria do cantor e de ter acesso a material raríssimo.

“Ele sabia o que eu estava fazendo e eu continuei. Nós manteríamos contato, mas nunca falaríamos sobre o filme”, chegou a afirmar Whately aqui. “É uma coisa muito britânica, onde você nunca fala sobre o assunto em questão. Ele poderia ter, a qualquer momento, dito: ‘Eu não quero que esse cara faça isso’. E tenho certeza de que qualquer um que deu entrevista pro meu filme foi consultar David primeiro, para perguntar se estava tudo bem. Eu só posso supor que ele disse que sim, porque todos que eu abordei toparam falar”.

E Whately fuçou direitinho nos personagens ligados a Bowie: Brian Eno, Rick Wakeman, Nile Rodgers e Trevor Bolder estão entre os entrevistados. Imagens de arquivo trazem gente como Mick Ronson, guitarrista de Bowie na fase Spiders From Mars, morto em 1993. Ronson foi um dos personagens que foram saindo da vida de Bowie à medida em que a carreira dele ia mudando, e o som dele ia se tornando mais próximo do art rock. Apesar de ter tido importância enorme na elaboração de discos como The man who sold the world (1971), não recebia créditos como parceiro de Bowie.

Whately diz também que seu disco preferido de David Bowie é um que, mesmo tendo saído já em 1980, é o verdadeiro encerramento dessa fase. Scary monsters já foi definido por Bowie como “um exorcismo”- e tem Ashes to ashes, na qual ele cita o personagem Major Tom de seu primeiro hit, Space oddity. Major Tom, que na música lançada por Bowie em 1969 faz uma viagem interplanetária e perde-se no espaço, é retratado como “um junkie”. É a melhor despedida que o cantor poderia fazer à sua primeira fase – que rendeu um vício em cocaína que durou vários anos.

O clipe de Ashes to ashes, repleto de figurantes ligados à cena new romantic de Londres (todos frequentadores da boate Blitz, em Covent Garden, reduto dessa turma), é um clássico. Foi o mais caro feito até então: US$ 500 mil. E nem sequer era um short film, como aconteceu poucos anos depois com Thriller, de Michael Jackson.

Ricardo Schott é jornalista, radialista, editor e principal colaborador do POP FANTASMA.

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Frank Kozik, criador de capas de discos e pôsteres, morre aos 61

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Frank Kozik, criador de capas de discos e pôsteres, morre aos 61

Frank Kozik, um dos mais criativos artistas gráficos e criadores de capas de discos dos últimos 30 anos, morreu no sábado, de causas não-reveladas, aos 61 anos, na Califórnia. Nascido na Espanha e radicado nos Estados Unidos, filho de norte-americano e espanhola, Kozik fez artes para bandas como Queens Of The Stone Age (o primeiro disco, de 1998, epônimo), Melvins (Houdini), Offspring (Americana), e ainda criou pôsteres de turnê para Nirvana, Sonic Youth, White Stripes, Butthole Surfers e outros grupos.

“Frank era um homem maior do que ele mesmo, um ícone em cada gênero em que trabalhou”, diz uma declaração compartilhada pela esposa de Kozik, Sharon. “Ele mudou drasticamente a indústria da qual fazia parte. Ele era uma força criativa da natureza. Estamos muito além de sortudos e honrados por fazer parte de sua jornada, e ele fará falta além do que as palavras poderiam expressar”. Ele costumava atribuir muito do seu trabalho artístico ao fato de ter “um senso de humor sombrio” e a ter crescido no meio do punk rock.

Kozik começou a fazer pôsteres enquanto morava em Austin, Texas, no início dos anos 1980 e chegou a trabalhar com publicidade antes das capas de discos, Também foi dono de uma gravadora, a Man’s Ruin Records, e foi diretor criativo da Kidrobot, a empresa de brinquedos artísticos de edição limitada. Dirigiu também um clipe do Soundgarden, Pretty noose.

