Crítica
Ouvimos: Velvet Grove – “For the living”
RESENHA: Velvet Grove estreia com grunge, punk, dub e psicodelia em disco direto e cheio de surpresas.
O som do Velvet Grove, trio texano, é uma ótima curiosidade. A banda carrega influências claras da era grunge — perceptíveis nos vocais, no manuseio das guitarras e até no visual —, mas em seu disco de estreia mistura tudo isso com referências bem diversas: o punk direto de Deserted, o soft rock de Best of me e o hard rock da balada Magic mother. Tem até um blues em clima de dub em Curtains closed e uma mistura de metal, punk pop e surf music em The otherside, faixa cheia de mudanças de andamento.
O design sonoro de For the living é simples e esparso. Valoriza os silêncios, evita exageros e não recorre a overdubs desnecessários. É música de trio, com um leve acento gótico — muito eco nos vocais e nas guitarras —, tudo filtrado por uma psicodelia discreta. No final do disco, a faixa-título ocupa dez minutos, operando entre o blues, o progressivo e o hard rock clássico.
Nota: 8
Gravadora: Independente
Lançamento: 2 de maio de 2025.
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