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Stemphylium, banda podre de Niterói, lança EP “Vergonha alheia de mim mesmo”
Banda do Luciano Cirne, um dos colaboradores do Pop Fantasma, o Stemphylium (de Niterói) já tinha voltado com um single, Ele tá tliste, pelo selo Maxilar, do autorama Gabriel Thomaz. E depois fez mais uma série de singles independentes. Dessa vez, volta com o EP Vergonha alheia de mim mesmo. Para o disco, a formação virou uma dupla, com Luciano cantando e tocando baixo, e Oliver tocando guitarra, produzindo e fazendo programações de bateria. Tudo no improviso, em casa, um pouco pela vontade de fazer um disco na base do “faça você mesmo”, um pouco por causa de sérias restrições orçamentárias.
“O nosso antigo baterista se mudou pra Portugal, daí ficamos sem um titular. Mas mesmo que ele estivesse no Brasil, a gente não gravaria com bateria normal, porque aí teríamos que ir pra um estúdio e não temos grana pra isso. Foi um trabalho totalmente do it yourself. O Oliver trouxe equipamento pra minha casa, computador. Foi um processo 100% artesanal de produção, e pra quem não tem experiência nenhuma com isso, ficou bem legal”, conta Luciano.
“A gente não gastou um centavo, usou o equipamento do jeito que deu, fez um troço improvisado aqui em casa para isolar o som e ficar com uma acústica legal. Engraçado que muita gente que ouve o disco fala: ‘Esse batera toca muito’, e é bateria eletrônica”, brinca. “Aliás, bandas que queiram gravar alguma coisa e não têm recursos, procurem a gente! Fazemos um precinho bom”.
O EP tem músicas de todas as fases da banda. “Azeitonas foi a primeira música que a gente compôs, fiz questão de gravar. Em 1996 tocamos no Farol (extinto bar de Niterói) e tocamos essa música, o Pedro de Luna (escritor e jornalista) tem gravação disso. Ode ao vale refeição e Raiva, irritação e nervosismo a gente compôs lá pra 2010 na terceira formação da banda. Todas as outras são recentes”.