Crítica
Ouvimos: Cyberkills – “Dedo no cue”
RESENHA: Cyberkills lança Dedo no cue, mixtape queer pesada e hi-NRG que mistura funk, house e vibes latinas com humor e pista.
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Se você está rindo até agora com o nome da mixtape lançada pelo Cyberkills (dupla formada por Rodrigo Oliveira e Gabriel Diniz), saiba que Dedo no cue tem sacanagem e zoação queer, mas que o principal é o clima pesado e hi-NRG das faixas, que unem house music, funk, vibes latinas, psicodelia dançante e olho no olho do público que frequenta a noite.
Acostumados a trabalhos com nomes como Pabllo Vittar, Linn da Quebrada e Jup do Bairro, eles trouxeram uma espécie de mapa das pistas de dança do Brasil no novo lançamento, com produtores de todas as partes do país trabalhando nas faixas. Daí vem a electrohouse de Sunga linda (com Bia Soull), o baile funk de Pica de trem, a dance ácida de Ácido (com Golden Kong) e Bota pica, o batidão pesado de Vagabunda (com katy da Voz e as Abusadas e Jup do Bairro), a pancadaria intermitente de Cadê o L (com Kalef Castro).
Dedo no cue tem som e conceito mais pensados para as pistas (e até para a lembrança delas no dia a dia) – daí Rodrigo e Gabriel terem preferido classificá-lo como uma mixtape. Em termos de sonoridade, soa como uma grande união de funk com várias outras vertentes, o tipo de disco que pode rolar no bailão, como numa pista mais ligada às ondas trance. Vale falar que ainda rende umas risadas.
Texto: Ricardo Schott
Nota: 8
Gravadora: Independente
Lançamento: 26 de junho de 2025