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E se a capa “da raquete” do disco Houses Of The Holy, do Led Zeppelin, tivesse sido feita?

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E se a capa "da raquete" do disco Houses Of The Holy, do Led Zeppelin, tivesse sido feita?

Se você ouviu o episódio mais recente do nosso podcast, o Pop Fantasma Documento, sobre o Led Zeppelin no ano de 1972 (não ouviu? tá aqui), deve lembrar que em 1972, o grupo estava elaborando o disco Houses of the holy, que acabou sendo lançado só um ano depois. E que antes daquela capa com as crianças ficar pronta, Storm Thorgerson, da empresa Hipgnosis, havia sugerido a eles uma capa “com uma quadra de tênis verde e uma raquete” – que Jimmy Page odiou.

Aparentemente essa capa rejeitada (rejeitadíssima, Page ficou p… da vida com a sugestão e mandou o designer sumir da frente dele) nunca tinha sido desenhada. Pelo menos até agora. A Aline Haluch, que faz as artes do Pop Fantasma Documento e do Acervo Pop Fantasma, fez três versões da ideia original de Storm para Houses of the holy. Mais do que uma brincadeira com a história, fica aqui como homenagem a esse designer morto em 2013, e que revolucionou as capas de discos.

“A ideia foi fazer aquelas brincadeiras das capas do Pink Floyd, como a do cara cheio de lâmpadas no disco ao vivo A momentary lapse of reason (de 1988, feita pelo mesmo Storm Thorgerson). Quis brincar com as sobreposições das redes, mas são redes de aço, aquelas de cadeia. Um pouco como se fosse um condomínio, já que tênis é um jogo da elite, cercada de proteção”, conta. “Na segunda capa, a própria raquete é de grama. E na terceira, tem um céu, meio que para brincar com a paisagem da capa do disco Atom heart mother, também do Pink Floyd (1970, com capa também de Storm)“.

A que a gente mais gostou (a do céu), ganhou a faixinha branca com o nome do disco e da banda, que vinha envolvendo a capa do LP original. 🙂

E se a capa "da raquete" do disco Houses Of The Holy, do Led Zeppelin, tivesse sido feita?

E se a capa "da raquete" do disco Houses Of The Holy, do Led Zeppelin, tivesse sido feita?

E se a capa "da raquete" do disco Houses Of The Holy, do Led Zeppelin, tivesse sido feita?

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Aquela vez em que Elifas Andreato começou a fazer capas de discos

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“Em 2009, os jornalistas Marcos Lauro e Peu Araújo entrevistaram o artista plástico Elifas Andreato para uma matéria sobre capas de discos. A ideia era falar com capistas profissionais e amadores sobre as mudanças de formato que a internet impunha – do tamanho do vinil ao thumbnail da rede mundial. Players como Spotify já existiam, mas ainda não eram populares como hoje. A matéria nunca saiu, isso acontece. Mas um trecho do material guardado está aqui em homenagem a Elifas Andreato, que nos deixou no dia 29 de março aos 76 anos. Vida eterna ao artista e sua imensa obra”.

Logo depois que Elifas morreu, o radialista, jornalista e podcaster Marcos Lauro subiu no YouTube esse bate-papo dele e de Peu com o capista. A conversa é curtinha mas cheia de detalhes a respeito de como Elifas entrou no mundo das capas de discos – ele trabalhava na editora Abril Cultural em 1970 e acabou fazendo as capas da série História da Música Popular Brasileira, com discos vendidos em bancas de jornal. O trabalho gráfico foi considerado inovador para a época, “e a ideia era interpretar cada personagem de uma maneira”, conta. Foi a partir daí que Elifas conheceu vários artistas e se envolveu com o trabalho nas capas de discos. Partiu direto para a produção de uma capa de Paulinho da Viola – a do disco Foi um rio que passou em minha vida, em 1970, mas ainda apenas usando uma foto do cantor, sem desenhos.

Confira o bate-papo aí.

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