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Urgente!: Harmada de volta. Zaz no Brasil. Kim Gordon feroz.

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RESUMO: Banda do indie rock carioca dos anos 2000, o Harmada tá de volta com single e álbum, em nova formação. Zaz vem ao Brasil em 2026 com disco novo e turnê. Kim Gordon relança faixa de seu álbum The collective em protesto contra a agenda do governo Trump.

Texto: Ricardo Schott – Foto Harmada: Divulgação.

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Tem três lendas do rock carioca dos anos 2000 de volta: o Pic-Nic, o Moptop (cujos álbuns de retorno já foram resenhados pela gente, respectivamente, aqui e aqui) e o Harmada, que aproveitou o último Dia dos Namorados para lançar som novo, Quando você chegar. A faixa, uma balada tranquila com guitarra blues e naipe de metais, anuncia o próximo álbum, Os fugitivos, programado para agosto.

O Harmada, cujos passos foram bastante repercutidos por jornais como O Globo e sites como Scream & Yell, nunca encerrou atividades de fato: só parou de lançar coisas novas durante 14 anos. Também voltou ao palco: no dia 12 fizeram um show no Espaço Cultural Sergio Porto (Humaitá, Zona Sul carioca) com as novas músicas e o repertório do primeiro álbum, Música vulgar para corações surdos (2011).

No novo disco, que tem nove faixas, Manoel Magalhães (voz, guitarra) e Brynner Bulard (guitarra) voltam com nova formação. “Tem o Bernardo Corrêa, que tocou no Fuzzcas, no baixo, e o Rodrigo Garcia, ex-Onno e ex-Polar, na bateria. Ainda tem o Pedro Henrique Lacerda na terceira guitarra”, conta Manoel. O disco tem convidados, ainda: a banda recebe a cantora 1LUM3 na canção Destino – e na abertura da faixa Iluminar, vai rolar um poema declamado por Alice Sant’Anna.

Outro detalhe: a inspiração do disco foi o livro Os prisioneiros, de Rubem Fonseca (1963) – coletânea de contos, que se tornou um clássico da literatura crua e visceral, e foi o primeiro sucesso do escritor.

“Todas as músicas do disco novo abordam o tema ‘fuga’ e suas diversas variações. Fugir de uma cela, fugir de um relacionamento, fugir existencialmente, fugir das responsabilidades, fugir da família e desaparecer. Em relação à parte musical, temos um naipe de metais em alguns faixas, com arranjos inspirados em baladas dos anos 70, um certo toque R&B, mas o rock do primeiro disco continua salpicado aqui e ali”, diz o vocalista.

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2025 tá aí ainda, mas tem gente já planejando discos e shows de olho em 2026. Como por exemplo a cantora francesa Zaz, que traz para o Brasil sua nova turnê, em março do ano que vem – e os ingressos já estão à venda. A artista, que estourou com Je veux lá em 2010, e prepara o álbum Sains et saufs para o dia 19 de setembro, se apresenta em Porto Alegre (Auditório Araújo Viana, dia 3 de março), São Paulo (Audio Club, dia 5) e Rio (Vivo Rio, dia 7) – satisfazendo um número maior de fãs, já que na última vez em que ela esteve por aqui, em 2023, foi apenas para SP.

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Por falar em “2025 tá aí ainda”, o ano corrente acaba de ganhar seu hino, pelas mãos de ninguém menos que Kim Gordon. A ex-Sonic Youth, que esteve no Brasil recentemente fazendo um show no Cine Joia (na Popload Gig) relançou Bye bye, música de seu revolucionário álbum do ano passado, The collective – que resenhamos aqui – como Bye bye 25. E trocou a letra original por todos os termos que Trump baniu de sua agenda de governo (“gay”, “imigrante”, “saúde mental”, “Golfo do México”).

Para exibir as palavras proscritas, Kim recorreu ao mesmo método usado por Bob Dylan em seu clipe Subterranean homesick blues: escreveu todas elas em folhas de cartolina, que ela mostra para a câmera e joga no chão, no decorrer do clipe. “Se Trump diz que é contra a cultura do cancelamento, é pura ironia, porque o que ele está fazendo é literalmente cancelar a cultura”, disse a musicista. A renda da canção e de todo o merchandising oficial ligado a ela vai para a organização Noise for Now, que atua na defesa de direitos reprodutivos.

Sim, você vai querer ver o clipe um milhão de vezes.

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