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Sparks: obras de arte com o p… de fora no clipe de “Missionary position”

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Os Sparks estão de volta com seu 23º disco, Hippopotamus, lançado no dia 8 de setembro. O disco novo da dupla norte-americana formada pelos irmãos Russel e Ron Mael dá uma bela desanimada com o primeiro single, que é a faixa-título – parece uma música infantil mal feita. Depois tudo volta ao normal com músicas bacanas como Edith Piaf (Said it better than me) e Missionary position. Você ouve o disco inteiro aí.

A banda vem colocando clipes e lyric videos – alguns deles um tanto toscos – no YouTube para divulgar o disco. Um dos clipes foi feito de encomenda para essa época em que as pessoas discutem sobre gente pelada no museu e sobre se peladões e peladonas são arte. Missionary position traz várias obras de arte milenares que retratam gente sem roupa, ou que mostram gente em posições bem esquisitas. A partir de efeitos especiais de quinta categoria, todas aparecem rebolando ou fazendo coisas bem estranhas ao som da música. A letra, um primor das obras primas ácidas do grupo, faz uma zoação cruel com casais que não saem do arroz-com-feijão na cama (a “posição missionária” do título é nada mais nada menos que o nome religioso dado ao popular “papai e mamãe”).

E se você nunca ouviu falar dos Sparks, preste atenção agora: nada foi o mesmo depois que esses caras, inicialmente ligados ao glam rock, lançaram o terceiro disco, Kimono my house (1974).

Sem esse disco, você não teria: 1) synthpop classudo e a turma da new romantic, com seus penteados estranhos, roupas chamativas e topetes bizarros; 2) o lado irônico de letristas como Morrissey, herdado do humor ácido deles; 3) bandas como Franz Ferdinand, que até gravou um disco em parceria com eles em 2015, FFS, e The Killers; 4) discos com nomes engraçadinhos como a sequência Travelling Wilburys 1 e 3, já que, achando-se jogados para escanteio no mercado, os Sparks batizaram seu sétimo disco, de 1977, de Introducing Sparks; 5) eles praticamente inventaram a new wave e o pós-punk em 1974, antes do punk; 6) O Devo e sua atitude “estranha” no palco; 7) os dois maiores hits do disco, Amateur hour e This town ain’t big enough for the both of us, ambos indispensáveis. Ouça tudo aí.

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