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Fala na cara! Pink Floyd trollado por um crítico de música na BBC em 1967

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Você provavelmente nunca viu Syd Barrett, principal compositor do Pink Floyd no começo da banda, tão elucidativo como no vídeo que acompanha esta matéria. Que consiste numa participação da banda no programa The look of the week, da BBC, em 1967. Também nunca deve ter imaginado que Roger Waters, que depois lideraria a banda, parecia tão tímido.

A situação era, digamos, bem sui generis: o Pink Floyd havia acabado de fazer um show chamado Games for may, no Queen Elizabeth Hall, em 12 de maio de 1967. Por sinal, a banda aproveitou o ensejo para mostrar seu novo brinquedo. Era o coordenador Azymuth, criado para eles por um engenheiro de som de Abbey Road.

“Ele compreendia quatro reostatos contidos em uma grande caixa e era equipado com um joy-stick, que era operado por Richard Wright para emitir o som num ângulo de 270º em qualquer casa que a banda estivesse tocando”, afirmou Mark Blake no livro Nos bastidores do Pink Floyd.

Rolaram uns problemas: o som do Pink Floyd estava absurdamente alto e o uso de uma máquina de fazer bolhas e uma distribuição de flores causaram mais tristeza ainda. Por causa desses dois fatores, os assentos ficaram gordurosos por causa das bolhas e dos caules de plantas. Em seguida, o Pink Floyd foi banido do local e bandas ficaram sem se apresentar lá durante um bom tempo.

Dois dias depois, o Pink Floyd foi recebido no The look of the week (revista de artes da BBC) por um impaciente Hans Keller, entrevistador do programa, critico de arte e fã de quartetos de cordas. É o que rola no vídeo que você vê no fim deste texto.

Parece até piada: Keller, parecendo meio puto, e bastante sisudo, desce a mamona em Barrett e Waters. Em primeiro lugar, antes ainda de apresentar a banda tocando Astronomy dominé, já avisa que não gosta do som alto e que tudo parece extremamente repetitivo. Em seguida, rola um papo da dupla com o crítico. Keller resolve questionar os dois sobre porque o som tem que ser tão barulhento.

“Não achamos que está alto de verdade, mas gostamos desse jeito”, manda na lata Waters. “Tocamos em salões amplos e o volume acaba sendo alto, obviamente”, diz Barrett. Os dois também dizem que nunca sentiram nenhuma hostilidade ou agressividade vinda da plateia por causa do som alto (!). Keller diz que acha o som da banda “uma pequena regressão aos tempos de infância”.

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