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POP FANTASMA apresenta Flávio Campos, “Atrás da porta escura”
Uma mudança de Brasília para o Rio (e, depois, a pandemia) deram uma atropelada nos planos do cantor e compositor Flávio Campos. Ele vinha lançando um single por ano desde 2016 (o mais recente é Atrás da porta escura) e já estava com planos de lançar mais singles e um disco novo. Mas cuidou pelo menos de colocar seu material mais antigo nas plataformas (com distribuição da GRV), incluindo o álbum Das coisas que resistem à correnteza forte, produzido em 2009 por Philippe Seabra (Plebe Rude), com participações do próprio Philippe e de Txotxa (ex-Maskavo Roots, bateria).
Atrás da porta escura tinha sido escrita e lançada antes da pandemia e fala sobre temas que tornaram bem atuais nos dias de hoje. “Ela fala da nossa dificuldade em fazer alguma coisa, tomar alguma atitude, nos indignar, quando as coisas ao nosso redor não ocorrem da maneira como deveriam ser. Pensar, agir e mudar. O imobilismo que nos destrói, e contra o qual temos que lutar”, conta Flávio, fã de artistas como Wilco, Tom Petty, Neil Young, Bob Dylan, Billy Bragg e Flying Burrrito Brothers.
Os outros singles que Flavio colocou em 2020 nas plataformas, que já haviam sido lançados bem anteriormente, foram os de Cecília tem planos e o de Carros matam! “Nesta, o tema central é a mobilidade urbana. A letra fala do problema de transporte das grandes cidades, a dificuldade de locomoção das pessoas e o risco de determinados meios de transporte. Alguns prefeitos fazem ciclovias, enquanto outros preferem viadutos”, protesta Flávio, que em Cecília tem planos falou de questões ligadas à adolescência. “A passagem da adolescência para um possível ‘vida adulta’. As decisões que temos que tomar aos 17
anos sem estarmos preparados para isso”, conta.
Nas gravações, Flávio tocou violão e mandolim, e convidou amigos como Fernando Brasil, Amu (ambos produção e guitarras), Beto Bugarin (baixo), Erich Rocha (baixo) e Fábio Pereira (bateria). O cantor chegou a fazer clipes das músicas, antes da pandemia – o de Cecilia foi feito na República Dominicana. Colocou todos os vídeos na sua página no Facebook. Mesmo à distância, Flávio conseguiu gravar as bases de duas novas músicas, ainda esperando lançamento. “Ainda faltam a gravação de vozes e as posteriores mixagem e masterização, que agora serão feitas no Rio de Janeiro. O plano é lançar os dois novos singles em 2021”.