Crítica
Ouvimos: Morcegula, “Caravana dos desajustados”
Com formação pouco usual – um duo de guitarra e bateria, sendo que a bateria é tocada em pé e sem uso de pratos – o Morcegula, formado por Badke (Carbona) e Rebeca Li (Pulmão Negro) faz rock de garagem e punk com referências de Ramones, Blondie, B-52s, Cramps e até Rita Lee e Mutantes.
Algo que remete ao grupo paulistano pode ser encontrado nas letras de faixas como Formiga (uma espécie de apologia às formigas, e uma das melhores letras do disco) e Ratazanagem, enquanto um cruzamento com The Hives surge em Jupiter falou. Tomo 13 é punk melódico com lembranças de Strenght to endure (Ramones) e um clima próximo das músicas de Chuck Berry aparece na abertura de R de rei.
O lado Cramps do Morcegula surge não apenas em referências musicais, como também na opção por um rock “de terror” – sempre apontando para o lado das criaturas marginais, como na faixa-título, e em músicas como Noiva cadáver e Causa mortis. Basicamente rock simples e com ganchos que remetem ao punk noturno e rueiro, destinado ao último volume.
Nota: 8,5
Gravadora: Goma Base
Lançamento: 10 de abril de 2025
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