Crítica

Ouvimos: Planet Opal – “Recreate patterns, release energy”

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RESENHA: Planet Opal mistura synthpop e experimentalismo kraut em faixas dançantes e sombrias, lembrando OMD, Depeche Mode e Gary Numan.

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Essa dupla italiana, que está em seu segundo disco, é tecno mas não exatamente pop. Em Recreate patterns, release energy, Leonardo De Franceschi (bateria) e Giorgio Assi (produção, sintetizadores e vocais), os dois do Planet Opal, soam como aqueles grupos do início do pós-punk e do tecnopop que eram fanáticos pelo experimentalismo do rock alemão. Ou seja: dá pra dançar, dá para definir como synthpop, mas as fronteiras são bem mais largas.

Tanto que faixas como Visioni sottovetro, Cilindrata ritmica, Fine by default, Indigo skies e Montagne a colori (o disco é cantado em italiano e inglês) são bastante interessantes para fãs das fases iniciais de bandas como Orchestral Manoeuvres In The Dark, Human League e Nine Inch Nails – ou dos discos mais ruidosos e esparsos do Depeche Mode. Georgie boy, delivery boy abre com um som que lembra um videogame antigo, e prossegue aproximando-se do som de Gary Numan, e da carreira solo de Pete Shelley (Buzzcocks).

A zoeira I’ve heard Brian Eno in the McDonald’s fridge (cuja letra se resume aos versos “ouvi Brian Eno na geladeira do McDonald’s / não sei o que ele disse, mas tem um significado para mim”) é quase um módulo dançante curto, com programações distorcidas, acid bass e beat eletrônico texturizado. Há um voo sombrio de teclados em Field of thyme, e uma vibe igualmente sombria, embora quase pós-disco e pré-house music, na faixa-título – basicamente uma colagem dançante de ruídos, samples, vozes e slaps de baixo, que soa como um programa de computador musicado.

Texto: Ricardo Schott

Nota: 8,5
Gravadora: Dischi Sotterranei
Lançamento: 9 de maio de 2025

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