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Radar: Colibri, Jovens Ateus, Gheersh e mais 5 novidades nacionais

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As oito músicas nacionais do nosso Radar desta semana têm algo em comum: a vontade de explorar novos caminhos e se arriscar artisticamente. Algumas, aliás, tocam em um tema bem atual: e na vida, será que também estamos dispostos a correr riscos? A sair do lugar e experimentar o novo? Pelo menos três das faixas que chegaram até nós nas últimas semanas trazem essa reflexão diretamente nas letras. Uma mensagem inspiradora para este ano que, com sol, calor e um Carnaval tardio, parece ainda nem ter começado — mas já tá ai correndo bem rápido. Então, bora ouvir coisas novas? (na foto: Colibri – Pedro Ommã/Divulgação).

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COLIBRI, “CUBAN COFFEE”. Com nova formação—agora como quinteto, com as adições de Paulo Tiano (bateria) e Paulo Pitta (saxofone)—a banda baiana Colibri segue sua trajetória de experimentação. No novo single, eles combinam pós-punk, afrobeat e jazz experimental, com uma letra cantada em inglês. Em breve, chega 3R – Parte 2, a continuação da trilogia que o grupo vem desenvolvendo desde o ano passado. Para quem já conhece a banda, nenhuma surpresa: o Colibri é daqueles projetos inquietos, sempre em busca de novos caminhos sonoros.

JOVENS ATEUS, “PASSOS LENTOS”. Em abril, sai o primeiro álbum desse grupo paranaense, Vol. 1, pela Balaclava Records. Com um pós-punk denso, tingido de nuances góticas e ecos de Joy Division e The Cure, a banda mostra sua identidade em Passos lentos. A faixa ganhou um clipe que combina cenas de shows, um passeio no metrô São Paulo e … momentos de pura comilança (o quinteto vai a um restaurante japonês e, em seguida, devora um bolo decorado com o nome da banda – para esta última tarefa, dispensam pratinhos e guardanapos).

GUEERSH, “MARRA”. Não contente em apenas fazer um clipe para uma das melhores faixas do disco Interferências na fazendinha, o Gueersh transformou Marra em um curta-metragem surreal, repleto de cenas psicodélicas. No universo do vídeo, até gestos banais – como ir ao mercado ou observar manequins em uma vitrine – ganham um tom perturbador. Dirigido por Francis Frank, com participação ativa da banda em todas as etapas (do roteiro à cenografia), a produção acompanha um dia (e uma noite) na vida da artista Peko. Mas será tudo real ou apenas um sonho?

NO BASS NO LOVE, “AUTÔMATO”. A qualquer momento, a dupla de Hortolândia (SP) lança seu novo álbum. Enquanto isso, alguns singles pavimentam o caminho. O mais recente, Autômato, traz um synth pop com alma roqueira e uma letra que, segundo Grazi Correa e Fernando Anastácio (os dois do No Bass No Love), “questiona o ‘certo’ ou o ‘errado’ na hora de curar ou crescer, (e fala) sobre ter coragem para explorar o novo, mesmo que pareça desafiador”. Ou seja: o “autômato” do título é alguém tão preso a padrões, que já nem questiona mais nada.

CELACANTO, “CEDO”. A banda paulista estreia com um indie rock melódico, guiado por synths e guitarras que, ao longo da música, soam quase como sintetizadores. O refrão explosivo e vibrante evoca o pop adulto brasileiro dos anos 80, aproximando-se de nomes como Guilherme Arantes e Caetano Veloso. Para quem gosta de melodias sofisticadas e envolventes, Cedo é um prato cheio.

SOBRE A NOITE DE ONTEM, “PENSEI QUE ÉRAMOS INABALÁVEIS”. Com apenas um single lançado, essa banda do Guarujá (SP) aposta em um shoegaze etéreo, mas com pegada de pós-grunge. As bandas brasileiras Fresno, Menores Atos e Terraplana estão entre as referências sonoras. Gravado de forma caseira em um estúdio improvisado num apartamento, o single carrega um clima íntimo, sem deixar de ter uma produção surpreendentemente encorpada.

ORQUESTRA DE FREVO DO BABÁ feat MARCIA LIMA, “BAIRRO NOVO CASA CAIADA”. As guitarras e as diferentes partes dessa música, composta por Fabio Trummer e gravada por sua banda Eddie no álbum Carnaval no inferno (2008), foram condensadas em frevo puro por essa turma, que acaba de lançar o disco Frevoessência. Um álbum que bota para pular vários hinos do Carnaval (além de algumas músicas não tão conhecidas, ou de outros estilos).

O ESPELHO DO ZÉ, “PARA AQUILO QUE SONHEI”. Sabe aquele momento em que é preciso parar de adiar decisões e finalmente encarar os desafios de frente? É disso que trata o novo single do Espelho do Zé, uma pedrada entre o hard rock e o punk. A música traz solos enérgicos que remetem à surf music e ao rock dos anos 60, reforçando a sensação de urgência e ação.

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