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Shakespears Sister: 26 anos de briga resolvidos, clipe novo, entrevista no New Musical Express, etc

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Depois de 26 anos sem se falar (!), as Shakespears Sister estão de volta. Olha aí o novo single delas, All the queen’s horses.

A ex-Bananarama Siobhan Fahey (hoje com 60 anos) e sua parceira Marcella Detroit (66) começaram a trabalhar juntas em 1988 e fizeram sucesso na década de 1990 com hits como Stay e Goodbye cruel world. Fecharam a porteira em 1993 após vários problemas pessoais: brigas feias, internação de Siobhan com depressão e, finalmente, demissão pública de Marcella durante a entrega do prêmio Ivor Novello (naquele ano de 1993) à dupla pela categoria “Melhor Coleção Contemporânea de Canções”. Marcella foi lá receber o prêmio e ouviu da assessora de imprensa da dupla (!) algo como “tudo está bem quando acaba bem, desejamos o melhor para o seu futuro”.

Bizarro que ninguém tenha jogado esse momento maluco da cultura pop no YouTube – mas em compensação tem Naomi Campbell no mesmo ano, entregando o Brit Awards às meninas pelo clipe de Stay. Esse bom resultado veio por causa do segundo disco da dupla, Hormonally yours (1992), o mais bem sucedido das duas.

Com a saída de Marcella, Siobhan ficou sozinha com o nome Shakespears Sister – até aí nada demais, já que a ideia original era exatamente essa, até que a parceira entrou na história. Antes do SS, Marcella Detroit vinha de trabalhos com Bob Seger, Alice Cooper e Eric Clapton. Com esse último, cantou por vários anos e até fez um hit em parceria, Lay down Sally. Ela lançou também um disco solo em 1982 – que já estava gravado havia alguns anos e, finalmente publicado, não fez sucesso algum.

Isso aí embaixo é o primeiro single de Shakespers Sister feito apenas por Siobhan, I can drive, lançado em 1996. Siobhan guiou o projeto para um lance mais alternativo, a música fracassou nas paradas e o terceiro disco do grupo, #3, programado para sair pela London naquele ano, foi engavetado. Saiu só em 2004, lançado à própria custa.

Voltar a manter contato com pessoas depois de anos de desaparecimento não é fácil. Imagina no caso de duas pessoas que nunca conseguiram acertar os ponteiros e pararam de se falar há quase três décadas. O New Musical Express reuniu as duas para uma conversa e viu que já haviam rolado outras tentativas de aproximação. “Eu enviei um e-mail para Siobhan, porque um amigo correu até ela e pegou seu endereço de e-mail, então eu estendi a mão como uma tentativa de dizer: ‘Ei, vamos nos reunir. Vamos nos sentar e conversar”, confessou Marcella.

O lance com Siobhan foi mais complexo: a tal dispensada no palco do Ivor Novello Awards aconteceu (segundo ela) justamente porque a cantora não conseguia se comunicar e conversar com a colega.

“Durante anos, sabia que era importante fazer as pazes com Marcy e com o que havia acontecido. Eu odeio confronto e nunca falo a minha verdade. Eu seguro e fico cozinhando. Conforme você envelhece, você deve fazer o trabalho interior de deixar sua culpa de lado, para não quer levar isso para o túmulo. Eu finalmente encontrei a coragem de sentar e dizer: ‘Você provavelmente sabe que eu estou com raiva de você, mas você provavelmente não tem ideia do porquê …’ E ela disse: ‘Não faço ideia’. Foi assim que a conversa começou e nós dois pudemos dizer: ‘Bem, isso é o que era para mim’, e então a outra pessoa poderia dizer: ‘Ah, entendi agora’. E então tudo acabou. Todo esse mal entendido”, contou ao NME.

Na época em que a dupla estava fazendo muito sucesso, era comum que os clipes fizessem referências bizarras às brigas entre Siobhan e Marcella – como acontece em vários momentos do clipe de I don’t care, que você vê aí em cima. Sophie Muller, que fez os vídeos anteriores, retornou e fez um clipe que faz referência às mulheres duronas do Velho Oeste americano.

“Perto de Joshua Tree, há um lugar chamado Pipes Canyon, que foi estabelecido na década de 1850 por uma irmandade feminina. Era um lugar perigoso para uma mulher viver sozinha, então formaram sua própria comunidade – para mães solteiras, lésbicas ou apenas mulheres por conta própria – para proteger uns aos outros, e eles poderiam empunhar uma arma ou usar um machado para construir uma casa”, diz Siobhan.

Tava com saudade delas? Pega aí Stay no clássico Top of the pops em 1992.

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