Crítica

Ouvimos: Deathretro – “The art of collision”

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RESENHA: Deathretro junta pós-punk e emanações de The Cure e Gang Of Four em The art of collision, disco intenso, sombrio e cheio de boas surpresas.

O segundo álbum da banda britânica Deathretro, The art of collision, faz uma união bizarra de… Bom, nós achamos aqui no Pop Fantasma que, sem The Cure, Public Image Ltd e Wire, nada existiria no rock dos últimos anos, certo? Pois bem, elementos desses grupos surgem aqui e ali, lado a lado com emanações de Talking Heads, The Cars, The Fall e outros.

O grupo de Robert Smith dá as caras nos riffs e nos vocais de Exit point, climas tecno e funkeados brotam em Vostok 1 (essa, numa onda darkwave meio canastrona, mas sincera), Belgian limousine e Dark hoss, às vezes lembrando Gang Of Four, às vezes não. Carpet bomb herdou o baixo de Peter Hook (New Order/Joy Division), Endlands herdou o clima de bandas como Sisters Of Mercy e Bauhaus, e algo mais próximo do rock de garagem surge em Hexen tooth, Yellowhammer e Odd day off.

A colcha de retalhos pós-punk que o Deathretro costura em The art of collision funciona muito bem ao longo das dez faixas do disco. Em vários momentos, parece que múltiplas referências se cruzam dentro de uma mesma música, criando surpresas até nos (raros) pontos de imperfeição. Vale colocar no radar e ouvir com atenção.

Texto: Ricardo Schott

Nota: 8
Gravadora: Cosmic Glue
Lançamento: 28 de fevereiro de 2025.

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