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Radar: Ain’t, Girlband!, Cuasi Maleable, Real Farmer, Love Ghost, Georgian, Victoria Staff

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Temos novidades nesse feriado: o Radar internacional do Pop Fantasma não descansa, e enquanto você dá um tempo na loucura do dia a dia (fazemos votos de que você tenha conseguido fazer isso) tem sons de bandas como Ain’t, Georgian, Girlband! e muito mais. Ouça no volume máximo.

Texto: Ricardo Schott – Foto Ain’t: Divulgação

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AIN’T, “JUDE”. Banda do Sul de Londres, o Ain’t já havia lançado Pirouette em maio, e vem agora com Jude. O grupo flerta simultaneamente com o pós-punk e o grunge (ou seja: se você é fã de Pixies e Smashing Pumpkins, vai curtir), e faz lembrar os anos 1990, alternando tensão e suavidade.

Hanna Baker Darch, vocalista de voz poderosa, lembra que George Ellerby, o guitarrista do grupo, fez o riff principal e deu o nome à canção, “o que me lembrou de um pub chamado Jude the Obscure, onde fui com um amigo da universidade”. A letra tem versos como “seu sádico desgraçado / num amor pastoral / talvez você devesse ser / não tão obscuro”.

GEORGIAN, “LEARNING TO FORGET”. O tema do novo single do Georgian é aprender a lidar com o que sobra de um relacionamento que chegou ao fim – as tristezas, lembranças, coisas do tipo, além de todo o processo de superação que alguém tem que passar depois de tudo.

“Mesmo que você não queira as memórias e pequenas lembranças daquela pessoa, elas ainda acontecem”, conta Georgia McKiernan, que lidera a banda. O som é rock sombrio e mágico, com referências tanto de pós-punk quanto do folk. Já o clipe da faixa mostra a vida passando por Georgia, enquanto a tristeza da cantora do Georgian rola sem limites. Todo o vídeo foi rodado em Manchester, terra da banda.

GIRLBAND!, “HOT LOVE” / “TALK ME DOWN”. Ainda sem álbuns lançados (por enquanto…) o excelente trio britânico Girlband! gosta de surpreender – e de fuçar nas nostalgias dos anos 1980 e 1990, mas com tino pop próprio de 2025. Duas pérolas do trio formado por Georgie, Jada and Kay já estão nas plataformas. A mais recente é uma ótima versão de Hot love, do T. Rex, A anterior é Talk me down, single autoral, bastante pessoal e profundo, abordando saúde mental. “É de fato uma situação da vida real que aconteceu comigo e eu não consegui escrever sobre isso até anos depois”, conta Georgie. A melodia e o arranjo invadem a pequena área da new wave oitentista, com beleza e agilidade.

CUASI MALEABLE, “AGRIA PLEGARIA”. “Uma canção escura e etérea, com sintetizadores espaçosos, guitarras e uma letra que se move entre o desejo, o desgaste e a repetição”, diz o Cuasi Maleable, projeto-de-um-homem-só vindo da Argentina, sobre Agria plegaria. Uma canção que vai em câmera lenta e em tom quase espacial. E que em meio a vocais graves, e a toques de canção gótica, pergunta “você poderia me amar mais?”. As referências vão de Portishead ao argentino Gustavo Cerati, e a música “não é para agradar, é para conectar”.

REAL FARMER, “HARD TIMES”. Esses pós-punks holandeses aceleram o passo no EP RF II, e Hard times talvez seja o maior soco desse novo pacote: uma faixa urgente, raivosa e barulhenta na medida certa, com dois minutos de mensagem direta para quem já perdeu a fé no mundo (ou nunca teve). A batida torta parece saía de um porão suado em Rotterdam, e o clima é de caos controlado — punk afiado, ríspido, sem descuidar da forma. A banda segue a linha do disco anterior, Compare what’s there, mas agora com ainda mais ironia e sangue nos olhos.

LOVE GHOST feat SKINNER BROTHERS, “SCRAPBOOK”. Colaboração entre o LG e os Skinner Brothers, essa faixa leva o som do projeto liderado pelo músico Finnegan Bell para uma onda completamente emo – conectando, como diz o texto de lançamento, “as diferentes histórias e eventos da vida dos últimos anos – decepções e recomeços, vitórias e derrotas”. O Love Ghost já havia aparecido outras vezes aqui, mas dessa vez soa como sempre deveria ter soado.

VICTORIA STAFF, “I STILL THINK YOU MIGHT”. “Aprendi na universidade que, desde 1960, dois terços das músicas populares são sobre amor romântico, e 75% delas são tristes. Esta foi a única vez que usei meu diploma em neurociência desde que o obtive”, conta Victoria Staff, uma cantora de Toronto, Canadá, que acaba de lançar o single I still think you might. Uma canção simpática, meio folk, meio indie-pop, mas melancólica, que fala sobre um amor que acabou, e mesmo assim se recusa a desaparecer por completo. “É sobre como os relacionamentos são difíceis”, diz.

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