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UmQuarto: psicodelia de Florianópolis (SC) em novo álbum e nova formação

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Com uma ou outra referência de blues, jazz e até de indie rock, a banda UmQuarto faz mesmo é psicodelia com ares modernos. O grupo de Florianópolis (SC) abre o novo álbum, O meio do caminho, com um tema instrumental, Enquanto o Salib não chega, seguindo com um tema lembrando uma filial mais pesada dos Mutantes e dos Byrds, O segundo instante, que fecha com conversas de estúdio.

Entre rajadas de órgão e canções viajantes e pesadas, o disco prossegue com músicas de duração extensa, como O elasmotério e a veritiginosa A epifania do pássaro azul, passando pelas reflexões de Carta para seus pais (uma música simultaneamente pós-punk e sixties, com vocais lembrando Beach Boys) e da progressiva E o que há de ser (Será o que for).

O disco veio do isolamento, como já havia acontecido na estreia Apenas (2021). Para o novo disco, banda se isolou por oito dias num sítio, em Angelina, cidade da serra catarinense. Houve mudanças na formação, que hoje inclui o fundador Mayer Soares (voz e baixo), Rafael Salib (voz e guitarra), Bezão (teclado e voz) e Rafa Nogueira (bateria e voz). A banda mudou durante o disco: houve um formato de trio que durou até a pós-produção.

“Mesmo os novos integrantes não tendo participado das gravações originais no sítio, é nítido que eles estão inseridos na criação das músicas. Apesar das tensões que cercaram a gravação do álbum, tivemos muito momentos alegres e positivos. Parte dessa energia está inserida na música O segundo instante, que contém conversas gravadas durante intervalos entre as músicas”, diz Mayer. Rafa, mesmo tendo entrado na nova leva, fez alguns vocais principais e backing vocals.

“O destino pode ser incrível, mas o meio do caminho é uma viagem interessante. Tínhamos um disco para lançar. Mas no meio do caminho, precisamos corrigir o curso para entregar um trabalho impecável. É uma transição entre o velho e o novo. Entre a antiga formação e a nova. No meio do caminho tudo acabou dando certo. Podemos dizer que só no nosso terceiro álbum que teremos o som de como nós somos de verdade. Mas esse meio do caminho é maravilhoso também”, define Mayer (foto: Manu D’Eça/Divulgação)

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