Cultura Pop

Squeezer (não é Squeeze!): aquela banda underground que fazia som pra rádio

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Reconhecer na loja a capa de Joy jell fantasies, disco de estreia da banda norte-americana Squeezer (1974), era molezinha. A gravadora do grupo, uma etiqueta pequena chamada Now, encomendou à Kittyhawk Graphics – empresa que pertencia a ninguém menos que Dean Torrence, da extinta dupla de surf music Jan & Dean – uma capa dupla cujo desenho imitava uma embalagem de pasta de dentes. Digamos que chamava BASTANTE a atenção, mas não ajudou muito a banda a marcar época ou a ficar famosa. Nem mesmo como quase homônimo de um grupo inglês que surgia naquele mesmo ano, o Squeeze.

O Squeezer vinha de um lugar que, pelo menos na época, parecia improvavel de gerar uma banda de muito sucesso – Albuquerque, no Novo México. Na formação, tinha Tony Francis (voz, guitarra), Michael Dale (baixo, voz), Ernie Archibeque (bateria, voz) e Larry Alcorn (guitarra, voz). O único disco do grupo revelava uma banda que teimava em fazer música pop no underground. O som de músicas como Abigail, Bright & mobilized e Words era ligado ao glam e ao soft rock. Não tinha nada a ver com heavy metal, proto-punk ou outras sonoridades que poderiam tirar a banda das rádios. Muita coisa lembra diretamente Wings e Electric Light Orchestra.

O Squeezer não conseguiu fama, mas pelo menos um integrante do grupo virou lenda no rock de Albuquerque: o baterista Ernie Archibeque, que depois virou vocalista. Chegavam a comparar a voz dele com a de Steve Perry, do Journey. Ele morreu em 2003. Olha o obituário dele aqui.

Fizeram essa homenagem a ele no YouTube.

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