Cultura Pop
R.I.P. Hugh Hefner
O fim de uma era. O fundador da revista (aliás do império de entretenimento) Playboy, Hugh Hefner, morreu aos 91 anos, na noite desta quarta (27), em sua casa, de causas naturais. A notícia foi dada pela conta oficial da revista no Twitter.
American Icon and Playboy Founder, Hugh M. Hefner passed away today. He was 91. #RIPHef pic.twitter.com/tCLa2iNXa4
— Playboy (@Playboy) September 28, 2017
“A vida é muito curta para viver o sonho de outra pessoa”.
“Meu pai viveu uma vida excepcional e impactante. Defendeu de alguns dos movimentos sociais e culturais mais importantes do nosso tempo, na defesa da liberdade de expressão, dos direitos civis e da liberdade sexual. Ele definiu um estilo de vida e um ethos que vivem na marca da Playboy, uma das mais reconhecidas no mundo”, informou seu filho, Cooper Hefner, chefe de criação da Playboy Enterprises, num comunicado.
Com o passar dos anos, a revista foi liderando batalhas a favor da liberdade de expressão, publicando entrevistas históricas e lançando várias playmates. Uma das mais ilustres, você já viu aqui: Bebe Buell, modelo e cantora (e mãe de Liv Tyler) foi uma delas. Debbie Harry, do Blondie, foi coelhinha da Playboy. Madonna teve um ensaio histórico publicado em 1985, com fotos que estavam guardadas desde o começo da década de 1980, nas quais ela aparecia morena. No Brasil, a cantora Neusinha Brizola quase foi uma playmate – seu pai, Leonel Brizola (dispensa apresentações) mandou proibir o ensaio antes que saísse.
Hefner, que foi casado três vezes (a viúva é a modelo Crystal Harris, 60 anos mais nova) deixa os filhos Cooper, David e Marston, e a filha Christie. E, mais que isso, deixa um legado incomensurável para a cultura pop. “Se eu não tivesse causado controvérsia, não estaria aqui hoje”, costumava dizer.
E quem sintetizou muito bem a importância de Hefner e a enorme perda que representa sua morte foi o jornalista e crítico de cinema Jaime Biaggio. Fala aí, Jaime.