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Urgente!: Melvin & Inoxidáveis tocam, Rockarioca convida, Patti Smith manda recado aos fãs

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Tem seção nova no Pop Fantasma. Urgente! tá mais próxima do conceito de uma newsletter, e é mais ou menos isso. Toda semana, quase sempre na quarta de madrugada, a gente vai dar uma repassada em algumas notícias, fazer alguns comentários, soltar umas dicas e dar uma relembradas em coisas interessantes que aconteceram recentemente no universo da música. O formato é bem livre e os textos são mais ou menos curtos, com direito a atualizações se alguma coisa mudar. E hoje tem até entrevista (além de um recado imperdível no final) …

Para quem respirava música no Rio de Janeiro nos anos 1990 e 2000, o Espaço Cultural Municipal Sergio Porto era um templo. Pequeno, discreto, encravado no Humaitá (Zona Sul carioca), mas com ares de Maracanã quando o assunto era relevância. Bandas subiam ao palco, o público se acotovelava, e a sensação era sempre a mesma: ali acontecia algo especial.

“Sempre foi dos palcos mais nobres do Rio desde que me entendo por gente. A primeira vez que fui, foi com o pessoal do colégio ainda porque o irmão de um amigo tocava no Boato (banda carioca dos anos 1980/1990). Sempre tive um desejo enorme de tocar lá e toquei pouquíssimo. Vi Video Hits (banda gaúcha) num festival Humaitá pra Peixe, vi a melhor dupla da história, Cabeça e Funk Fuckers, vi Barneys e Poindexter. Magia pura”, lembra o cantor e guitarrista carioca Melvin, que nesta quinta-feira (13), às 19h, volta com sua banda Os Inoxidáveis ao Sergio Porto (Rua Visconde de Silva, ao lado do n° 292, Humaitá, Rio – R$ 40, com meia-entrada para estudantes, idosos e PCD) para apresentar o repertório do álbum de estreia da banda, Copacético.

O nome Sergio Porto anda um tanto sumido das conversas sobre a cena musical carioca – mesmo que o espaço continue ativo e abrigue shows bacanas (como o de Katia Jorgensen, que recentemente apresentou ali as canções do álbum Canções para odiar). Mas basta um mergulho nos arquivos dos grandes jornais para encontrar uma constelação de artistas que estrearam no palco do Humaitá. O lendário festival Humaitá Pra Peixe – citado por Melvin aí em cima – foi, para muitos, a porta de entrada na cena musical carioca. Para Melvin, foi mais do que isso: foi no Sergio Porto que ele fez seu milésimo show – sim, milésimo –, uma marca que virou até livro de memórias.

METAL OXIDÁVEL. Os Inoxidáveis voltam agora ao Sergio Porto, trazendo na bagagem um time de peso. Os integrantes Melvin (voz, guitarra), Fred Castro (bateria, ex-Raimundos), Marcelo de Sá (baixo) e Guga Bruno (guitarra) recebem convidados de luxo: Kassin, Badke, Marcelo Callado e Homobono – que retorna ao palco depois de um tempo imobilizado por conta de uma queda na rua. E tem mais: Os Oxidáveis, o naipe de metais da banda, entra em cena com  Gabriel Bubu (trompete, responsável pelos arranjos do disco), Felipe Magni (trompete), Lincoln (sax) e Pedro Paulo (trombone).

“Uma das coisas que sempre quis experimentar e acabei levando pro disco foi o lance de algumas músicas com naipe de metais. Inclusive tem uma instrumental, Tarmac, que é dos meus grandes orgulhos do disco, que só rola quando os metais vão”, conta Melvin.

REPERTÓRIO. A montagem do setlist foi um desafio. Melvin, na empolgação, queria colocar tudo e mais um pouco no show. “Uma vontade de fazer três shows caberem em um só”, confessa. Foi ajudado a tempo pelo experiente Fred Castro.

