Crítica

Ouvimos: Zambrotta – “Ensaio sobre a noite e o dia”

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RESENHA: Zambrotta mistura pós-emo, dream pop e guitarras 90s em Ensaio sobre a noite e o dia, disco intenso e variado, com ecos de Radiohead, Smashing Pumpkins e pós-grunge.

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Com o endereço zambrottalofi no Instagram e no Linkedin, a banda pernambucana Zambrotta também costuma ser entendida por aí como “pós-emo” – uma definição que a princípio pode causar estranhamento, mas depois de uma audição de Ensaio sobre a noite e o dia, passa imediatamente a fazer sentido.

O grupo de Adner Andrade (voz), Lucas Emanuel (Guitara e voz) e Renan (bateria e voz) tem as mesmas referências dos anos 1990 que várias bandas dos dias de hoje tem – cheguei a apostar que Smashing Pumpkins não era uma referência entre artistas novos nos dias de hoje e paguei feio a língua, porque a manha pop e a paixão por guitarraas ruidosas bate ponto em vários momentos de Ensaio sobre a noite e o dia. Além disso, o grupo une pós-punk e power pop em Nem sequer te conheço, tem algo do pós-grunge em Domingo (ou Nas minúcias da quarta) e tem o clima dramático do pós-britpop em Diva.

Saudade (NSMVCA) abre em clima dream pop e ganha peso, além de um clima quase screamo no final – e que volta depois em E eu lá sei. Já Candeias 2007, Homem cruel (Sensível demais) e a faixa-título evocam Radiohead em pequenos detalhes. Revigorar (ou Não há mais medo) encerra o álbum em tom quase mpbístico – talvez apontando para novos lados num próximo álbum.

Texto: Ricardo Schott

Nota: 8
Gravadora: Downstage
Lançamento: 4 de julho de 2025

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