Crítica
Ouvimos: The Twist Connection – “Concentrate, give it up, it’s too late”
RESENHA: Vindo de Portugal, The Twist Connection mistura indie dos anos 2000 com pós-punk sombrio. Soa melhor quando aposta no lado mais tenso e soturno do rock.
- Apoie a gente e mantenha nosso trabalho (site, podcast e futuros projetos) funcionando diariamente.
Com uma carreira que começou há quase dez anos, o grupo português The Twist Connection equilbra sua música entre o indie rock do começo dos anos 2000 e o clima sombrio do pós-punk oitentista, no álbum Concentrate, give it up, it’s too late. As letras são em inglês e os vocais lembram de leve os momentos mais desesperados de Ian Curtis, como nas tensas Smiling man e Crime – essa, com riff de duas notas apitando no ouvido. Já I can’t breathe now é indie chique sessentista com emanações de Roxy Music.
See if you can hang lembra o Echo and The Bunnymen do começo, com vocal parecendo um improviso poético por cima da música, e guitarra com som circular, enquanto Pulse, com clima new wave, traz os vocais da convidada Tracy Vandal. São esses os melhores lados do Twist Connection, que busca também soar como uma banda do começo dos anos 2000 em People like (com pegada Strokes), Concentrate e no garage rock Robbery. Quanto mais voltado para a face lúgubre do rock, mais o Twist Connection soa convincente e bacana. Ouça.
Texto: Ricardo Schott
Nota: 7,5
Gravadora: Lux Records.
Lançamento: 4 de abril de 2025.
- 4 discos: Joy Division e seus “the best of”
- Um tributo português a David Bowie
- Relembrando: Joy Division – Substance (1977-1980)
- Ouvimos: Swans – The beggar
- Ouvimos: Verbian – Casarder
- Ouvimos: Men I Trust – Equus caballus