“Ele foi totalmente sábio e falou ‘cara, é o disco, o disco é ótimo, vamos lá defender isso, mostrar ele pras pessoas, não enche de referências e perde essa chance’”, diz Melvin, que garante: dez das onze faixas do disco estarão no setlist. “Tem umas coisas que podem acontecer na hora, desviar totalmente do roteiro, mas não tô nem pensando nisso. Estamos com o set sólido, ensaiadão, mas pelo que soube todas as participações estão levando uma ideia na manga pra passagem de som”.

MAIS ROCK NO RIO. Quinta-feira agitada na cidade. Além de Melvin, tem mais som no La Esquina, na Lapa. Das 19h30 às 23h, o evento Rockarioca Convida faz sua primeira edição de 2025, trazendo o pop-rock alternativo da Natasha Hoffman e o punk-pop do Melton Sello (sim, o nome da banda é exatamente esse aí). “Às 23h termina o evento e começa a festa de pop/reggaeton/funk do La Esquina – estão todos convidados pra esticar”, avisa a incansável turma do Rockarioca, que não descansou durante os últimos dois anos, nem pretende.

Tem mais: niteroiense radicado em São Paulo, o escritor e jornalista Pedro de Luna dá um pulinho no Rio nesta quinta para uma sessão especial de venda e autógrafos de quatro de seus livros na Audio Rebel, em Botafogo. As obras? São as biografias Eu sou assim – eu sou Speed, Planet Hemp – Mantenha o respeito, Mundo Livre S/A 40 – Do punk ao mangue e Brodagens – Gilber T e as histórias do rap e do rock carioca. “Ficarei na Audio Rebel das 17h às 22h e a entrada é franca”, avisa por zap.

POR AÍ. A banda catarinense Exclusive Os Cabides já começou a pegar a estrada para divulgar o álbum Coisas estranhas. Após um primeiro show em Florianópolis no dia 7, vão dar um tempinho e recomeçam em março, passando por Brusque (SC) no dia 8, e Cricíuma (SC), no dia 14. No primeiro fim de semana de abril, a agenda inclui dois shows no Rio (um deles no Circo Voador, ao lado de Boogarins), com direito a um pulo em Juiz de Fora (MG). Mais detalhes no insta do grupo.

RAINHA PUNK. Você já deve saber que Patti Smith anunciou uma turnê para comemorar os 50 anos de Horses, seu álbum de estreia. A tour começa em 6 de outubro, em Dublin. Mas, antes do anúncio oficial, Patti enviou na segunda-feira um vídeo exclusivo para uma turma especial: os assinantes de sua newsletter (que você conhece aqui).

“Não sei nem como explicar, mas houve um efeito dominó de coisas que minaram minha saúde. Nada de ameaçador, mas precisei descansar e me recuperar. Tudo começou com intoxicação alimentar, enxaquecas, bronquite e algumas tonturas que me fizeram ter uma queda. Mas estou bem”, disse, enfatizando: “Podem acreditar em mim”.

O vídeo foi uma forma de explicar seu sumiço para os fãs, já que Patti costuma ser bem ativa na internet. Mas ela também aproveitou para dar boas notícias: acabou de finalizar um novo livro (“meu editor está feliz, estamos cuidando de coisas como a capa, agora”) e prometeu um ano cheio de novidades para celebrar o cinquentenário de Horses, antes do anúncio da tour.

E deixou um recado essencial.

“Estamos numa época difícil, politicamente”, disse. “Talvez a época mais difícil que já vi na minha vida inteira. Mas não vou falar um monte de coisas sobre isso. Vou só dizer uma coisa, que acho que é a mais importante em tempos como esses: nós, que temos mentes semelhantes, devemos estar unidos. Temos nossa bússola moral, sabemos o que é certo. Podemos nos sentir derrotados em uma série de coisas. Mas enquanto não nos sentirmos internamente derrotados, enquanto estivermos unidos e lembrarmos quem somos e o que defendemos, superaremos isso”.

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