Cinema

O disco progressivo-espacial de Willian Shatner

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Em 2011, William Shatner, o eterno James Kirk de Star Trek, comemorou seus 80 anos colocando todas as suas obsessões espaciais no disco Seeking Major Tom. O ator cercou-se de um time de músicos que incluía Sheryl Crow, John Wetton, Patrick Moraz, Ritchie Blackmore, Alan Parsons, Peter Frampton, Warren Haynes (Gov’T Mule), Nick Valensi (Strokes), Zakk Wylde e Mike Inez (Alice In Chains).

Essa turma ajudou o ator a encarar releituras de Hawkwind (Silver machine), Deep Purple (Space truckin’), David Bowie (Space oddity), Steve Miller Band (Space cowboy). E até os dois spin-offs da saga do Major Tom, personagem de Space Oddity, de Bowie: Major Tom (Coming home), de Peter Schilling, e Mrs. Major Tom, de KIA.

Olha aí o canto falado de Shatner.

Tem versão declamada de Bohemian rhapsody, do Queen, também.

Pega o disco todo aí.

Olha ele aí gravando Iron Man, do Black Sabbath. Zakk Wylde, guitarrista de Ozzy Osbourne, também gravou nessa música.

“Para mim, esses acordes em Iron Man são como Beethoven”, falou Shatner. “Cristo, é como bater na porta do destino. Esses acordes são o inferno. Coloquei minha voz e depois fui ao estúdio de Zakk Wylde, e o vi fazer o solo de guitarra. Percebi que o que fiz foi absurdo. Eu tive que voltar dias depois e entrar no fluxo de energia do heavy metal. Eu não tinha ideia da energia rouca, pura e crua do heavy metal. É uma coisa extraordinária”.

O disco, contou Shatner, tem todo um conceito e uma sequência, inspirados na história do Major Tom, de David Bowie. “O que aconteceu com o Major Tom quando ele saiu da cápsula? Bem, ele tem sucesso, para começar. Ele anda na lua. Ele é o Space cowboy. Ele pensa em sua esposa e nós temos Rocket man e She blinded me with science. Então, as coisas escurecem um pouco e vão para The twilight zone. Ele começa a alucinar em Learning to fly, e o fundo é Bohemian rhapsody”.

Aproveita e pega aí o primeiro disco gravado por Shatner, The transformed man (1968), que inclui textos falados, ao lado de versões declamadas para músicas como Mr. Tambourine Man (Bob Dylan), Lucy in the sky with diamonds (Beatles) e até How insensitive (Tom Jobim). “Na época, Tambourine Man e Lucy eram músicas de drogas”, acredita.

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