Artes
“Turn on, tune in, drop out!”: psicodelia em cinco curtas clássicos
Em 2007, o canal franco-germânico Arte resolveu reunir cinco curtas clássicos da era da psicodelia (na música e no cinema) numa série chamada Turn on, tune in, drop out! Isso rolou há dez anos e teria sido um lan08ce esquecido se alguém não tivesse resolvido gravar toda a sessão e jogado no YouTube. 🙂
Os filmes são verdadeiros clássicos. O primeiro é Be-In, de 1967, dirigido por Jerry Abrams, com música do Blue Cheer, com imagens do famoso Human Be-In, um dos marcos da contracultura nos EUA – um evento que rolou no Golden Gate Park, em San Francisco, com imagens de Allen Ginsberg, Lawrence Ferlinghetti, Timothy Leary e Grateful Dead, entre outros. Depois tem Beatles electronique, filme hipnótico feito nos Estados Unidos entre 1967 e 1969 e realizado por um pioneiro da videoarte, Nam June Paik, ao lado de Jud Yalkut. Os dois fizeram várias imagens eletrônicas e futuristas em cima de uma trilha com trechos (irreconhecíveis) de músicas dos Beatles. Se você for sextar tentando reconhecer que músicas são essas, prepare-se para ter trabalho: mal dá para encontrá-las em meio aos barulhos.
San Francisco, que vem na sequência, deve ser assistido com cuidado por pessoas que têm hipersensibilidade ótica, por causa da velocidade das imagens. Traz vários cortes rápidos em cima de imagens de San Francisco, entremeados com uma versão alternativa de Interstellar overdrive, do Pink Floyd, e trechos muuuito loucos de gente tomando ácido em grupo. A direção é de Anthony Stern e o filme foi feito entre 1967 e 1968. Andy Warhol’s Exploding Plastic Inevitable, que vem na sequência, traz trechos da série de shows feitas pelo projeto criado por Wahrol – incluindo o Velvet Underground no palco, com Nico, cantando I’ll be your mirror. Eyetoon, também de Jerry Abrams, é um retrato psicodélico e sexualizado de Nova York entre 1967 e 1968.
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