Crítica

Ouvimos: Jotadablio, “Toda forma de adeus”

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  • Toda forma de adeus é o primeiro álbum do jornalista, compositor e produtor Jorge Wagner (que assina como Jotadablio). O disco sai após dois singles, Livro na estante e O que espero. O disco sai pelo selo 8-bics.
  • Jorge nasceu em Paracambi (RJ), vive no Rio, e organizou projetos em tributo a Raça Negra (Jeito felindie, 2012) e Belchior (Ainda somos os mesmos, 2014). O álbum tem participações de Vivian Benford e Marco Antonio Barbosa (Borealis).

Disco basicamente conceitual, tratando de despedidas, e contando uma história que vai do Mesmo de longe ao De volta, outra vez (primeira e última faixa, respectivamente), Toda forma de adeus une influências confessas de Bon Iver, Wilco e dos projetos da “família” Wilco. A novidade é que o projeto musical de Jorge Wagner também se comunica bastante com fãs dessa entidade chamada “rock brasileiro” – tem uma sonoridade, em algumas faixas, que vai fazer total sentido para quem ouve Frejat, Barão Vermelho (O que espero, a penúltima faixa, é bem isso) e Engenheiros do Hawaii (note o nome do álbum), entre outros.

Ind0 também na onda das bandas que se aventuraram a fazer indie-folk, rock agridoce e estilos parecidos no Brasil (as letras da banda goiana Violins, por exemplo, servem de referência para Mesmo de longe), o álbum traz também um certo lado brit pop em faixas como Estrelas encobertas e Sobre pertencer, palhetadas lembrando U2 em Colecionando rins. O lado mais achegado às influências do Wilco e do Bon Iver surge na estradeira Cartão de embarque, e na balada folk Cicatriz (com Vivian Benford)

Nota: 8
Gravadora: 8-bics

Foto: Reprodução da capa do álbum.

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