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“Velha nova era”, o livro

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Um enorme, infindável amontoado de muita coisa escrita já foi produzido na tentativa de entender o Brasil da era bolsonarista. A vitória do capitão reformado do Exército na eleição de 2018 parece ter surpreendido muita gente. A digestão dessa pílula amarga e impossível de se dourar inspirou teses, artigos, reportagens, pesquisas, textões, textinhos e tuítes. “Como?”, “Por quê?”, “De onde veio?”, perguntavam-se os articulistas.

A vitória do capitão reformado pode ter surpreendido muita gente, mas não a mim. Quem conhece o Brasil real – e eu o conheço um pouquinho – não se surpreendeu. Na verdade, meu questionamento nunca foi “Por que alguém como Bolsonaro foi eleito?” e sim “Por que demorou tanto?”

Em Velha nova era: Escritos sobre política, sociedade, internet e mídia no Brasil (2007-2019), meu primeiro e-book, que você compra aqui, eu tento traçar um painel sobre o cenário que gerou a ascensão não apenas de Bolsonaro, mas de todo um status quo essencialmente reacionário na sociedade brasileira. Todas as características do bolsonarismo já fermentavam há décadas (séculos?), mas uma série de circunstâncias recentes permitiram que um movimento real se formasse a partir desse fermento – saltando do inconsciente coletivo do povão direto para o mainstream político.

São 18 textos, incluindo pensatas, reportagens e paródias, que versam sobre a política e a sociedade brasileira nesta era de redes sociais. Praticamente todos já tinham sido publicados no meu blog, o Telhado de Vidro, à exceção do primeiro ensaio, o qual batizei, de forma meio cabotina, de O Brasil é dos bolsonaristas. Nós só vivemos nele.

(Se você não conhece o blog e gostaria de ler um trecho do artigo inédito antes de comprar o e-book, confere lá).

Enfim, é minha modesta contribuição ao amontado de muita coisa escrita sobre os estranhos dias que vivemos. É um e-book que se lê rapidinho, pois é curto e com textos (na medida do possível, dados os temas tratados) leves. Está bem baratinho: US$ 0,99. É um bom presente tanto para aquele seu primo que acabou entrar na faculdade de humanas, quanto para o seu tio que votou 17 (e a quem você quer irritar). Ou mesmo para você, que se surpreendeu com a vitória do Bolsonaro em 2018. Não foi por falta de aviso.

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(Marco Antonio Barbosa faz também o projeto musical Borealis, sobre o qual já falamos, e escreveu outros textos para o POP FANTASMA, sobre Sinéad O’Connor, Walter Franco e Pixies).

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