Lançamentos
Radar: Laufey, Stereolab, Skunk Anansie, Frankie Cosmos e mais sons internacionais novos
O Radar do Pop Fantasma de hoje dá uma olhada rápida em sons internacionais que andaram saindo nos últimos dias – de alguns a gente tá falando com atraso, de outros a gente conseguiu chegar mais perto da data de lançamento. Ouça no último volume e ponha tudo nas suas playlists.
Foto Laufey: Gemma Warren/Divulgação
- Apoie a gente e mantenha nosso trabalho (site, podcast e futuros projetos) funcionando diariamente.
LAUFEY, “SILVER LINING”. Uma balada triste, com evocações de blues, jazz, canções do universo Disney e o som dos girl groups sessentistas – com direito a um arranjo de cordas maravilhoso e uma voz de perder o fôlego. E, bom, a voz é de Laufey, que retorna agora com novo single, Silver lining. O clipe da faixa, filmado em 35 mm e dirigido por Jason Lester, traz um carnaval de figuras embevecedoras e ameaçadoras, tudo junto e misturado, para mostrar em imagens o céu e o inferno de estar apaixonado/apaixonada. Fica difícil não se perder neste cenário – e Laufey, como sabemos, tem essa coisa de fazer o tempo desacelerar. E no dia 31 de maio, tem show dela no Festival Popload, em São Paulo.
STEREOLAB, “AERIAL TROUBLES”. “Você está com problemas de antena na sua TV colorida? Não podemos ajudar com os problemas técnicos, mas podemos distraí-los com a notícia do novo álbum do Stereolab”, diz a banda em um comunicado postado em seu Instagram. A essa altura você já deve saber, mas não custa lembrar: o Stereolab tem em seu radar seu primeiro álbum em 15 anos, Instant holograms on metal film, marcado para sair dia 23 de maio pelo selo Duophonic UHF Disks/Warp Records. O single novo, Aerial troubles, ganhou um clipe retrô, dirigido por Laurent Askienazy, e que é tão hipnótico quanto a própria música.
SKUNK ANANSIE, “LOST AND FOUND”. Sem discos novos desde o excelente Anarchytecture (2016) – que era o terceiro lançamento desde o retorno deles em 2018 – o Skunk Anansie promete o sétimo álbum, The painful truth, para 23 de maio. Lost and found, novo single, tem tudo que marca a banda: drama, tensão, intensidade. O clipe tem a vocalista Skin em modo atriz, ganhando personalidade dupla após esbarrar numa espécie de personificação do demônio. A música foi ao ar primeiro no programa de Steve Lamacq na BBC 6 — porque certos lançamentos ainda pedem ritual.
FRANKIE COSMOS, “VANITY”. Durante um mês e meio, os integrantes do Frankie Cosmos viveram uma experiência que é ao mesmo tempo sonho e pesadelo para qualquer banda: mudaram-se juntos para uma casa no interior de Nova York, onde criaram Different talking, próximo álbum do grupo, com lançamento previsto pela Sub Pop para 27 de junho.
A cantora e compositora Greta Kline, que por muito tempo foi “a” Frankie Cosmos, explica que boa parte do novo disco gira em torno da ideia de “crescer e descobrir como se conhecer”. E completa: “Como seguimos em frente quando somos viciados em um ciclo de assombrar o próprio passado? Compor músicas é apenas o caminho para isso”. Fofo na aparência, mas intenso no conteúdo, Vanity, novo single, encara de frente os traumas dos relacionamentos abusivos: “outro sintoma de insanidade / outra vítima de sua vaidade imprudente (…) / foi o crime perfeito / você me pegou na hora perfeita”.
LORD HURON, “NOTHING I NEED”. “A música questiona se é possível — no curto espaço de tempo que você tem — realmente saber o que você quer, se vale a pena querer alguma coisa e se há algum sentido em ponderar sobre os caminhos que você não tomou”. É assim que Ben Schneider, cantor da banda norte-americana de indie folk Lord Huron, define o novo single do grupo, Nothing I need. É o segundo lançamento do grupo em 2025: em janeiro saiu Who laughs last, single que tem algumas linhas de spoken word feitas pela atriz Kristen Stewart.
LIMIÑANAS, “THE DANCER”. No meio do psicodelismo hipnótico de The dancer, a dupla francesa Limiñanas presta homenagem a um velho amigo: o artista Foulques de Boixo, falecido em 2023, aparece no clipe dançando com ironia e graça, em imagens em chroma-key. A música, entre o shoegaze, o krautrock e o pós-punk, serve de trilha para essa despedida dançante. Um daqueles momentos em que som e imagem se encontram para dizer: seguimos em frente, mas com memória. A música está em Faded, disco mais recente da dupla.