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Quando não tinha drone

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No começo do século vinte, não tinha drone (jura?). Se você quisesse fotografar a Terra de cima, precisava recorrer a balões, ou coisas do tipo. Em 1907, o farmacêutico Julius G. Neubronner apresentou uma solução: colocar uma câmera num pombo (!). E entregou a ideia para o escritório de patentes da Alemanha.

Antes de mais nada, olha aí algumas imagens aéreas que ele conseguiu pegar com esse método.

Neubronner e um de seus pombos.

Um pombo com câmera.

Uma figura da patente.

Como foi que um farmacêutico se interessou por pombos? Bom, desde 1903 ele vinha usando os pássaros para trocar receitas e remédios com um sanatório que ficava mais ou menos perto de sua casa em Kronberg, pertinho de Frankfurt. Neubronner não iria esperar dos pombos a mesma exatidão e rapidez que se espera hoje de um drone: reparou que um dos pássaros, que havia se perdido, retornou quatro semanas depois são e salvo. Mas teve a ideia de colocar câmeras leves nos pombos. Para garantir que seguiriam a rota mais exata, levava-os até 60 milhas antes de soltá-los.

Um vídeo sobre o assunto.

A ideia era legal – e Neubronner conseguiu provar isso fazendo, posteriormente, exposições em Dresden, Frankfurt e Paris entre 1990 e 1911, durante as quais as pessoas puderam ver a chegada dos pombos. O escritório de patentes alemão é que, inicialmente, não curtiu a ideia e não deu patente nenhuma. Alegou que pombos domésticos não conseguiriam carregar uma câmera de 75 gramas. Neubronner só conseguiu a documentação em 1908, depois de mostrar o material que tinha conseguido fotografar.

Via Public Domain Review

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